Acordo de Amantes escrita por Fefe Shiller


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

*entra rebolando*

oi!!!! como vcs tão florzinhas do meu jardim??? *tosco, rs*

bem, os coments diminuiram um tiquinho mais
trouxe o capitulo, uma semana depois...

como a fic ja ta quuuaaase no final
preciso dos reviews de vcs pra mim
postar mais rapido e começar uma outra fic...


ah, esse capitulo é tenso... quero ver os comentarios de vcs...



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CAPÍTULO ONZE

A umidade do ar naquela tarde era alta. Nuvens negras ocupavam o céu ameaçadoramente, mas enquanto caminhavam para o clube, Bella não teve medo que caísse um temporal. Até preferia que chovesse, assim, quem sabe, ajudaria a diminuir o calor do corpo. Era sábado à noite, o início do verão, e a cidade fervilhava. Não que ela prestasse muita atenção a isso.

Edward não tirou os olhos dela durante todo o jantar. Teve de se esforçar para não ficai rindo a noite toda quando notava que a atenção dele vagueava por todo seu corpo, sua boca, seu pescoço, seus seios. E ela sabia exatamente o que ele estava pensando,o que queria. Exatamente o que ela queria. O tempo que passaram longe do apartamento dele aliviou o ciúme. A atenção exclusiva que ele dedicava a ela, a evidente atração física dele por ela era um bálsamo para seus sentidos exasperados. Mesmo que fosse apenas atração física e passageira.

Trocaram poucas palavras enquanto comiam. Comentaram sobre a exposição de flores, elogiaram a comida. No final da refeição, ele disse em voz baixa, contrastando com o som alto de música ao fundo:

- Já disse: não danço. Não sei dançar.

- Não estamos falando que vamos participar de,um campeonato de dança ou coisa parecida. Só dois para lá, dois para cá. Sei que pode fazer isso.

Tomou-a pela mão e a pôs de pé. Bella ficou sem jeito. Queria cavar um buraco e se esconder. Estava louca para fugir daqueles casais transpirados. Deu um passo a frente e pisou no pé de Edward.

- Viu? Sou um desastre. Ele caiu na gargalhada.

- Tente relaxar e apóie o seu corpo no meu. Eu me encarrego dos movimentos. Você só precisa me seguir.

Ele a segurou pela cintura e colocou uma perna entre as dela. Bella fechou os olhos e se deixou levar pelo embalo de Edward.

E ele a guiou com maestria e leveza, apertando-a contra o corpo e dançando pela pista de dança de acordo com o ritmo da música.

A cada passo nos braços de Edward, o ciúme e a insegurança de Bella iam se esmaecendo.

O calor aumentou conforme o corpo de Bella ia amolecendo e o de Edward endurecendo. Em seguida, ele a ergueu com a perna que estava entre as pernas dela e girou-a no ar. Um substituto temporário do que ela realmente queria entre as pernas.

Com uma das mãos Edward acariciou as costas de Bella, por debaixo da costura do vestido, tocando sua pele nua.

Bella, por sua vez, acariciou o peito de Edward e sentiu que ele tensionava o músculo. Ele se curvou e a beijou no pescoço, e com a outra mão tocou-a na coxa. Enquanto a boca subia, a mão descia. Bella gemeu discretamente.

- Precisamos concluir essa dança a sós. - Ele mantinha o braço firme ao redor da cintura dela, enquanto a tirava da pista de dança.

Desta vez, ela entrou na casa de Edward sem dar a mínima sobre quem havia estado lá antes dela. Importava apenas o agora e o que ia fazer com ele, para ele.

Ela se virou para fitá-lo, com as mãos segurando a barra do vestido, ameaçando levantá-lo, enquanto abria as pernas convidativamente. Ele bateu a porta com força e jogou as chaves sobre a mesa com tanto ímpeto que chegou a quicar e cair no chão. Ele foi até ela decididamente e arrancou a camisa e a bermuda ao mesmo tempo, no caminho.

- Isso é insano.


Ela acordou aconchegada na enorme cama de Edward. Ele, todo esticado, com uma das pesadas pernas sobre a dela, os braços ao redor de seu corpo, envolvendo-a. Virou-se para ver o rosto de Edward, que dormia como um anjo, e resolveu despertá-lo da forma mais íntima.



Uma hora depois, o sol começava a despontar no céu.

- Tenho outra surpresa para você. - Ele correu um dedo pelo torso de Bella.
- Mas vamos ter que sair da cama. Tem problema?

