Acordo de Amantes escrita por Fefe Shiller


Capítulo 14
Capítulo 13 - o penúltimo capitulo


Notas iniciais do capítulo

* entra dançando Lady Gaga"
 
Hei minhas cerejasinhas, amorinhas, e o resto do pomar.
 
Como vcs tão? eu devo ser o unico ser do planeta animada numa
segunda feira rsrs.
 
Trouxe mais um capitulo quentinho pra vcs... Pena que é o penúltimo *se afoga nas lágrimas*
 
Quero comentarios, dessa vez quero no minimo 15 reviews, pra postar quinta feira o ultimo capitulo, ou.... Só segunda que vem se naum tiver muitos reviews
 
BOA LEITURA!
 
(avisinho no final)
 



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CAPITULO TREZE

 

Edward franziu a testa defronte da maquete de um edifício e fingiu prestar atenção no arquiteto ao lado. A culpa era toda sua, pensou. O feitiço havia se voltado contra o feiticeiro. Ele tinha pregado uma peça em si ao se oferecer para ser o brinquedinho de Bella. O problema era que ela não queria mais brincar. Nem ele. Ele queria coisa séria. Ela não queria mais nada.

 

Sempre havia sido um Dom Juan de primeira e era assim que Bella o via. Mas agora queria se diferente. Aquela conclusão foi lenta, gradual e dolorosa. Tentou refutá-la. Odiava o fato de que os sentimentos que sentia por Bella e a situação na qual estava lhe fugiam ao controle.

 

Hesitou. Não daria certo. Não poderia. Não namorava sério. Não assumia compromissos. Muito menos compromissos sérios à distância. Ela tinha um super emprego que adorava e que não largaria por nada no mundo. Ele também não podia se mudar. Havia pessoas contando com ele. Tinha de desistir da idéia de ter Bella em seu futuro e ficar apenas com a lembrança das poucas e divertidas semanas que tinha passado com ela.

 

Agora podia partir para outra. Algo novo e excitante.

 

Então por que sentia um vazio no peito? Lançou um sorriso banal para o arquiteto e seguir para o carro.

 

Ainda desejava Bella e podia jurar que havia visto volúpia nos olhos dela quando se despediram. Em seu devaneio, pensou que poderia arrumar um jardim no terraço Além disso, havia vários hotéis em Auckland. Todos precisavam de contadores. O batimento cardíaco acelerou.

 

Talvez tivesse agido mal, talvez devesse ter falado com Bella antes, pensou. Mas achou que levá-la à galeria de Cathy para que ouvisse a opinião de um profissional ajudaria a superar o medo e a insegurança. Tinha certeza de que, no fundo, Bella queria mostrar suas pinturas Odiava que ela estivesse sempre ocupada demais dando aos outros em vez de aproveitar o talento que tinha e maximiza-lo para ter mais prazer na vida.

 

Bella era uma privilegiada por ser capaz de ter um carreira sem deixar de fazer o que amava. Edward queria mostrar isso a ela.

 

Não era apenas um casinho sem importância ou um jogo que havia se prolongado mais do que tinham planejado. Não fizera sexo com ela, mas, sim, amor. Pela primeira vez. E, idiota, só se dava conta disso agora. Seria tarde demais? Agarrou com força o volante. Não podia ser tarde demais. Estava apaixonado. Uma situação horrível para um cara como ele. Nunca imaginaria que passaria por isso.

 

A queria tanto que nem conseguia pensar direito. Sempre dissera que nunca sossegaria, que só queria diversão.

 

A vida ao lado de Bella era divertida.

 

Sem ela, perdia a graça.

 

A resolução o atingiu como um raio. O único jeito de acabar com o desconforto que Bella lhe causava era assegurando-se de que ela estivesse com ele de verdade, para sempre.

 

Respirou fundo. Sentiu-se melhor com a descoberta.

 

Então, entrou em pânico.

 

Como conseguiria fazê-la entender que o que haviam vivido não era comum; que nunca havia sido tão bom? Para ela, os dois estavam apenas se divertindo, sem compromisso. Ela não queria esperar nada sério dele.

