The Dealer's Daughter. Once Upon a Time. escrita por Clara Gomes


Capítulo 15
Capítulo 15.




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~ Storybrooke, Atualmente.

– Quem é você? O que está acontecendo? - perguntava Belle confusa, enquanto era possível ouvir o som da sirene da viatura se aproximando.

Ao tentar se mexer, a mulher grunhiu em dor, levando automaticamente a mão direita em seu ombro esquerdo, que havia sido baleado.

– Espere, espere... - disse Gold assustado, mas tentando acalmar sua amada. Passou sua mão sobre o buraco da bala no ombro da mulher, usando magia para curá-lo - Vai melhorar.

– Como você fez isso? - questionou a antes ferida, confusa e assustada.

– Não precisa ter medo.

– Me solte.

– Belle, por favor.

– Quem é você?

– Tudo bem? - perguntou David saindo da viatura e correndo em direção ao casal.

– Estou na saída da cidade - afirmou Emma no telefone - Tem dois feridos aqui. Talvez três. Tem um carro batido com a placa da Pensilvânia.

– Ela cruzou a linha e não lembra de nada! - explicou Rumple aos recém chegados.

Enquanto isso, Emma averiguava o local e os feridos, quando se aproximou de Gancho.

– Oi, linda - disse o pirata grunhindo em dor - Não tinha percebido que... Pare! - choramingou quando a loira apertou-lhe as costelas.

– Você quebrou as costelas. - informou Swan com uma careta.

– Por isso dói quando dou risada - indagou o homem - Viu a cara dele? O amor dele sumiu num instante. Foi como a Milah, Crocodilo... quando você a tirou de mim. - dizia enquanto o Senhor das Trevas se aproximava.

– Você a tirou de mim antes! - exclamou Rumple antes de dar um chute na cara de seu inimigo.

– Gold, ficou maluco?! - berrou a xerife.

– Sim, estou! - rebateu abaixando-se e pressionando sua bengala contra o pescoço do pirata.

– Não pode fazer isso! - bradou Encantado correndo até o homem e tentando segurá-lo.

– Posso, se vocês deixarem.

– Quer que a Belle veja?

– Ela não lembra de mim.

– Matar não causa uma boa impressão!

– Belle ia gostar disso?

Essas palavras mexeram com o homem, que cedeu, e com a ajuda de David se levantou, enquanto a ambulância se aproximava.

Durante todo esse tempo, Clear estava em transe. Ela havia perdido totalmente a cabeça, e devido à raiva havia usado sua magia. Isso já acontecera antes, com consequências extremamente drásticas, e desde então ela nunca mais usara seus dons mágicos. Até aquela noite.

– Clear? Clear! Clear?! - chamava Tom, chacoalhando o corpo da adolescente, que por sua vez não dava nenhum sinal de que estava ouvindo - Clear está tudo bem, a ambulância chegou, agora vamos pra casa!

– Filha, querida, temos que ir! - disse Gold ajoelhando-se ao lado da menina e apertando levemente seu ombro.

A voz do homem a despertou, e ela virou o rosto para encarar seu pai.

– Você está bem? - ele perguntou.

A jovem apenas assentiu, e seu namorado ajudou a levantá-la. Os três caminharam em direção aos Charmings, Tom com o braço firme na cintura da garota. Quando passaram por Belle, o rapaz a apertou mais fortemente contra si, e Clear simplesmente desviou o olhar, evitando encarar sua mãe.

Ao se aproximarem da família Encantada, todos analisavam a figura que estava dentro do carro desconhecido, enquanto eram-lhe prestados os primeiros socorros.

– Conhece esse cara? - perguntou Emma a seus pais.

– Nunca o vi antes. - respondeu Mary Margareth.

– Porque ele entrou na cidade. - explicou David.

– Ele veio de fora? - perguntou a morena.

– Parece que o mundo acabou de entrar em Storybrooke. - afirmou a loira, e era possível ver a aflição no rosto de todos.

–-

– Não sei o que está acontecendo! - disse Belle ao adentrarem o hospital, sendo guiada por Branca.

