Um dia com você... Será? escrita por Mavelle


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá Marujos!!!
Foi mal a demora pra postar esse capítulo. Estava sem tempo nenhum para escrever.
Enfim, mais uma vez me desculpem e espero que gostem desse capítulo.
Beijos da Sabidinha ★



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CAPÍTULO 11 - WILL

O que foi aquilo? Como Lizzie conseguiu fazer com que a tempestade parasse? Só Deus sabe. O importante é que estamos todos bem e que saímos daquela tempestade. Saio correndo para abraçá-la, beijá-la, agradecê-la por nos salvar ou sei lá. Eu estou feliz demais para pensar no que vou fazer.

Chego bem a tempo para que ela não caia inconsciente no chão mais uma vez. Não acho que isso seja normal, nem quero acreditar que seja, mas, no momento, não estou dando a mínima pra isso ser normal ou não. Eu quero que Elizabeth fique bem. Só isso. Se esses desmaios parassem também ia ser bom. Como posso me concentrar no meu trabalho com ela doente?

A levo em meus braços até nossa cabine. Will praticamente brota do chão ao meu lado e já se oferece para cuidar da mãe novamente. A deito na cama e saio. Claro que eu gostaria de ficar mais tempo, mas eu tenho que comandar o navio, que, infelizmente, não pode ficar sozinho. Tudo isso quer dizer apenas uma coisa muito ilógica: um jovem de 20 anos pode cuidar da mãe sozinho, mas uma tripulação de imortais não pode cuidar de um navio. Triste.

Fui me dirigindo em direção ao timão quando senti uma pontada no peito. Parei próximo da amurada e fiquei lá esperando a dor passar. Não passava. Pelo contrário: só aumentava. Os homens começaram a se ajuntar perto de mim, percebendo que eu não estava bem.

– Capitão... - um dos homens chamou, apontando para o meu peito.

Incrivelmente, meu peito estava sangrando, coisa que não acontecia há vinte anos, mesmo que eu tivesse lutado inúmeras batalhas. Me rendi à dor e escorreguei pela amurada para sentar no chão.

Meu filho passa correndo pela porta da cabine.

– Pai! Minha mãe acordou! Quer te ver! - ele gritou, me procurando pelo convés. Quando me encontrou, veio correndo até mim. - O que aconteceu, pai?

Tomei forças para falar.

– Acharam o coração.

Ele saiu correndo para a cabine depois disso. Imagino o que ele deve ter dito à mãe. "Mãe, meu pai está morrendo." Acho que deve ter sido isso mesmo, já que menos de um minuto depois ele apareceu com Lizzie, que se ajoelhou em minha frente.

– Will... - ela tocou minha face. Estava prestes a chorar. - Por favor, não me deixe de novo.

Reuni forças mais uma vez.

– Venha comigo. - estendi-lhe a mão, a qual segurou com força, se sentando ao meu lado.

– Até o fim do mundo. Literalmente.

– Calipso pode morrer?

– Não, mas posso me libertar do espírito. Você pode.

Aceno com a cabeça.

– Calipso, eu libero você da forma humana. - sussurei em seu ouvido da forma mais romântica que pude.

Ela pareceu ter uma convulsão e uma fumaça azulada com cheiro de mar saiu de sua boca. A fumaça logo voltou pro mar, deixando Lizzie livre de todas aquelas enxaquecas e desmaios. Ela é só Elizabeth mais uma vez. A Elizabeth que eu amo até o fim do mundo.

– Eu te amo. - ela cochichou em meu ouvido.

– Eu te amo, Elizabeth. - sussurei em seu ouvido.

Ela apontou para um dos piratas.

– Atire em mim, por favor.

– Mas, minha senhora...

– Atire!

Todos se afastaram enquanto ele pegava a arma e mirava em sua barriga. O homem fechou os olhos para não ver o que faria. Escutei o barulho da bala sendo atirada e vi Lizzie levando uma das mãos ao ponto que ele atirou, enquanto, com a outra mão, apertava a minha.

Estávamos sentados, literalmente, numa poça de sangue. Senti quando a cabeça de Elizabeth pendeu sobre meu ombro e percebi que a minha própria vida estava realmente chegando ao fim e chamei William.

– Sim, pai. - ele veio para mais perto de mim.

– Garanta que o novo capitão vai fazer as coisas do jeito certo e vai tratar todos bem.

– Certo. Eu farei isso. Mais algum pedido?

– Apenas seja feliz e fique ao lado de quem você ama o máximo de tempo que puder, não importa o quão difícil isso possa ser. Ultrapasse os obstáculos para ser feliz, quebre regras.

– Certo. Tem só uma coisa que eu gostaria de contar para vocês antes de partirem.

– O quê?

– Vocês vão ter um neto. Becky está grávida.

Uma alegria repentina tomou conta de mim, mas não pude aproveitá-la, pois já não tinha forças.

– Filho, dê a essa criança todas as oportunidades de ser feliz e, mais importante que tudo, seja mais presente na vida dela do que eu fui na sua. Seja um pai melhor que eu fui. Adeus.

– Adeus.

Minha vista foi escurecendo, até que eu não pude ver mais nada.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Muito deprê? Altas revelações?
Deixem seus comentários, marujos e marujas lindos e lindas!
Mereço acompanhamentos? Recomendações?
Beijos da Sabidinha ♥



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