The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 54
Sala da Umbridge




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Pov Maiara

Quando seu melhor amigo sensitivo fala que seu pai está correndo perigo, a primeira coisa que você faz é gritar e depois se desesperar. Esqueci completamente onde estava e também o fato de que tinha finalmente me livrado das piores provas da minha vida. 

Eu e Harry saímos correndo pelos corredores da escola, tentando chegar até o dormitório da Grifinória onde pegaríamos nossas varinhas. Eu quase atropelei umas vinte pessoas no caminho e derrubei uma menininha fofinha da Corvinal. 

Harry me falou que meu pai estava em uma sala, aparentemente no Ministério da Magia. Vinha sonhando com ela há muito tempo e que Voldemort em pessoa estava com o meu pai. 

—O que faremos então? Como chegamos até ele?

—Podemos usar as saídas do castelo e aparatar de Hogsmead. 

—Sem chance. Aparatar ainda é muito perigoso para nós. Temos que pegar a rede de Pó de Flu. É a alternativa mais rápida. Podemos ir até a sala da Umbridge, ela está totalmente frita depois dos fogos de artifícios e provavelmente vai para a enfermaria descontar a raiva na Madame Pomfrey. 

—Ei idiotas- uma voz gritou atrás da gente. -Onde pensam que vão sem a gente?

Olívia e Rony nos alcançaram em menos de três segundos. Estavam tão felizes. Bem que eu queria ter aproveitado o único momento realmente bom em um mês, mas tinha outras prioridades em mente. 

—Temos que chegar até a sala da Umbridge. Meu pai corre perigo. Voldemort o pegou.

—O QUÊ? - Rony gritou assustado. -Nós vamos com vocês!

—Não podem ir, é muito perigoso. - retrucou Harry. Ele estava tão nervoso que começou ter um tique. 

—Se é tão perigoso assim, devemos ir. Afinal, esse não era o propósito da Armada? Lutar contra bruxos das trevas quando chegar a hora. -disse Olívia. 

Eu fiquei tão emocionada que quase senti vontade de chorar. Meus amigos são tão incríveis que poriam a própria vida em perigo para me ajudar. Mas não, não iria deixar eles irem com a gente. Uma coisa é enfrentar o coleguinha dentro de uma sala de aula supervisionada, outra totalmente diferente era enfrentar bruxos maldosos de verdade.

—Eu realmente fico grata pela compaixão, gente. Mas vocês não podem ir com a gente. Além disso, alguém precisa ficar aqui para nos encobrir. Seria muito estranho que nós quatro sumíssemos de repente. 

—ALUNOS, VOCÊS QUATRO. VENHAM ATÉ AQUI AGORA - uma voz estridente gritou. 

A múmia Filch, o zelador infeliz de Hogwarts, vinha arrastando seu traseiro velho e demente em nossa direção. Eu sei muito bem que ele estava interessado pela sapa velha esse tempo todo.

—Deverão ir para a sala da diretora Umbridge agora. Vão ser punidos pelo que fizeram.

—Do que exatamente o senhor está falando? Não fizemos nada de errado!- disse Rony. 

—Estão ligados com o que aconteceu no Salão de Provas, com toda aquela algazarra. Possuem contatos diretos com os gêmeos delinquentes! Andem, emprestáveis, façam o que eu mandei e não sofrerão as consequências. 

Trocamos olhares. Não é ruim ir para a sala da sapa nojenta, principalmente porque já iriamos para lá de qualquer jeito. O problema é que estávamos sem as varinhas, trancadas no dormitório da Grifinória. Um entendimento muito rápido passou silenciosamente entre nós e, do nada, Olívia começou a correr em direção a nossas varinhas. 

—EI, MOCINHA. VOLTE AQUI- gritava o zelador.

—Ela foi checar o fluxo menstrual dela, senhor. Não vai culpá-la por se preocupar com a própria higiene, vai?- eu nem sei como formulei essa resposta tão rápido, mas funcionou. 

—Ah, mas é claro que não! - disse o zelador ficando todo vermelho de constrangimento. - Vamos logo, delinquentes. Eu espero que sua amiguinha volte para nos encontrar, porque senão as consequências serão catastróficas!

