CAPITULO NOVE

Dia de competição. Apostadores e pessoas querendo se divertir estavam pelas ruas da cidade para assistir às corridas. Bella odiou a idéia de Aro de reformar o hotel justo na semana do carnaval, quando as reservas estavam esgotadas. Bella contou com as boas vibrações do ambiente para se revigorar e absorver a energia necessária para a ocasião. Estava vivendo à base de adrenalina, Edward e chocolate. O hotel estava lotado e todos tinham de pegar no batente. O que não significava que a equipe não estava disposta a se divertir.

- Quer participar da lista de apostas dos funcionários, Bella?

Bella demorou a responder. Nunca a tinham convidado antes. Jessica sorria para ela, o que também era curioso.

- Hum, está bem.

- Estou com a lista dos participantes aqui.

Ouviu Edward chegar na recepção. Parou bem ao lado dela.

- Posso brincar também?

- Está sempre brincando, Edward, - Bella disse suavemente, antes de lançar um olhar de soslaio para ele, que já a observava.
Trocaram risinhos.

Ele verificou a lista com os nomes dos cavalos que iam competir.

- Olha, tem uma égua chamada "Dama Sexy". Devia escolher essa, Bella.

Ela o censurou com os olhos.

- Tem algum cavalo com o nome de "Palhaço" para você?

- Ai. - Ele olhou para Jessica e piscou. - Essa mulher vai acabar partindo meu coração.


Bella se arrepiou toda, pois sabia que não era o coração de Edward que corria perigo, mas o seu.

Às três da tarde todos se reuniram em um pequeno bar ao lado do saguão principal para assistir à corrida.

- Estava pensando que talvez nós dois pudéssemos apostar outra coisa, sem ser dinheiro - disse Edward ao ouvido de Bella.

- O que tem em mente?

- Hum. Se o meu cavalo ganhar, você fica por cima. Se o seu cavalo ganhar, você fica por cima.

Os dois riram tão alto que alguns funcionários viraram-se para eles.

O cavalo de Edward ganhou.

Ele a olhou cheio de segundas intenções e Bella sentiu as bochechas esquentarem. Por cima: uma idéia interessante.

- Vão sair com a gente hoje à noite? - Jessica estava convidando os dois, mas era apenas para Edward que olhava.

Edward olhou para Bella e piscou.

- Claro, o que acha, Bella?

- Claro, por que não? - Era a última coisa que queria fazer, pois seu único desejo era ir para casa com Edward e tê-lo só para ela.

A cidade estava animadíssima, cheia de gente.

Edward não conseguia acreditar que só tinha mais três semanas na cidade. Ficou observando-a ir até o banheiro e esperando que ela saísse. Encontraram-se no meio do caminho, entre o banheiro e a bancada do bar. Ele não conseguia ficar muito tempo longe dela. Nem pouco tempo.

- Vem aqui e me beija.

- Caramba, Edward, o que aconteceu com suas regras? - Ela sorria debochadamente.

- Que se danem as regras. - Ele a alcançou, puxando-a para si.
Ela deu uma risadinha e não disse nada, convidando-o a fazer um melhor uso da boca.


Ouviu os assobios e Edward ergueu as mãos antes que a situação fugisse ao controle. Precisava continuar o beijo em um lugar privado.

E foi o que fizeram: direto para a casa de Bella.

- Preciso beliscar alguma coisa. E você? - Perguntou ela.

Na verdade, beliscar era pouco, pensou Edward. Precisava era comê-la todinha. Mas não morreria se tivesse de esperar mais um pouco.
Gostava de acreditar que isso queria dizer que tinha autocontrole sobre o desejo descomunal que sentia por ela.

Bella foi até a geladeira e apanhou os ovos e o bacon.

Edward abriu o freezer para procurar gelo para o suco de laranja e deu uma risada. Havia pelo menos dez barras de chocolate em uma das prateleiras.

- Por que tanto chocolate no freezer?

- O gosto fica estranho na geladeira. Edward tirou um pedaço de uma barra que já estava aberta e provou, fechando a porta do freezer em seguida.

Bella estava em frente ao fogão cozinhando, e Edward a cercou para lhe roubar um beijo.

