A Exilada escrita por Fates Warn1ng


Capítulo 14
A Lâmina Sinistra


Notas iniciais do capítulo

Chap de hoje ta aí =D Boa leitura.



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Riven descobriu que não seria tão fácil se safar daquele acordo, como imaginou a princípio. Jarvan IV havia concordado em até suas exigências, mas teria que ficar sobre supervisão de alguém da elite de Demácia. Riven ficou um pouco mais tranquila, ao descobrir que sua supervisora seria Fiora. Mas então, descobriu que, por ser uma estrangeira, precisaria provar seu valor, ao povo de demaciano. E só havia uma maneira de fazer isso. Teria que derrotar um soldado de elite, na em uma arena de gladiadores.

– Eu quero a honra de testá-la! - Shyvana se apressou a dizer para Jarvan, horas atrás.

O rei não pensou muito, antes de assentir.

– Sim. Você a terá. Shyvana contra Riven, em um mês exato. - Olhou para Riven. - Esteja preparada.

Caminhava agora com Fiora a seu lado, na direção da casa dela. Sentiu-se um pouco mais tranquila, quando a mulher lhe informou que um mensageiro já havia sido enviado à prisão, para retirar Yasuo de lá, e guia-lo até a mansão Laurent.

– Contra quem você vai lutar? - Fiora perguntou, por fim.

– Shyvana.

A duelista fez uma careta.

– A desgraçada deve ter feito questão de se voluntariar, só por causa de nosso desentendimento.

Riven olhou para ela.

– Tanto faz. Eu não tenho medo dela. É só mais uma luta.

Fiora a olhou de canto de olho, como se ela fosse louca.

– Riven! Shyvana é meio dragão. Ela apenas mantém a forma humana por ser mais cômodo. Mas, quando lutarem... ela vai se transformar.

Aquilo era um pouco bizarro. Riven já havia ouvido falar nos híbridos, mas nunca tivera contato com nenhum. Muito menos, imaginou que um deles viva em Demácia, como guarda pessoal do rei. Aquilo não fazia nenhum sentido.

– Bem, seja lá o que for, eu terei que enfrentar, então não estou preocupada agora.

– Riven! Ela tem permissão para te matar. Você sabe disso, não é?

A loira franziu o cenho.

– Os Demácianos matam convidados?

– Você é uma convidada, no momento. Mas uma convidada noxiana. E vai continuar sendo, até derrotar Shyvana. Não há penas na legislação de Demácia para matar noxianos. Geralmente, nós agimos de modo razoável, nesse tipo de teste. Mas Shyvana vai fazer o que puder para acabar com você, só pelo fato de eu te admirar.

Riven a olhou, longamente. Parecia um pouco difícil para Fiora admitir que admirava alguém.

– O que vocês tem? Parece que possuem uma inimizade de longa data.

– Shyvana não é de Demácia. Ela fez esse mesmo teste, assim como você. E quem a testou fui eu... - Disse, corando imediatamente. - Eu venci. Mas...

Riven percebeu que havia algo estranho ali. Jarvan havia sido bem claro. Quando o testado perdia, não possuía uma segunda chance, nem teria como pleitear de outro modo a aceitação em Demácia.

– Mas? - Incitou-a a continuar.

– Meu pai. Meu pai sabia o que Shyvana era. Eu também. E estava com medo. Eu tinha o que... 20 anos na época. Havia acabado de entrar no esquadrão especial dos Corvos Noturnos. Jarvan achava que seria um teste especial, para nós duas. Céus, como eu era arrogante e metida, na época. - Deu risada. - Minha invencibilidade era tudo, para mim. E, por mais confinate que eu fosse, não via como conseguiria ganhar de um dragão. Então, meu pai, sempre preocupado comigo... - Disse de modo extremamente sarcástico, fazendo uma pausa. - Achou que seria uma ótima ideia dopar Shyvana. E assim, eu venci. Nem preciso dizer que Jarvan ficou furioso, por isso. E não teve outra escolha, a não ser aceitar Shyvana, mesmo com a derrota dela. Desde então, ela me odeia completamente, e vive dizendo que espera um momento de ter sua vingança.

Riven pensou um pouco naquilo. De fato, era uma situação bem complicada. Se Shyvana realmente acreditava que ela e Fiora tinham alguma coisa, ainda que fosse o início de uma amizade, faria o que pudesse contra si, somente para atingir a outra.