Começamos a andar como prisioneiros até a sala da megera. Quando chegamos lá, a sala já estava um caos. Ela tinha realmente enlouquecido, seus cabelos estavam bagunçados e queimados e suas roupas estavam ainda mais deploráveis, se isso é possível. 

—Ah, veja só quem temos aqui. Os delinquentes mirins! Arthur Weasley irá receber um inquérito por toda essa algazarra e temo que será demitido em breve. Já você, senhorita Gray, vai passar todas as férias fazendo serviço comunitário. Não posso atingir sua quase inexistente família, mas posso acabar com a sua vidinha miserável. E você, senhor Potter, vai receber uma passagem só de ida para Azkaban!

—Se me permite perguntar, senhorita santidade, gostaria de saber porque a senhora está nos acusando.

—Por quê? Acho que está bem claro, senhorita Gray. Vocês violaram minha autoridade durante muito tempo e ainda mantém relações diretas com quem causou a confusão no pátio hoje de manhã. São seus irmãos, não são Weasley? Familiazinha de traidores de sangue nojentos. São a escória do mundo bruxo!

Rony avançou pela sala como um tornado. Estava com tanta raiva que eu pensei que iria afundar Dolores no chão com um soco. Porém, antes de chegar na metade da sala, caiu no chão gritando de dor. 

—O que foi, Weasley? É incapaz de aguentar a Maldição Cruciatus? Uma pena. - disse Dolores com a varinha levantada. Com um único gesto, prendeu-nos com cordas fortes. Eu e Harry fomos lançados pela sala até duas cadeiras no centro, onde ficamos atados. 

—Você vai pagar por isso. Além de nos acusar sem provas, ainda usou uma das Maldições Imperdoáveis. -eu gritei. Não acredito que estou perdendo tempo sendo que meu pai corre perigo mortal. E, para piorar, não tem nenhuma escapatória viável agora. 

Torci para que Olívia tivesse desistido da ideia de nos ajudar. Se ela entrasse por aquela porta, também seria presa por Umbridge. 

—É aí que você se engana, senhorita. A única testemunha que pode prestar testemunho sobre o que aconteceu aqui é o senhor Filch, e todos nós sabemos a quem ele é leal. Seria a minha palavra contra a de vocês, e também sabemos quem possui mais credibilidade. Agora, aguardem bem comportadinhos enquanto a senhorita Weasley ainda não chega. Ela, assim como vocês, também será punida pelo relacionamento fraternal com Fred e Jorge. Posso até não atingi-los diretamente, mas vou usar vocês dois para dar o troco. 

Ouvi Rony grunir do meu lado. Tentei pensar em um jeito inteligente de sair daquela situação horrorosa, mas não consegui pensar em nada. Depois, pensei em usar a força bruta, mas Dolores tinha uma varinha e estava tentada a usar as Maldições Imperdoáveis. Sem esperanças, só consegui rezar por meu pai. 

A porta da sala se abriu de repente e Gina entrou sendo escoltada por Crabbe e Goyle, dois mamutes da Sonserina. Logo atrás, vinham Luna Lovegood e Neville Longbottom que também estavam sendo escoltados por mais sonserinos da Brigada Inquisitorial. 

—Aqui está a senhorita Weasley. Esses outros dois tentaram ajudá-la a escapar. - disse Crabbe. 

—É realmente uma pena, não é? Terei que punir mais alunos agora. Bem, vamos ter que mandar uma carta para Xenofílio informando que seu jornal será tirado do ar- disse Umbridge. 

—É uma pena que ele será tirado do ar, tinha asas tão bonitas! - disse Luna com um ar vago. 

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Pov Olívia 

Eu nunca corri tão rápido na minha vida. Minhas pernas estavam doendo quando cheguei no dormitório da Grifinória. Peguei as varinhas e voltei até a sala da Umbridge. 

—Olívia, por que está correndo? 

—Não quero falar com você, Draco. Se você me der licença, preciso encontrar meus amigos. - respondi ríspida. Ele tinha nos dedurado para a sapa velha e ainda quer que eu seja sua amiga? Não vai acontecer.

Comecei a retomar meu caminho até a sala da Umbridge quando ele falou:

—Olívia, eu sei que você não quer falar e entendo, mas preciso de contar uma coisa: seus amigos correm perigo. Umbridge convocou toda a Brigada Inquisitorial para caçar os Weasley...

