Ellsworth - Uma nova Chance escrita por 1FutureWriter


Capítulo 4
Taylor's


Notas iniciais do capítulo

Olá people tudo bem com vocês?
Já que pediram, o capítulo está um pouquinho maior o/ o/ hehe
Espero que curtam, temos personagem novo no ar ;)
Beijinhos e boa leitura.



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A noite começava a cair quando cheguei em casa. Estava tudo muito quieto, exceto pelo barulho que vinha do escritório do meu pai, parecia ser uma discussão bem séria. As vozes femininas eram de Jenny minha madrasta, Audrey. Eu não daria a mínima importância pra saber o que era se não tivesse ouvido meu nome ser pronunciado.

"Você nunca ligou pra mim! Sempre foi o Johnny e a Haley, eu sempre fui a filha rejeitada"

"Não diga besteiras, Audrey. Gosto dos meus filhos de forma igual"

"Não gosta não! Eu to cansada disso, é sempre ela!"

"Audrey você não é nenhuma criança pra ficar fazendo pirraças, já disse que a Haley fica e ponto final. Não quero ouvir mais nenhuma palavra a respeito disso mocinha, ou ficará de castigo e sem mesada."

"Robert, não fale assim com a nossa filha!"

"A culpa é sua, Jenny, que sempre mimou demais essa menina."

Eles continuaram a falar, mas minha atenção fugiu quando Johnny chegou me dando um belo susto.

– Johnny não faz isso, não me assusta!

– Desculpe, não fiz por mal. Mas que cara é essa? - ele perguntou preocupado.

– Nada. – respondi seca.

– Não acredito. Você não fez essa cara pelo susto que eu te dei, tem mais alguma coisa. - na verdade eu não precisei responder, ele mesmo ouviu os gritos da Audrey vindo do escritório.

“Se ela ficar, eu fujo de casa!”

– Eu ...eu vou subir. - não esperei que ele dissesse nada, simplesmente subi as escadas que davam nos quartos.

Abri a janela e uma brisa fresca adentrou. Poderia ficar ali apreciando o céu estrelado se não fosse o maldito barulho dos grilos e as centenas de mosquitos que entraram no mesmo instante. Acabei fechando-a novamente.

Peguei um livro, sentei-me na cama e comecei a ler. Essa era uma ótima terapia pra mim. Eu poderia estar uma pilha de nervos, mas se começasse a ler, tudo voltava ao normal, mas dessa vez foi diferente, eu simplesmente não conseguia me concentrar.

Ouvi umas batidas na porta, e quando vi meu pai já estava adentrando ao quarto.

– Posso entrar? - ele perguntou, e eu dei de ombros.

Ele me olhou como se pedisse desculpas.

– O Johnny me contou que você ouviu a discussão.

– Ele não devia ter falado nada, além do mais foi só uma parte.

– Bom, tenho certeza que foi o suficiente, e o seu irmão só ficou preocupado com você.

– Eu sei.

– Não fique chateada com o Johnny...

– Não estou, só...

– Só?

– Estou me sentindo um estorvo, não devia ter vindo morar aqui.

– Olha Haley, eu sei que não vai ser fácil, mas você é minha filha, e eu não vou te deixar sozinha. – ele disse docemente, pegando meu queixo com uma das mãos. Sorri de forma singela, apenas para não ter que continuar com aquele assunto, e ele pareceu entender. Deu-me um beijo na testa, desejou boa noite e saiu do quarto. Eu ainda permaneci acordada por quase duas horas, olhando para o teto, e pensando no que faria a respeito daquela situação, até que peguei no sono.

[...]

Mais uma vez acordei devido o barulho de galos cantando e portas batendo. O relógio ainda marcava 5:35AM, e o sol já começava a nascer. Estava um caco. Dormindo tarde e sendo acordada a força. Tentei ficar na cama para tentar dormir de novo, mas o galo insistia em cantar. Parecia querer acordar o Kansas inteiro. Escovei os dentes, prendi o cabelo do jeito que deu, e desci para a cozinha. O que eu não esperava era ver Audrey e Jenny já sentadas à mesa. Foi meio desconcertante olhá-las depois do que ouvi na noite anterior, mas eu não tinha certeza se elas sabiam.

Jenny fez o tipo educado quando eu as cumprimentei, mas Audrey fez questão de fechar a cara e não me dirigiu a palavra.

– Bom dia senhorita...quer dizer, Haley. - disse Anna ao me ver.

– Bom dia Anna. - respondi educadamente. - já tem café pronto?

– Sim - ela disse.

Peguei uma xícara bem grande e quando ia me retirando da cozinha, papai e Johnny apareceram.

– Bom dia família! - Johnny disse, dando um beijo na bochecha de cada uma. A única que pareceu realmente gostar daquele gesto fui eu. Jenny não esboçou reação, e Audrey crispou os lábios.

