Acordo de Amantes escrita por Fefe Shiller


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

eI FOFAS!!

DESCULPEM NAUM TER POSTADO O ULTIMO CAPITULO.... PASSEI POR
MAUS BUCADOS NESSES DIAS, MINHA MELHOR AMIGA MORREU
E MEU PC DEU PROBLEMA.

ESPERO Q TENHA VALIDO A PENA ESPERAR O FINAL
PQ EU PARTICULAMENTE AMEI.


NOS FALAMOS LÁ EM BAIXO.



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CAPÍTULO CATORZE

 

Edward subiu as escadas com pisadas e o coração pesados. Aquela seria sua última tentativa. E ele estava aterrorizado.

 

O pai de Bella estava de pé na entrada da varanda. Senhor de si, observando Edward se aproximar.

 

- Edward.

 

- Charlie.

 

- Bom ver você aqui. Vem à festa mais tarde?

 

- Talvez.

 

- O que posso fazer por você?

 

- Na verdade, estou procurando por Bella.

 

- Ela não está. Saiu para comprar umas flores para a festa de hoje.

 

Edward deu um suspiro frustrado. O olhar de Charlie sob Edward ficou agudo e perspicaz, mas logo desviou para o nada.

 

- Você a viu em Christchurch?

 

- Um pouco. - Cada milímetro dela.

 

- Parecia feliz?

 

Edward ficou calado, aturdido com a pergunta. Charlie olhou ao longe.

 

- Ela não parece muito feliz. O coração de Edward disparou. Charlie deu um suspiro.

 

- Tudo o que você quer para os seus filhos é que sejam felizes. Quer que eles se dêem bem. Que estejam bem. Você tenta ensinar a eles o que é importante e parece que só faz piorar as coisas. - Edward obstruiu o nó na garganta; não sabia bem o que dizer. Aparentemente, não precisava dizer nada. Charlie continuou, ignorando a falta de resposta. - Nem Bella nem Rose parecem felizes como eu gostaria.

 

Aquilo não era nenhuma surpresa.

 

- Você se deu muito bem, Edward. Trabalhou duro. Ganhou seu dinheiro. - Fitou-o bem nos olhos. - Está feliz?

 

- Tenho algumas coisas ainda para resolver nesse quesito.

 

Charlie deu uma risada cansada.

 

- Uma vez disse que você não seria ninguém se abandonasse a escola. Lembra-se?

 

Como poderia esquecer?

 

- Estava errado. - O velho franziu a testa. -Aliás, me equivoquei algumas vezes na vida. - Os dois ficaram ali parados contemplando o jardim.

 

- Só estava querendo me ajudar, Charlie. Achava que me fazia um favor.

 

Edward franziu a testa. Percebeu que tinha feito com Bella o mesmo que o pai dela havia tentado fazer com ele. Achando que sabia o que era melhor para ela. Forçando-a a mostrar suas pinturas quando o que precisava era que a deixasse fazer as coisas do jeito que achasse melhor.

 

Charlie se virou para Edward e lhe perguntou se queria uma cerveja.

 

- Tem certeza de que está bem? - Rosalie não tirava os olhos da irmã.

 

- Tenho. Rose suspirou.

 

- Que mentira deslavada. Mas se não está pronta para se abrir, tudo bem. Só sei que tem alguma coisa errada.

 

- Suspirou de novo. - Pode, pelo menos, se animar um pouco? Já vai ser duro ter que agüentar a festa inteira. Com você assim, vai ser pior ainda.

 

Elas entraram no carro e Rose saiu da vaga.

 

- É por causa de homem? Bella não disse nada.

 

- Nunca vi você assim. Só pode ser isso. Bella conteve o sorriso.

 

- Vou ficar bem, Rose.

 

- Eu sei. Sempre fica. - Rosalie checou o retrovisor. - Seria ótimo se pudesse ficar mais do que apenas bem, para variar, não acha?

 

Bella se esforçou para sair do carro sem esmigalhar as flores da festa. Atolada de buquês nos braços, fechou a porta com o pé.

 

- Oi, Edward, quanto tempo! - Exclamou Rosalie.

 

Bella ergueu a cabeça bruscamente e viu o pai sentado à varanda, com uma cerveja na mão. Ao seu lado, também com uma cerveja na mão, estava Edward. Uma vasilha com castanhas estava no meio. A festa parecia ter começado antes.