—Quer dizer então que você vai nos entregar de novo?

—Se esse fosse realmente o meu desejo, com certeza não estaria te avisando. Além do mais, você sabe que eu não queria ter feito aquilo. 

—Na verdade eu não sei. Agora, se me der licença de novo, vou para a sala da Umbridge salvar meus amigos. 

Comecei a andar determinada de verdade agora. 

—Eu não sei se você é muito corajosa ou muito burra. Preste atenção, todos os membros da Brigada já devem ter achado os dois Weasley. A sala vai estar cheia de "inimigos" e você está sozinha. Não tem a menor chance!

—Está dizendo que eu sou fraca?

—Não, menina chata, estou dizendo que é impossível vencer vinte pessoas sozinha. 

—E o que sugere que eu faça? Deixe meus amigos sozinhos? 

Eu percebi que ele estava se controlando para não gritar comigo. 

—Estou sugerindo que eu deva ir com você.

—O QUÊ?

—É isso mesmo que você ouviu. E não me faça repetir. Vamos logo, eu tenho um plano. 

Corremos pelo corredor até a sala da Umbridge. O lugar estava um caos: Maiara, Harry e Rony estavam amarrados em cadeiras com mordaças; Neville, Luna e Gina estavam sendo feitos de reféns pelos brutamontes da Brigada e Umbridge parecia uma estátua de vitória no meio da sala. 

—Ah, senhor Malfoy. Que bom que se juntou a nós. O que traz com o senhor?

—Uma sangue-ruim amiga de Potter. 

Eu sei que ele estava fazendo parte do plano, mas ainda fiquei particularmente incomodada com aquele apelido de mal gosto. 

—Estava tentando arrombar a porta quando a peguei - continuou Draco - Tentou ajudar os amigos. 

—Fracassou, pelo que vejo. 

—Consegui impedir a tragédia.

Com a última palavra, Draco lançou uma bomba de bosta discretamente no chão. O lugar ficou com cheiro de banheiro público, o que distraiu todo mundo da sala. Enquanto todos abaixaram a guarda, lancei um feitiço estuporante em Dolores, que voou pela sala. Os membros da Brigada se olharam confusos, perguntando-se de onde viera aquele feitiço, me dando mais uma oportunidade. Lancei um olhar significativo para Maiara, que entendeu na hora. 

Maia levantou-se com a cadeira ainda presa em suas costas (seus pés não estavam amarrados) e a quebrou nas costas de Crabbe, que segurava Gina. Com um arco amplo, joguei uma das varinhas para Gina. Com um único feitiço, ela conseguiu acabar com todos os outros membros da Brigada ainda de pé, incluindo Draco. Quando ele caiu ao meu lado, só tive tempo de colocar um pano embaixo de sua cabeça, como um travesseiro. 

—Mandou bem, maninha - disse Rony. 

Nunca fiquei tão aliviada quando ele se levantou e abraçou Gina. Estava tão pálido e suas roupas estavam um pouco rasgadas.

—Aqui estão suas varinhas. - eu disse, entregando-as para meus amigos. 

Gina, Neville e Luna sacaram suas varinhas das mãos dos sonserinos desacordados. 

—O que fazemos agora?- perguntou Neville.

—Como assim nós? Vocês devem ficar aqui!- disse Harry. Ele não entendia nunca.

—Acha mesmo que vamos deixar vocês irem sozinhos? Estamos juntos nessa, garoto. Além disso, um grupo maior de pessoas é o ideal para uma missão dessas- eu disse. 

—Não é uma "missão", Liv. Estamos falando de vida ou morte! - disse Maiara.

—Nós acabamos de salvar sua vida! Merecemos uma chance. - eu disse.

—Temos que ir logo. Não podemos ficar discutindo para chegar em lugar nenhum. Quem for conosco, vai enfrentar muitos perigos. Estão avisados- disse Harry. - Mas primeiro precisamos chegar no Ministério. Alguém tem uma ideia?

—Pó de Flú? 

—Umbridge falou que as redes do castelo estão fechadas, exceto a dela. O problema é que só ela sabe onde colocou o pó. 

—Aparatar?

—Muito perigoso.

—Com licença, mas vocês se importam em voar?- disse a vozinha sonhadora da Luna 


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