Acordo de Amantes escrita por Fefe Shiller


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Demorei um tiquinho né? *desvia do pedaço de pau*rsrs

Tá ai espero q gostem e comentem



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CAPITULO QUATRO

- Jante comigo.


Edward estava determinado a convencer Bella a aceitar o convite. Havia uma semana que estava lá e, mesmo vendo-a várias vezes ao dia, ainda assim não era suficiente.


Ia ao hotel mesmo quando não precisava, na esperança de ter a chance de encontrá-la. Todo o tempo no trabalho era de ansiedade e expectativa. Queria conhecê-la melhor. Parecia haver muito mais além da aparência controlada e disciplinada de Bella. O problema era que ela sabia esconder muito bem o que guardava dentro de si.


Não tirava os olhos dela tão logo a avistava e aproveitava qualquer possibilidade para tocá-la e achava o roçar mais sutil algo incrivelmente tentador. O fazia querer mais. E percebia estar cada vez menos preocupado se havia gente olhando.


Não conseguia tirar da cabeça o beijo que haviam trocado havia menos de uma semana. Lábios frescos, selvagens e excitantes. Queria prová-los novamente. Tinha certeza de que conseguiria nas quatro semanas que ainda passaria com ela, mas sabia que teria de ser cuidadoso. Bella, como uma flor agreste, tão bela e tentadora que dava vontade de tocar... porém frágil. O uso da força a definharia. Por isso se controlava agora, dando a e^a um pouco de espaço. Desejando que ela notasse e sentisse falta do toque dele.


- Vamos, Bella, beliscar algo para comer e relembrar os velhos tempos. Pôr o papo em dia.


Ele escutou um suspiro e viu que ela estava cedendo.


- Podíamos dar uma passada no Strip.


- No Strip? - Ele arqueou as sobrancelhas, sugestivamente, incapaz de resistir à provocação. Era difícil acabar com os velhos hábitos.


Ela ruborizou.


- É assim que chamam a zona dos bares e restaurantes que ficam perto do rio.


Ele sabia perfeitamente o que era e onde ficava. Mas adorava vê-la ficar toda vermelha de vergonha. Era surpreendentemente fácil. Mas não era engraçado. Era sensual... Excitante.


- Muito bem, vamos para o Strip.


Ela relanceou-o com altivez e deu seu melhor sorriso inocente. Porém, com um rastro de travessura no canto da boca.


- Pizza, massa, cordeiro? - Ela deu alguns opções.


- Você escolhe.


Saíram do hotel juntos, tal qual andavam fazendo toda a noite durante aquela semana. Contudo, desta vez não se separaram na esquina. Ele respirou fundo o vento cálido e a olhou. Ela não vestia jaqueta, apenas uma blusa de manga curta. O tecido macio marcava as curvas delicadas. Freou seus pensamentos - tinha de ir devagar. Ela também estava atraída, mas era cautelosa. Ele contava com a curiosidade dela e, aos poucos, a fisgaria doce e suavemente.


Sentaram-se em uma mesa do lado de fora, com o vento cálido soprando as mechas do cabelo de Bella. Sempre o usava preso, o rabo-de-cavalo balançando, castanho escuro, da cor de um chocolate amargo. Ele a tinha visto de cabelo solto apenas algumas vezes e mal tinha reconhecido. Ficava mais adulta, mas relaxada. Adoraria vê-lo solto naquele instante. Mas ela agora tinha um coque e nem o comprimento do rabo podia ser visto. Os dedos cocavam para sentir a maciez dos fios. Solte os cabelos dela



Brincou com seu drinque, à espera da comida, à espera de que ele dissesse algo.


- Lembra-se do dia em que encontrei você no parque? - Durante anos, Edward havia se esquecido daquele dia, mas nos últimos dias o episódio andava visitando seus pensamentos com freqüência. Isso o fez pensar que havia mais em Bella do que as aparências mostravam.


Era um dos primeiros dias de verão. Com dezesseis anos, ele estava no parque brincando de skate com alguns amigos, aproveitando enquanto não começava a época da colheita e ele precisasse trabalhar catando as frutas. Fora quando a avistara sentada à beira do riacho, meio escondida entre a grama.


Chorava. Vê-la daquele jeito, com o rosto encharcado de lágrimas o deixou arrasado. Não conseguia se divertir com os amigos. Ela parecia carregar uma carga pesada demais, que nenhuma menina daquela idade deveria suportar. Pensou que algo terrível tivesse acontecido.