- Temos mesmo que sair da cama? - Bella levou as mãos até os ombros de Edward e os apalpou com doçura, desfrutando de sua masculinidade e da liberdade de tocá-lo quando quisesse.

- É, infelizmente. - Ele murmurou. - Mas vai ser divertido.

- Nada vai ser mais divertido do que isso aqui. Ele a agarrou e a tirou da cama.

- Por que não matamos dois coelhos com uma cajadada só e fazemos amor no chuveiro?

Não pegaram o carro. Em vez disso, foram a pé.

- Quero que conheça uma amiga minha. Acho que vai gostar dela.

Ela? Quantas ex-namoradas de Edward teria de conhecer em apenas um fim de semana?

O sangue que lhe corria nas veias, que já estava frio, congelou quando Edward entrou com ela em uma galeria de arte contemporânea.

- Oi, Edward.

Bella observou a mulher se aproximar com desconfiança. Era mais velha do que havia pensado, cabelo preto com uma mecha branca na frente. Parecia a Cruela dos 101 Dálmatas.

- Você deve ser Bella. Estava ansiosa para conhecer você.

Bella piscou aturdida. Desde quando? Nunca havia ouvido falar dessa mulher antes.

- Edward me enviou umas fotos do seu trabalho, por e-mail. Adoraria ver alguns de perto.

Bella ficou paralisada.

- Bella, essa é Cathy. Ela é a dona da galeria. É a amiga que comentei que fica de olho em objetos de arte para mim. Mostrei a ela algumas fotos dos seus desenhos e pinturas.

Ele o quê?

- Seus desenhos são preciosos, tecnicamente incríveis. Meticulosamente perfeitos. Mas foram as suas pinturas que chamaram a minha atenção. Você usa sua habilidade para dar asas à imaginação. São realmente cheias de emoção. Maravilhosas!

Bella estava chocada. Tentou colocar o cérebro para funcionar, mas parecia que havia acabado a bateria. Edward enviou fotos de suas pinturas por e-mail? Como? Quando?

Cruela continuava falando pelos cotovelos de como a pintura de Emma era profunda e cheia de conteúdo.

Bella desligou-se e encarou Edward. Ele a fitava radiante.

- Disse para você que eram brilhantes. - Ele falava e agia como se tivesse feito algo maravilhoso e ela não era capaz de informá-lo do contrário. Será que ele tinha pago à tal Cathy para falar aquilo tudo? Seria tudo uma armação?

- Acha que poderia me enviar algumas obras?

- É... Eu- Bella engoliu um enorme nó, que obstruía sua garganta. - Nunca tive a intenção de mostrar minhas pinturas em público.


- Bem, é para isso que você pinta, não é?

Na verdade, não. Pintava porque lhe dava prazer. O ato de pintar fazia com que se sentisse bem consigo. Cathy sorriu, com o silêncio de Bella.

- Edward comentou que você fica acanhada com isso, mas não deveria. Muitos artistas são assim: gostam de pintar, mas sofrem para conseguir expor, quando conseguem, ficam escondidos em algum canto. É preciso coragem, mas estou certa de que é uma pessoa corajosa, Bella.

Bella sorriu debilmente. Teria coragem de dizer "não" para aquela mulher? Coragem de contar para Edward exatamente o que achava daquela encenação absurda?

- Por que não dá uma volta na galeria e vê o que acha do tipo de trabalho que a gente expõe aqui? – Sugeriu Cathy.

Bella estava nauseada. Era tudo tão humilhante para ela. O suor quente cobriu seu corpo e rapidamente esfriou. Saiu andando, na frente de Edward, para que pudesse colocar a máscara de simpatia e cordialidade no lugar.
Cruzou os braços e, apesar do calor da primavera, parecia que estava em uma tempestade gélida. Parou defronte um enorme quadro que impressionava pelo tamanho e pela execução. Nunca seria capaz de competir com um talento daqueles.

- Fantástico, não acha?

Ele estava falando da pintura ou da situação? Bella achou melhor responder sobre o quadro em frente.

- É muito bonito.

Caminharam devagar pelo local, apreciando as diversas obras expostas.

- Vai me mandar algumas? - Cathy voltou a perguntar quando os avistou voltando para a recepção.

Bella tentou explicar:

- Não pinto para o público. Faço por prazer.

- Por que não proporcionar prazer aos outros também? - Questionou a mulher.
- Alguns vão gostar, outros não. E quem se importa se não gostarem?

Edward estreitou o braço ao redor de Bella.

