Open Your Heart escrita por Ally Faria


Capítulo 4
Finalmente em Miami!


Notas iniciais do capítulo

Como eu prometi... aqui está mais um capitulo e amanha vem mais um.
Obrigada a todos os que me estão apoiando.
E já agora eu fiz uma montagem e consegui colocar a Ally usando as roupas que eu queria. Só nao sei se ficou bom mas depois me digam alguma coisa.

E relaxem logo vai chegar o tão esperado "momento Auslly"



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POV Ally

Nossa que dor é essa na minha cabeça e nas minhas costas, e nas minhas pernas… reformulando a pergunta: Que dor é essa no meu corpo todo?

Já era de manhã e meu despertador já tinha tocado e ai quando eu ia me mexendo para me levantar senti uma dor horrível, eu ainda estava com os olhos fechados por causa da claridade que vinha das duas janelas de meu quarto.

Fui abrindo os olhos devagar e pestanejando algumas vezes para me acostumar com a luz que imanava meus olhos e foi então que eu percebi que estava no chão. Olhei para cima e me deparei com meu irmão todo esticado na minha cama, me levantei devagar e olhei para ele furiosa e fui em direção dele me encostando em seu ouvido e gritando:

– ACORDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!- Ele pulou de tal maneira que quase me derrubou mas bem feito, isso foi por me ele me ter atirado no chão enquanto eu dormia.

– Que é isso garota, tá maluca? – Perguntou ele me fuzilando com o olhar.

–Isso foi por você me ter jogado no chão quando eu estava dormindo. – falei massajando o meu pescoço.

– Quê? Eu não joguei você no… ah espera então foi você que eu chutei quando estava dormindo?

–Não, foi Papai Noel.

–Tá desculpa foi mal. Mas agora me deixa dormir mais um pouco vai… - falou ele enquanto se jogava na minha cama de novo.

– Nem pensar, levanta!

–Porquê? São só mais 5 minutinhos. – falou ele fazendo bico.

– Não. – falei enquanto desviava meu olhar dele, ai eu não resisto quando ele faz bico.

–Porquê?

– Porque na sua terra, “só mais cinco minutinhos” é o mesmo que “só mais umas horas”. – respondi destapando seu rosto e jogando o travesseiro nele – Agora vai tomar banho porque temos que estar no aeroporto em uma hora.

–Tá… CHATAAAA! – falou andando para a porta de meu quarto.

–Ah cala a boca RETARDADO!

Como sempre tomei meu banho, fiz minha higiene, e vesti uma roupa um pouco melhorzinha, afinal não é todo o dia que eu vou andar de avião. Peguei minhas coisas e desci.

Chegando na sala encontrei minha vovó e meu vovô abraçados no meu irmão mas assim que me viram correram na minha direção e fizeram o mesmo. Minha vovó chorou um pouco r deixei cair um ou duas lágrimas mas depois me controlei.

A gente se despediu e fomos para o aeroporto, claro que antes ainda tivemos que esperar que meu irmão se despedisse dos amigos e pra minha surpresa o Elliot, um cara que antes era meu amigo veio se despedir de mim. Eu tentei não ser desagradável, afinal era uma despedida e a gente já foi bons amigos e além disso ele foi o único que continuou tentando ficar perto de mim enquanto eu afastava todo o mundo. Ele deu um abraço em mim e disse:

–Apesar de você se ter afastado de todo o mundo, inclusive de mim… - parou um pouco e olhou nos meus olhos. - Eu quero que você saiba que você sempre será importante pra mim porque você foi e é o meu primeiro e único grande amor.- Meu corpo estremeceu e eu senti meu rosto esquentar. Nossa, eu não acredito que ele falou aquilo.

Eu estava estática e ele riu e colocou a mão no bolso da minha jaqueta e virou costas. De repente ele vira de novo e taca um beijo no meu rosto e sai correndo.

Meu pai observava tudo com um olhar estranho no rosto, parecia que ele queria chorar, ignorei e fui chamar meu irmão porque se dependesse dele nunca mais sairíamos dali.

Chegamos no aeroporto bem na hora. Eu e meu irmão esperamos enquanto nosso pai ia tratar das coisas do Check-in.

Pouco tempo depois já estávamos no avião. O caminho ia ser longo por isso coloquei meu fone e comecei a ouvir musica. Mas sempre que eu estava prestes a adormecer meu irmão começava a me cutucar e a se queixar.

–Ally… Ally … Ally!- dizia enquanto me empurrava de leve.

–Que foi droga?-perguntei já irritada.

–Tou enjoado.

–Então vai no banheiro.- falei como se fosse obvio porque era obvio. Dahhh!

