Open Your Heart escrita por Ally Faria


Capítulo 3
A notícia que vai mudar tudo!


Notas iniciais do capítulo

Bom meus amores, aqui está mais um capitulo e esse é bem longo.
Espero que gostem.

Beijos, beijos ♥



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POV Ally

Falta um mês para começar a tortura, quer dizer, a escola!

Nem acredito que as férias passaram tão rápido, também se eu não tivesse passado mais de metade delas dormindo talvez tivesse passado mais devagar. Mas valeu a pena. A outra metade eu passei escrevendo e compondo canções.

Bom já me ia esquecendo de me apresentar. Eu sou a Ally Dawson, tenho 17 anos e moro em Londres. E antes que perguntem, não eu não sou preguiçosa mas quando não se tem mais nada que fazer o melhor é mesmo dormir.

Eu amo música pois para mim é a única coisa que faz a minha vida parecer um pouco normal.

Eu moro com meus avos e com meu irmão. Antes que perguntem não eu não sou órfã, eu tenho pai e acho que ainda tenho mãe. É, eu acho porque minha mãe abandonou a gente quando eu tinha 15 anos e desde então o meu pai vive viajando por causa do seu novo emprego.

Ele mal dá sinais de vida e quando dá é para me dar bronca por causa das notas. Meu pai está diferente, está mais frio e distante da gente, ele ficou assim desde que minha mãe foi embora. Mas não vamos falar de coisas deprimentes.

Hoje eu acordei bem mais cedo que o costume, me levantei, tomei banho, escovei os dentes, penteei meus cabelos e vesti uma roupa simples (apesar do frio que faz lá fora, dentro de casa está bastante quentinho por isso eu vesti uma t-shirt), não precisa de maquiagem já que eu ia apenas ficar em casa portanto não precisava disfarçar a cara de zumbi.

Sai do meu quarto e comecei a ouvir várias vozes vindas da sala, desci as escadas para ver o que se passava e dei de cara com meu pai.

– O que o senhor ta fazendo aqui? Pensei que viesse só mês que vem! – Falei ainda surpresa. Ele estava com aquela cara de defunto como sempre, serio e com um olhar frio.

– Eu vim porque eu tenho uma notícia para dar a vocês.- Falou finalmente… admito que fiquei curiosa mas aquela cara dele estava me dando vontade de dar o fora dali.

–Que notícia pai? – Falou meu irmão me assustando e me tirando de meus pensamentos. Meus avos permaneciam quietos e com as cabeças baixas.

– Eu fui promovido… - falou ele não me deixando muito surpresa mas logo meu irmão cortou ele dando os parabéns.

–Que bom pai parabéns, quando foi isso?- falou todo animado, sinceramente não entendo o porquê dessa animação toda.

–Obrigada filho foi no início da semana! – O bom humor do meu pai é a sua melhor qualidade. É ironia pura. – Mas não era só essa a noticia que eu vos queria dar.

Ele parou e olhou para a gente ainda mais serio… aquilo tava me irritando.

–Ai fala logo que saco! – Falei meio que ansiosa e irritada. Ele me olhou e respondeu.

–Vamos nos mudar.

–O quê?- falei eu e meu irmão em uníssono. Pelo jeito meus avos já sabiam, devia ser disso que eles estavam falando quando eu estava descendo.

–Como assim mudar? Pra onde? Quando? Como? Pai eu tenho me vida aqui! – Falei meio alterada.

–E olha o que você tá fazendo com sua vida… eu já vi suas notas! – E fedeu – Tudo notas ruins!

– É mas o que o senhor chama de "notas ruins" eu chamo de "dá pra passar" – falei com um ar serio como se o que eu acabei de dizer fosse a coisa mais normal do mundo. O meu irmão não aguentou e soltou uma risada e eu notei meus avos abafando o riso com as mãos.

–Olha bem mocinha isso não tem piada.

–Tá me vendo a rir. – Serio quando foi que ele me viu rir, que eu saiba foi meu irmão que riu, eu não tenho culpa não.

– Já chega! E você não ri não porque suas notas não estão nada melhores. – Meu irmão fechou a cara e encarou o chão. – E agora vão fazer as malas porque vamos partir amanha de manhã.

– Mas pai e a escola, os avos e os meus amigos?- perguntou meu irmão. Sinceramente eu só estava preocupada por ficar longe dos meus avos porque eles já não vão para novos, agora com a escola não tou nem aí e com os amigos, bom eu não tenho nenhum, tinha antes da minha mãe… vocês sabem … mas depois eu me afastei deles. Acho que era porque eu não queria que tivessem pena de mim.

–E os avos? Eles vão ficar aqui? Olhe que eles já não vão para novos... Sem ofensa. - Completei quando vi suas caras de bravos.

–Eles poderão nos visitar sempre que quiserem. Agora chega de enrolação e vão arrumar suas coisas. – Falou como se não quisesse saber de mais nada a não ser da estupida mudança.

–Venham meus amores eu vou ajudar vocês.- Falou minha vovó com a voz meio embargada mas ainda assim doce, acho que ela tava chorando. Assentimos e seguimos ela até à porta dos nossos quartos.

Ela ia ajudando a gente, mas tivemos que dar uma pausa nas arrumações pois já eram 14horas e a gente ainda não tinha almoçado. Descemos e eu fui ajudar minha avó com o almoço enquanto meu irmão se sentou ainda emburrado numa cadeira lá na cozinha.