 

Olhou para Edward e viu que ele a encarava. Ficou parada no meio do caminho, enquanto ele a estudava de cima a baixo. Mesmo com a distância que os separava, Bella podia ver o brilho sem-vergonha nos olhos dele, um brilho cheio de lubricidade. Contudo, esse brilho logo desapareceu e ambos se fitaram seriamente.

 

Ele deixou o copo de lado, com cuidado, e se levantou. Em seguida, Bella notou que tanto o pai quanto a irmã olhavam para os dois, intrigados.

 

Edward foi quem quebrou o silêncio.

 

- Queria ter uma palavrinha com Bella.

 

Os quatro trocaram olhares e ninguém se mexeu por alguns segundos.

 

Rosalie então entrou em ação.

 

- Pai, por que não pega os lírios que estão com Bella?

 

Sem conseguir raciocinar direito, Bella argumentou:

 

- Mas tenho que fazer os arranjos. Rosalie passou os buquês para o pai.

 

- Você não é a única que sabe colocar flores em um vaso de água.

 

Edward desceu as escadas e foi até onde Bella estava. Continuava imóvel.

 

Rose passou por ele ao entrar em casa e sorriu calorosamente. O pai também entrou.

 

A atenção de Bella se voltou para Edward.

 

- O que está fazendo aqui? - Trabalho, tinha de ser trabalho.

 

- Esperando por você.

 

Bella mandou que o coração sossegasse. Ia acabar passando vergonha.

 

- Mas esse é um evento no seu calendário social que sempre faz questão de perder.

 

Ele fechou os olhos, cobrindo a frustração e os demais sentimentos contraditórios que o atormentavam. Ao abri-los novamente, a tempestade parecia ter ido embora.

 

- Bella. Queria ver você. Tenho algo que quero mostrar.

 

Ele parecia mais magro, mais pálido e com a barba grande demais.

 

- É que... Está na garagem.

 

-Ah.

 

Edward a mostrou o caminho.

 

- Fiz um presente de Natal para você.

 

Ela olhou para o banco em que se encontrava uma caixa.

 

- Sei que está meio cedo e mal embrulhado. Desculpa.

 

Ela pegou a caixa e retirou o fino embrulho que a cobria. Era do tamanho de um microondas. Incrivelmente polida. Ela reconheceu a madeira avermelhada, típica da Nova Zelândia. Estava talhada nas bordas e nos lados.

 

Na fechadura havia um simples cadeado em formato de flor. No meio da tampa, havia uma flor meticulosamente talhada.

 

- Deve ter demorado horas.

 

- É verdade. Mas, também, não tinha nada mais o que fazer com as mãos.

 

O silêncio era absoluto.

 

Bella abriu a tampa da caixa e soltou um suspiro ao ver o interior.

 

- É para guardar suas coisas de pintura.

 

Havia uma camada superior que era removível, dividida em vários compartimentos de diferentes tamanhos.

 

Perfeito para lápis, pincéis. Ela retirou a parte de cima e viu que embaixo as divisórias eram maiores e em cada compartimento havia um bombom. Sorriu.

 

- Achei que fosse gostar de ter uma reserva energética secreta para as longas horas de trabalho.

 

Agora era a oportunidade perfeita. Queria contar tudo. Também tinha um presente de Natal para ele. Abriu a boca. E criou coragem:

 

- Estou largando meu trabalho no hotel.

 

Ele fez um movimento brusco com a cabeça em sinal de espanto.

 

- O que vai fazer agora?

 

- Estou abrindo meu próprio negócio.

 

Ele estava claramente surpreso e preocupado. Bella continuou:

 

- Gosto de números, Edward. Gosto de fazer com que eles dêem bons resultados. Curto contabilidade. Nunca trabalharia tão duro se não gostasse do que faço. Papai e Aro não foram a razão principal. Não sou tão patética assim. - Ela deu um suspiro. - Tudo bem, foram também. Mas não apenas. Amo pintar. Não vou ter que desistir de nada do que já faço. Margaret vai lançar o livro dela com os meus desenhos. - Respirou fundo. - E algumas das minhas pinturas. A idéia é colocar à venda alguns produtos adicionais, papéis de carta, calendários, coisas desse tipo.

 

- Com as suas pinturas. Ela assentiu.

