As Crônicas de Arrundall: a rainha e rei escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 31
O rei - Segundo Capitulo




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–Entre. - sussurrei assim que bateram na porta do meu quarto.

–Será que podemos conversar? - meu pai pediu assim que abriu a porta.

–Claro pai. - disse terminando de abotoar meu palito. - Christopher, pode nos deixar a sós.

–Claro alteza. Majestade. - ele disse cumprimentando meu pai com uma reverência antes de sair.

Christopher era meu assessor pessoal, meu amigo e ainda me ajudava a escapar do castelo quando eu queria me divertir. Resumindo, ele era meu anjo da guarda.

–Do que se trata pai? - questionei e ele indicou que sentássemos em minha cama.

–Você sabe que hoje é uma noite importante não é Lorenzo? - ele questionou e concordei.

Ai vinha coisa. Ele nunca me chamava pelo nome apenas pelo apelido, então devia ser algo sério.

–Eu sei, é meu aniversario pai. - brinquei e rimos.

–É meu amor, mas também é seu “baile de apresentação”, onde você deve conhecer as princesas de todos os reinos. Afinal, uma delas será sua futura esposa.

–Esposa?!- sussurrei sem ar.

–Meu amor com a sua idade eu já estava casado com a sua mãe. Filho, não estou pedindo para você escolher uma esposa agora e se casar com ela. Apenas quero que você dê uma oportunidade para conhece-las. Talvez, você ache alguém especial. - ele disse paternal e comecei a ofegar.

–Não quero casar papai. - sussurrei sem ar e ele me olhou preocupado antes de pegar minha bobinha no criado mudo.

Eu era asmático mais não tinha uma crise desde pequeno.

Era só eu ficar muito nervoso ou me sentir pressionado que ela voltava com força.

–Vai ficar tudo bem. - ele sussurrava acariciando minhas costas enquanto eu apertava o aparelho loucamente. - Enzo, filho sei que isso é assustador já passei por isso, apenas tenha calma no final tudo vai se resolver.

–Malditas leis. - resmunguei assim que me recuperei da crise.

–Olha o vocabulário meu jovem, você é um príncipe. - ele me censurou com amor e revirei os olhos.

–Só que esqueceram de lhe avisar que sou filho de Madeleine, e ela as vezes não é muito “real”. - brinquei e ele sorriu.

–Eu sei, mas você é meu filho também, então...Use meu lado “real” essa noite. - ele disse e me deu um beijo na testa antes de se levantar e eu o acompanhei. - Acho melhor você levar sua bombinha por precação e eu levarei a outra.

–Claro, não queremos que o príncipe herdeiro “morra sem ar” no meio do salão. - disse sarcástico enquanto guardava minha bombinha no paletó e papai abria a gaveta para pegar a outra.

–Deus, você falou igualzinho a sua mãe. - ele brincou e rimos e antes de sairmos do quarto.

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Quando o primogênito do soberano de Arrundall completa 23 anos, o monarca tinha que abdicar do trono a favor de seu primogênito. O monarca poderia indicar com quem seu filho deveria casar, o que aconteceu com minha mãe, mas no meu caso meus pais me deram livre arbitro, a única regra era que a escolhida deveria ter “sangue real”.

Assim que eu estivesse devidamente casado o reino seria entregue a mim para que continuasse o legado da casa real de Maxwell.

Era para isso que o “baile de apresentação” servia. Era a chance de seu ser visto como o próximo rei de Arrundall e também a oportunidade de conhecer a mulher que reinaria ao meu lado até que nosso primogênito tivesse 23 anos para continuar com a tradição.

Quando entrei no salão de festas me senti como uma presa no meio de várias leoas em busca de sua caça. Aquilo me deixou enjoado.

–Está parecendo que você vai vomitar. - Arabella sussurrou ao meu lado preocupada.

–Talvez eu vá. - disse enjoado.

–Nada disso Enzo. Respire fundo, você é o prêmio, não precisa impressionar ninguém. Elas é quem têm que impressionar você. - ela recomendou enquanto eu respirava devagar.

–Papai e mamãe vão fazer a dança de abertura, isso dará um tempo para você se recompor. - ela disse e concordei. - Pegue, beba isso. Vai ajudar você a se aclamar.

Sem hesitar tomei um gole do seu champanhe e me senti mais relaxado.

–Sente-se melhor? - ela questionou suave.

–Sim. - disse e virei para ver meus pais dançando.

Era estranho como depois de tanto anos de casamento os dois ainda conseguiam se olhar de uma forma apaixonada que era capaz de causar inveja.

–Será que algum dia vou encontrar alguém que me olhe com tanto amor e devoção quanto o papai olha para a mamãe?!-Arabella questionou suave enquanto olhávamos nosso pais flutuarem pelo salão.

–É o que me pergunto todos os dia Bella.


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Notas finais do capítulo

beijos meus amados e espero que tenham gostado do capitulo de hoje.