 

Pegou o celular, mas desistiu de ligar, pois sabia que ela não atenderia. Era necessário estar frente a frente. Xingou-se por ter tomado a decisão intempestiva de partir de Christchurch de volta para Auckland. Mas havia ficado enlouquecido com a reação exagerada de Bella.

 

Magoado por ela tê-lo apagado da memória com tanta facilidade.

 

Com medo de que a frieza de Bella significasse indiferença. Por isso, se quisesse convencê-la, teria de falar uma língua que ela entendesse.

 

O celular de Bella tocou. Parou o carro no acostamento e atendeu, tentando não ficar desapontada ao ver que não era o telefone de Edward que aparecia no visor do aparelho. Tinha de esquecê-lo de uma vez por todas.

 

Atendeu. Era Margaret. Estava hiper entusiasmada. A editora gostara do livro. De todo ele: do texto, dos desenhos e das pinturas.

 

- Você devia ganhar a primeira comissão, porque sem os seus desenhos o livro não sairia. Eles, inclusive, comentaram que querem aproveitar para fazer papéis de carta ou mesmo um calendário com o seu trabalho, Bella. Eles já me perguntaram se você tem mais trabalhos prontos. Tem outras pinturas?

Bella ficou em silêncio por um instante. Fechou os olhos e respirou fundo.

 

- Tenho um monte.

 

Vinte minutos depois estava sentada em uma cafeteria de frente para a praia. As gaivotas sobrevoavam o estacionamento. O descafeinado com leite estava perfeito.

 

Ela agarrou a xícara com mãos trêmulas. Olhou a decoração do lugar. Pinturas de artistas locais adornavam as paredes. Abaixo, viam-se os respectivos títulos, tamanho e preço. Simples.

Pequenas vendas informais, gerando rendas informais e pouco confiáveis. E o plano começou a se formar. Era a forma de se ter tudo - pelo menos no campo profissional. Podia ter perdido Edward. Nunca o tivera mesmo. Mas quem sabe não poderia pôr em prática algo que havia aprendido com aquela experiência?

 

Na segunda bem cedo, depois de alguns dias viajando pela costa do litoral pondo no papel idéias e imagens, Bella criou coragem. Imprimiu a carta e foi ao escritório de Aro antes que mudasse de idéia.

 

Aporta estava aberta e Bella bateu de leve para chamar a atenção do chefe. Ele a fitou da mesa abarrotada de documentos e seu olhar deteve-se, de imediato, no papel que Bella segurava.

 

E falou antes que ela se manifestasse.

 

- Já esperava por isso. Ela o olhou surpresa.

 

- É para viajar ou é por amor?

 

Bella afundou na cadeira, de frente para ele. Estava aliviada pelo chefe já saber e por não se mostrar nem um pouco magoado ou zangado. Pôs a carta de demissão sobre a mesa.

 

- Na verdade, é para fazer uma leve mudança no rumo da minha carreira.

 

Ele deu um leve tapa na própria testa.

 

- Devia ter imaginado que não seria tão óbvio assim. - Ele sorriu, um sorriso reconfortante. - Sabia que não teria você para sempre, Bella. E nem deveria. Em algum momento tinha que sair daqui, atrás dos seus sonhos.

 

Conhecia bem a frase: "Ninguém é indispensável". Ela não era indispensável.

 

Ele também não. O hotel não ia desabar só porque os dois estavam partindo. As mudanças provavelmente trariam mais vitalidade e ânimo aos negócios.

 

- Você trabalhou muito duro por isso aqui, Aro.

 

- E você também. E juntos fizemos um trabalho maravilhoso. Que tal comemorarmos essa despedida com um sorvete?

 

Aro era apaixonado por sorvete. Saíram do hotel e foram à loja de sorvetes caseiros que costumavam freqüentar, nas proximidades do hotel.

 

A atendente os viu se aproximar e já deixou preparado o sorvete de iogurte usual de Aro. Bella pediu três bolas de chocolate.

 

Aro, então, piscou para Bella:

 

- E como vai aquele garoto?

 

- Que garoto?

 

- Edward, você sabe, aquele que conseguiu fazer você sorrir.