 

- Vai ter uma exposição quando o livro for publicado. Edward estava pasmo.

 

- Isso é incrível.

 

Ele era a primeira pessoa a quem contava sobre sua decisão. A pessoa mais importante.

 

- Vou vender a casa e, com o dinheiro, abrir um pequeno negócio de contabilidade para artistas plásticos, escritores e atores. E para aqueles que não tenham renda fixa e que precisem lidar com assuntos complicados como royalties. Vou trabalhar meio período para me dedicar à exposição.

 

Estava um pouco relaxada pela primeira vez desde que o viu.

 

- Como se sente, expondo seus trabalhos?

 

- Apavorada, mas animada ao mesmo tempo. Depois que você ficou sabendo e depois a Cathy da galeria de artes, Margaret, Rosalie e Alice, passei a achar que não era tão ruim assim.

 

- Tem estado em contato com a Cathy?

 

- Tinha razão sobre ela. É uma pessoa maravilhosa. - Ela suspirou novamente. - É assustador, Edward, mas prefiro pensar nisso como um jogo. Vou continuar fazendo enquanto for divertido e tentar não ficar tensa demais.

 

Não conteve um sorriso ao dizer:

 

- A vida toda tentei me sobressair, ser a melhor no que fazia. A partir de hoje quero relaxar e não me preocupar tanto com isso. Com relação à pintura, continua sendo algo que faço para mim mesma, Edward. E sempre vão ter pinturas que vou fazer apenas para mim e que ninguém mais vai ver. O que não significa que não possa tentar mostrar algumas para o público. Se não gostar, posso desistir. Já estava nesse caminho quando você entrou na minha vida. Seu ritmo não era o meu. E fiquei assustada. Com medo. Foi isso.

 

Ele parecia dolorosamente pungido.

 

- Sinto muito, Bella. Tinha razão; não devia. Não devia ter entrado escondido e tirado as fotos.

 

- Sei que só queria ajudar. Acho que acabaria chegando até aqui, mais cedo ou mais tarde. Você apenas acelerou o processo. E a Cathy é um contato fabuloso.

 

- Já contou para seus pais?

 

- Ainda não. Queria... - Contar para você primeiro. - ...ter certeza de algumas coisas antes. Fiz uma pintura para eles de presente de natal.

 

- Vai ter que vender sua casa? Achei que amasse morar lá.

 

Ela deu de ombros.

 

- Vou achar outro lugar que ame tanto quanto. E você tinha razão, a localização é uma mina de ouro.

 

Fez uma pausa. As palavras lhe fugiram. As mais importantes estavam entaladas na garganta e não conseguia soltá-las. Percebia o abismo que os separava e não sabia como criar uma ponte que os unisse. Esperou, ansiosa por um gesto que a encorajasse, mas não o viu.

 

- É realmente muito legal, Bella.

 

Não conseguia ler a expressão no rosto de Edward. As palavras pareciam conclusivas. Era óbvio que ele não estava interessado. A história dos dois havia sido fogo de palha. Uma brincadeira sem conseqüências. Para ele.

 

- Muito obrigada pela caixa. É linda.

 

Trêmula e insegura, virou-se para ir embora, sentindo-se derrotada e desesperada.

 

Parecia que ele ia deixar que ela se fosse, mas de repente lançou uma pergunta:

 

- Não recebeu as flores que mandei para você? Ela se virou para ele, imediatamente.

 

- Não. Estava fora.

 

Ele a olhava fixa e obstinadamente.

 

- Que flores eram?

 

- Gardênias.

 

Bella havia recentemente desenhado gardênias e anotado seu significado no caderno à mão, com sua caligrafia impecável. Tinha pintado no fim de semana, mas amassou o desenho, sentindo-se uma perfeita idiota.

 

Será que ele sabia que aquela era a mensagem oculta dos dois? Tremia por dentro.

 

- Por que gardênias?

 

Nunca o tinha visto tão tenso. E então ele suspirou e as palavras que emitiu em seguida pareciam vir do fundo.

 

- Você disse que todos têm um segredo, Bella. -Voltou a respirar fundo e, ao expirar, soltou: - Eu amo você. Esse é meu segredo. Amo você. E sempre vou amar.

 

- Está brincando? - Bella estava tão chocada que não pôde evitar a pergunta brusca.

