The Dealer's Daughter. Once Upon a Time. escrita por Clara Gomes


Capítulo 14
Capítulo 14.




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~ Storybrooke, Atualmente.

– Você pretende deixar Storybrooke para encontrar meu irmão. Mas aonde vai?

– Isso veremos depois, tenho meu jeitinho de localiza-lo.

– Como?

– Com isso - disse pegando um globo transparente, quase igual a um globo terrestre, só que em branco - Eu só preciso pingar uma gota de sangue e pensar em quem eu quero encontrar, e ele me mostrará a localização da pessoa.

– Uau - indagou Clear analisando o objeto - Eu nunca vi isso, nem no seu castelo na Floresta Encantada e nem aqui na loja. Como conseguiu? - perguntou a jovem curiosa.

– Eu diria que foi um presentinho de uma velha amiga. Mas isso não vem ao caso.

Clear ficou desconfiada, mas decidiu dar continuidade à conversa.

– E você pretende... me levar?

– Claro que sim, estou fazendo a mais para que possamos testar e irmos os dois.

– Testar...

– Encontrarei minha cobaia.

– E a mamãe? Ela vai ficar?

– Ela entenderá que só há poção para dois, e que eu gostaria de te levar, afinal você é a irmã dele.

– E essa poção, nós faremos o que com ela? Beberemos...?

– Não! Despejaremos em um objeto pessoal, o mais precioso para nós. Ele vai se transformar em um talismã, que vai permitir que nós saiamos da cidade e continuar lembrando quem somos. Então é bom ir pensando o que vai enfeitiçar.

– Acho que já tenho uma pequena ideia.

~ Floresta Encantada, Antes da Maldição.

– Papai? - chamou uma garotinha de 8 anos de cabelos ruivinhos ondulados, caminhando assustada pelo grande castelo do Senhor das Trevas.

– Sim minha pequenina?! - indagou Rumplestiltskin ao visualizar a figura de sua filha se aproximando de sua roca de fiar.

– Eu tive um pesadelo - disse a pequena Clear sentando-se no colo de seu pai.

– Como foi? - perguntou o homem ajeitando a criança em seu colo de uma maneira carinhosa, nem parecia com o Senhor das Trevas que todos conheciam.

– Eu estava em uma ilha escura, e uma sombra me arrastava por ela, até que ela me largou e eu cai no meio de um monte de meninos - começou a menina - Então um menino maior e melhor vestido se aproximou de mim e disse que ia tirar minha magia.

– E como era esse menino?

– Ele era loiro, e fazia uma coisa estranha com a sobrancelha.

– Não se preocupe, foi só um pesadelo. - mentiu Stiltskin, tentando acalmar sua filha.

– Mas esse não foi o único - continuou a ruivinha - Logo depois desse, sonhei que eu estava com muito frio mas o dia estava muito ensolarado e todos estavam normais, só eu que quase congelava. De repente eu estava toda coberta, mas não adiantava, o frio não passava...

– Está tudo bem - seu pai secou uma lágrima que escorria em seu rosto - Eu acho que tenho uma solução para isso.

– E o que é? - perguntou a jovenzinha, curiosa.

O Senhor das Trevas cortou uma tira de ouro que acabara de fiar em três pedaços, e em um passe de mágica transformou-os em uma linda correntinha, com uma estrela pendurada em sua ponta.

– Isso vai te afastar de todo o mal - explicou o homem colocando o colar no pescoço da filha - E te lembrará que não importa onde você esteja, nunca estará sozinha.

~ Storybrooke, Atualmente.

O dia amanheceu lentamente, e a cabeça de Clear estava ocupada com duas coisas: seu maravilhoso encontro com Tom e com seu objeto precioso que a permitiria de encontrar seu irmão. Rumple sempre evitara falar nele, mas a garota já havia conseguido alguma informação.

A adolescente ficou deitada na cama durante horas, intercalando seus pensamentos entre seu namorado e seu irmão. Quando sentiu-se decidida sobre tudo, levantou-se da cama, arrumou-se e decidiu sair sem tomar café, apesar de estar faminta. Partiu para a loja de seu pai, e ao adentrar o local se deparou com uma troca de beijos entre os pais, o que a constrangeu um pouco.

– Ãn, bom dia Clear - sua mãe a cumprimentou, tentando se recompor.

– Bom dia - respondeu a menina tentando apagar o momento da mente - Podemos conversar? - perguntou olhando para seu pai.

– Se é sobre a poção para deixar a cidade, eu consegui. Vamos encontrar seu irmão!– afirmou com um sorriso espontâneo, o que era raro para a personalidade masculina.

– Que bom! - comemorou a jovem - Estou super ansiosa para conhecê-lo!