– Vai tomar o café da manhã conosco, não é? - papai perguntou. Eu acabei ficando, mas minha verdadeira vontade era me enfiar em qualquer outro lugar que não fosse aquela mesa.

Um fato sobre mim: Quando não estou a vontade com um lugar, ou com alguém, eu me calo até achar um assunto realmente relevante. E esse assunto...não surgiu.

Assim que Johnny terminou seu café, eu achei a brecha para sair dali. Pedi licença e me retirei. Voltei para o quarto, coloquei uma roupa qualquer e saí.

Andava calmamente pelo centro da cidade quando encontrei Carlla, sentada no mesmo banco em que nos conhecemos.

– E ai garota! - eu disse.

– E ai muchacha! - ela percebeu minha cara de dúvida, e explicou o que significava aquilo.

Seus avós maternos eram latinos, e ela aprendera um pouco do idioma, e "muchacha" significava garota. Eu tentei fazê-la me chamar pelo nome, mas ela disse que gostava desse apelido, mas nunca usava com ninguém.

– Vamos dar uma volta por ai?

– É claro - ela respondeu, ficando de pé na mesma hora. A cidade era extremamente pequena, e eu notei que enquanto nós andávamos, as pessoas nos olhavam de forma diferente, como se tivesse uma melancia em nossas cabeças.

– Não ligue pros olhares curiosos, são pra mim, e não pra você. - ela disse assim que chegamos novamente à praça e sentamos no banco.

– E por que isso?

– Haley, Ellsworth é uma cidade em que se você não é como manda a moral, você é visto como uma aberração.

– Mas isso não pode acontecer! Estamos no século 21. Essas pessoas vivem em que mundo?

– Há somente três fatos sobre mim que eles conhecem. Primeiro: eu me visto desse jeito - ela disse, mostrando as roupas com as mãos. - Segundo: Eu sou negra, sim sou negra. Não me venha com essa que sou morena, ou mulata, ou qualquer outra coisa. E terceiro: todo mundo sabe a minha opção sexual. Resumindo tudo: eu sou uma falha genética da raça humana.

– Mas...

– Mas...- ela me cortou, e continuou a falar. - Você deve achar que eu devia me importar, certo? Aí é que está o porém! Eu não quero que eles se importem com o que eu penso, por que se eles souberem o que eu penso desse bando de hipócritas que vivem de mentiras e fechadas , eu seria queimada em praça pública.

– Você já foi mais doce sabia? - disse uma voz masculina por trás de nós. Carlla abriu um largo sorriso antes de ir abraçar o estranho. Ele carregava uma mala de viagem e uma mochila bem cheia, mas as largou para abraçar Carlla de volta.

– O que você está fazendo aqui? - ela perguntou.

– Eu voltei!

– Não acredito, é sério? Você largou tudo pra voltar pra esse fim de mundo? - ele apenas confirmou com a cabeça.

– E essa quem é? Não me diga que mudou seu gosto?

– Ah não, negativo. Essa é a Haley, uma pessoa decente no meio desse monte de bosta que tem aqui. - disse divertida.

– Perdoe-me, eu nao sabia. - ele disse, estendendo sua mão pra mim. - Me chamo Jason Markys.

– Haley Sullivan. - respondi, retribuindo o cumprimento.

Jason era a visão do paraíso, literalmente. Alto, loiro de olhos verdes, pele alva, e um sorriso de tirar o fôlego de qualquer uma que o olhasse.

– Não acredito que pensou que ela fosse minha namorada, olha pra ela, não faz em nada o meu tipo.

– Hey! Eu ainda estou aqui - eu disse, me fazendo de ofendida. Carlla apenas riu da situação, e de como eu fiquei quando ela disse aquilo.

– Muchacha eu gosto é de loiras. Loiras altas e gostosas, e você definitivamente não se encontra nesse perfil. É até bonitinha, mas não vai rolar, baby! - dessa vez foi Jason quem começou a rir do jeito extrovertido dela.

– Estava sentindo falta dessas suas loucuras, Carlla.

– Isso é por que ninguém nesse mundo chega aos meus pés, meu bem! Você pode ter morado em Nova Iorque, mas duvido que tenha me esquecido.

– Não mesmo!

– Espera. Você morava em Nova Iorque, e veio pra cá, porquê? - perguntei realmente curiosa em saber o motivo.

– Bom eu sempre morei aqui, mas fui pra lá para estudar, e agora estou de volta. Eu até gosto do ritmo de lá, mas nada que a tranqüilidade de Ellsworth pra tirar o estresse.

– No meu caso é justamente o contrário. Essa cidade está me estressando e eu quero com todas as minhas forças voltar pra lá.

