– Esse daqui é o jardim. Se lembra de alguma coisa?- Outra imagem invadiu minha mente...

Vi alguém me segurando pela gola da minha camisa, eu estava gritando com essa pessoa, ela me jogou no chão, foi ai que eu consegui ver seu rosto. Tomoe.

– Você! Você quase me matou!- Eu disse me lembrando daquela cena que tinha alguém me enforcando. Foi ele!

– Bruna eu... - Ele disse com os olhos tristes chegando perto de mim, mas eu recuei.

– Não chegue perto de mim! - eu disse correndo para dentro do templo.

– Bruna! - Eu podia ouvir que ele os passos atras de mim. Eu preciso sair daqui, esse cara é maluco! Tenho que ser rápida! Tenho que sair. Mas eu não fui rápida o bastante. Ele segurou me ombro fazendo eu parar de correr e me prendeu na parede.'

– Bruna, por favor me escuta... - Ele disse com seus olhos suplicantes, não vou cair nessa!

– Me solta!!! - E disse me debatendo, mas ele é forte demais.

– Bruna, eu não faria nada pra te machucar.

– Mentiroso! Me larga!

– Bruna, eu te imploro, me escuta.- Ele disse com sua voz falhando. Ele está... chorando.

– Eu não quero escutar você! - Minhas palavra pareciam o machucar muito, mas eu sei que é só encenação. O empurro com todas as força e consigo me soltar e correr, mas não vou muito longe ele me alcança e me prende na parede de novo, mas agora com uma mão ele segura minhas mãos e suas pernas prendendo as minhas, eu estava sem saída. Com a mão livre ele segura o meu queixo me forçando a olhar para seus olhos.

– Por favor Bruna, volta pra mim... por favor. - Disse selando seus lábios nos meus. Tentei soltar minhas mãos, mas senti meu corpo amolecer, eu estava me perdendo nos lábios dele. O Tomoe soltou minha mãos, mas eu não estava pensando em fugir, isso nem passava pela minha cabeça. Coloquei os braços em volta do seu pescoço e ele respondeu intensificando mais o beijo. Do nada, varias imagens dominaram minha mente. Ai eu me lembrei... de tudo. O Tomoe recuou quebrando o beijo, olhei nos seus olhos lixas que eu tanto amo.

– Por favor Bruna, você tem que se lembrar de mim. - Ele disse suplicante.

– Eu lembro, e nunca mais quero esquecer. - Eu disse pulando em seus braços e selando nosso lábios novamente.