–Não quero ir sozinho. – falou enquanto enrolava seus dedos.

–Tá de brincadeira, certo?- ele negou – Porque não pode ir sozinho?

–Aquele cara tá me assustando. - Eu olhei e realmente o cara era assustador mas por favor, até parece que o cara ia atacar alguém no meu do avião, tenham dó né gente. Esse meu irmão.

Me levantei e fui com ele. Fiquei cerca de meia hora especada em frente à porta do banheiro, a hospedeira veio duas vezes perguntar se estava tudo bem.

–Brady! Qual é? Você morreu ai dentro?- eu falei e logo a porta abriu. Se eu soubesse tinha falado mais cedo.

–Não mas quase. – respondeu limpando a boca com a manga do casaco. Eca!!!!

A viagem estava sendo longo e a noite foi horrível, era meu irmão roncando de um lado, o garoto de trás dando chute pra tudo quanto era quanto, um par de namorados se lambuzando em cima do banco, sério isso tava pior que filme de terror.

Meu pai tava no banco do outro lado e ele também não parecia feliz. Coitado ele tinha um gorducho deitado no colo dele e babando em suas pernas. Sinceramente não sei quem estava pior. Mas acho que era eu e como sempre eu explodi. Primeiro com meu irmão, depois com o garotinho irritante, depois com o casalzinho “melação”, depois com o gorducho que estava no colo do meu pai e depois finalmente eu dormi um pouco.

– PÁRA DE RONCAR, MEU FILHO! – gritei dando um tapa na cabeça dele. Depois me virei para trás e disse:

– E você para já de dar chutes no meu banco se não a seguir quem vai levar chute vai ser você, tá me ouvindo. – A mãe do garoto puxa ele para perto dela e me olha escandalizada, mas tou nem aí… depois sobrou pro casalzinho “melação”.

– Ó casalzinho … é vocês! - Eles me olharam e eu gritei- ARRUMEM UM QUARTO, POR FAVOR, TEM MENORES DE IDADE AQUI VIU?

Todo o mundo tinha acordado e meu pai me olhava espantado e ai eu levantei e fui em direção a ele.

Abanei o gorducho até ele acordar.

–Ah, oi moço! Será que dá pra parar de babar e sair do colo do meu pai, obrigada.- ele se levantou e eu falei- E será que você pode fazer a gentileza de trocar de lugar comigo.

Ele assentiu e foi para o lado do meu irmão que já dormia de novo e meu pai continuava me olhando com cara de pânico.

–Boa noite e não tem de quê.- falei voltando a colocar meu fone e nem esperando ele responder.

–Ally acorda! Já chegamos. – acordei com a voz do meu pai. Faz muito tempo que eu não acordava ouvindo o som da sua voz.

Abri meu olho e o encarei, sua expressão não tava tao seria como de costume, na verdade estava … divertida?

Olhei pro lado e percebi do que ele ria, era do meu irmão. Ele estava praticamente subterrado debaixo do gorducho e tentava sair enquanto limpava a baba que o gordo tinha deixado em seu rosto. Duplo Eca!

Finalmente a gente saiu do avião. O meu pai tinha um carro esperando a gente. Colocamos as malas no porta-bagagem e entramos no carro.

Depois de um longo caminho o carro finalmente parou em frente de um grande portão preto que estava a abrir lentamente. Assim que ele se abriu percorreu um caminho particularmente grande que estava rodeado por um belo jardim até que parou em frente a uma casa linda.

Nós saímos do carro e logo dois senhores vieram pegar nossas malas. A gente vai morar aqui?

O meu pai foi caminhando até a porta da frente e entrou, eu e meu irmão apenas seguimos ele. A gente estava de boca aberta, bem aberta.

A casa era enorme: a sala de jantar era bem acolhedora, a sala de estar era perfeita, até tem piscina na parte de fora da casa.

Subimos para o segundo piso e fomos logo ver os quartos. O do meu irmão era bem a cara dele, agora o meu não, era demasiado rosa para o meu gosto mas eu mudei logo de ideias quando vi um gatinho deitado na minha nova cama.

Cara eu sempre quis ter um gatinho.

Depois de vasculhar a casa toda o meu pai disse que ia trabalhar sempre em casa. É, bem que eu tinha visto um escritório lá em cima. Ele deu dinheiro pra gente ir comprar roupa e pediu ao motorista para levar a gente no shopping. Eu não estava muito a fim de ir, estava gostando mais de brincar com meu novo gatinho. Dona Bia, a empregada lá de casa disse que ele apareceu lá não tem nem 2 semanas. É o destino. Que bom que eu posso ficar com ele. Só não sei que nome vou dar a ele mas, depois eu vejo isso.