Em meio às confusões do Pronto Socorro, Clear, Tom e Gold surgiram no corredor.

– Belle... - disse o Senhor das Trevas apressando-se um pouco.

– Fora vocês! - mandou David barrando o homem.

– O que está acontecendo?! - perguntou Clear livrando-se do namorado e correndo ao lado de seu pai.

– Eu também quero saber. - indagou Tom aproximando-se da namorada.

– Belle! - bradou Rumplestiltskin - Belle!

– Pessoal, tenham calma! - exclamou Dr. Whale surgindo no corredor - Sr. Gold... Vai ficar tudo bem. Ela está em boas mãos aqui. Eu prometo.

Gold assentiu e virou-se para sua filha, depois de todos terem se retirado de sua presença.

– Você deveria ir para casa. Vá para a casa dos Dobbey, será melhor para você.

– Não! Eu quero ficar aqui, até poder ver minha mãe!

– Okay - disse num suspiro - estarei na sala de espera.

O casal observou o homem até ele virar em um corredor e os dois o perderem de vista.

A jovem caminhou até a parede mais próxima e encostou as costas contra ela. Agora o local estava vazio, seu pai não estava perto e ela finalmente poderia processar os acontecimentos da noite. Quando sua ficha caiu, lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, e ela deslizou seu corpo contra a parede até tocar o chão frio do hospital. Abraçou seus joelhos contra seu peito e desabou, chorando alto. Seus soluços ecoavam na sala vazia e branca, onde somente Tom presenciava a cena.

O rapaz sentou-se ao lado da garota e abraçou-a, fazendo com que ela enfiasse o rosto em seu ombro, ainda chorando desesperadamente.

–-

Alguns minutos se passaram, e as enfermeiras liberaram visitas ao quarto de Belle. Rumple entrou primeiro, enquanto Clear, já recomposta, aguardava na sala de espera. Poucos minutos depois o homem saiu da sala rapidamente, com o semblante arrasado, e logo depois um enfermeiro avisou que não seriam mais possível visitas à mulher, pois ela não estava em condições psicológicas de receber ninguém. A adolescente olhou feio para seu pai, já sabendo o motivo.

A única coisa que lhe restara era visitar Gancho. Esperou Emma sair do quarto do pirata e adentrou o local.

– Boa noite, Gancho. - disse com uma voz simpática obviamente forçada.

– Olá pirralha - respondeu o pirata com uma pitada de dor na voz - Sinto muito em ter machucado sua mãe, mas seu pai merece muito pior que isso. Você só está no caminho.

– Além de fisicamente deficiente de uma mão, você tem alguma deficiência mental? - perguntou a jovem rindo ironicamente - Você já se esqueceu do que eu lhe disse? Para você tomar cuidado, porque na próxima meu pai não iria ser tão bonzinho? Que em Storybrooke há magia? Pois é Capitão, agora eu diria que você está totalmente ferrado.

– E por que ele não me matou quando teve a chance?

– Porque ele estava na presença de várias pessoas, inclusive da minha mãe. Mas quando vocês estiverem sozinhos, ele vai acabar com você [nenhum duplo sentido inserido].

– Eu estou ciente de minha situação, obrigada.

– Como você veio parar aqui? Sozinho que não foi...

– Eu tive uma pequena ajudinha.

Clear pensou por alguns instantes, e de repente matou a charada.

CORA! – exclamou arregalando os olhos, e deixando Killian sem palavras.

~ Floresta Encantada, Antes da Maldição.

No quarto do Capitão, Clear observava atentamente o feijão mágico, quando ouviu passos vindos do deck do navio. Curiosa, a garota subiu as escadas e se escondeu para ouvir a conversa entre Gancho e Cora.

– Então mudança de planos, mas a maldição da Regina logo logo será lançada, e se ficarmos parados aqui iremos para essa Terra e nos esqueceremos de tudo. - indagou Gancho.

– É por isso que vamos fugir daqui. Vamos a uma ilha distante, a qual eu protegerei desta maldição. Você disse ter passado anos na Terra do Nunca, mas me diga como viajou entre os reinos? - explicou e perguntou Cora.

