Depois de um tempo eu desci e meu café já estava na mesa, quando eu acabei fui para o jardim procurar o Tomoe, mas não o encontrei. Então fui até o quarto dele e ele estava dormindo, ainda bem. Fechei a porta fui ver Tv, mas não estava passando nada de bom, então eu fui para o meu quarto. Fiquei lá um bom tempo pensando até que ouvi alguém bater na porta. Levantei da cama e fui abrir.

– O que você quer?

– Ainda está brava comigo?

– O que você acha?

– Desculpa, eu bebi um pouco.

– Um pouco?

– Ta bom, muito. Você me desculpa?

– Ta bom, eu desculpo.

– Ótimo, vai logo se arrumar que daqui a 20 minutos vamos sair.

– Para onde?

– Para qualquer lugar.

Tomei um banho rápido, penteei meu cabelo e coloquei uma calça jeans uma blusa branca e uma jaqueta. Quando sai ele estava me esperando na porta. Nossa, como ele estava lindo, ele usava uma calça preta, e uma camisa branca. Ele parecia um garoto normal.

– Vamos? - Ele perguntou.

– Vamos.

Ficamos andando pela cidade, ela era linda e muito legal. A gente parou em uma praça e ficamos conversando ele me perguntava como era a minha dimensão e eu perguntava sobre ele.

– Bruna? - Disse uma voz familiar. Yuki!

– Yuki? - Estava na minha frente! Eu pensei que nunca mais ia vê-lo, mas parece que eu estava enganada.

– Quem é você? - Disse o Tomoe com uma cara!

– Meu nome é Yuki, prazer. - Ele disse estendendo a mão para Tomoe, mas ele nem se mexeu, só ficou o encarando.

– Yuki, esse é o Tomoe.

– Ah, então e ele o seu irmão? - Eu não posso olhar para ele, não posso. Mas acabei olhando ele estava me encarando, desviei os olhos rápido.

– Que surpresa te encontrar por aqui- Eu disse tentando mudar de assunto, e consegui.

– Eu estava indo para o meu curso.

– Ah, que legal.

– Aonde você mora?

– Eu moro no templo.- Falei sem pensar.

– Ah, serio? Talvez eu vá te visitar um dia. Estou atrasado, foi muito bom te ver, tchau.

– Tchau. - Eu olhei para o Tomoe, estou impressionada que ele não tenha feito alguma coisa, mas da para sentir que ele está com muita raiva.

– Tomoe, me desculpa.

– Está se desculpando por quê?

– É-é que...

– Tudo bem, eu entendo. Não precisa se preocupar, vamos. - Ele disse se levantando. Estou me sentindo muito mal, aposto que ele deve estar triste. Ficamos em silêncio por um longo tempo até que passamos em frente a uma sorveteria. Nossa, como eu eu amo sorvete.

– Você quer um sorvete? - Disse o Tomoe. Parecia que ele leu minha mente.

– Não, obrigada não quero ficar gordinha. - Ele riu.

– Eu só estava brincando, você está linda.

– E como você pode saber? Esse é o corpo da Nanami. Você não sabe como eu sou de verdade. - Eu disse olhando para ele e vi um pouco de tristeza em seus olhos. Eu também estava triste, queria que ele me visse do jeito que eu sou.

– Você tem razão. Mas eu queria saber. Como você é de verdade?

– Bem, tenho cabelo preto, olhos castanho escuro, magra, e com 1, 67 de altura.

– 1, 67 de altura?

– Sim, por que?

– Você deve ser baixinha.

– Não sou nada. - Eu disse dando um tapa no braço dele de brincadeira, eu já tinha me acostumado que me chamassem de baixinha, isso não me incomodava mais.

– É sim.

– Tá, eu sou, mas e daí?

– Nada, só me faz achar você mais fofa. - Ele disse e eu corei. - Não precisa ficar vermelha.

– Cala a boca idiota. - Eu disse e ele começou a rir. - Chegamos no templo mais quando o sol estava se pondo. Eu estava exausta.

– Boa noite, Tomoe.

– Boa noite, Bruna. - Fui para o meu quarto e desabei na cama. Poxa, como eu queria que o Tomoe me visse como eu realmente sou.