- É exatamente o que eu acho e já disse a ela. Cathy voltou a falar:

- Ficaria surpresa com a forma como vendemos aqui e o quanto as pessoas pagam. Só precisa tomar cuidado com o imposto de renda. Se não fizermos tudo certinho, acaba sendo um pesadelo.

- Isso não é um problema para Bella. Ela é contadora.

Ela o fitou enquanto ele sorria e conversava. Será que ele tinha idéia de como ela se sentia naquele momento? Bella havia acreditado por um tempo que Edward a entendia. Agora estava óbvio que havia se equivocado a esse respeito.

Quando se despediram, Cathy deu seu cartão de visitas a Bella.

- Pense sobre isso. Se decidir que quer fazer a exposição, me ligue.

Caminhando de volta sob o sol, Bella sentia-se gelada. Ele a olhava, mas ela não conseguia falar. Sabia que ele tinha feito aquilo tudo para ajudá-la, mas estava cansada de fazer as coisas para agradar aos outros. Antes o pai, agora Aro.

Mas não devia ser assim com Edward. Estava com ele porque dava prazer a ela. Mesma razão pela qual pintava. Só que ele estava forçando a barra. E era forçada a fingir que estava tudo bem. Por ele.

Não podia deixar isso acontecer. Muito menos levando em consideração que o que tinham era um caso passageiro. O que ele queria não podia prevalecer sobre seu desejo. Até agora estava curtindo, jogando e tinham toda a liberdade para fazer o que quisessem. Ele não podia mudar as regras agora.

Ele fechou a porta do apartamento e virou-se para ela.

- Está zangada comigo.

Ela se virou para a janela, tentando manter a calma.

- Como tirou as fotos das minhas pinturas?

- Está muito zangada comigo.

- Como?

- Com meu celular.

- Quando?

Ela o desejava, hoje e sempre, mas naquele instante não queria que ele a tocasse. Queria estar sob controle.

- Na outra noite antes de a gente... É... Antes de dormimos juntos.

Antes de ela se abrir para ele completamente, pensou Bella. Por isso ele havia ido até lá. As lágrimas ameaçaram cair. Bella teve vontade de se esconder.

Ele notou e emoldurou o rosto dela com as mãos.

- Olha, querida, sei que está com medo, mas suas pinturas são brilhantes. Sei um pouco de arte e você tem talento. Muito talento. Cathy também acha e é muito boa no que faz. Ela quer vender suas obras.

- Não quero vendê-las.

- Pelo menos expor as obras. Devia ter orgulho delas. Devia querer mostrar para as pessoas.

- Não, Edward.

- Por que não?

- Não quero. Podemos mudar de assunto?

- Não, a gente precisa conversar sobre isso. Não pode ser que não queira que as pessoas conheçam o seu trabalho. Você está fazendo a ilustração de um livro!

O livro era diferente. Eram desenhos técnicos, exatos como fotografia, apenas mais delicados. As pinturas que ela fazia, não. Eram feitas com paixão, exuberância e pura alegria, porque não tinham importância, porque não precisavam ser perfeitas. Além disso, os desenhos para o livro eram um favor para uma amiga.

O telefone tocou, mas Edward não se moveu.
- Não vai atender?

- Não. Isso é mais importante. A secretária eletrônica foi ativada:

- Edward, é Samantha. Ouvi dizer que você está de volta. Mas não consigo ligar para o seu celular...

Bella já visualizava a dona da voz: Barbie Gala. Olhou para a secretária eletrônica que piscava, indicando que havia mais três mensagens gravadas.
Várias Barbies. O ciúme amargo reacendeu dentro de Bella e transbordou de cada um de seus poros, alimentando a raiva de maneira irracional.

Edward parecia nem ter escutado a mensagem e continuou argumentando com ímpeto.

- Por que se esconder, Bella? Por que não quer que as pessoas valorizem seu dom? - Ele parou bem em frente a ela, que desviou o olhar e ficou de perfil. Permaneceu com a expressão impassível e ele deu um gemido frustrado. - Parece que você tem dupla personalidade. Faz cálculos de dia e arte à noite. Uma arte incrível. O pessoal do trabalho acha que você é uma chata que só pensa em trabalho, quando na verdade é essa mulher apaixonante, insaciável e sensual.

Insaciável? Sensual? Bella estava chocada com aquela definição que ele fazia dela. Será que ele não percebia que era só com ele?

- Por que o mundo não pode conhecer tudo o que você é, Bella?

- É um hobby, apenas isso.

- Besteira. Passa horas nisso. É importante para você. É impressionante que não tenha contado nem para seus pais! Como conseguiu guardar esse segredo deles?