Chegamos no shopping e mal havia onde estacionar, essa gente não deve ter mais nada que fazer. Estava um calor infernal e eu soava por todos os cantos. Tirei o casaco e fiquei só de t-shirt mas meu irmão estava com camisola de frio e estava vermelho que nem tomate mas eu acho que não era só por causa do calor.

Entramos logo na primeira loja que vimos e meu irmão parecia um louco procurando um t-shirt pra vestir.

No final de algum tempo meu irmão já tinha comprado quase tudo o que precisava e já tinha trocado a camisola mas eu não tinha encontrado nada que me agradasse.

Foi então que encontrei a roupa perfeita em uma loja chamada “Perfect Beauty”.

Entrei e peguei logo em um monte de roupa. Foi então que uma menina baixa e de cabelo cacheado veio falar comigo.

–Oi, sejam bem vindos à Perfect Beauty! Precisam de ajuda?- falou com um sorriso no rosto mas com uma voz entediada.

–Oau, você não gosta mesmo nada desse trabalho!- falou meu irmão sorrindo que nem um bobo para garota na minha frente.

–Claro que eu gosto. Quem é que não prefere estar numa loja o dia inteiro, recebendo um salario medíocre enquanto podia estar na praia disfrutando do calor com os amigos.- falou irónica.

–Irónica, gostei de você… uhm?

Trish e você?

–Ally e esse babadinho aqui é o meu irmão Brady.

–Oi Trish. – Falou meu irmão ainda babando a garota.

–Tem seu nome na t-shirt, gostei.Então quer ajuda pra escolher a roupa Ally? Olha que eu tenho bom gosto. – Falou esperançosa. Gostei mesmo dessa garota.

–To vendo.- Sorri e ficamos escolhendo roupas juntas. Meu irmão acabou cansando e foi tomar um sorvete, enquanto eu e Trish virávamos a loja de ponta à cabeça.

–Amei essa Ally, você tá linda. – Disse Trish com um sorriso honesto.

–Obrigada, vou levar essa roupa e mais aquela. – Falei apontando para a montanha de roupa que tinha lá.

–Nossa! Você é uma daquelas viciadas em compras ou esta tentando renovar o seu armário? – Disse Trish enquanto pegava a roupa.

–Renovando. É que eu sou nova na cidade. – Informei.

–Sério? De onde você era?

–Londres. Lá fazia sempre muito frio e aqui faz muito calor por isso tive que comprar a roupa toda de novo.

–Que legal. Porquê se mudou? Ai desculpa eu já tou querendo saber de mais. – falou com um tom preocupado.

–Não tudo bem. Eu me mudei porque meu pai foi promovido na empresa que ele estava trabalhando e foi transferido para aqui.

Continuamos conversando, eu paguei a roupa e depois peguei um vestido de dentro de uma das sacolas.

–Toma, pra você. – falei esticando o braço com o vestido.

–Não que é isso. De jeito nenhum.- falou ela recuando.

–Eu só comprei porque você gostou dele. Toma vai, senão vou ficar ofendida.

–Tá bom. Mas eu vou te recompensar um dia.

Continuamos conversando e ela me deu seu número e perguntou se eu não queria ir ter com ela mais tarde. Ela ia estar em um bar com os amigos e queria que eu fosse. Eu disse que ia pensar e que depois mandava uma mensagem com a resposta. Ela assentiu e eu me despedi e virei costas procurando meu irmão com o olhar.

Até que ouvi alguém me chamando me virei e vi que era Trish.

–Também gostei de você Ally, acho que vamos ser boas amigas.

Sorri e fui procurar meu irmão. Encontrei ele em um banco se empanturrando de gelado de chocolate.

Fomos pra casa e eu falei pra ele que a Trish me convidou para ir ter com ela mais logo e ele disse para eu ir. Claro que ele ia vir também, era obvio que ele se tinha encanto pela Trish.

Mas mesmo assim eu não sei se já estou pronta para me relacionar assim com as pessoas. Eu sei que eu jurei para mim mesma que ia ser diferente só não sei se vou conseguir. Falar é fácil... agora fazer.

Se bem que foi a primeira vez que eu senti que alguém gostou de mim de verdade e não por pena.

Quem sabe se eu na vou mesmo ter com ela, ainda tenho duas horas para decidir.

… e o tempo não pára.


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Notas finais do capítulo

Comentem, favoreitem, acompanhem ou recomendem.
Eu só nao queria que vocês fossem leitores fantasma.
Quero ideias para o nome do gatinho da ALLY.

Beijinhos, até amanha e espero que gostem!



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