– Eu tenho um feijão mágico, o último na posse de um humano. Ele pode criar um portal para qualquer lugar que quisermos.

– Ótimo! Então já temos como ir para essa Terra. Agora, Capitão, o aconselhável seria partirmos para esta ilha.

– Para que direção? - perguntou o pirata caminhando até o timão.

– Leste. Nosso destino é a Leste.

– Então vamos zarpar daqui!

– Okay, então eles vão até uma ilha a Leste, onde a maldição não os atingirá... brilhante! Vejo que tenho um destino de férias! - disse Clear para si mesma, sorrindo marota - E sobre sua viagem para essa Terra desconhecida, acho que não vai acontecer... - completou olhando para o feijão mágico, e desaparecendo em uma fumaça azul escura.

~ Storybrooke, Atualmente.

– EMMA! - berrou Clear correndo pelo corredor, tentando encontrar a xerife.

– Hey, o que foi garota?! - perguntou a loira, que se encontrava em um canto com seus pais, Ruby e Leroy.

– Eu descobri quem é a "ajudinha" do Gancho!

– E quem é?!

– Cora!

– CORA?! - exclamou Branca arregalando os olhos.

– Quem é Cora? - perguntou Emma confusa.

– Ela é a mãe da Regina... - explicou Mary M. se perdendo em seus pensamentos.

– Estamos ferrados! - Leroy reclamou.

– Talvez o Gancho saiba onde ela está! - disse a xerife - Vou interrogá-lo. - continuou caminhando em direção ao quarto do pirata.

Alguns minutos de passaram e a loira já estava de volta.

– Gancho diz que não sabe da Cora. Só Deus sabe o que ela fará. Se vier mais gente como o Greg para cá, não vai ser bom para ninguém.

– Precisamos falar com a Regina. - indagou Branca.

– Eu a procurei, sem sorte, ela sumiu. - rebateu Ruby.

– E se Cora a encontrar antes? Nem imagino o que fariam juntas! Não haveria uma hora pior!

– Tudo bem, ele está sendo tratado agora. Ele deve partir pela manhã.

– "Ele" quem?! - perguntou Clear confusa.

– GREG! - responderam todos juntos.

– E quem é Greg? - perguntou Tom.

– O cara da Pensilvânia! - explicou Leroy, irritado.

– Talvez ele não parta pela manhã - indagou Whale aproximando-se - Será que vocês poderiam nos dar licença, é um assunto confidencial - pediu ao casal adolescente.

– Não, eles podem ficar! - afirmou Emma.

– Não, está tudo bem, eu vou dar uma volta, até as visitas serem permitidas no quarto da minha mãe! Tchau! - despediu-se a garota.

A ruiva e a loira trocaram um sorriso cúmplice e os mais novos se retiraram.

– Para onde vamos? - perguntou Tom envolvendo a cintura da garota enquanto caminhavam até a porta do de saída do hospital.

– Preciso encontrar meu pai. Você o viu?

– Não - respondeu enquanto abria a porta para passarem - Mas você pode ir até minha casa se quiser. Sem segundas intenções, ainda.

A jovem riu e deu-lhe um leve soco no ombro de brincadeira.

– Preciso encontrar meu pai para pelo menos avisá-lo.

Ao dizer isso, Gold saiu pela porta da frente.

– Ai estão vocês - disse o homem aproximando-se deles - E então, vai para minha casa ou para os Dobbey.

A adolescente pensou um pouco, e decidiu que não deixaria seu pai sozinho em uma situação assim.

– Acho que vou com você. - afirmou olhando para seu pai e depois olhando para o namorado - Você não se importa, não é?

– Claro que não ruivinha, pode ir. - respondeu Tom com um sorriso.

– Okay, boa noite então. Até amanhã! - despediu-se com um selinho.

Pai e filha de dirigiram ao carro de Rumple, enquanto Tom caminhava até sua picape.

– Eu sei quem é sua "velha amiga" que te deu aquele globo. - indagou Clear quebrando o silêncio do carro.