 

Pela primeira vez, era ele quem tinha o rosto vermelho de vergonha.

 

- Na verdade, nunca falei tão sério na vida.

 

Ela olhou para o teto, ouvindo as batidas do coração que mais pareciam trovoadas em uma tempestade devastadora.

 

- Me perdoe, Bella. Me perdoe por ter começado nossa história como um jogo; por ter tirado fotos das suas pinturas; me perdoe por ter traído sua confiança.

 

- Continuo confiando em você, Edward. Sempre confiei. E sei que achou que estava me fazendo um favor.

 

- Só queria ajudar. Queria ver você feliz. Me preocupo com você. Mas não me importa o que você faça, o quanto ganhe, se é vitoriosa ou não. Vou continuar amando você. Vou continuar aqui com você. Vou continuar apoiando você para o que for. É você quem eu amo, Isabella. Por ser como é. Sei que querer agradar aos outros, conquistar coisas para os outros é inerente a você, mas não precisa fazer isso por mim, está bem? Não precisa mostrar suas pinturas se não quiser. Faça o que o seu coração mandar sem se preocupar com o resto.

 

- Quero mostrá-las Edward. É verdade. Começou como um segredo, porque tinha medo da reação do papai. Quando eu era criança a aprovação dele significava tudo. Depois acabou se tornando um hábito. E achava que as pessoas fossem criar muita expectativa em relação a mim. Ridículo, não é?

 

- Não. - Um sorriso tímido formou-se no rosto de Edward. - Que bom que guardou esse segredo por tanto tempo. Fico feliz que tenha compartilhado comigo isso.

 

Ela já não tinha certeza se estavam falando das pinturas.

 

- Então... O que diz, Bella? - Ele fez uma breve pausa. O clima de tensão era grande. Ele tentou novamente:

 

- O que acha de passar mais tempo comigo. Me dá uma chance?

 

- Você não precisa de uma chance. — A voz de Bella não era mais que um sussurro e ele se aproximou para escutar melhor. Porém, não era próximo o suficiente, pensou ela. O corpo e a alma de Bella suplicavam por um toque de Edward. No entanto, não conseguia exprimir as benditas palavras.

 

- Edward...

 

O rosto dele iluminou.

 

- Edward? - A voz de Alice soou no ambiente e ela apareceu na porta da garagem, minutos depois.

 

- Edward, preciso que você empacote...

 

Bella deu um salto para trás, passando as mãos pelos cabelos em vez de alcançar o rosto de Edward, que era o que pretendia ter feito naquele instante.

 

- Vai ter que fazer você mesma, Alice. Estou ocupado agora. - Bella nunca o tinha visto usar um tom tão ríspido. Certamente, nunca com Alice. Ele pegou na mão de Bella e a tirou dali, rumo à escada. Bella se virou e viu que Alice estava boquiaberta, olhando para eles. O rubor quente invadiu as bochechas de Bella ao ouvir Alice soltar uma gargalhada.

 

Ela o seguiu pelas escadas que davam no segundo andar da garagem. Ele abriu a porta e os dois entraram. Edward fechou a porta e a trancou.

 

- É aqui que se esconde?

 

Ele passou as mãos pelos cabelos.

 

- É, acho que sim. Quando comecei a trabalhar passei a dormir aqui a maior parte do tempo. Chegava tarde e não queria acordar ninguém dentro da casa.

 

- Se divertiu muito aqui? - Ela não pôde evitar a pergunta.

 

Ele sorriu de repente.

 

- Nem perto do que você imagina. - Ela o olhou com ceticismo. Ele a encarou. - Isso a incomoda?

 

- Claro que incomoda. Sou de carne e osso.

 

- Que bom, porque a idéia de você com outro me deixa tão enfurecido que... - Ele se Calou e deu uma risada.

 

- Mas eu não faço o seu tipo. Nem um pouco!

 

- Não existe um tipo para mim, Bella. Existe você ninguém mais.

 

Os dois ficaram cara a cara.

 

- Até reencontrar você, não queria nada sério com ninguém. Apenas me divertir. Com você é tão diferente. Não posso ficar longe de você, Bella. Nunca mais. Você dá sentido à minha vida.

 

Ela concentrou-se nos olhos de Edward e viu a sinceridade brilhar de dentro deles. Decidiu contar o segredo:

 

- Sempre fui a fim de você.

