Acordo de Amantes escrita por Fefe Shiller


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Atrasei de novo...
desculpem
mas ta ai o capitulo
e´pequeno



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CAPITULO OITO



Às 7h30 da manhã, Bella entrou em sua sala e parou no meio do caminho. No único vaso que tinha no escritório jazia uma tulipa vermelha. Olhou ao redor para ver se não havia ninguém para testemunhar o sorriso contagiante que tinha estampado na face. Não, não havia ninguém.

Não conseguia se concentrar na tela do computador de maneira alguma. O olhar sempre voltava para a flor.. Remexia-se na cadeira, enquanto revivia os acontecimentos do fim de semana. Não foi uma boa idéia. Calores insuportáveis se alternavam com momentos de pânico.

A porta se abriu e ela fez cara de culpa ao ver que Aro entrava.

- Como está se saindo com o relatório? Ela olhou o relógio do computador. Nove da manhã. Poderia ter começado a preparar o documento no fim

de semana, em casa. Mas, com certeza, devia estar se dedicando a isso desde que chegara ao trabalho.

- Vai estar pronto amanhã, não vai?

- Claro. - Isso significava que teria de trabalhar duro a começar naquele minuto. Não iria se desconcentrar, perder o foco por causa de um fogo de palha. Aro se virou para sair. Concentre-se, concentre-se.

- Bom dia.

Bella ergueu a cabeça tão bruscamente que quase causou uma lesão no pescoço. Edward estava parado debaixo da porta de entrada, sorrindo e entrando na sala enquanto cumprimentava Aro, que estava de saída. Antes de se retirar, Aro se virou e enviou um olhar para ambos, que Bella receou interpretar.

Edward fechou a porta assim que ficaram sozinhos, lançando um olhar malicioso antes de trancá-la com chave.











- Já transou na mesa do escritório? - Ele riu. - Ah, é, claro que não.

- E nem vou. - O corpo dizia o contrário. Já estava quente e ansioso para entrar em ação.

- Tem certeza?

Ela recuou, com as mãos para frente, como se quisesse se defender de qualquer investida.

- Edward, não.

- Edward, sim, - ele rebateu, desabotoando a camisa enquanto andava na direção dela. Ela olhou admirada o peito nu dele e cada pensamento carnal que havia passado pela sua cabeça nas últimas horas retornou com tudo, preparando o corpo.

- Edward. – A razão resvalava-se em desejo. O sorriso dele era terrivelmente malicioso.

- Edward, sim. - Ele estava ao lado dela, agora. E ela o envolveu como um papel de embrulho.

Ele a beijou. As horas em que estiveram longe pareceram anos e Bella não via a hora de senti-lo novamente.

Edward havia voltado para o apart-hotel depois de ter passado a noite de sábado com Bella. Uma noite em que horas e horas foram utilizadas para estudarem juntos.

Aulas de física, química e biologia, onde os dois eram cobaias. Aulas em que o objetivo maior era dar prazer um ao outro. Até que ela estivesse exausta e ele se declarasse completamente acabado. Tomaram café-da-manhã juntos e então ele foi embora. Precisava trabalhar.

Ela precisava trabalhar. Tinha planejado isso. No entanto, ficou sentada no sofá da varanda sob o sol, esforçando-se para acreditar que tudo aquilo havia realmente acontecido.

Agora, vinte e quatro horas depois, ele brigava com a saia de Bella e ela se frustrava com o cinto dele que não queria abrir. Edward retirou a cabeça do pescoço de Bella.

- Desabotoe isso, porque senão vou acabar rasgando essa roupa.









Ela ergueu as mãos e resolveu o problema com facilidade, retirando a camisa.

- Eu cuido da saia. Ela deu uma risada, enquanto ele puxou a saia por

cima, caindo de joelhos pra arrancar a calcinha. Demorou-se naquela missão.

- Edward, cuide da camisinha. - Bella mal conseguiu pronunciar as palavras.

- Agora tenho uma em cada bolso. - Em segundos ela estava sobre a mesa do escritório e ele, sobre ela, dentro dela, e os dois estavam em outro planeta. Os olhos não se desgrudavam e ela sabia que a expressão dele era de pura volúpia. Espelhando a própria expressão de Bella.