Que alguém a tinha machucado. E, de certa forma, era o que havia acontecido.


Edward disse aos colegas que seguissem adiante, cara não chamar a atenção para ela. Conseguiu despistá-los e foi até Bella.


Ela havia saído do internato para passar as férias em casa. Tinha o boletim nas mãos. E era com isso que estava chateada. Ele chegou a rir da situação; nunca havia levado a sério seus boletins.


Ao dar uma olhada nas notas de Bella, quase caiu para trás. Eram altíssimas e, mesmo assim, ela dizia que eram ruins. Não tinha ficado em primeiro lugar na sala. E tinha medo da reação do pai.


- Ele disse que se tirasse 10 ia me levar para a praia nas férias. Mas só consegui tirar 10 em Artes, e isso não conta. Por isso não vamos mais viajar.


- Claro que vão. Ele só estava tentando encorajá-la a estudar mais. Você foi muito bem. A redação da aula de artes está incrível.


As lágrimas voltaram a cair.


- Vou sair da aula de artes no ano que vem. Papai acha que é uma perda de tempo.


Ele tinha tentado mostrar que ela estava exagerando e que aquilo não tinha tanta importância. Que o pai teria orgulho dela de qualquer jeito. Mas não era verdade e ela estava certa. Eles acabaram não viajando e ela teve de passar as férias tomando aulas particulares de matemática.


O pai de Bella havia mantido sua palavra. Na época, Edward sentiu vontade de sacudir o homem para que ele se desse conta da injustiça que cometia com a filha.


Bella permaneceu com os olhos para baixo e ficou brincando com o pé da taça. Por um segundo, ele pensou que ela não houvesse escutado a pergunta, mas então notou um leve rubor nas bochechas dela.


- Está falando do dia em que cheguei da escola chorando?


- É.


Ela parecia estar constrangida.


- Estava patética, não estava? Chorando por causa de um boletim. Você deve ter me achado uma idiota.


- Não. Fiquei com pena de você.


Depois daquele verão, Edward não voltou mais para ai escola. Abandonou os estudos para trabalhar. Alice precisou da ajuda dele. Trabalhando, a mãe tinha mais tempo para cuidar dela e ele ganharia o dinheiro necessário para as despesas médicas do tratamento de Alice. O pai havia morrido jovem, de um problema no coração que Alice tinha herdado. Ele não podia permitir perdê-la também. E foi nessa época que cruzou com o pai de Bella, que o parou para uma conversa. Ali, descobriu, por experiência própria, o grau das expectativas de Charlie. Ali descobriu a força de vontade que tinha para provar que o homem estava errado.


Bella limpou a garganta.


- Você foi muito legal comigo naquele dia. Antes disso, só fazia jogar bombinhas de água em mim pela cerca que separava nossas casas.


Ele riu. Era verdade.


Ela sorriu e olhou para a sobremesa, mas os pensamentos permaneceram na conversa. Nunca pensou que ele fosse se lembrar daquele dia. Ela, com certeza, nunca; mais esqueceria. Havia sido o início do seu enamoramento por ele. Até então, ele havia sido apenas o vizinho travesso e brincalhão.


Naquele dia, no parque, ele a escutou, se preocupou.
Ninguém a tinha tratado assim antes. Não era de se admirar que ela tivesse ficado caidinha por ele. Até hoje. Um ato de bondade que provavelmente não havia significado nada para ele, mas que exercia um efeito poderoso sobre ela mesmo anos depois.


Ele pôs um dos braços sobre o ombro de Bella e ela teve vontade de se acolher nos braços dele. Ò corpo quente e suado de tanto andar de skate. Forte, queimado de sol, musculoso devido ao período de férias que havia passado catando frutas na colheita. Desejou que ele tivesse posto o outro braço'ao redor dela também. Ele não ficou por muito tempo e, depois desse dia, viram-se pouquíssimas vezes, pois ela teve de voltar para o internato e ele trabalhava muito.
Nas raras vezes em que se encontraram na cidade, ele estava sempre acompanhado de alguma loura, linda e peituda.



Ele tinha pena dela. Por isso, sugeriu aquela armação amorosa. Não era porque estava atraído por Bella. Ele era o cara gente fina ajudando o patinho feio a se transformar em cisne. Parecia até um conto de fadas, com a diferença que, neste caso, não haveria final feliz.