 

- N-ã-o. - Ele balançou a cabeça, incrédulo. Ela riu.

 

- Durante anos. Desde o dia no parque, quando você foi tão legal comigo.

 

- Legal? - Ele olhou para o nada, tentando se lembrar. - Pus meu braço ao redor para dar um abraço em você, como faria com a Alice, e de repente eu estava pegando fogo. Devia ter percebido ali que havia algo de muito especial sobre você. Sobre nós. - O peito de Edward se encheu em um longo suspiro. - Você gostava de mim?

 

- Sempre gostei de você. Tão lindo, tão bacana, tão divertido. Você me escutou, Edward. Ninguém tinha me escutado assim antes.

 

- É, mas quando você mais precisava de mim, não escutei. Não prestei atenção aos seus apelos.

 

- Você só estava tentando me ajudar. Sei disso. E você tem razão, compartilhar as coisas boas que fazemos é bom. Compartilhar com as pessoas por quem temos carinho é muito bom.

 

- Gosto de compartilhar coisas com você, Bella. Ela sorriu.

 

- Gosto de me compartilhar com você, Edward. - Ela sorriu e piscou melindrosamente.

 

Ele deu uma risada e as mãos dele voltaram a tocar os braços dela, acariciando-os, trazendo-a para perto, milímetro a milímetro, até que ela estivesse perto o suficiente para ele apoiar a cabeça em sua fronte.

 

- Pensei em você todo o tempo, Bella. Quando acordava, quando dormia. Só você me vinha à cabeça. - Ele suspirou e a olhou com tamanha doçura e intensidade que a fez sentir uma estranha calma, apesar do desejo que a consumia por dentro. Tudo ia ficar bem.

 

- Vi você naquele bar, crescida, madura, longe desta cidade e com essa magia nos olhos. Pensei, por que não? Uma experiência divertida com alguém um pouco diferente. - Ele balançou a cabeça. - Mas, não. - Passou o dedo sobre os lábios dela. -Aquele único beijo foi suficiente. Principalmente depois que descobri que era só para mostrar para os outros. Queria você toda, só para mim.

 

Ela seguiu o rasto do caminho do dedo de Edward com a língua.

 

- Pensei que poderia me aproximar de você. Me divertir um pouco. Pensei que, quanto mais tivesse de você, menos a desejaria. Errado. Estava totalmente equivocado.

 

Ela deu o último passo que faltava para que ficassem colados um ao outro.

 

- Fui vítima da minha própria armadilha.

 

O rosto dele se iluminou com um daqueles sorrisos safados e irresistíveis.

 

- O tiro saiu pela culatra.

 

Bella ergueu uma das sobrancelhas. Em silêncio, deleitava-se com a confissão do amado.

 

- Não consegui controlar o que sentia. Foi tudo muito rápido, muito novo para mim. Foi quando percebi que estava em sérios apuros.

 

Ele a olhou de um jeito que indicava que queria se desculpar.

 

- Não queria nada sério, Bella. Achei que o encanto não fosse durar. Mas, em vez disso, tudo o que queria era estar com você. Fazer você feliz.

 

- A felicidade não é controlável, Edward. Só eu posso correr atrás da minha felicidade. E estou trabalhando nisso. Redirecionei minha vida profissional. Resolvi mostrar minhas pinturas. Só restava mais uma coisa a fazer.

 

- O quê?

 

- Estou indo para Auckland. Já fiz a reserva para a semana que vem.

 

Bella percebeu que ele ficou atônito.

 

- O que vai fazer lá?

 

- Ficar com você. - Ela tomou o rosto dele nas mãos. - Quero mais de você. Tinha a esperança de que você também quisesse mais de mim. - Ela deu de ombros, com um rosto angelical.

 

- Claro! - Ele a acariciou nas costas. - Quero muito mais.

 

- Nada de joguinhos, então? Nunca mais.

 

- O único jogo que pretendo jogar no futuro é Scrabble.

 

- Scrabble? - Ela riu.

 

Os olhos se encontraram. Cada célula do corpo de Bella estava a postos, pronta para ser eletrizada. Era o momento que havia esperado desde que o viu na varanda com seu pai.

Finalmente, ele inclinou os lábios para baixo para tocar os de Bella, ávidos pelo toque de Edward.

