The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 53
NOMs




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Pov Hermione

Eu nunca pensei que diria isso, mas os dias de glória da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts finalmente começaram. 

Depois do fiasco da chamada "Armada de Dumbledore", nosso queridíssimo velhaco gagá foi deposto pelo Ministério. Não creio que, mesmo a organização sendo sua homônima, ele tenha tido alguma interferência em seu processo de criação. Afinal, quando arrombamos seu escritório no mesmo dia da captura de seus integrantes ele apresentou uma expressão de surpresa. 

De qualquer forma, ele está sendo procurado pelo Ministério. E isso significa que, sem o bom velhinho para ajudar as outras casas, a Sonserina toma o controle da escola com a ajuda da Umbridge. 

—Com licença senhorita Granger, acho que terminei seu trabalho.

Eu estava relaxando no novíssimo spa da Sonserina patrocinado pela Dolores. Toda aquela agitação da última semana estava fazendo coisas terríveis para minha pele e eu precisava passar mais tempo com as minhas amigas. Devido a esses fatores, não tinha tempo para fazer meu trabalho maçante de Astronomia, então pedi para uma menininha do terceiro ano fazer para mim.

—Deixe me ver.... Acha mesmo que eu vou te pagar por isso? Olha o tamanho de Júpiter, está totalmente fora de escala Jennifer...

—Meu nome é Jasmine.

—Eu não perguntei o seu nome, criaturinha chata, eu perguntei onde você estava com a cabeça quando fez esse trabalho horrível. Você realmente acha que meu nome impecável vai ser manchado por causa de uma coisa tão ruim dessas? Saia da minha frente agora e, se der valor a própria inteligência, vai começar a estudar agora. 

A menina começou a chorar e saiu correndo da sala. 

—Você realmente não tem coração. -disse Leia, que estava na banheira ao lado da minha. 

—Tenho sim, e muito. Não se pode ser mais sincera hoje em dia? Se eu passasse a mão na cabeça dela, estaria prejudicando-a. Agora mudando de assunto, onde está o Draco? Ele falou que iríamos nos encontrar há uma hora atrás!

—Fiquei sabendo que ele está rondando a Sala Precisa, que agora ficou conhecida como o Salão da Detenção. Todos os membros daquela organização lá estão pagando por todos os seus pecados naquele lugar. 

—E já não era sem tempo também. Estavam desafiando uma professora! Que falta de educação. Acho que Dolores está sendo muito boazinha com esses delinquentes. Se fosse eu, já teria expulsado todos.- eu disse.

—Você está realmente falando que uma expulsão é pior que tortura física?- perguntou Miranda descrente. 

—Mas é claro Mirandinha. Uma mancha dessas no currículo e você não encontra emprego nem na sorveteria do Beco Diagonal.

 

Pov Maiara

Minha mão está ardendo tanto que eu acho que ela vai cair. Toda vez que eu sento naquela cadeira dura da detenção eu me sinto uma prisioneira prestes a ser guilhotinada. Mas aí eu olho em volta, e percebo que não mudaria o que fiz. Claro que as coisas poderiam ter tomado rumos diferentes, mas a Armada foi extremamente importante para muitas pessoas e inclusive para mim mesma. Ensinar a brigar foi uma coisa realmente proveitosa e, se um dia meus colegas estiverem em situação de perigo, tenho certeza que serão capazes de darem conta.

—Vocês sabem que merecem estar aqui, não é? - dizia a capirota todas as vezes que a gente entrava no salão. 

—Se ela soubesse o que realmente merece, duvido que conseguiria se olha no espelho de novo- murmurou Rony

—Quem disse que ela se olha no espelho, Ronald? Tenho certeza que ele quebra bem antes disso. 

Olívia uma risadinha bem baixa ao meu lado. Ela estava branca de nervosismo, como sempre, e sua mão estava toda sangrando. Só se olhar para minha melhor amiga daquele jeito... não gosto nem de imaginar o que seria capaz de fazer com aquela sapa velha. 

—Gostaria de saber o motivo da piada. - disse uma voz estridente atrás da gente. 

—Nada que te interesse, diretora - disse Rony com um tom de voz raivoso. Ele se colocou na frente de Olívia, escondendo seu corpo com um olhar mortal para a recém diretora. 

—Não deveria usar esse tom de voz, rapaz. Parece que ainda se esquecendo quem está no comando.

—Claro que não esquecemos. As coisas iam muito bem enquanto Dumbledore era diretor. Agora que está tudo desmoronando, temos quase certeza que colocaram uma pessoa muito menos capaz em seu lugar. - eu disse. Umbridge me olhou com olhar de mais pura raiva.

—Detenção tripla para você, Maiara Gray. A senhorita e o senhor Weasley passaram dos limites agora. A partir de agora, vocês só estão autorizados a usarem as minhas penas para escreverem. Inclusive nos NOMs! É isso mesmo, senhores. Se preparem para escrever a prova inteira com o sangue de vocês.