– Realmente é difícil se adaptar a uma cidade pequena depois de morar em Nova Iorque. Olha garota da cidade, eu realmente quero conhecer a sua história, mas como vê, acabei de voltar...

– Porque não nos vemos no Taylor's no final da tarde? - sugeriu Carlla. - Assim colocamos todo o papo em dia e reunimos o grupo.

– Ótima ideia, como sempre, Carlla! – ele disse, dando-lhe um beijo na bochecha dela.

Jason despediu-se de nós e rumou para sua casa. Carlla foi cuidar de seu avô, marcando de me encontrar ali em algumas horas, e eu fui até o escritório do meu pai.

Havia uma espécie de recepção logo na entrada da prefeitura, e lá uma senhora baixinha e robusta, ocupava a cadeira de secretária.

– Bom dia, o prefeito Sullivan se encontra. – perguntei educadamente.

– A senhorita é a filha bastar...

– Não sou uma filha bastarda, se é o que quis dizer. Ele está ou não? - disse seca. Ela afirmou, pegou o telefone e anunciou minha entrada. Sua face era ao mesmo tempo envergonhada e exasperada pelo que eu havia dito.

Ela me indicou o caminho e eu o segui. Dei três batidas na grande porta de madeira e ouvi um "Entre" do lado de dentro.

Papai parecia estar perdido no monte de papéis que estavam em sua mesa. Olhava das folhas para o computador e vice versa como se estivesse sem saber por onde começar.

– Está tudo bem? - perguntei.

– Está sim, quer dizer, estou perdido nesse monte de planilhas de orçamentos e gastos.

Fui até ele e vi qual era a sua dificuldade. Ele não sabia mexer direito com aquilo.

– Posso ajudar? – perguntei novamente.

– Se você souber fazer isso, é claro que sim.

– Certo, só me diga o que precisa. – eu disse.

Papai levantou-se da cadeira que estava e me deu seu lugar. Pegou uma das que ficavam do outro lado de sua mesa e colocou-a do meu lado. Foi explicando tudo que precisava e que podia ou não entrar naquelas planilhas.

O tempo em que trabalhei na Hooper me fez aprender muitas coisas, e essa parte administrativa e contábil eram as minhas maiores paixões. Lidar com cálculos era realmente uma terapia, e eu tinha muita facilidade em lidar com aquilo.

– Filha, você é um gênio! - ele disse com um largo sorriso no rosto ao ver tudo pronto.

– Sou prática, o que faz perder muito menos tempo na hora de descartar coisas não necessárias.

– Ficou perfeito, e agora eu posso me achar com mais facilidade no que preciso. – disse ainda maravilhado com tudo.

– Sim. Todas as informações que precisa estão aqui. – falei, mostrando todas as informações do documento.

– Me empolguei tanto que não perguntei o motivo pelo qual veio me ver. Aconteceu alguma coisa?

– Não. Na verdade eu vim aqui por que não quero morar aqui e não ter um emprego...

– Haley, sabe que não precisa trabalhar, não é?

– Sim, eu sei, mas eu não gosto de me sentir uma inútil.

– Você não é uma inútil.

– Você entendeu o que quis dizer. – disse meneando a cabeça.

– Ta, ta bom. Você pode ser minha secretária pessoal, o que acha?

– Pai! É sério.

– Mas eu falo sério. Estou sem ninguém para me ajudar nessa parte. Se não fosse você a me ajudar com essas tecnologias, eu não sei a que horas eu terminaria isso. Você pode cuidar da minha agenda pessoal, me avisar sobre os compromissos, controlar as finanças. Seria maravilhoso, já que você tem minha total confiança!

– Tudo bem - disse com as mãos um pouco elevadas. - Eu aceito ser a secretária pessoal do prefeito Sullivan.

– Ótimo. Começa amanhã às seis.

– Seis? Seis da manhã? Não é muito cedo? - ele riu divertido com a minha reação.

– É brincadeira. Seu horário é às oito. Melhor assim?

– Muito melhor! Agora preciso ir. Tenho um compromisso mais tarde.

– Vejo que já está fazendo amizades. Isso é um bom sinal.

– Não são tantas assim. São só duas pessoas. Bem, vou indo. Te amo pai! - dei-lhe um beijo e fui para casa.

[...]

No fim da tarde, eu estava na praça como combinado. Carlla chegou pouco depois de mim, mas não via nem sinal do Jason.

– O seu amigo não vem? - perguntei.

– Na verdade ele já está lá no Taylor’s, junto com o Matson.

– Então vamos? - estranhei a empolgação na minha própria voz. Eu realmente queria ver aquele carinha de novo.

Carlla deu um sorrisinho sarcástico e me acompanhou até o tal lugar.

O Taylor's era um bar restaurante. Ali podia-se encontrar de café da manhã até as bebidas mais fortes que alguém conseguiria beber. Era o ponto de encontro de todo mundo.