 

Bella deu uma lambida no sorvete enquanto tentava pensar em uma resposta genérica. Aro continuou:

 

- Ele parecia muito fascinado por você. Achei que fossem se divertir um pouco além de trabalhar.

 

Como ela não respondeu, Aro suspirou.

 

- Que pena... Achei que vocês combinavam.

 

Aro deixou-a na recepção e se despediu. Pouco depois, Jessica a chamou fazendo sinal com a mão.

 

- Chegaram umas flores para você na semana passada. Ligamos para sua casa, mas ninguém atendeu. Acabaram ficando na recepção. A faxineira levou embora no fim de semana.

 

- Tinha algum cartão?

 

Ela fez que não com a cabeça. Bella agradeceu e se virou rumo ao elevador para voltar ao escritório, mas parou ao lembrar-se de algo.

 

- Sabe me dizer que tipo de flores eram? Jessica franziu a testa.

 

- Não. Lembro-me de que era um tipo só. Não eram rosas.

 

- Que cor?

 

- Brancas.

 

Também não eram tulipas.

 

Voltou para a sala, determinada a esquecer. Agora que havia tomado a decisão, desejava que os dias passassem mais rapidamente, mas as horas pareciam estar em marcha lenta.

 

Da janela Edward contemplava o bairro e pensava na noite que teria adiante. Não se lembrava da última vez que havia passado tantas noites sozinho, mas não tinha nenhuma vontade de sair.

 

Devia tê-la escutado, visto a extensão da ansiedade de Bella. Agora estava preocupado, com medo de ter perdido a confiança dela por ter mostrado as pinturas para Cathy. Contudo, era um homem de ação.

 

Apenas precisava de um tempo para juntar as peças do quebra-cabeça que era sua vida, mas era evidente que Bella merecia mais. Recusava-se a acreditar que ela não o quisesse. Ele devia fazer a coisa certa. Já tinham passado dias e não teve nenhuma notícia de Bella.

Como nunca desistia do que queria, tinha um plano B. O único problema era que talvez precisasse de um C, nesse caso, e não sabia se o coração suportaria tanto suspense. Apanhou o cinzel. Um passo de cada vez.

 

Quando Bella chegou em casa, à noite, encontrou Rosalie e Alice sentadas na varanda, com uma garrafa de vinho aberta. Sorriu para as duas e subiu as escadas.

 

- Olá, senhorita workaholic. A gente está aqui há horas.

 

Rose ergueu a taça de vinho e brindou para a irmã. Bella olhou para a garrafa quase vazia e para o prato engordurado com restos de hambúrguer e batata frita.

 

- Jura?

 

Bella se sentou no último degrau, tomou o copo da mão de Rose e o esvaziou em segundos, de um só gole. Rose a fitou boquiaberta.

 

- Teve um dia ruim?

[i]Um entre muitos, nesta última semana[/i]. Apesar de começar a se resignar e se aventurar em um novo trabalho, não conseguia espantar o baixo astral. Não conseguia parar de pensar em Edward. Aquilo a frustrava terrivelmente. Sempre havia sido uma mulher de carreira e agora estava prestes a começar uma aventura nova e estimulante. E, no entanto, não tirava Edward da cabeça. Quem diria, perdida por causa de um homem. Mas ele não era apenas um homem qualquer e esse era o problema.

 

- A gente só veio para passar a noite, mana. Tem problema se acamparmos na sua sala? - Rose encheu o copo com o vinho que restava na garrafa e deu a Bella.

 

Bella se levantou e espreguiçou.

 

- Entrem. Vou preparar algo para comerem. Devem estar com fome. - Tirou um salmão defumado da geladeira e abriu um pacote de bolachas para acompanhar. As duas se sentaram à mesa e contaram a Bella as aventuras na capital, Wellington.

- E então? O que pensam em fazer com o diploma de música?

 

Rosalie fez uma careta.

 

- Ai, falou igual ao papai.

 

- E ao Edward, - acrescentou Alice.

 

A menção do nome dele deixou as mãos de Bella trêmulas. O coração disparou. Mas decidiu se manter tranqüila.

 

- Nos encontramos no hotel algumas vezes, mas acho que ele ja voltou para Auckland. Queria tê-lo visto?

