CAPITULO SETE


- Não vai contar para ninguém, vai? - Ela o olhou ansiosamente.
- O quê, que é virgem? - Se fosse dez anos antes, provavelmente contaria para meio mundo, só para se gabar. Mas já havia superado essa fase.
- Não, sobre meu ateliê.
- Suas pinturas?
Ela fez que sim, sem olhar para ele. A preocupação dela o confundiu.
- Por que não?
- Só não quero que fiquem sabendo. Não é nada de mais.
- Claro que é, Bella. As pinturas são geniais! Deveria estar orgulhosa delas. - Ele ainda estava chocado com a descoberta de que ela havia feito outra faculdade sem contar para os pais. Era algo bizarro. O pai, com certeza, teria ficado ainda mais orgulhoso de Bella.
- Edward, não quero falar sobre isso. Não quero que volte àquele quarto.
Ele a fitou, sem muita certeza de que seria capaz de cumprir a promessa.
- Não há nada para falar. É só um hobby, nada mais.
- Por que não mostra? Devia pelo menos pendurar algumas na sua casa. As pessoas iriam gostar tanto!
- Não quero que as pessoas gostem.
Bella estava satisfeita. O apetite pela comida estava saciado. Mas a fome que tinha por ele aumentava minuto a minuto.
Queria que ele se esquecesse das pinturas. Nunca entenderia porque ela precisava criar só para si. Ele não tinha de lidar com o grau de expectativa que ela encarava e nunca entenderia a felicidade que era fazer algo malfeito, imperfeito, se quisesse. Ninguém para julgá-la.





Ela se levantou e não conseguiu esconder a careta de dor.
- Está dolorida? - A voz de Edward era suave. Ela ruborizou.
- Um pouco.
Ele se levantou e tirou o prato da mão de Bella, colocando-o sobre a mesa.
- Deixe-me ver se posso ajudar você a relaxar. Aliviar as dores.
Delicadamente ele a pegou nos braços.
- Edward! – A exclamação não era de indignação. Sentiu-se incrivelmente feminina ao ser carregada como se não pesasse mais do que uma pena. Ele a levou direto para o quarto e o sangue de Bella começou a entrar em ebulição.
- Preciso beijar você novamente, Bella. Por todo o corpo.
Com os braços firmes ao redor dela, o que podia fazer Bella senão permitir?
Pouco tempo depois, estavam na cama. Ela, deitada e nua. Espalhada na cama e saciada... por enquanto. Ele estava deitado ao lado. Sorria para ela maliciosamente.
- Melhorou?
Ela se sentou e se deitou sobre ele, acariciando-lhe o peito e depois beijando. Os beijos foram descendo pelo abdômen de Edward. Descendo, descendo, descendo.
De repente, ele ergueu a cabeça e a deteve.
- Não. - Ela o encarou surpreendida. - Não quero que se sinta na obrigação. Que faça para me agradar.
- Não me sinto na obrigação. -[i] Por que ele pensava isso? Por que não conseguia enxergar que ela tomava suas decisões por conta própria?[/i] A falta de experiência a deixou insegura. - Está com medo de que eu faça errado?





Ele riu.
- Não existe errado, minha linda. Quero que me diga por que quer fazer. Prove que não é porque acha que tem a obrigação de fazer.
Ficou petrificada. O constrangimento a invadiu. Era certamente algo que nunca havia feito antes. Revelar seus desejos mais íntimos? Ela o encarou e resolveu aceitar oi desafio. É apenas um jogo. Só um jogo. E poderia ditar as regras se quisesse.
- Estou fazendo isso porque me dá prazer... - Ela tentou falar um pouco mais alto, mas falhou. - Tudo bem, nunca... Toquei em um homem dessa forma antes. Talvez seja curiosidade. Talvez queira aprender. Ou queira fazer você sentir o que me faz sentir. Quero descobrir se posso fazer isso.
Bella se sentiu estranhamente desconfortável. Contudo, havia sido ele quem dissera que seria seu treinador.
Ele se sentou, pegou-a pelo queixo delicadamente e a beijou de forma doce. Ergueu a cabeça e a encarou. Ela reteve o olhar, sentindo-se cada vez mais excitada pela intensidade daquele contato visual.
- Se você insiste, quem sou eu para me opor a oferecer uma educação de qualidade? – A boca de Edward abriu-se em um esplêndido sorriso e ela teve a necessidade de beijá-lo e embarcar naquela viagem. Sorriu, timidamente excitada.
- Quero explorar você, Edward.
- Não acho que a expedição vai demorar muito, Bella. Só com essa conversa já estou a ponto de explodir.
Ela subiu sobre ele, primeiro, apenas admirando com os olhos. Depois, com o toque. Então, tocou-o com os dedos e depois com a língua.
A timidez desapareceu ao perceber que ele tremia e gemia de prazer. Havia conseguido, e adorou as reações dele. E, quando Edward agarrou de repente os ombros dela, Bella o fitou.
Presumiu que o rosto avermelhado de Edward era um bom sinal. Voltou a descer a cabeça.
- Bella, Bella, Isabella! - As mãos de Edward a pegaram por debaixo do braço e ele a levantou da cama. - Por favor, me diga que não está muito dolorida, - ele perguntou enquanto colocava a camisinha com sofreguidão.
- Não estou. - Ela sorriu e ele a pressionou com mais força.
- Está pronta?
- Estou.