Ela ficou pálida.

- Não quero que eles saibam, Edward.

- Pois não precisa se preocupar. Da minha boca eles não saberão.

Ele nunca falava com os pais de Bella. Assim, o risco de isso acontecer era muito pequeno.

- Você não gosta dele mesmo, não é? Ele hesitou.
- Ele é seu pai.

- É, mas você não gosta dele. Edward deu de ombros.

- Ele cobra demais. É exigente demais.

- Aí é que está o problema. Não quero ele ou qualquer outra pessoa criando expectativas sobre as minhas pinturas. Você não tinha o direito de mostrar minhas pinturas para ninguém. Por que não consegue compreender isso?

- Seu talento é grande demais para ser desperdiçado, Bella. Alguém tem que ajudar você a sair dessa concha em que você se fecha.

Silêncio. Ela bem que tentou revidar o ataque. Mãos na cintura, ele a examinava atentamente. Ela o encarou de volta, o ressentimento lhe ardia.
Edward estava na sua vida temporariamente, mas suas ações teriam efeito permanente. Precisava detê-lo agora.

Cerrou os punhos e esforçou-se para não perder o controle.

Por que ele não conseguia enxergar que para algumas coisas existia uma distinção entre o público e o privado? Expirou lentamente, silenciosamente.

- Não vou mudar de idéia, Edward. Acho que é hora de você me levar para o aeroporto. Não quero perder meu vôo.

Ele piscou, incrédulo com a brusca mudança de assunto.

- Está de brincadeira?

- Prefere que chame um táxi?

O olhar dele era congelante, o rosto estava transfigurado.

Ela se afastou antes de esperar pela resposta de Edward. Apanhou os pertences e jogou tudo na mala de mão que havia trazido para o fim de semana. Olhou ao redor do quarto e mal podia conceber que duas horas atrás havia estado naquela cama, despreocupada e plena.

Por que ele tinha de forçar a barra quando estavam vivendo um momento tão descontraído e divertido?

Ele andava de um lado para o outro e movia nervosamente as chaves do carro quando Bella voltou para a sala.

- Bella, precisamos conversar. Não seja infantil.

- Deixe esse assunto para lá. Não há nada sobre o que conversar. É apenas um hobby, nada mais. Não vou mandar nada para galeria nenhuma.

- Desde quando virou uma covarde? Acho que e a mulher mais corajosa que conheço. E não quero acreditar que esteja errado. Não posso acreditar que vai embora sem resolver isso comigo.

Ele estava frustrado. E era exatamente o que ela ia fazer. Bella tinha se entregado para Edward, ele sabia tudo sobre ela. Havia confiado a ele seus segredos mais íntimos, seu corpo e sua arte. Por sorte, ela não havia cedido o coração abertamente.

No aeroporto, escreveu o nome na etiqueta da maleta. Ele foi até ela e parou bem perto. Tirou a mala da mão de Bella, removendo os dedos que estavam agarrados à alça com firmeza.

- Você está com raiva de mim. Tudo bem. Mas não vamos nos esquecer do que realmente importa, hein?

Ele puxou o corpo tenso dela para si e a beijou com decisão. Por pouco ela não cedeu. Conseguiu manter o autocontrole e se afastou bruscamente. Agarrou a mala e se dirigiu ao portão de embarque antes que ele pudesse detê-la. Escutou-o chamar por ela, porém continuou andando.

Durante o vôo de volta para casa, não conseguia parar de pensar em Edward.

No táxi, não conseguia parar de pensar em Edward.


Assim que chegou em casa foi ao ateliê e tirou a chave da porta. Já não era necessária. Abriu as cortinas. Já não era um segredo. Graças a Edward. Ficou olhando para as pinturas.

Por que não podia ser como Rosalie e fazer o que gostava, não importando as conseqüências? Rose havia continuado com a música, desafiando a vontade do pai, recusando-se a seguir o caminho que ele achava que o melhor para ela.
Mesmo assim ele continuava amando a filha, não? Claro, ele a importunava, mas sentia orgulho ao mesmo tempo pela coragem e o talento da mais nova.