Comeram de pé, ambos inteiramente cientes de que aquele era um breve momento para carregar as baterias antes de começar a maratona. Porém, no caso de Edward, havia algo mais que ele buscava conseguir naquela noite.

E aproveitou a oportunidade quando Bella foi tomar banho e trocar de roupa. Queria voltar ao ateliê. Tinha verificado antes a bateria do celular para garantir que poderia tirar algumas fotos das pinturas e, quem sabe, filmá-las também. Ela podia até dizer que não queria que ninguém soubesse de sua arte, mas Edward não acreditava. Ele poderia ajudá-la, tinha contatos.

As cortinas estavam fechadas e Edward acendeu a luz. Calculou que teria uns 15 minutos para concluir a tarefa. Folheou os textos, memorizou algumas flores e seus significados. E então fotografou algumas das pinturas de que havia gostado mais.



Pouco depois, ouviu passos e guardou o celular no bolso.

- Achei que tinha dito para você não vir aqui. — Ela vestia um roupão, os cabelos úmidos e longos caíam ao redor do rosto, os olhos o desafiavam. - Não conhece o ditado, "a curiosidade matou o gato"? Vai acabar em apuros.

Pela expressão no rosto de Bella, ele não estava em tantos apuros como havia imaginado.

- O que vai fazer? Me punir? - Ele sorriu maliciosamente.

- Óbvio que... sim. Bella fechou a porta do ateliê. Edward ouviu o som da chave girando. Ela virou-se e o encarou.

- Agora está trancado aqui. Esse é o meu quarto, o meu segredo, minha fantasia. Quer fazer parte disso? Se quiser, vai ter de fazer o que eu mandar.

A boca de Edward ficou seca.

- Claro. - Ele estava adorando tudo.

Por um segundo, ela hesitou, porém, tomou coragem e parou em frente a ele.

- Quero que se sente ao lado da janela.

Ele fez o que ela pediu, sem questionar. Sentou-se e ficou observando-a arrumar tudo ao gosto dela.

Bella estendeu uns pedaços de pano sobre o chão. Finalmente, ela se entregava completamente para ele.

Pegou algumas flores do vaso e, cuidadosamente, retirou as pétalas e as jogou sobre o colchão improvisado. 0 ambiente ficou impregnado pelo aroma floral.

Bella virou-se para Edward e o encarou, com certa timidez. Ele estava ali em carne e osso, não apenas em sonho. Os olhos verdes passeavam por toda ela.

Cautelosamente, para que o contato visual não se rompesse, Edward foi até ela.

- O que quer que eu faça? - A boca de Bella ficou seca e falar tornou-se impossível. - Foi você quem começou isso. Tem que dizer o que quer. - Ele se curvou até ela e lhe sussurrou no ouvido: - Se não pedir, não leva.

Ela tinha os olhos semicerrados.

- Tire a roupa.


A camisa saiu rapidamente pela cabeça de Edward e foi jogada no canto em menos de um segundo. Ele ficou de pé e a encarou.

- Tire tudo. - Ela disse, sentindo-se confiante e voraz.

Edward arrancou os tênis e as meias. Foi com a mão ao zíper da calça. Bella não conseguia tirar os olhos do corpo de Edward, principalmente depois que ele despiu a calça, revelando a cueca, que não tardou muito em ser retirada também.

Bella apenas observava. Ele era realmente magnífico. Sentindo-se estranhamente corajosa, passou as mãos pelas costas dele, tateando a elevação dos músculos e a pele quente e macia de Edward.

Bella o desejava ardentemente e estava ansiosa para que ele a tocasse.

Ele sorriu como se houvesse lido os pensamentos dela.

- Como vou saber o que você quer se não me disser?

- Você já sabe. Já fez isso antes. O sorriso de Edward se expandiu.

- Não precisa mais tanta timidez comigo, Bella. Não existe nenhuma parte do seu corpo que eu não conheça. Deixe-me entrar na sua mente também. Quero conhecer suas fantasias. Quero ser sua fantasia.

Ele já era sua fantasia há muito tempo, pensou Bellaa.

Bella sentiu um frio na barriga com o sussurrar da voz de Edward em seu ouvido.

- Vai ajudar se disser o que quer.

- Quero que me toque aqui. - Ela apontou para o umbigo.

- E eu quero tocá-la aqui. - Ele apontou para abaixo do umbigo. - Também quero brincar com seus seios. Quero ver os biquinhos ainda mais duros.