– Dopada ou não, vai continuar sem vitórias diante de Demácia. - Disse por fim, abrindo um pequeno sorriso.

********************

Já havia passado muito da meia noite. Assim que chegaram à Mansão Laurent, Fiora rapidamente lhe mostrou seu quarto. Estava exausta, de modo que logo resolveu ir deitar.

– Fique a vontade. Pode pegar o que quiser, fazer o que quiser... - Disse, na porta do seu quarto. - Se precisar de mim, pode bater aqui... boa noite.

Riven assentiu, ao ver a porta de fechar. A mansão era estupidamente grande. Apesar de estar com sono, cansada e extressada, pelos eventos daquela noite interminável, decidiu que não dormiria, enquanto Yasuo não chegasse.

Caminhou pela mansão. Os corredores eram imensos e haviam fotos espalhadas por todos os lugares.Aparentemente, a família Laurent era conhecida por seus duelistas de elite, como pode perceber.

Havia uma área gigante, no fundo. Uma espécie de pátio de treino, com 100m². Riven empunhou sua espada quebrada. A Lâmina do Exílio parecia extremamente bela, aquela noite. Fechou os olhos, fazendo movimentos no ar. A espada dançava calmamente, sobre seu total domínio. Gostava de fazer aquilo. Era praticamente uma meditação. Estava quase conseguido se acalmar completamente, até ouvir a voz.

– Não imagina o trabalho que tive, de chegar até aqui.

Riven abriu os olhos. Não acreditava realmente que ela estivesse ali, aquilo não era possível.

– É... deve ter sido difícil. - Rodou a espada na mão, assumindo uma postura defensiva. - Quanto tempo, Katarina. Como tem passado?

– Bem, obrigada. - Puxou duas lâminas de arremesso. - E especialmente melhor, agora. - Deu um sorriso longo.

– Não precisa ser assim. - Riven disse, calmamente. - Somos amigas.

– Amigas? - Ela deu risada. - Eu sou uma assassina de Noxus. E você é meu alvo. Não há amizade entre leões e homens!

– Mas você não é uma leoa. É somente uma gatinha. - Riven disse, sem conseguir evitar a provocação,seguida de um sorriso.

Katarina avançou, jogando as duas facas de arremesso. Riven bloqueou ambas, dando um pulo para trás. Não queria lutar contra ela. Katarina havia sido sua colega na escola, e companheira de treino. Riven, jamais havia perdido uma luta para ela, e esse fato costumava irritar a ruiva, extremamente competitiva. Mas, fora isso, elas tinham um ótimo relacionamento. Pelo menos, na adolescência.

– Kat... - Riven tentou, bloqueando mais duas de suas lâminas. - Eu não quero te machucar. Eu imploro...

– Calada! - Katarina se enfureceu com o jeito de Riven falar. - As coisas estão diferentes agora! E hoje, eu vou vencer!

Katarina então sacou suas duas espadas curtas e avançou. Ela realmente havia melhorado. Estava mais rápido, e os golpes, mais habilidosos. Além disso, estava com duas espadas. Riven se defendia como podia, bloqueando a maioria dos ataques e desviando de outros.

Então, subitamente, Katarina desapareceu.

– O que? - Riven arregalou os olhos, surpresa.

Percebeu um pouco tarde, que ela estava em cima de si. Tentou desviar, mas uma das espadas fez um corte considerável na lateral do seu corpo. Riven pulou para longe, avaliando o estrago.

Fez uma careta, ao sentir o sangue pingando.

– Chama-se Shunpo. - Katarina disse, com um sorriso convencido. - É legal, não é?

– Muito! - Riven respondeu. Aquela técnica lembrava a de Fiora. Passou a enxergar a luta com outra seriedade, agora. - Fico feliz por saber que domina a magia de combate.

– Não vai ficar tão feliz, ao ser derrotada. E morta.

– Katarina! Não é uma competição entre mim e você! Somos amigas! - Riven tentou trazê-la a lucidez.

– Seríamos, se você não fosse uma covarde. - Ela cuspiu no chão. - Logo você, Riven... - Fez uma cara de nojo. - A pessoa em quem eu sempre me espelhei... Eu desprezo você!

Riven olhou para Katarina. Ela realmente havia mudado muito. Lembrou-se da pequena garota de cabelos ruivos, emburrada num canto da Acadêmia Infantil, após mais um dia de treino.

