Eu fiquei acordada a noite toda relembrando aquela cena que não sai da minha cabeça. Quase 24 horas se passaram e eu ainda acho que aquilo não foi real, que foi só um pesadelo. Ou talvez uma pegadinha de mal gosto do Tomoe para me aborrecer, há 5 horas atras eu desisti de esperar ele abri a porta e falar que eu sou uma idiota por eu ter acreditado. Mas eu sei que isso não vai acontecer. Sai da cama me recusando a ficar mais um segundo chorando por aquele maldito e fui tomar um banho, bem, bem longo.

Sai do banho e botei uma roupa simples e sai do quarto. O Tomoe estava na cozinha fazendo alguma coisa. Sentei em frente a TV a liguei, estava passando de novo um dos shows do Kurama. Eles não sabem mostrar outra coisa não? Mas eu tenho que admitir que ele canta bem, ouvi dizer na Tv esses dias que ele estava fazendo uma turnê. Ouvi o Mizuki sair do quarto da Nanami um pouco estranho.

– Mizuki você está bem?

– Ela está acordando.- Congelei. Não e possível.

– A-a-a Nanami está acordando? - Ele balançou a cabeça um pouco eufórico.

– Ela acordou? - Ouvi a voz familiar que eu agora odeio.

– Sim. Vamos!- Disse voltando as pressas para o quarto, e o Tomoe foi logo atrás. Já que e sou uma curiosa assumida fui também. Entrei no quarto e era verdade. A Nanami acordou.

O Mizuki se ajoelhou ao lado dela. Eu não conseguia ouvir o que eles estavam falando, o som do meu coração batendo em meus ouvidos abafava todo o som. Não sabia por que estava tão nervosa, metade de minha estava feliz por ela estar bem, mas por outro lado algo me incomodava, acho que é pelo fato de eu estar frente a frente com a mulher da vida do Tomoe. Esse pensamento me fez querer chorar, mas me contive. Vi o Tomoe ajoelhando ao lado dela também segurando sua mão. Ela se levantou e o abraçou, eu quase desabei, mas quando me lembrei das palavras dele comecei a sentir desprezo. Finalmente ela notou minha presença.

– Aah. Oi! Quem é você? - Todos olharam para mim, inclusive o Tomoe nossos olhos se encontraram e eu desviei olhando só para a Nanami.

– Prazer, eu sou a Bruna.

– O prazer é todo meu. Eu não sabia que tinhamos visita, você é humana não é?

– Sim, sim, sou. - '' Percebi que você tinha razão, eu pertenço a Nanami, e não uma humana inútil como você.'' Essa lembrança me atingiu em cheio fazendo o meu estomago revirar.

– Que bom. Posso te ajudar? - Eu não estava com nenhuma vontade de contar toda a história de novo, então olhei para o Mizuki.

– Mizuki pode contar a história toda para ela?

– Claro.- E assim foi. Ele contou a toda a historia. E eu assistia a expressão de surpresa dela, eu esperava que ela me jogasse para fora, me chamasse de bruxa, ou falace que eu tinha tentado tomar o lugar dela, mas verdade ela foi bem compreensiva.

– Ah, nossa que loucura. Não foi legal o que essa Stella fez com você.

– Você não pensou que eu estava tentando roubar seu lugar?

– Claro que não! Eu sei que não foi culpa sua, que tolo pensaria assim?

– O Tomoe.- Eu disse me aventurando olhar para ele e vi um ponta de arrependimento no olhar dele.

– O Tomoe tende a ser precipitado.

– Concordo perfeitamente. Então vou deixar a família se entender, tchau, foi um prazer te conhecer.- Eu senti uma pontada de dor quando eu disse ''família''.

– Também foi um prazer.- Me forcei a sorrir e saí do quarto.