– E quem é?

– Cora.

– Você a conhece?

– Não. Mas Gancho pegou uma carona com ela. O que ela quis em troca do objeto mágico?

– Um filho por uma filha.

– Regina... você a ajudou a encontrá-la!

– Foi para encontrar o Bae! Você não deseja encontrar seu irmão?!

– Sim, mas... eu tenho que avisar Emma agora! Todos estamos em perigo!

– Nós não...

– Mas eles estão! Pai Emma é uma ótima pessoa, e ela é o mais próximo que eu cheguei de ter uma amiga mulher! Agora dê meia volta que precisamos avisá-la...

Com um estalar de dedos Gold fez a garota ressonar, e o silêncio tomou conta do carro.

–-

– Onde estamos? - perguntou Clear com uma voz grogue.

– De volta no hospital. Tive uma ideia, que talvez faça sua mãe lembrar. Quer tentar comigo? - respondeu Rumple.

– C-claro, claro. Vamos.

Os dois adentraram o hospital, e o homem persuadiu a enfermeiras a liberarem os dois para visita.

Ao entrarem no quarto, a mulher estava acordada, e os olhou feio.

– Eu sei que você não se lembra, mas só... tente. Por favor. - pediu o Senhor das Trevas, entregando-lhe uma xícara lascada - Tenha cuidado com isto.

– É uma xícara - disse a mulher com indiferença - e está lascada.

– Você consegue. Se concentre. - afirmou o homem - É o seu talismã - disse batendo levemente o dedo no objeto.

– É uma xícara - rebateu incrédula.

– Você a derrubou... em meu castelo. Você estava com medo que eu ficasse com raiva.

– Okay, você tem que ir. - disse a mulher empurrando a xícara para ele.

– Não não não não não, se você focar, vai funcionar. É magia.

– Okay, VÁ EMBORA! PARE DE FALAR SOBRE MAGIA!

– Por favor, mãe! - implorou Clear.

Em um impulso, Belle arremessou a xícara contra a parede, e dela se fizeram mil pedaços.

– Só vá... só vá embora! - disse a paciente soluçando.

– Desculpe... - murmurou Rumple deixando o quarto.

Pai e filha estavam arrasados, vagando pelo corredor.

– Vamos encontrar Bae. - indagou o homem apressando-se para fora do local, e dirigiu até a casa dos Charmings.

– Gold - disse Emma abrindo a porta - Todos nós tivemos uma longa noite...

– Lembra-se do favor que me deve Srta. Swan?

– Sim.

– Estou cobrando-o.

– Não é uma boa...

– Você honra seus acordos, não honra? Eu preciso achar alguém, então nós partiremos hoje. Faça as malas.

– Partindo?! - perguntou Mary aproximando-se.

– Pra onde? - questionou Henry.

– Encontrar alguém... Quem? - interrogou a loira.

– Meu filho. Tem que ser hoje, porque cada minuto que estou aqui é um minuto mais próximo de eu matar Gancho. Ah, e nós temos uma longa história, então é bom acreditarem. Se qualquer coisa acontecer o a Belle, quando eu estiver fora... vou matar todos vocês. Te vejo no pôr-do-sol.

Continua.


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Notas finais do capítulo

~> P.S.: Gente eu estou escrevendo um fic nova, não estou postando ainda, mas estou escrevendo alguns capítulos já pra ver se vai ficar boa, eu particularmente estou gostando, vai ser tipo uma "fic dessa fic", é um futuro alternativo pra essa fic, mas agora eu preciso saber, se vocês querem que eu comece a postá-la, e se quiserem, quando: agora, ou depois que eu acabar a Season 3, porque vai haver alguns acontecimentos que podem vir a acontecer nessa fic, ou seja, vai ter alguns "Spoilers" do que vai acontecer na TDD (The Dealer's Daughter). Bom, me digam o que vocês acham POR FAVOR, creio que poucos vão ler essas notas, maaas tudo bem, não custa pedir. Obrigada pela leitura, e não se esqueçam de comentar, favoritar e recomendar. Até o próximo! ;*



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