- É inacreditável, como é bom. - Ele vociferou entre dentes enquanto as mãos emaranhavam-se nos cabelos dela.

- Eu sei, - ela sussurrou, prendendo a cintura dele com as pernas. Ele a deixava insaciável. Durante as horas em que passou longe dele, o corpo havia estado acumulando desejo e excitação e estava em ebulição a ponto de explodir. Mordeu a camisa de Edward para abafar o grito de prazer.

Ele a chupava ardentemente no pescoço pelo mesmo motivo.

Minutos depois, Bella voltava à Terra. Aos poucos foi caindo em si, percebendo a loucura que haviam acabado de fazer.

- Faz sexo no trabalho com freqüência? Ele vestiu o cinto.

- Na verdade, não. Essa é a minha primeira vez também.

O telefone tocou. Com os olhos arregalados, atendeu, torcendo para que não notassem a respiração descompassada. Era Jessica lembrando-a de uma reunião.

Bella desligou o telefone e se vestiu apressadamente.

- Estou atrasada para uma reunião. Nunca me atraso.

Abaixou a saia, agradecendo aos céus por ser de um tecido maleável que não precisava passar.

- Estou apresentável?

Edward a olhou atentamente e, de repente, se encolheu, sem graça. E então pensou em uma solução.







- Deixe o cabelo solto.

- O quê? - Ela passou uma das mãos nos fios.

- Está todo despenteado. Desculpe.

Ela soltou o rabo de cavalo, sacudiu a cabeça. Os cabelos caíram pelos ombros. Perfeito.

O rosto se iluminou e os olhos brilharam. Edward nunca a tinha visto tão linda. Desejou-a novamente.

- Vá na frente. Vou acabar de me vestir.

Ela saiu apressada. Ele a observou, sem conseguir tirar os olhos do balanço gracioso de seus quadris ao andar. Apesar do gosto que tinha por diversão, era um profissional, e, quando trabalhava, trabalhava de verdade. E, contudo, ali estava, na primeira hora da manhã, à caça de Bella, tomando-a em cima de uma mesa, com pouquíssimas preliminares. Não conseguia se controlar.

Pôs a camisa para dentro da calça. Respirou fundo algumas vezes para recobrar o equilíbrio e olhou para a mesa dela. O vaso com a tulipa o fez sorrir.

Às seis da manhã havia passado em uma floricultura e, depois de muito hesitar, resolveu comprar uma única tulipa para que a mensagem fosse bem compreendida.

Voltou ao local de trabalho e passou o resto da tarde matutando uma maneira de ficar a sós com ela outra vez.

Bella não voltou a vê-lo durante o resto do dia. Principalmente porque ficou escondida em sua sala, para que ninguém visse o rosto vermelho como tomate devido às lembranças daquela manhã e do fim-de-semana.

Edward voltou a aparecer à porta de Bella no fim do dia. Bastou avistá-lo para que o desejo ocupasse cada célula de seu corpo.

- Para mim, chega de trabalho por hoje. E você? Com pesar, Bella apontou para a pilha de documentos sobre a mesa.

- Tenho muito ainda por fazer.

- Venha para o meu apartamento depois que acabar. Vou preparar um jantar para você. Estou lhe devendo algumas refeições.

- Venha conhecer meu lar, disse a aranha ao inseto, - ela murmurou.

- Acha que quero devorar você?







- E não quer?

- Mas é claro. Posso assar uma carne na varanda. A noite está quente. Podemos fazer um churrasco. A noite está agradável.

- Você está em um apart-hotel, onde vamos fazer o churrasco?

- Tenho uma varanda bem grande e agradável. E uma carne de primeira só para você.

Ela o olhou com desconfiança, mas a expressão de Edward era inocente. Devia ser sua imaginação fértil e mal-intencionada, pensou Bella. Porque a única carne de primeira que queria era a dele.

Mas não devia aceitar o convite.

- Tenho um relatório inteiro para terminar. Devo acabar bem tarde.

- Não me importa quanto tempo demore, contanto que venha jantar comigo.

- Está bem.

- Me mande uma mensagem de texto quando estiver saindo do hotel.

Ela fez que sim com a cabeça e não o olhou. Precisava se concentrar no trabalho.