 

Ele a beijou. Ela o beijou. Um beijo lindo, suave, e ela se desmanchou nos braços dele.

 

Pegando-o de surpresa, ela o empurrou no diva, arrancando a camisa dele.

 

- Quero você, Edward Cullen. - Ela o beijou, ferindo os lábios devido à pressão apaixonada contra os músculos fortes de Edward. Beijando-o no peito, subindo para o pescoço e maxilar.

 

- Tire a roupa, agora!

 

Ele abriu o cinto e a levantou apenas para que pudesse tirar a calça jeans o mais rápido possível. Então, debruçou-se sobre ela, o corpo pressionando-a em cada trecho. Nada mais importava. A única coisa que queria era

ele, dentro dela.

 

- Quero que me possua, agora! - Ela se arqueou em tom de súplica e provocação. - Agora.

 

Um prazer malicioso se apossou de Edward.

 

Ela o puxou para si, convidando-o, e ele tomou sua posição com um ímpeto violento.

 

Ela deu um gemido, demorado, alto, enquanto ele a penetrava.

 

Ele mergulhou fundo poucas vezes antes de atingir o âmago de Bella, causando-lhe ondas arrebatadoras. Ela o agarrou forte, enquanto sentia os espasmos de êxtase e gritava de prazer. Foi a jornada mais rápida ao orgasmo da vida dela. Ofegante, não teve tempo de se recuperar, pois Edward retomou o ritmo impetuoso, excitando-a novamente. Abriu os olhos para vê-lo chegar ao clímax.

 

Mas Edward não chegou. Em vez disso, se segurou, trabalhando para excitá-la mais uma vez. Estava intensamente focado nela, não havia qualquer traço de humor.

 

- Quando estou com você, tudo é tão puro e instintivo. Me sinto vulnerável com você. Isso me assusta.

 

- Edward. - Bella sabia que Edward ouvia o amor em sua voz e então ela decidiu expor em palavras o que sentia.

 

- Amo você.

 

- Repete.

 

Ela repetiu e ele fechou os olhos e, quando voltou a abri-los, expressavam dor de tanta felicidade.

 

- Está tudo tão perfeito. Nunca pensei que as coisas fossem voltar a dar certo na minha vida.

 

- Está tudo bem, Edward.

 

- Realmente pensei ter perdido você. Ela o envolveu e o abraçou com força.

 

- Nunca poderia me perder. Sempre estive aqui para você. Apenas não sabíamos.

 

E ela se moveu com ele, aumentando a velocidade, a intensidade, expressando sua excitação e assim excitando Edward. Ainda assim, ele se segurou, utilizando o corpo exclusivamente como ferramenta de prazer para Bella.

 

Apenas quando Bella despencou dos céus uma vez mais, Edward despejou seu amor dentro dela.

 

Minutos depois, abraçados, suados e felizes, Edward pediu:

 

- Me faz um favor.

 

- Hum. - Delirante de felicidade, tonta pelos múltiplos orgasmos, enroscada nos braços dele, não conseguia se mover.

 

- Vai ter que dizer que sim. Ela sorriu.

 

- Nem pense em me pedir um ménage à trois.

 

- Apenas diga que sim, Bella. Não vai doer nada.

 

- Está falando sério? - ela se virou para ele. Ele estava seríssimo.

 

- Edward?

 

- Case-se comigo.

 

Ela piscou rapidamente, o zumbido no ouvido bloqueou sua capacidade de raciocinar.

 

- Me desculpe, mas vou ter que pedir para você repetir, - sussurrou ela.

 

- Case-se comigo. Por favor.

 

Bella não se conteve e lágrimas brotaram dos olhos, anuviando a visão. Ele tomou o rosto dela com as mãos.

 

- Preciso muito ouvir isso, Bella.

 

Ela deu um suspiro hesitante e debateu mentalmente a resposta que daria.

 

- Claro. - Então se jogou nos braços dele. - Sim. Claro que me caso com você.

 

Ele deu um berro e a abraçou com força, rodando-a nos braços.

 

As lágrimas de Bella escorreram pelo peito de Edward.

 

Ele a beijou nos olhos, enxugando as lágrimas que caíam. Ela afundou a cabeça no pescoço de Edward, sentindo a masculinidade quente dele, o queixo com a barba por fazer roçando em sua testa. Nunca pensou que pudesse sentir tanta felicidade e fechou os olhos, pois se fosse um sonho não ia querer acordar nunca mais.