Perdeu o apetite. Não deveria ter aceitado o convite para jantar. Ao mesmo tempo, não podia continuar dizendo "não". Estava tentada e envolvida demais pelos toques da semana passada. Ficava perambulando pelo hotel desnecessariamente, dizendo a si mesma que era para checar o trabalho nas obras, mas era pura mentira.


E quando o avistava, a perturbava tanto, tinha que se controlar para não sair correndo na direção oposta.


E ele tinha sempre um sorriso guardado. Encarava-a bem nos olhos, ficava ao lado dela e aproveitava a oportunidade para tocá-la: pegá-la no braço, na mão ou nos ombros, um leve roçar na nuca. Tudo arquitetado para mostrar aos outros que tinham intimidade. E tudo aquilo para aumentar o desejo de Bella.


Ela fazia de tudo para preservar o equilíbrio e esconder o impacto que as atitudes dele tinham sobre ela. Não é que não desfrutasse da atenção dele. Ao contrário, gostava demais e não queria que ele soubesse. Por isso preferia manter as coisas bem superficiais e recusava qualquer convite que significasse passar mais do que cinco minutos juntos.


Contudo, ao concordar em participar do esquema e melhorar sua imagem, tinha permitido que a relação dos dois chegasse a um nível de intimidade elevado demais para seu gosto. Os dois contra o resto. Compartilhando segredos, histórias, risadas. Isso o tornava ainda mais atraente.


A paixonite adolescente tinha voltado com tudo.


E se ele descobrisse? Já sentia pena dela; sentiria mais! pena ainda.


Faltavam quatro semanas e, ao mesmo tempo em que não queria que o conto de fadas terminasse, não podia esperar que chegasse logo ao fim.


- Vamos para a pista de dança?


O convite tinha de ser declinado por mais de uma razão. Ela não ia a pistas de dança. Nunca. Muito menos com um cara maravilhoso que tinha pena dela. Se a visse dançando iria se acabar de tanto rir.


- Tenho uma pilha de trabalho para amanhã.


- Bem, o trabalho vai continuar lá amanhã, Bella. Que tal um pouco de diversão?


Com aquela voz e aqueles olhos ele seria capaz de convencer uma freira a ficar nua.


- Sou um desastre na pista de dança, Edward.


- Não acredito em você. Todas as mulheres dançam bem.


Todas menos ela, pensou. Faltava-lhe coordenação motora.


- Gosta de dançar?


Os olhos dele dançavam naquele exato momento.


- Gosto muito. De todos os tipos de dança.


Ele não precisava dizer mais nada. Ela sabia exatamente o que ele estava insinuando.


A atmosfera ficou mais pesada, a temperatura aumentou. Caso se permitisse, acreditaria que ele estava flertando com ela.
Nada de platéia, motivos ocultos. De verdade e não apenas por camaradagem.


O corpo todo parecia derreter e, de repente, sentiu vontade de dar corda para ele. Ao falar deixou que a voz saísse mais sensual do que o normal.


- Qual prefere?


Ele não moveu um músculo sequer, não desviou o olhar. A atenção totalmente focada nela.


- Às vezes, gosto rápido, impulsivo. Outras, mais lento.


- E se estivesse dançando comigo? Qual escolheria? - A boca de Bella estava seca e, por dentro, o coração martelava sua caixa torácica.


- Com você? - Ele levou um instante para responder. Nenhum dos dois sequer piscou. - Quero tentar todos os jeitos com você, Bella. Mas para começar escolheria a marcha lenta, bem suave. Ia envolver você bem apertado.


O nível de adrenalina era tão intenso que Bella sabia que tinha de recuar daquele jogo. Ela não estava à altura dele.


- Tango, então - ele completou descontraidamente e ela sorriu. Já não tinha certeza de que a mensagem embutida nos olhos de Edward era a que ela queria entender.


- Preciso ir, mesmo. Tenho muita coisa para fazer amanhã.


- Tudo bem, Senhorita Conscienciosa. Acompanho você até em casa.


- Não precisa. Ainda está claro. Não tem perigo.


- Não importa.


- Mas é fora do seu caminho. Você mora mais perto.


- Vou levar você em casa. A não ser que esteja planejando passar a noite no meu quarto de hotel.


