A Exilada escrita por Fates Warn1ng


Capítulo 13
O Rei


Notas iniciais do capítulo

mais um capítulo xD
King Jarvan IV DEMÁÁÁÁÁÁCIA Rules =D não gosto dele u.u.u.u.u.u.u mas espero que gostem do capítulo *--* boa leitura



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Quando finalmente se viu diante do rei, Riven se sentiu um pouco mais relaxada. Certamente, enfrentar Jarvan IV era mais fácil e tranquilo do que continuar escutando a enxurrada de ameaças de Shyvana, por todo o caminho desde as ruas de Demácia até o castelo real. Ainda que a mulher gigante estivesse em pé, ao seu lado, mantinha-se agora em silêncio.

Jarvan era bonito. Deveria ter pouco mais de 30 anos, e usava roupas imponentes, num tom forte de dourado, quase como se fossem banhadas a ouro. Bem diferente do que governante noxiano, que sempre se escondia sobre tecidos de vermelho sangue. Aquilo refletia bem o espírito da nação. Haviam também quatro soldados, espalhados em cantos estratégicos da grande e rica sala, em que se encontrava.

– Alteza...? - Tentou chamar sua atenção, sem saber ao certo como se comportar. Jarvan certamente havia escutado a porta se abrir, mas, sequer levantara o olhar das anotações que fazia, atrás da maior escrivaninha que a loira já havia visto.

– Você não fala na presença do rei até que ele lhe dirija a palavra! - Shyvana a repreendeu rispidamente.

Mas Jarvan apenas esboçou um pequeno sorriso, enquanto escrevia cuidadosamente uma palavra na folha branca.

– Não seja tão dura com ela, Shyvana. Uma noxiana não está letrada em nossos padrões de respeito e civilidade. - Então, finalmente, ergueu os olhos para a guerreira a sua frente. - Estaria eu errado, Riven?

A garota devolveu o olhar.

– Sim, senhor. Acho que não há nenhuma diferença entre Noxus e Demácia.

– Com exceção dos soldados, é claro. - Ele disse, claramente a provocando. - Diziam que você era a melhor que Noxus tinha. E ainda assim, fugiu do campo de batalha com o rabo entre as pernas, forjando sua própria morte e exilando-se espontaneamente, se minhas fontes são corretas.

Riven mordeu o lábio inferior. Não estava gostando do rumo que aquilo estava tomando.

– Era uma batalha perdida.

– Os bons soldados obedecem ordens. - Jarvan replicou, voltando a abaixar o olhar.

– Os bons soldados morrem aos montes devido a ambição dos maus reis. Tanto soldados noxianos, quanto demacianos. - Sabia que não deveria ter dito aquilo, mas não se segurou.

Jarvan voltou a encará-la, agora cutucado pela provocação dela.

– Você é corajosa. E insolente.

– Não teria a fama que tenho sendo uma covarde. E se acha que pode usar o disfarce de rei para me ofender e tem a inocência de pensar que vou aceitar passivamente, é muito mais insolente do que eu. - Ela disse, o olhando duro.

Ele deu risada, se levantando lentamente.

– De fato... - Jarvan finalmente se aproximou dela. - E então, Riven... Como é para você, estar em Demácia?

– É uma bela cidade fortificada. - As respostas da garota eram secas. Já tinha desistido de tirar alguma coisa daquela conversa. No fim, tinha certeza, seria enviada à forca, ou qualquer que fosse o tipo de execução praticado contra inimigos da nação.

– Impenetrável, seria a palavra correta. Noxus nunca nos derrotará. E você sabe porque? Somos mais organizados. Mais disciplinados. Temos soldados mais capazes. - Jarvan ia contando nos dedos. - Temos mais aliados. E nossas muralhas são impenetráveis.

– Nesse caso, porque estou aqui? Se Demácia é tudo isso, que você diz, por que conversa comigo? Por que perde seu tempo? Não seria muito mais fácil me executar logo? Menos uma pedra no seu sapato.

Ele deu risada, se divertindo.

– Você é sempre direta. Mais um ponto pelo qual os noxianos são enfadonhos. Não conseguem manter uma conversa... - Fez uma cara de pena.

– Não tenho o menor interesse em conversar com quem me insulta, seja ele rei ou não.

– Pois bem, Riven... Se tem tanta vontade de ser enforcada logo, posso conceder seu desejo.

– Eu não acredito em você. - Ela disse, já sem paciência. - Se quisesse me matar, eu já estaria morta. Então me diga, Jarvan IV, o embromador... - Então abriu um sorriso discreto, quase angelical. - Em que posso ser útil?

