–O que gosta de fazer princesa Poliana? - questionei enquanto dançava com a princesa de Honduras.

–Tudo o que vossa alteza gostar de fazer. - ela respondeu suave e pisquei confuso.

Como assim ela gostava de fazer o que eu gostava de fazer?! Ela nem me conhecia direto.

Jamais iria me casar com alguém que não tinha opinião própria.

–Foi um prazer dançar com vossa alteza, princesa Poliana. - disse me despedindo dela que corou antes de agradecer.

Assim que me despedi dela fui até meus pais que estavam conversando com meus padrinhos.

–Olha só se não é meu pequeno príncipe. -meu padrinho disse sorrindo antes de me abraçar. -Já escolheu alguma princesa para dá uma “voltinha pelo jardim real”?

–Albert. - minha madrinha e meu pai o censuraram.

–Edward, só você mesmo que acha que seu filho é um rapaz tímido como você era. Enzo puxou para a Madeleine meu amigo.

–Conheço meu filho Albert, nunca pedi que ele seguisse minhas regras. E continuo sendo tímido.

–Não entre 4 paredes querido. - mamãe sussurrou maliciosa antes de tomar seu champanhe fazendo todos rirem e meu pai corou envergonhado.

–Madeleine, por favor, Enzo está presente. - ele pediu constrangido.

–Como se ele não soubesse bem o que é sexo. - ela comentou suave antes de tomar seu champanhe e olhei traído para ela.

–Ele o que?!- papai sussurrou chocado.

Mamãe sabia que eu não era mais virgem desde os meus 15 anos, havia contado a ela quando papai não estava em casa, claro que ela ficou preocupada como toda mãe, mas depois que lhe tranquilizei tudo que ela queria saber era se eu havia me divertido.

–Mãe, acho que você já bebeu demais. - desconversei enquanto tentava tirar a taça da mão dela e ela se esquivou.

–Você acabou de dizer que não pediu para seu filho seguir suas regras. Agora quer censurá-lo?!- mamãe questionou suave.

–Não é sobre isso que fiquei chocado Madeleine. Fiquei chocado por que meu filho confiou mais na mãe dele do que em mim para contar algo de vital importância para ele. Pensei que contássemos tudo um para o outro Lorenzo Phellipe. - papai disse magoado.

–Só achei que você não iria me entender. - disse constrangido. - Afinal, você...

–Eu sou eu e você é você. Temos pensamentos e escolhas diferentes. Jamais me arrependi de minhas escolhas e espero que você também não. Agora com licença. - ele disse se retirando após me interromper.

Aquela festa estava de mal a pior.

Primeiro, todas aquelas princesas eram vazias e fúteis algo que jamais me atraiu e agora eu havia magoado meu pai.

O homem que eu idolatrava, o qual sempre tentei imitar, mas a sua calma e elegância era algo sobrenatural.

–Papai. - sussurrei e tentei segui-lo mas minha mãe me impediu.

–Não se preocupe, eu falo com ele. - mamãe disse e me abraçou antes de ir atrás de meu pai.

–Enzo, me desculpe pensei que seu pai soubesse. - meu padrinho disse com pesar.

–Tudo bem, eu deveria ter contado a ele.

–Não se preocupe, Edward irá entender. E Ian mandou lembranças.

–Por que ele não veio? - questionei confuso.

Ian era filho único dos meus padrinhos, pelo que soube parece que minha madrinha teve algumas complicações durante o parto dele que a impossibilitaram de ter outros filhos.

Ian e eu nascemos no mesmo ano só que ele é três meses mais velho do que eu, a proximidade de nossos pais nós fez conviver juntos desde que estávamos na barriga de nossas mãe.

–Ele está estudando na Suíça, mas prometeu que vinha ver você. - minha madrinha disse amorosa antes de acompanhar meu padrinho até alguns conhecidos deles.

–Ian, estudando?! Duvido. - sussurrei para mim mesmo enquanto Eric se aproximava de mim.

–Por que essa cara? - Eric assim que ficou ao meu lado.

–Papai descobriu que não sou mais um “menino”. - sussurrei e peguei uma taça de champanhe que o garçom me ofereceu.

–Como ele reagiu?

–Nada bem.

–Não quero nem está na pele dele quando ele souber de mim ou da Bella. - Eric disse preocupado.

–Nesse dia ele morre de desgosto.

Eu sabia que Eric e Arabella também já sabiam de “certos assuntos” que nosso pai só soube quando se casou com mamãe, afinal nós três éramos unidos e sempre protegíamos um ao outro. Claro que fiquei com cume quando descobri que minha irmã não era mais virgem e quase matei seu “namorado” da época.

Já com Eric foi diferente, esclareci todas as dúvidas dele e ainda lhe ensine algumas “coisas”. É claro que mamãe sabia de tudo, e claro que papai não sabia de nada.

Por enquanto.

–Nem me fale, se ele souber que a “menininha” dele não é tão “menininha” ele tem um ataque, Ás vezes tenho pena do papai.

–Por que? - ele questionou confuso.

–Por que podemos parecer fisicamente ou te a mesma personalidade que ele, mas no fundo nós três somos iguais a mamãe. Um bando de safados. - ele disse óbvio e sorrimos.

–Acho que a única inteiramente igual ao papai é a Lyssa.

–Isso é verdade. - ele concordou e sorrimos.

Mas parei de sorrir até que olhei uma linda jovem conversar com outra princesa, e devo admitir que ela me deixou fascinado.

–Enzo? – Eric me chamou e pisquei confuso. - Vocês está me ouvido?

–Conversamos depois maninho. - disse e fui até a mulher que prendeu a minha atenção.

–Obrigada pela declaração alteza. - ela disse sorrindo.

–De nada, tenha um bom trabalho. - a princesa desejou antes de sair.

–Deus, não vejo a hora dessa festa acabar. Prefiro mil vezes cobrir um acidente de moto do que colocar um vestido longo e um sapato apertado para entrevistar gente esnobe. - ela reclamou de costas para mim.

–Cami? - cinegrafista disse me olhando pálido.

–O que foi Robert?

–Atrás de você. - ele disse e ela virou para me ver.

E puxa, como ela era linda.

–Vossa alteza, me desculpe pelo meu comentário inapropriado. - ela pediu fazendo uma reverencia.

–Tudo bem senhorita, eu também penso a mesma coisa da maior parte dos convidados. - disse usando minhas voz suave e todo o meu charme, herdado do meu pai, para cima dela. - Gostaria de convidá-la para uma dança senhorita.

–Desculpe, mas não sou uma dessas princesas bobas que sonham com um príncipe encantado. Vivo no mundo real alteza. E Se me der licença, preciso trabalhar. - ela disse e saiu sendo seguida por seu câmera.

Aquela sim que era uma mulher e que mulher meu Deus.