Passava das nove da noite quando Bella desligou o computador.

Ficou ali parada, hesitante. Pegou o celular e, por um segundo, refletiu sobre o que fazer. Pressionou as teclas do celular:

- Estou indo para aí.

Era mais uma daquelas noites quentes. O vento soprava seu cabelo enquanto caminhava na rua. Entrou no lobby. Ao vê-la, o recepcionista chamou o elevador. Deviam ter avisado de sua chegada, pois ele a esperava com a porta aberta, olhando-a pecaminosamente. Vestia bermuda e uma camiseta, deixando à mostra os músculos bronzeados tanto das pernas quanto dos braços. Ele sorriu e ela retribuiu com outro ainda mais radiante.

- O jantar está quase pronto. Quanto mais cedo comermos, mais cedo recomeçaremos nossas aulas. - Ele piscou para ela e Bella sentiu o coração acelerar.

- Mas, antes, precisamos de sustância. Uma barra de chocolate não basta.

- O que aconteceu com o churrasco?

- Está ventando demais na varanda.











Pela janela Bella viu os galhos das árvores sacudindo violentamente. Respirou fundo o: aroma da comida.

- Está cheirando bem.

- Filé mignon. - Ele retirou a bandeja do forno. Bella se sentou e o observou servir com destreza as batatas gratinadas.

Durante o jantar conversaram sobre o hotel, a reforma, a cidade. Amenidades prazerosas.

Ele recolheu os pratos e desapareceu na cozinha por um tempo. Quando voltou trazia uma enorme tigela e uma colher.

- Musse - ele respondeu à pergunta silenciosa de Bella. - De chocolate.

Podia agüentar ter de adiar alguns minutos com ele para comer aquele manjar dos deuses. Ele pôs a enorme tigela na frente dela, com uma única colher.

Os olhos de Edward se iluminaram com o humor que lhe era inerente, carregados de uma grande dose de luxúria. Estava irresistivelmente atraente.

- O que é que você não está me contando?

Ele não disse nada. Puxou a cadeira ao lado dela e se sentou, bem próximo. Com os dedos, pegou um punhado de musse e passou-o pelos lábios de Bella, que passou a língua por cima para provar o chocolate e os dedos de Edward.

Ele a beijou. O gosto de chocolate com lábios era divino. Bella sentiu-o passar mais musse no buraquinho do pescoço e parecia que ela havia morrido e ido para o céu.

Ele retirou o cabelo do caminho e beijou-a no pescoço. Sugando-a toda.

- Me desculpe. Não tive a intenção.

- Intenção de quê?

- Deixar essa marca no seu pescoço. Ela pôs a mão no pescoço, assustada. -Não...

Os olhos dele brilhavam maliciosamente, assim como o sorriso no canto da boca. Ela o agarrou pelo queixo e puxou-o para bem perto do seu. Com a outra mão pegou um pouco do musse.

- Vai me pagar por isso, Edward.









O sorriso dele se expandiu.

Despiram-se rapidamente. Apoiaram-se na mesa, com a tigela de musse de um lado e as roupas espalhadas por todos os lados.

- Por que tudo que é bom demais faz mal? Como o chocolate? Como ele?

- Acho que com moderação não tem problema. - Bella enfiou um dos dedos na musse e o lambeu.

- Não faço nada com moderação. - Ele fez uma pausa, pôs um pouco de chocolate nos mamilos de Bella e depois assoprou. - Nem você.

Ela se curvou enquanto Edward cobria seus lábios com um beijo e, realmente, não havia nada de moderado na forma como ele a fazia se sentir.



A primeira coisa que viu ao abrir os olhos foi a mala de Edward ao lado do armário. Ajudou-a a se lembrar de que, além de não haver moderação na relação dos dois, tampouco havia algo sério. Ele havia sido franco sobre isso desde o início. No máximo, o que tinham era um caso: passional, que duraria algumas semanas, e depois Edward seguiria com sua vida de solteiro inveterado.

No entanto, Bella não sabia se algum dia seria capaz de se sentir daquele jeito novamente. Sem Edward.

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Notas finais do capítulo

Proximo terça!

espero q gostem e comentem!
bjks



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