O desejo mascarado reacendeu e Bella torceu para que a pouca luz do crepúsculo disfarçasse as bochechas vermelhas. Fingiu não se afetar com a gracinha:


- Está uma noite agradável para uma caminhada. Por que não?


Os dentes alvos de Edward revelaram-se subitamente em um sorriso escancarado. Ela tentou conter a onda de prazer, mas falhou.


Havia vento, mas a temperatura continuava cálida enquanto caminhavam calmamente ao longo do rio.


Ele fazia questão de estar bem próximo e os braços de ambos se roçavam de leve, enviando lampejos por toda ela. Bella desejou que fossem namorados, para poder tocá-lo o quanto quisesse e quando quisesse, sem ter de depender de momentos acidentais como aquele. Perguntou-se se, assim como ela, ele estava ciente da proximidade entre os dois. Parecia estar sonhando acordada. Cada passo mais próximo de casa deixava seus nervos mais à flor da pele. Será que ele iria pedir novamente que ela o convidasse para entrar? Não era de agora que ele vinha flertando com ela. Disso não tinha dúvidas. No entanto, aquela saída não era amorosa. Era um jantar entre velhos amigos. Nem mesmo isso. Entre antigos vizinhos.


Confusa sobre o que exatamente representava aquele encontro, o que era real e ficção, abriu o portão de casa.


Parou à porta, embaraçada, e fez uma cena, fingindo procurar as chaves de casa dentro da bolsa para evitar encará-lo. A respiração estava um pouco ofegante. Haviam se beijado uma vez e queria repetir a dose. Mal conseguia acreditar em quão facilmente o beijo havia surgido. Agora, parecia uma façanha impossível. Virou-se e enfiou a chave na fechadura, pelejando com a maçaneta barulhenta para conseguir abrir.


Ele estava bem atrás, tão perto que ela podia sentir o calor dele. Não devia haver mais do que um centímetro entre os dois. Bella se inclinou um pouco mais para a porta para evitar o impulso de encostar no corpo dele.


- Qual o problema?


- A maçaneta está quebrada. Fica saindo na mão.


- Conserto para você.


- Não precisa se preocupar.


- E uma questão de segurança. Amanhã faço isso, assim que tiver um tempo.


Ele se aproximou um pouco mais, deixando uma distância mínima e instigante entre os dois. Bella apenas conseguiu sorrir e agradecer.


- Ontem à noite foi divertido, Bella. Gostei do tempo que passei com você.


Ela desviou o olhar. O sorriso esmorecendo. Que ótimo; quase tão ruim quanto "fiquei com pena de você", pensou ela.


- É, também achei. Obrigada pelo jantar.


Odiava o fato de que, quanto mais tempo passava ao lado dele, mais o desejava e menos conseguia se mobilizar para conquistá-lo.


O olhar dele desceu aos lábios de Bella.


- Boa noite - ele disse apressadamente. Ela o fitou nos olhos e notou uma expressão séria, quase de irritação.
Pensou em perguntar se havia algo errado, mas de súbito ele voltou a sorrir. Porém, o sorriso era apenas uma vaga lembrança do brilho habitual de Edward


- A gente se vê.


Ele se afastou rapidamente, enfiando as mãos nos bolsos da calça. Bella ficou ali alguns instantes, ouvindo os passos dele se perderem gradualmente, e se perguntando por que um beijo de boa noite nem passou por perto durante a despedida.
Repetiu para si que não estava nem um pouco desapontada.



Levantou-se cedo como de costume, mesmo tendo demorado uma eternidade para conseguir dormir. Incapaz de conseguir tirar a imagem de Edward da cabeça, os comentários provocadores, o temperamento endiabrado... Ficou deitada, olhando para o teto durante horas. Podia não ser muito experiente, mas não era idiota e já havia notado as investidas de Edward. Claro que ele estava dando em cima dela. Era sua especialidade.
Não conseguia se controlar. Bastava ver um rabo de saia. Porém, não significava nada para ele. Se estivesse realmente interessado nela a teria beijado ali mesmo na porta.


Vestiu qualquer coisa e foi ao ateliê trabalhar um pouco e aproveitar ao máximo a manhã ensolarada. E banir da memória que Edward não estava interessado nela.


Duas horas depois, mal passava das oito da manhã, quando alguém bateu à porta, repetidas vezes. Estava tão concentrada que nem viu que alguém havia entrado na varanda.
Ergueu a cabeça ao ouvir a campainha.