– E você já sabe o que vai enfeitiçar filha? - perguntou Belle curiosa.

– Acho que sim - respondeu.

– Podemos? - sugeriu Gold balançando o pequeno frasco que continha a poção dentro.

– Ah, claro.

Clear então tirou a delicada correntinha de ouro com uma estrelinha como pingente, e deixou na palma da mão, mostrando a seus pais qual seria o objeto escolhido.

– Você ainda guarda isso? Depois desses anos todos? - questionou o Senhor das Trevas um tanto quanto emocionado.

– Claro, afinal é ouro maciço - respondeu a garota tentando esconder o valor sentimental que aquela correntinha continha para ela.

Seus pais riram de sua frieza fajuta, enquanto Gold despejava o líquido do frasco sobre o colar.

– Pronto. - indagou após utilizar um pouquinho da poção.

– Quando partimos? - perguntou a adolescente.

– Provavelmente hoje à noite.

– E sabemos onde vamos?

– Ainda não.

– Eu adoraria saber, afinal tenho que avisar meu namorado. – a garota revirou os olhos.

– Ele não precisa entrar em detalhes - retrucou Gold - Esteja pronta às 20:00.

– Okay - a menina levantou as mãos em sinal de redenção.

Clear deu um abraço de despedida em sua mãe e mandou uma mensagem para Tom:

"Café da manhã no Granny's?"

A jovem mal bloqueou seu celular e uma mensagem de seu namorado já chegara:

"Achei que nunca ia pedir! Te pego em 10 minutos! Bjão!"

No tempo previsto, o rapaz já havia pego a menina e logo chegaram no Granny's.

Sentaram-se em uma mesa, um de frente para o outro, e rapidamente Ruby veio pegar os pedidos.

– Bom dia, o que vão querer comer hoje?

– Hm, eu acho que vou querer waffles e um copo de suco de laranja. - respondeu a garota com um leve sorriso.

– Pra mim omeletes e cappuccino. - afirmou Dobbey olhando para a garçonete. Notou como ela mudou as roupas depois da maldição ser quebrada, e no fundo lamentou um pouco, afinal estava namorando, mas não era cego, e a moça não era de se jogar fora.

– Okay - respondeu Chapeuzinho anotando o pedido - Eu não sou a única que reparou, mas parece que o relacionamento entre irmãos de vocês, ãn, mudou um pouco não?

– Ah, é, depois que a maldição foi quebrada, nos lembramos que não somos exatamente irmãos... se é que me entende. - indagou Tom com um sorriso um pouco malicioso, piscando para a loba de maneira que sua namorada visse, com sucesso, pois Clear deu um sorriso tímido e corou.

– RUBY, MENOS CONVERSA E MAIS TRABALHO! - berrou Granny do balcão.

– Haha, bom, ãn, felicidades, e me desculpem, mas tenho que ir - indagou a garçonete desconcertada - O pedido de vocês virá daqui a pouco.

Os dois assentiram e depois riram levemente, observando a moça se dirigir à cozinha e Granny a repreendendo em seu caminho.

– Bom, agora nós precisamos conversar. - começou Clear.

– Okay, diga. - respondeu Tom pegando em sua mão que estava sobre a mesa.

– E-eu e meu pai vamos fazer uma pequena viagem para fora da cidade. - afirmou a adolescente, preocupada com a reação do namorado.

– Como assim? Vão deixar a cidade? Como...?

– Meu pai conseguiu criar uma poção que nos fará continuar lembrando de quem somos, mesmo saindo da cidade.

– Mas para que deixarem a cidade?

– Para encontrarmos meu irmão.

– Você tem um irmão?

– Pois é, tenho.

– E aonde vão encontrar esse seu irmão?

– Não sabemos ainda. Mas meu pai tem um objeto que nos permitirá rastreá-lo.

– Quanto tempo pretendem ficar fora?

– Não faço ideia. Mas imagino que não muito, afinal minha mãe não vai conosco.

– Clear, isso é algo muito difícil. Deixar você sair assim da cidade, sozinha com seu pai... Mas como nós acabamos de nos reconciliar, e eu quero manter nossa relação, você pode ir. Mas isso é porque eu confio em você.

"Na verdade isso nunca foi um pedido de permissão, mas vamos fingir que foi." - pensou Clear - Obrigada Tom, sabia que entenderia! - disse agora em voz alta, inclinando-se sobre a mesa para dar um rápido beijo em seu namorado.

– Aqui está - indagou Ruby pousando dois pratos, um copo e uma caneca na mesa, logo depois do pequeno beijo do casal - Bom apetite!