Esse foi o fim da minha vida.

—Olá, sem-futuros. Como está a minha turminha? - disse Harry, que estava com Snape na aula de Oclumência.

—Pegamos passagem direta para Azkaban. 

—Ah, o que fizeram? Falaram pra Umbridge que ela parece um carro alegórico temático da peste?

—Muito bom, mas não. -eu disse - Comentei o fato de que Dumbledore é muito melhor que ela. 

—Não mentiu.

—É, mas aí ela falou que eu e Rony usaríamos a pena de sangue durante os Nom´s.

—Que horror, isso é terrorismo.

—Não vai fazer muita diferença. Nem ia escrever muita coisa mesmo- disse Rony.

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Aparentemente, eu e Rony usamos todos os analgésicos da enfermaria. Madame Pomfrey não aguentava mais olhar para a nossa cara e ela até perguntou o motivo de tanto remédio. Nos recusamos a contar, já que estaríamos admitindo abertamente que Umbridge finalmente conseguiu acabar com a gente. 

Maldita escolha de me tornar responsável com meus estudos. Não consegui deixar tudo pela metade como estava pretendendo, tive que fazer o negócio direito. Inclusive aquela redação ferrada de nem sei quantas mil palavras de História da Magia. 

—Nem sei porque você ainda se esforça. Eu deixei tudo em branco- disse Rony. 

—Se eu fosse você, começaria a orar agora pra passar de ano. 

—Isso é um detalhe. A sorte ajuda os audazes, Maia.

 -Ah, cale a boca. Eu preciso ir no banheiro pegar mais papel higiênico para limpar essa mão. Quer algum?

—Você realmente acha que eu vou escrever alguma coisa?

—Deixa eu adivinhar. Feitiços não são pré-requisitos para aurores. 

—Na verdade são, mas eu acho que resolvo essa prova no talento mesmo. 

Revirei os olhos e fui para o banheiro feminino daquele andar mesmo. Ser um auror é a melhor coisa que eu poderia querer ser. Você é pago basicamente para bater nos outros. Estava pensando a melhor forma de estuporar o Voldemort quando vi que Olívia andava na minha direção, há alguns metros a frente. Ia gritar por ela quando vi que Malfoy se aproximou por trás e começou a conversar com ela.  

Olívia olhou para ele com um olhar choroso e se afastou, indo em outra direção. Malfoy ficou olhando ela se afastar com um olhar de cachorrinho abandonado. 

—Escuta aqui Malfoy. Se você encostar na minha amiga...- eu já ia dizendo para ele.

—Relaxa, Gray. Ela nem gosta de mim mesmo.- ele disse com uma voz triste e se afastou de cabeça baixa. 

Será possível que Draco Malfoy gosta da minha melhor amiga? Ele não era elitista? Loucura. E o pior é que isso é bem provável de acontecer. Eu lembro muito bem quando ele ajudou ela ano passado e o jeito como ela tentava me convencer de que ele era uma pessoa decente, mesmo considerando tudo que ele já fez. 

Eles não podem ficar juntos, certo? Ele já até xingou ela! Como podemos saber se ele só está com ela por causa da aparência ou até por um "serviço comunitário"? Isso deve ser coisa da vaca Granger. 

Estava divagando durante a prova de Feitiços quando comecei a ouvir barulhos de batidas no salão. Várias pessoas levantaram o olhar pra ver de onde ele saia. Ficou tão alto que até Umbridge saiu do seu pedestal e começou a procurar a origem do barulho.

Do nada um feixe brilhoso de luz explodiu em fogos de artifício no teto do salão. Ah não. Isso só pode ser coisa dos...

Fred e Jorge, os cavaleiros do apocalipse, surgiram voando. Eles lançavam fogos, viravam mesas e transformaram o salão em uma boate, praticamente. Todos nós agradecemos aos céus por aquele momento já que ninguém aguentava mais aquela prova. 

Para o desespero de Dolores, o lugar estava alegre. Um menino subiu em cima de uma mesa para jogar feitiços e todos nós começamos a pular. De repente, um dragão de fogos se formou no início do salão e engoliu a megera. Gente, só uma coisa de mentira pra comer ela mesmo. 

Saímos do salão para comemorar a nossa vitória. Os meninos faziam acrobacias no pátio e soltavam mais alguns fogos. Toda a escola se reuniu para ver aquele momento icônico. Olhei para Harry e fiquei surpresa ao perceber que ele estava ajoelhado no chão.

—Harry. - eu disse me ajoelhando no chão. Ele estava com um olhar vítreo e suas mãos estavam tremendo de frio. Peguei minha varinha para fazer um feitiço de cura que aprendi com Ernesto Macmillan quando Harry "acordou" alarmado. Ele me segurou com as mãos tremendo e falou:

—Maia, alguma coisa aconteceu com Sirius. 


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