- Um momento! - Ela gritou. Abriu a tranca e, em seguida, a porta.


Era Edward. Vestia o mesmo jeans surrado da noite anterior, o cabelo ainda úmido, a barba por fazer e uma expressão um pouco tensa.


- Eu disse que viria. - Ele se calou, o olhar enquadrando-a de cima a baixo. E então a fitou no rosto. - Está diferente. - A voz lhe saiu grave.


Bella se lembrou, atemorizada, de que havia se esquecido de vestir a calcinha e desconversou.


- É o meu cabelo.


Estava solto, meio desarrumado. Tirou um elástico que tinha no pulso para prendê-lo.


- Não. Deixe solto. - Ele disse na mesma hora e ela parou com os braços no ar. - Está bonito assim.


Abaixou os braços. Ele estava tão passional, tentador, e a resposta dos hormônios de Emma foi assustadora. Olhou para a caixa que ele carregava.


- Um homem nunca deve sair sem sua caixa de ferramentas.


- Não me diga. - A voz saiu quase como um sussurro e mais sensual do que ela tinha planejado. Ele respondeu com um sorriso sedutor:


- Um homem prevenido vale por dois. - O sorriso estendeu-se e a provocação invadiu seus olhos. - Disse que viria consertar a porta assim que pudesse. Pode me agradecer com um almoço, se quiser.


- Tudo bem.


Enquanto ele abria a caixa de ferramentas, ela foi até a cozinha preparar um chá calmante. Já com a xícara nas mãos, deteve-se no corredor e não pôde resistir a contemplá-lo quando Edward começou a consertar a porta. Ele era a fantasia de toda mulher. Desejou que já fossem três horas depois e que estivesse cinco graus mais quente para que ele tirasse a camisa. Ele a flagrou olhando para ele, devorando-o com os olhos.


Atravessou o pequeno corredor na direção dela.


- Posso tomar um gole?


Tomou a xícara das mãos de Bella e provou do chá, sem tirar
os olhos dela. E então franziu a testa.


- Credo. O que tem nessa xícara. Lama? Ela riu.


- Chá de ervas. Faz bem para o cérebro.


- Tem café? Café de verdade?


- E isso faz bem para quê?


- Dá energia. Muita energia.

Ele brincava com ela novamente. Ela gostava disso.


- Precisa de mais energia?


- Pode ser útil, quem sabe?


O olhar provocador de Edward esquentou ainda mais os pensamentos já flamejantes de Bella. Ela o encarou, olhando fixo para as curvas generosas de seus lábios.


Havia se inclinado para ele? Oferecido os lábios? Edward ficou na dúvida.


- Vou dar uma passada no armazém da esquina para comprar umas coisas para o café-da-manhã. Volto em dez minutos, está bem?


Edward fez que sim com a cabeça e se obrigou a voltar a atenção para a maçaneta da porta. Ela estava deslumbrante. Deslumbrantemente diferente do que no resto da semana. Hoje, ela vestia um shortinho com cara de velho que revelava suas pernas delgadas.


Ele fez um esforço descomunal para ignorar o fato de que ela não estava usando sutiã e os mamilos ressaltavam sob o tecido da camisa irresistivelmente sexy.


E os cabelos soltos, contornando-lhe o rosto angelical, a deixavam ainda mais bela. Estava louco para acariciá-los. Como desejava aquela mulher!


Nem havia tanto tempo assim que não ficava com uma mulher, nunca ficava muito tempo sem elas. Mas o apetite sexual crescia a cada dia. E além da séria atração física que sentia por ela, Edward gostava da companhia de Bella, pura e simplesmente.


Ela era inteligente, animada e bem-humorada, e não havia nenhum outro lugar em que quisesse estar naquele instante que não fosse à porta da casa dela, fazendo hora.
Com exceção da cama, claro!


Observou-a atravessar o portão e sair pela rua. Era imaginação sua ou ela quase se inclinara para beijá-lo no corredor? Com os lábios entreabertos, o rosto de Bella iluminou-se e havia um convite implícito em seus olhos.
Edward não se perdoaria se saísse daquela casa sem algum tipo de contato físico com ela.

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Notas finais do capítulo

O proximo capitulo vai ser beeem melhor...
Comentem e proximo capitulo só sexta!!!

bjkss