 

Uma das mãos de Edward largou as costas de Bella para buscar alguma coisa no bolso da calça.

 

- Bella.

 

Teve de abrir os olhos. Ele tirou uma caixinha de dentro do bolso.

 

- Ia colocar dentro da caixa de madeira que fiz, mas acabei me acovardando.

 

Ele entregou a ela com uma expressão solene. Uma caixinha de jóias. Bella arregalou os olhos.

 

- Edward.

 

Bella se apoiou sobre os cotovelos. Seu corpo nu sobre o de Edward. Não era daquele jeito que havia imaginado receber uma proposta de casamento, muito menos um anel de noivado. O coração disparou ao abrir a tampa. Bella arregalou ainda mais os olhos.

 

- Isso é um... - Ficou olhando o conteúdo da caixa. Um anel de flores de plástico. Do tipo que se encontrava nas lojas de "tudo por um dólar" e que se compraria para uma sobrinha de quatro anos. Amarelo ovo com pétalas brancas, com um círculo azul espalhafatoso. Dava para ajustar o tamanho e tudo. Ela o olhou e viu que Edward sorria escancaradamente. Piscou para ela.

 

- Quero que venha comigo para escolher um anel. A partir de agora, decidiremos tudo juntos. Mas queria ter alguma coisa para a ocasião.

 

Edward tirou o anel da caixinha e Bella estendeu a mão para ele. Os dois riram como adolescentes.

 

- Quer que fique de joelhos?

 

- Claro. Quero tudo como manda o figurino.

 

Edward deu uma risada debochada enquanto deslizava o anel no dedo de Bella.

- Ainda bem que você tem mãos pequenas. Mais um pouco, e não entrava.

- Onde arranjou isso? Brinde de um pacote de biscoitos?

Ele se fez de ofendido.

Bella agitou os dedos e admirou o anel.

- Vou guardar com todo o carinho, para sempre. - E deu uma risadinha.

- O que há de tão engraçado?

- Consegue imaginar Alice e Rose de madrinhas?

- Cruzes. - Ele estremeceu. - Acha que talvez seja melhor fugirmos e casarmos escondido?

- E negar à sua mãe o gosto de ver o filhinho querido casar? Nunca faria isso com ela. Além disso, não abro mão da torta demerengue. - Ela deu uma piscadela. Desarrumou o cabelo de Edward e deu um beijo no queixo dele. - Vou gostar de estar casada com você.

- E eu vou amar estar casado com você.

Os sorrisos se derreteram em um beijo e Bella voltou a sentir a fagulha de um potencial incêndio, mas ouviu o barulho de carros chegando na rua e portas batendo e ergueu a cabeça.

- Tenho que ir.

 

A festa já estava começando e ela precisava assumir seu posto de filha dedicada.

- Não está achando que vai sem mim, está?

- Nunca vai a essa festa.

- Que eu saiba, essa é a nossa festa de noivado. Além disso, seu pai não é tão ruim assim.

Voltaram a se vestir, trocando beijos a cada peça colocada.

Antes de saírem, ele disse:

- Acho que não reparou, mas tem uma mensagem bem sutil gravada na parte de baixo da caixa.

- O que é?

Ele respondeu com um sorriso. Bella desceu as escadas correndo para onde havia deixado a caixa. Levantou-a de cabeça para baixo e se derreteu toda, maravilhada. Edward estava bem atrás dela e Bella se apoiou sobre o corpo dele, envolvendo-o pelo pescoço, enquanto ele se virava para beijá-la e sentir o aroma feminino sob sua orelha.

Alegria, alívio e o desejo puro e simples irradiaram de dentro de Bella.

A caixa ficou lá, temporariamente esquecida, com o fundo para cima com as iniciais esculpidas para que todo mundo pudesse ver:

E.C  x I.S

___________________________FIM _____________________________

 



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Notas finais do capítulo

ESPERO Q TENHAM GOSTADO DO FINAL.

EM BREVE COMEÇAREI OUTRA FIC, ENTÃO FIQUEM DE OLHO AQUI
Q EU IREI AVISAR O NOME DA FIC AQUI.

QUERO BASTANTES REVIEWS PRA SABER SE
VCS GOSTARAM DO FINAL.

BJKS!!!!