A gente terminou de almoçar e depois limpamos tudo. Ninguém ousou dizer nada durante todo o almoço. Claro que às vezes eu dizia alguma coisa para tentar aligeirar o ambiente mas nem assim. Aquela cara de mau humor do meu pai deixa qualquer um deprimido. Poxa custa muita dar um sorriso… no caso dele parece que sim, né.

A tarde passou voando pois com as arrumações e as correrias de um lado para o outro não sobrou tempo para mais nada.

Já era de noite e a gente já tinha jantado. Minha vovó foi uma querida e fez nossa comida favorita e como é óbvio também tinha uma garrafinha com os meus amados PICLES.

Eu estava deitada na minha cama observando o quarto que estava praticamente vazio pois tinha apenas a minha cama e mais um monte de malas e caixas. Foi então que eu lembrei que meu pai não chegou a dizer para onde a gente iria morar.

Saí disparada pela porta fora e fui em direção ao quarto do meu irmão.

– BRADY, BRADY, BRADY…! – Entrei gritando e assustando o garoto que ainda arrumava suas coisas. Serio? Como ele tem mais roupa que eu?

– Que foi criatura? – Falou ainda meio atordoado por causa do susto.

–Você sabe para onde a gente vai morar?

–E… não. E você sabe?

– Se eu soubesse não tinha perguntado, né ó panaca.

– Sempre delicada né minha filha.- Respondeu ele com bastante ironia.

–O que eu posso dizer é um dom. – Respondi eu com ainda mais ironia – agora vamos logo coisa lenta!

–Onde?

–Onde você acha? Falar com o homem que se diz nosso pai. – Falei enquanto o arrastava.

Chegamos na sala e vimos ele sentado no sofá mexendo no notebook.

–Pai? – Perguntou meu irmão.

– Ah oi! Que vocês querem? – Nossa com tanto entusiasmo até me sinto importante… ah ah ah como eu amo ironia.

–O senhor não chegou a dizer pra gente onde nos vamos morar- Falei tentando me controlar para não rir da cara de bocó que o meu irmão estava fazendo.

–Ah desculpem, com essas coisas todas acabei esquecendo… - fala logo, fala logo… serio? Custa muito falar logo. – A gente vai para Miami.

–O quê?- falamos em uníssono de novo, serio isso acontece demasiadas vezes para meu gosto.

–Pai em Miami faz muito calor a gente não tem roupa para isso. – Falou meu irmão ainda um pouco surpreso.

–Serio que sua preocupação é a roupa? – Às vezes meu irmão tem atitudes meio gays mas enfim. – Eu pensei que a gente ia mudar de cidade mas não pensei que a gente fosse para O OUTRO LADO DO PLANETA. – Falei gritando a última parte.

–Você para de gritar e deixa de ser exagerada e você não se preocupa porque quando a gente chegar eu vou dar um bom dinheiro a vocês para comprarem a roupa que precisarem.- Oauh ainda agora foi promovido e já ta achando que é dono de um banco. Mas não vou reclamar porque depois da música a coisa que eu mais amo é comprar roupa e sapatos.

Depois de um tempo eu e meu irmão subimos para ir para nossos quartos.

Eu mal entrei tirei logo a roupa e fui tomar banho vesti meu pijama, escovei meus dentes e amarrei meu cabelo. Quando estava saindo do banheiro vi meu irmão deitado na minha cama e encarando o teto.

Fiquei um tempo parada olhando ele até que me pronunciei:

–Não se enganou no quarto não, meu filho!- ele se assustou e levantou pulando da minha cama.

–Foi mal… é que eu não consigo dormir no meu quarto. – Falou com o rosto um pouco rosado por causa da vergonha de estar falando isso para a irmã mais nova. Bom é só uns 6 meses de diferença mas mesmo assim ele não deixa de ser mais velho.

–Porquê? – Perguntei tentando ser carinhosa.

–Não sei, tá tudo tão vazio. – Nisso eu concordava com ele era muito estranho olhar em volta e ver tudo vazio por isso eu perguntei.

–Quer dormir aqui?- ele apenas assentiu, afastou os cobertores e deitou. E em seguida eu fiz o mesmo, deitando a cabeça em seu peito e o abraçando de lado. Depois de alguns segundos ele começou a fazer cafuné na minha cabeça eu comecei a ficar com sono.

–Ally?

–Hum?

–Acha que a gente vai ficar bem? – eu não sabia o que dizer mas tentei escolher bem as palavras e tentei ao máximo parecer confiante.

–Claro que sim, não ficamos sempre? – Ele assentiu- E então? Desde que fiquemos juntos vai dar tudo certo. – Ele sorriu e fechou os olhos e eu fiz o mesmo.

–Boa noite.

–Boa noite.- Respondi eu.

–Te adoro minha macaquinha. – Disse ele depois de alguns segundos. Macaquinha … era esse o apelido que ele me dava. E eu chamava ele do mesmo mas no masculino claro.

–Também te adoro meu macaquinho.

E assim ele adormeceu. Amanha será um dia longo. Mas eu juro que amanha quando eu sair por daquela porta para ir morar para Miami, eu vou começar uma nova vida e eu vou me tornar uma pessoa nova, diferente, mais feliz porém, uma pessoa que não acredita no amor! Porque eu não quero ser quem nem meu pai e não quero sofrer por perder alguem que amo novamente.

E com esse pensamento eu também acabei dormindo.


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Notas finais do capítulo

Comentem para eu continuar.
Amo muito vocês.... ♥



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