O Tomoe não saia de perto da Nanami. Faz mais ou menos duas semana que eu voltei para o meu corpo, e o Tomoe não sai de perto dela, e isso está me deixando cada vez mais triste. Eu entendo que ele sente muita saudade dela, e que ela é a Deusa dele, mas... mas, sei lá. Acho que eu não deveria me importar, mas me importo. Hoje está frio, e eu amo o frio. Peguei um cobertor e uma xícara de café, do jeito que eu gosto e sai para o jardim e fiquei sentada em frente ao templo sentindo a brisa gelada. Não sei porque, mas eu amo o frio, se eu realmente fosse uma Deusa eu acho que eu seria a Deusa do gelo. Eu nunca vi neve, queria que nevasse, acho que eu me sentiria muito melhor se estivesse nevando. Fiquei um bom tempo observando o sol se por, adoro fazer isso quando estou deprimida. Ouvi a campainha e resolvi atender, já que o Tomoe eo Mizuki estão ocupados. Caminhei até a porta e a abri, quase tive um treco, o Yuki estava bem na minha frente. Meu Deus! Eu esqueci do Yuki! E agora como vou explicar que eu sou a Bruna? Ele me olhava de um jeito estranho, e eu estou começando a suar frio. O que vou dizer a ele?

– Olá! Meu nome é Yuki, a Bruna está?

– E-ela n-não mora mais aqui.- Menti.

– O que? Mas como?- Ele disse surpreso

– Ela foi para casa.

– Mais ainda falta um mês!

– Teve um problema e ela teve que ir para casa mais cedo.

– Ah, está bem. Desculpe a pergunta, mas quem é você?- Congelei, o que eu podia dizer?

– S-sou a prima dela, meu nome é... é Koizumi- Eu disse. E graças a Deus que ele acreditou.

– Ah, prazer em conhece-la!- Ele disse com aquele sorriso.

– O prazer é todo meu! Quer entrar para tomar alguma coisa? Está frio ai fora.

– Eu aceito.- Ele disse entrando. Eu sei que eu não deveria, mas já que o Tomoe está ocupado, e eu não tenho nada para fazer, a companhia do Yuki é muito bem vinda!

– Você quer um chazinho?

– Ah, claro! Seria ótimo, hoje está muito frio.

– Verdade... Pode ficar a vontade.

– Obrigada.- Fui até a cozinha e já tinha um bule de chá pronto. Que sorte, não preciso fazer! Coloquei nas xícaras e levei até ele que estava sentado na mesa. Nós começamos a conversar sobre nós, ele perguntou se eu morava aqui e eu respondi que morava por enquanto. Perguntou quando a Bruna ia voltar. E eu disse que não sabia. Depois começamos a falar sobre coisas bobas como qual é minha serie de TV favorito, e outras coisas. Ele falava cada coisa que eu caia na gargalhada. Agora estou me sentindo muito melhor.

– Eu tenho que ir.- Ele disse se levantado.

– Mas já?

– É, que só vim ver a Bruna rapidinho.- Ele disse meio para baixo.

– Ata, tudo bem, eu te acompanho até a porta.

– Obrigada.- Ele disse. Me levantei, mas quando fui andar eu tropecei no pé da mesa e caí em cima dele, nossos rostos estavam muito próximos, corei. Ele me olhava sem piscar, e eu não sei por que ainda não levantei.

– Você é tão linda...- Ele disse acariciando meu rosto. Eu estava hipnotizada pelo seus olhos azuis, não conseguia me mexer. Nossos lábios estavam muito próximos agora. O que eu estou fazendo?