"-Hey gatinha! - Sentou-se perto dela. - O que foi? Que carinha é essa?

– Eu sou inútil Riven. Inútil. Nunca servirei para nada. Sou uma vergonha para meu pai! - Abraçou os próprios joelhos, os olhos enchendo de lágrima.

– Que é isso? - Ela sorriu e a abraçou. - Vou te contar um segredo. De todas pessoas aqui, a única que eu tenho medo de enfrentar é você.

Ela sorriu, olhando para a loira. Mas então, fechou a cara novamente.

– Você está mentindo! Eu nunca cheguei nem perto de te vencer.

– Ah, você tem 12 anos. E eu quinze. É meio injusto, não? Mas você é ágil. Quando for mais rápida e forte. Será invencível.

Katarina ficou olhando para ela, por alguns segundos.

– Eu adoro você, sabia?

Riven fez um cafuné na cabeça dela.

– Também te adoro, gatinha.

– Por que você nunca me deixa vencer? Uma vezinha, só...

Balançou negativamente a cabeça.

– Uma vitória assim não é digna. Acredite em mim. - Colocou a mão no ombro da ruiva. - Você tem um potencial incrível. É só questão de tempo. Continue treinando. Eu tenho certeza que um dia, você vai me vencer. Por suas próprias habilidades. - Levantou-se, com um sorriso gentil no rosto. - Nesse dia, você saberá que é a melhor de Noxus."

Riven suspirou, olhando para ela e assentindo.

– Desprezo é um sentimento ruim e mesquinho. E é a razão pela qual vai perder hoje. De novo.

Katarina balançou a cabeça, negativamente.

– Não vou. Hoje é meu dia. Você mesma me prometeu isso. - Piscou para ela, preparando as lâminas. - Pronta ou não, eu estou indo, Riven!

A loira já havia se enfurecido um pouco com as atitudes dela, e a dor do ferimento também não melhorava seu humor.

– Se é isso que quer, venha!

Katarina não esperou meio segundo, partindo para cima. A espada dela voou contra o rosto de Riven, que a aparou com a própria lâmina. Pulou para trás, para se proteger do segundo ataque mas, Katarina novamente sumiu. Riven estava preparada, dessa vez. Seu escudo mágico rápidamente se formou, sobre si, bloqueando o golpe que vinha em suas costas. Já virou com um golpe em arco, rasgando a barriga da ruiva, que recuou, em seguida, gemendo de dor.

– Inocente, Katarina. Se acha que, em nosso nível, a mesma estratégia funcionará seguidamente.

– Calada! - Ela disse, cm dificuldade. O golpe havia sido profundo. Ela estava perdendo muito sangue.

– Você não está bem. Renda-se. - Riven voltou a dizer, sentindo a irritação se dissipar, lentamente.

– Me render? - Katarina deu uma risada grotesca, diante do absurdo que havia escutado. Então desapareceu novamente.

Riven olhou para cima, vendo uma chuva de adagas sendo lançada contra si. Esquivou-se para trás. Katarina logo apareceu diante de si novamente, com mais um Shunpo, tornando a lançar uma série de golpes contra si. Mas ela estava mais lenta que antes. Além do ferimento ser pior, Kat não era uma lutadora,e sim uma assassina, com uma alta taxa de precisão. Ao contrário de Riven, não estava acostumada a lidar com situações adversas, nem a surportar muita dor, enquanto lutava. Riven foi avançando, com mais uma série de golpes, até acertá-la mais uma vez, na coxa. O golpe foi suficiente para Katarina desabar.

Riven se afastou, olhando-a. Sentiu pena.

– Acabou... - Disse, por fim.

– Não acaba nunca! - Katarina gritou, incapaz de aceitar a própria derrota. - Não até eu estar morta. Eu odeio você!

– Gatinha... - Riven deu um passo para trás. - Você não tem condições de lutar. Recue. Lutaremos novamente outro dia.

Katarina sequer estava ouvindo. Levantou-se e avançou novamente contra ela. Um semblante de loucura total dominava seu rosto. Riven apenas desviou de seu golpe, e acertou a latera da cabeça dela em cheio com a parte chata da espada.

Foi uma pancada e tanto, e a garota caiu zonza, completamente grogue. Derrotada. Só então, Riven ouviu as palmas.

– Fascinante! - Fiora disse. - Essa é a Riven que eu conheço.


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Notas finais do capítulo

Euq euro revieewwws szsz =D



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