Shyvana já estava com a mão em sua faca de combate. A Meia Dragão já odiava Riven extremamente e Jarvan era tudo para ela. Aqueles simples insultos eram suficientes para tirar sua cabeça do lugar.

– Você é perspicaz. - Ele disse por fim. Então suspirou. - Queremos acabar de vez com a guerra com Noxus.

Riven franziu a sobrancelha, sem acreditar direito no que havia acabado de ouvir.

– Não por meios pacíficos, imagino...

– Noxus não negocia a paz. Você sabe bem disso.

Riven acabou assentindo. Nesse ponto, o rei estava completamente certo. "Violência para acabar a violência". Esse havia sido seu lema, durante muito tempo. E refletia perfeitamente a ideologia de Noxus. A violência é o caminho para a paz, através da aniquilação de todos os inimigos do império.

– Então quer invadir...

– Não só invadir. - Ele disse, rapidamente. - Queremos conquistar a cidade. Mas, não temos plantas confiáveis, não conhecemos o subterrâneo, nem os perigos, que uma invasão poderia acarretar. - Olhou para ela. - Imagino que com a ajuda de um membro da Elite Carmesim, tudo se simplificaria.

Então Fiora estava certa, no fim, percebeu Riven. Jarvan estava, por detrás de toda aquela pose, disposto a negociar com ela.

– Evidentemente que sim. Mas, eu apenas abandonei Noxus. Isso não quer dizer que pretendo participar de uma ação para derrubá-la. Ainda tenho amigos lá.

– Eu ainda não acabei. Por fim, precisaremos administrar o lugar. E não haverá ninguém melhor do que você. Que, além de conquistadora, já é conhecida como heroína nacional, mesmo hoje.

Riven nesse momento, entendeu menos ainda.

– Você está sugerindo...

– Estou afirmando que, após conquistarmos Noxus, você será empossada Rainha Noxiana. E seu primeiro ato real será decretar a paz com Demácia, Ionia, e todas as outras nações de Runaterra.

Riven sentiu as pernas ficarem bambas. Aquilo era algo que ela nunca havia cogitado. Rainha? De Noxus? Provavelmente a própria população faria um motim, assim que os demacianos se retirassem. Heroína nacional ou não, Riven havia abandonado o campo de batalha. Não era algo que os noxianos aceitassem bem. Vitória ou morte, era o que sempre havia escutado.

– Quanto tempo tenho para pensar?

– Nenhum. - Ele a olhou no fundo dos olhos.

Riven sustentou o olhar, assentindo. Era hora de conseguir tudo que pudesse.

– Quero remuneração igual a qualquer soldado de elite demaciana...

Jarvan assentiu, e Riven continuou.

– Direito de livre circulação e nenhum guarda me vigiando.

Ele torceu um pouco a boca.

– Isso é um pouco complicado...

– Se eu tentasse voltar a Noxus, seria executada. Você bem sabe disso, afinal enviou uma missão para capturar Katarina e Talon, antes que eles chegassem em mim.

– Ainda assim, para uma noxiana...

– Também quero o direito de permanecer armada, desde o momento que sair dessa sala. E garantias de que não sofrerei nenhum atentado. Qualquer dano que eu tenha causado para Demácia, ou qualquer nação aliada, enquanto estava a serviço de Noxus será imediatamente perdoado e esquecido...

Jarvan novamente assentiu, lentamente, com um semblante venenoso.

Riven não se intimidou.

– E por fim. Tudo que pedi para mim, também quero para Yasuo.

Um silêncio se fez na sala. Os olhos de Shyvana brilharam, de fúria.

– Não! - A voz de Jarvan finalmente se fez ouvir. - Ele é procurado em Ionia, por crimes violentos e alta traição.

– Então nada feito. - Riven disse, por fim, dando de ombros.

– Devo salientar... que se não aceitar a nossa proposta, vai enfrentar o tribunal demaciano como qualquer outro noxiano faria.

Riven o olhou no fundo dos olhos, de modo mais profundo do que qualquer um já havia feito aquele esto. Era a hora de sua cartada mais alta.

– Então o enfrentarei de cabeça erguida. Lamento não ter deixado claro mais cedo que isso não era uma negociação, alteza. Se quiser vencer a guerra contra Noxus nos próximos meses, esses são meus termos.


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Notas finais do capítulo

reviews? =PPPPPPPPPPPP



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