 

- De jeito nenhum. A última coisa que quero é ele metendo o dedo onde não é chamado. Vai querer arranjar um emprego para mim. Inventar uma entrevista ou algo do gênero. - Ela estremeceu, debochadamente. Bella olhou-a boquiaberta e Alice riu.

 

- É sério, você acha que seu pai é exagerado, mas é um santo se comparado ao Edward. Edward conserta coisas. É o que sabe fazer. Compra prédios e os reforma. Ganha rios de dinheiro e acha que pode mandar na gente. Enche o saco da mamãe para ela se aposentar e é a última coisa que ela quer. Ele não aprende que não pode fazer tudo pela gente o tempo todo.

 

Rosalie deu um copo de água a Alice. Ela deu um gole e continuou a tagarelar.

 

- E agora ele parece não perceber que sou perfeitamente capaz de superar desafios por conta própria. Até hoje não deixa eu carregar minha própria mala. Se me visse carregando essa mochila de acampar teria um treco. Sei que só quer o melhor para mim, mas não compreende que quero andar com as próprias pernas.

 

- Não reclame, Alice, - retrucou Rose. - É assim que ele mostra que se preocupa com você.

 

- Não me entendam mal. Amo meu irmão. Vou ser sempre grata a ele pelo que fez por mim. Mas estou bem grandinha e saudável. Ele não precisa mais se preocupar. Perde tanto tempo se preocupando comigo e com mamãe que não consegue se dedicar a um namoro sério. Está o tempo todo pulando de galho em galho. Os relacionamentos não duram mais de dois meses. O pior é que algumas são muito legais. - Alice deu de ombros. - Mas ele diz que só quer se divertir. Se preocupa demais conosco e acho que não quer mais responsabilidade com uma namorada séria. Ou talvez ainda não tenha encontrado a pessoa certa.

 

Alice parou de falar de repente e ficou estranhamente silenciosa. Rosalie a olhou demoradamente, mas não disse nada.

 

- Posso dar uma olhada na casa? É tão fofa. - Alice estava de pé, descendo o corredor, antes que Rosalie ou Bella tivessem tempo de responder.

 

O grito de espanto foi instantâneo tão logo Alice entrou no ateliê.

 

- Bella, isso é incrível! Não sabia.

 

Bella deu de ombros e foi ao encontro de Alice.

 

- Não fazia idéia que você pintava, - disse Alice enquanto contemplava as pinturas na parede. - Essas são fantásticas. Sabe, Edward coleciona arte. Devia mostrar para ele um dia.

 

Bella ficou olhando para a pintura inacabada da gardênia, pensando na ironia daquelas palavras.

 

Desenrolaram os sacos de dormir, animadamente. Disseram que estavam treinando para a viagem. Bella fez uma careta. A idéia de acampar era romântica, mas os mosquitos, o chão duro, terra e umidade a irritavam. Já em um hotel, iria a qualquer lugar, em qualquer dia. Deitou-se na cama e ficou aproveitando o silêncio da noite, enquanto refletia sobre os últimos acontecimentos.

 

Era assim que ele mostrava preocupação. Sentiria pena dela?

 

Não. Ele a tinha desejado. Intensamente.

 

Um mulherengo que estava curtindo a novidade de ficar com uma morena mignon. O calor perpassou todo o corpo, enquanto seu lado safado a dominava. E qual era o problema? Você também estava curtindo.

 

Precisava ir para a bendita festa dos pais e, depois desse fim de semana, talvez, tirar proveito das suas férias não remuneradas. Como havia dito Edward: se não pedir, não leva. Criaria coragem para ir atrás do que realmente queria para sua vida profissional. Poderia correr o mesmo risco em relação a Edward e a paixão que sentia por ele? Enfrentar o medo e reivindicar o que realmente desejava: ou seja, ele? Pelo tempo que fosse?

 


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Notas finais do capítulo

E ai? Finalmente a Bella ta fazendo algo q preste... SE ELA NAO FOR ATRÁS DO EDDIE EU VOU!!!rsrs
 
comentem, que o o ultimo saí raaaaapidinho.
e dêem uma passada na minha song fic.
 
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BJKS E
FUI...