Quero ouvi-la gemer forte quando estiver me movendo dentro de você.

Deixou o roupão deslizar no chão. Os olhos brilharam ao ver a reação dele.

- Quero ficar por cima. - Queria senti-lo entre as pernas. Queria estar por cima de todo aquele poder.


Bella se ajoelhou e se sentou sobre ele com as pernas abertas. A barriga rígida e musculosa de Edward e seus ombros largos proporcionavam a Bella uma vista maravilhosa. Ergueu o olhar para o rosto dele e notou que ele a fitava sério.

Bella apanhou algumas pétalas de violetas e jogou sobre o peito de Edward. Ele sorriu e ela pressionou o corpo sobre o dele, experimentando a textura e o perfume das pétalas, mesclado à textura e ao perfume dele.


Aproveitou para sentir a vitalidade do sexo dele.

Ele emitia uma energia tensa e ansiosa. Ela aproximou-se mais, beijando-o. Em seguida, roçando a parte mais íntima e úmida de seu corpo nele e voltando a se afastar. Edward pousou as mãos sobre as nádegas, agarrando-as de leve, apenas para que ela soubesse que ele estava lá e que estava deixando que ela assumisse o controle.
Então agarraram com mais força e Edward foi ficando mais autoritário, mais ansioso do que se Bella o atacasse de uma vez.
Ela deu uma risadinha e balançou a cabeça negativamente. Edward suspirou.

- Bella, não vou agüentar por muito mais tempo. -A tensão enrugou as sobrancelhas de Edward e o suor brotou em seu peito.

Ela sorriu, sentindo-se poderosa, e continuou implacavelmente.

Ele emitiu um som gutural de desejo.

- Você está brincando comigo.

- Estou mesmo.

Ela continuou com a performance. Os quadris provocantes deslizavam na altura do sexo de Edward. Ao mesmo tempo, ela brincava com os mamilos dele e, em seguida, com os próprios seios, e observava com satisfação Edward perder a razão.

- Bella! - A cabeça de Edward estava deitada sobre os lençóis, as sobrancelhas unidas e os olhos fechados, claramente lutando para manter o controle.

Bella pendeu a cabeça para trás e riu deleitosamente. A noção do poder que tinha era regozijante. Edward arregalou os olhos na mesma hora.

- Ah, mas vai me pagar por isso.

- Era o que eu esperava - ela respondeu com entusiasmo.


Que delícia. Ele era perfeito. Compartilhava com Edward um de seus desejos mais intensos.

E então ele a surpreendeu sentando-se, com ela ainda em cima dele.
O movimento fez com que ele fosse ainda mais fundo dentro de Bella. Ela gemeu. Edward a envolveu com os braços, firmemente, selando seus corpos quentes. A mudança de posição causou uma fricção no centro mais íntimo de Bella, insuportavelmente excitante. Jogou a cabeça para trás, enquanto movia-se junto com Edward, até alcançar o clímax.

Ele beijou toda a extensão do pescoço de Bella e lhe sussurrou ao ouvido palavras que ela mal compreendeu.

Depois, ergueu-a nos braços pondo-a ao seu lado, e a abraçou. E então apanhou uma das violetas, deslizando-a sobre o corpo de Bella, as pétalas frescas na pele quente, deliciosamente aromatizadas. Com um sorriso, ele tomou a fantasia dela e a potencializou, melhorando-a, tornando-a mais incrível do que jamais havia imaginado. O êxtase que ele havia lhe proporcionado era como uma droga e agora ela tinha medo de que a viciasse para sempre.

Ao acordar, notou que ele havia aberto as cortinas e a luz da manhã invadia o quarto. Era sua hora predileta para pintar - a tranqüilidade das ruas, a frescura dos raios do sol. Ele estava de pé, desavergonhadamente nu, contemplando as pinturas dela. Ela o contemplou.

Depois daquela noite, não existiam mais segredos. Sabia que poderia contar qualquer coisa a ele. Perguntar qualquer coisa.

Podia confiar nele.

- Essas são realmente fantásticas, Bella.

- Fico feliz que você goste. - Ele era a única pessoa para quem tinha confiado seu corpo e sua arte.

E nunca se arrependeria disso.