A tarde se passou e Clear ficou o dia todo arrumando as malas para a viagem. Sem saber onde iriam, era difícil saber o que levar, afinal o lugar poderia ser frio ou quente.

Às 20:00 Tom, Clear, Gold e Belle se encontraram na loja de antiguidades.

– Okay, então acho que Tom deveria ir com o carro dele também, assim ele dá uma carona para minha mãe quando voltarem. - afirmou a adolescente, inquieta de ansiedade.

– É uma boa ideia. - respondeu sua mãe esboçando um sorriso.

– É, pode ser... só tome cuidado na direção pivete. - retrucou o Senhor das Trevas, e Clear não pôde segurar uma leve risadinha, tentando ser o mais sutil possível.

– O-okay, então já vamos? - perguntou Tom engolindo seco.

– Vamos. - respondeu Gold.

Belle e Rumple foram no carro do homem, enquanto Clear e Tom foram na picape do jovem.

Ao chegarem, os quatro se aproximaram da linha que demarcava o limite da cidade e Belle segurou o xale, enquanto Gold despejava o restinho da poção. O objeto brilhou por alguns segundos, assim como o colar de sua filha brilhara mais cedo, e a mulher envolveu o pescoço de seu amado com seu "talismã".

– Certo - disse a figura feminina sorrindo.

– Vamos lá - indagou o homem olhando nos olhos de sua amada e depois olhando para sua filha.

Clear assentiu levemente e abraçou fortemente seu namorado, caminhando para a linha vermelha logo depois.

Pai e filha deram as mãos e pisaram do outro lado da linha, fazendo-os brilhar como seus objetos. Quando totalmente do outro lado, os dois se viraram e soltaram as mãos, deixando os outros dois apreensivos.

– Belle - afirmou Gold apontando para sua esposa, que deu um grande sorriso.

– Tom - disse a adolescente, sorrindo com o canto da boca, fazendo seu namorado imitar o gesto.

– Deu certo! - exclamou Belle se aproximando um pouco mais da linha e esticando os braços para pegar na mão de seu amado.

– Deu, sim. - respondeu o homem segurando nas mãos da mulher.

– Agora você pode encontrar seu filho.

– Belle, eu queria muito que viesse conosco.

– Eu também, mas... não faz mal.

– Por que não?

– Porque você vai encontrá-lo. E quando encontrar... vou estar aqui esperando quando você voltar. - indagou a mulher sorrindo, e se aproximando do homem, e o homem dela, para trocarem o último beijo antes de partirem.

Enquanto isso, Tom se aproximou da linha vermelha, e Clear também.

– Não se preocupe, em breve estarei de volta. - afirmou a garota pegando na mão do rapaz.

– Okay, eu sei, é que... vou sentir sua falta! - disse o jovem com um sorriso tímido.

– Também sentirei a sua! E vê se cuida bem da minha mãe hein!

Os dois se aproximaram, e quando seus lábios se tocaram, foram interrompidos pelo som de uma arma sendo disparada, e a garota automaticamente recuou e olhou para o lado, vendo sua mãe sendo acertada pelo tiro e caindo nos braços de seu pai, que não pode conter mas deixou-a atravessar a fronteira.

– Eu não contaria com isso - indagou uma voz masculina com o sotaque irlandês, chamando a atenção da garota que virou o rosto para confirmar quem era.

– Gancho... - murmurou com a voz áspera, seu olhar se tornando sombrio.

– Belle?! - exclamou Ruple segurando a mulher em seus braços - Belle?! Belle!

– Quem é Belle?! - perguntou a mulher confusa, logo que o homem a deitou no asfalto.

– Não, não, não, não!

– Não se preocupe, ela vai sobreviver - afirmou o pirata - Ela só não tem ideia de quem você seja.

– O que você fez não pode ser desfeito!

– Finalmente, você sabe como é!

– Ela pode até sobreviver... mas não estou tão certa quanto a você! - berrou Clear, que já estava ajoelhada ao lado de sua mãe.

A adolescente levantou-se e criou uma bola de fogo em suas mãos.

– Clear, cuidado! - gritou Tom ao ver um carro se aproximando, vindo de fora da cidade.

Rumple pegou Belle a tempo de tirá-la do caminho, e a adolescente saltou em direção ao namorado, restando assim apena Gancho na frente do carro, que o atingiu brutalmente e depois rodou na pista, batendo numa rocha no acostamento.

Continua.


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Notas finais do capítulo

~> P.S.: Hey pessoal, está ae o primeiro capítulo do ano, espero que gostem! Lacey and Neal are coming, baby! Haha! É isso ae, obrigada pela leitura e não esqueçam de favoritar, comentar e recomendar! Não tenho nenhuma recomendação :'( Até o próximo! ;)



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