– Nos encontramos de novo hein NI! - disse Michael por trás de mim. - me virei e o encarei semicerrando os olhos. Ele estava novamente vestido igual a um caipira, mas aquilo não me importava, eu estava ansiosa demais para prestar atenção nele.

– Viu o Markys por aí, Mike? - Carlla perguntou.

– Ta bem ali. - ele respondeu. - Já nos vemos NI!

– Não vou esperar por isso. - respondi sarcasticamente.

Carlla e eu nos dirigimos até a mesa em que Jason estava. Ao nos ver, abriu um enorme sorriso, e eu me senti feliz por isso.

– Que bom que vieram! - ele disse

– Você por acaso já viu eu furar em alguma coisa? - Carlla perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas. Ele riu e negou com a cabeça.

– O Matson já deve estar voltando, mas sentem-se.

Carlla parecia querer aprontar alguma, seu olhar sarcástico e seu sorriso irônico não negavam isso. Ela sentou-se ao lado de Jason, me restando ficar ao lado do tal Matson.

– Suponho que não conheça o Matson ainda, certo.

– Bom acho que não. Ainda não tive tempo de conhecer muita gente, só vocês, e um caipira muito chato.

– Voltei gente, o que eu perdi? Ora, ora, ora, sou tão irresistível que você quis sentar ao meu lado, NI? - Carlla até tentou, mas não conseguiu segurar o riso, o que acabou contagiando o Jason também.

– Suponho que o Mike Matson seja o caipira chato, acertei? - Jason perguntou. Eu apenas confirmei com a cabeça. Michael pareceu não ligar, já que estava ocupado demais olhando para as mulheres que estavam no local.

– Cara já viu essas gostosas? – ele perguntou ao loiro, e de certa forma para Carlla também.

Jason chamou um garçom para nos atender e perguntou o que queríamos. Todos pedimos cerveja. Mike me olhou como se eu fosse de outro mundo.

– Que foi? Perdeu alguma coisa?

– Você bebe? – perguntou curioso.

– E qual o problema nisso?

– Você só tem dezessete anos.

– E...

– E que é muito nova pra isso.

– Me poupe ta legal, além do mais você não é meu pai.

– Mas sou os olhos dele. E estou te olhando agora. - eu realmente pensei em dar uma resposta mal educada, mas como o garçom já havia trazido o pedido, eu preferi dar um grande gole na bebida. Ele nada falou, apenas bebeu também, me olhando intensamente.

Algum tempo depois, não sei dizer ao certo quanto, eu resolvi ir embora. Já havia bebido demais e estava começando a ficar tonta.

– Eu levo você. - disse Michael.

– Não precisa, sei chegar sozinha! – retruquei meio trôpega.

– Seu pai pediu que cuidasse de você, e é isso que vou fazer, você querendo ou não.

– Se quiser eu posso levá-la. - disse Jason.

– Viu, ele me leva. - respondi apontando para o loiro.

– Boa tentativa, mas não. Eu levo.

Michael ia puxando a carteira pra pagar sua parte, mas Jason não deixou que ele pagasse. Disse que ele mesmo o faria.

Caminhávamos calados até uma caminhonete velha que estava parada próximo ao Taylor's.

– Entra. - ele disse.

– Não vou entrar nisso. Você bebeu demais e pode bater no primeiro poste que encontrar.

– Não diga besteiras. Você que bebeu feito um gambá. - quando viu que eu não entraria, ele abriu a porta da caminhonete, me pegou no colo, e me colocou lá dentro.

– Estúpido!

– Chata - respondeu de forma divertida. Eu retribui lhe dando língua.

– Se você fosse metade do cavalheiro que o seu amigo é, talvez fosse mais simpático!

– Só por que você ficou caidinha pelo garoto de ouro da cidade, não quer dizer que todos os outros tem que ser como ele. O mundo não gira ao seu redor, garota. - ele disse, dando partida no carro logo em seguida.

O caminho foi silencioso, e eu agradeci por isso. Minha cabeça doía e eu não estava com paciência pra aturar as gracinhas que o caipira poderia soltar.

– Prontinho. Está entregue! – ele disse parando o carro em frente à casa.

– Não que tenha sido um prazer, mas obrigada. – respondi, descendo do carro. Michael colocou a cabeça para o lado de fora e ainda soltou uma de suas famosas piadinhas.

– Foi um enorme prazer pra mim, gatinha! – eu ia mesmo responder, se não fosse o belo tombo que levei assim que me virei. Michael soltou uma gigantesca gargalhada antes de ligar novamente o carro e ir embora.

– Droga! – xinguei, mesmo sabendo que estava sozinha e no escuro.


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Notas finais do capítulo

e ai o que acharam do Jason??? Nos vemos nos comentários okay?
Té mais
Beijos! S2