O livro de Margaret havia sido um presente que Bella havia mantido em segredo. Mas Edward a tinha encorajado a ir além. Pelo menos com ele. Ao transformar a história dos dois em um jogo, a livrou de toda a ansiedade.
Quando estava com Edward, as dúvidas e os medos morriam com a magia dos toques dele. Era tão experiente... Desejou que pudesse ser assim, despreocupada e livre na vida real fora do sonho que vivia com ele. Desejou não se importar tanto com os problemas da vida, não levar as coisas tão a sério

Finalmente admitia que ele era muito importante para ela. Ou melhor, a coisa mais importante para ela. E ele queria que ela se abrisse, mas não se dava conta de que, se fizesse isso, Bella ficaria vulnerável demais
Ela correu para a cozinha e tirou o laptop da mala. Havia uma montanha de trabalho e tinha de enfrentá-la. Pela primeira vez, ela olhou desanimada para a pilha de documentos e o arrependimento aumentou. Preferiria, mil vezes, estar pintando. Mas havia prometido a Aro que não o desapontaria.

A segunda-feira chegou e Bella não teve notícias de Edward. Ela concentrou-se no trabalho e passou a noite pintando.

Margaret ligou, pedindo que os desenhos fossem entregues no meio da semana.
Todos os prazos de Bella terminavam ao mesmo tempo.

Na terça-feira, às nove da noite, ouviu uma batida na porta. Era a batida de Edward. Ficou nervosa ao extremo. Tinha apenas aquela noite para terminar os desenhos e ainda tinha de finalizar o relatório para Aro.

Edward foi logo falando, sem parar. Os olhos brilhavam intensamente.

- Andei pensando muito sobre toda essa história. Tudo bem, você é tímida em relação às suas pinturas. Mas poderia exibi-las e vendê-las com um pseudônimo. Até ter a confiança para revelar sua verdadeira identidade. Por que não mandar umas duas pinturas e ver no que dá?

- Edward, já disse antes, não quero. E também não quero mais falar sobre isso.

Ele envolveu os braços na cintura de Bella.

- Vamos, jante comigo. Posso ser sua sobremesa.

Ah, mas era claro que o queria, no entanto, não queria mais querê-lo.

- Não posso, Edward. Tenho uma pilha de coisas para fazer. - Ela apontou para a mesa sobrecarregada de papéis. - Não devia ter viajado no fim de semana.

- Bella, precisava tirar uns dias de folga.

- Não quando a folga entra em conflito com minhas obrigações.

- Por que se matar para cumprir prazos de outras pessoas? Por que não mostrar às pessoas do que realmente gosta?

Não tinha mostrado? Havia mostrado para ele e ele não tinha entendido nada. Ele não havia percebido como isso era importante e que a pintura era algo só seu.

Desesperadamente, desejou que ele não tivesse notado como o caso passageiro dos dois era importante para ela. Como havia morrido de ciúme ao conhecer Tânia, como o desejava todo o tempo. Como estava perdidamente apaixonada por ele.

Tinha de afugenta-lo, salvar o pouco de dignidade que lhe restava e contar os, longos minutos até que ele deixas-se Christchurch, de vez, levando com ele o coração de Bella.

- Você tem 26 anos, Bella. Já está mais do que na hora de começar a fazer o que seu coração manda. Por que passar o resto da vida tentando satisfazer as expectativas dos outros? Exponha suas pinturas. Você quer, Bella, sei que quer. Jante comigo. Não se preocupe, podemos conversar, comer uma boa carne, tomar um bom vinho...

Ela resistiu.

- Pare de me pressionar. Quem é você para me pressionar assim?

Edward levou um susto.

- Bella, só estou preocupado com você.

- Se está preocupado comigo, por que não me deixa fazer o meu trabalho? Vou ter que virar a noite para conseguir terminar tudo!

- O quê?! Não pode fazer isso. - Ele elevou a voz. - Não pode passar a noite toda fazendo contas para esse relatório e, depois, terminar os desenhos antes de recomeçar outro dia de 24 horas de trabalho. É loucura!

- Vou terminar os desenhos para Margaret e Aro precisa das informações, e pretendo dar a ele. Não vou deixá-lo na mão.

- Não importa se as exigências são impossíveis, se vão prejudicar a sua vida, você as cumpre. Quando vai aprender a dizer não?

- Estou dizendo não para você!

O silêncio foi repentino e fatal. Os dois estavam ofegantes, mas, estranhamente, ela não conseguia escutar nada.

Observou-o se afastar e dizer entre dentes.

- Tenho certeza que sim.

Os passos soaram ásperos como o tom da voz dele e a porta se fechou bruscamente.

Ela havia feito o que queria, mas aquilo representava o fim do jogo. Game over.

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Notas finais do capítulo

poxa... eu acho q a bella exagerou, quem dera eu ter o talento dela
e ter gente como o edward pra me apoiar...

COMENTEM... QUERO BASTANTES REVIEWS EM...

BJKS E
FUI!



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