The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 52
Brigada Inquisitorial




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/547140/chapter/52

Pov Draco

Eu estou me tornando uma nova espécie de zumbi. Não durmo direito há semanas e a única coisa que me mantém acordado é que as férias estão finalmente chegando. Os NOM´S iriam acontecer em 1 mês e tudo que eu mais queria na vida são aquelas penas de cola que os Weasley andavam comercializando. 

Tenho passado dias e dias só perseguindo os alunos do meu ano, na esperança de pegá-los no pulo enquanto estiverem indo se encontrar naquele "grupo de estudos".

Infelizmente, todas as tentativas se resumiam ao fracasso total. 

—Senhor Malfoy, o senhor poderia responder à minha pergunta? 

Estava tão atônito que nem percebi que Minerva falava comigo. Estávamos em uma aula de Transfiguração e, aparentemente, precisávamos transformar uma rã em um cálice. 

—Desculpe, senhora, mas não ouvi uma palavra do que disse. 

—Algum problema de audição, suponho? Ou apenas não acha que minha aula é digna de sua atenção?

—Um pouco dos dois, se quer saber a verdade. 

Senti que o resto da sala prendeu a respiração pela ansiedade. Ninguém afrontava Minerva Mcgonagall e saia vivo para contar a história. Tinha perdido totalmente o juízo, e o sono era o culpado disso. 

—20 pontos a menos para a Sonserina. Agora, quem poderia fazer a demonstração do feitiço? Senhorita Gray, por favor. 

Maiara transformou sua rã em um cálice perfeito. Ela estava realmente se superando nas matérias. Tinha melhorado sua média em tudo e sua técnica estava sempre se aperfeiçoando. 

—Perfeito. Estou realmente impressionada com o seu crescimento em sala, Maiara Gray. 5 pontos para a Grifinória.

Ouvi um resmungo ao meu lado. Mione deveria estar para morrer. Maiara e Hermione se odeiam desde o primeiro instante que se viram.

Quando tocou o sinal, fui o último a sair por motivos de preguiça. Queria dormir bem ali naquela cadeira e acordar só quando as aulas acabassem. 

—Se eu fosse você, sairia antes da Minerva trancar a sala. - disse uma voz suave na minha frente. 

—Mas isso seria incrível. Uma noite comigo e tenho certeza que ela cairia de amores por mim. 

—Acho que ela acabaria cometendo um homicídio.

—Talvez. Fazemos tudo em nome do amor. 

—Estava me referindo à sua morte na verdade. 

—Eu sei, minha cara Olívia, mas realmente preferi fazer outra interpretação. 

Olívia abriu um sorriso lindo e depois foi embora. Fiquei encarando a porta por alguns minutos até que ouvi uma risada atrás de mim. Nunca tinha ouvido a professora Mcgonagall rir na minha vida e com certeza foi o som mais estranho do mundo. Achei que ela era desprovida de sentimentos. 

—Ah, senhor Malfoy. Ela é uma menina de ouro.

—E quem disse que eu me importo com isso? É só mais uma sujeitinha de sangue ruim. - eu disse com o tom mais ríspido que pude. 

A professora continuou me olhando com um olhar de curiosidade e divertimento. 

—Não faz bem enganar a si mesmo. 

Eu sabia exatamente que, se parasse de enganar a mim mesmo, acabaria afundado na desonra e condenado a gostar de uma pessoa que nunca olharia para mim. 

—----------------

 

—Onde você estava? - perguntou uma Hermione furiosa. 

Tínhamos nos encontrado na sala da Brigada Inquisitorial. Hoje faríamos mais uma tentativa de encontrar aqueles fedelhos nojentos. Umbridge tinha começado a adotar uma nova estratégia: estava interrogando todos os alunos do quinto ano que poderiam estar envolvidos. 

—Tive que pegar algumas coisas no armário. 

—Mas você não está carregando nada.

—É porque eu tive que deixar as coisas no nosso dormitório. 

Ela me lançou um olhar de desconfiança e depois voltou a lixar as unhas perfeitamente decoradas. Às vezes, eu sinto que tenho sorte pelo fato de Hermione dar mais valor para sua aparência do que para as pessoas à sua volta. 

—Você viu o que aconteceu na aula de Transfiguração hoje? Aquela velha nojenta da Mcgonagall. Fica abanando o rabinho e torcendo para aqueles fracassados da Grifinória fazerem qualquer coisa para lhes dar pontos. 

—Você não consegue deixar a Gray de lado, não é?

—Como assim, Draco? Tá doido? Eu nem lembro que aquela garota existe! Sabe, eu andei pensando esses dias. Já sei porque ela não gosta de mim. 

—Por quê?

—Porque ela tem inveja de mim. Sou linda, rica e famosa e é isso que ela sempre sonhou em ser. Além disso, Maiara Gray é água passada. Tenho coisas mais importantes para me preocupar. 

—Como o que, por exemplo? Qual vai ser o look para o próximo final de semana em Hogsmead?

—Exatamente. Não posso deixar minhas fãs passando vontade, não é? Elas sempre pedem atualizações de looks toda semana. Além disso, preciso manter a assiduidade nesses tempos. Você ficou sabendo daquela revista esquisita com a entrevista do Potter?

Esse era o assunto do momento em Hogwarts. Existe uma revista bem desconhecida chamada "O Pasquim". Só gente biruta consome esse tipo de coisa e ninguém se importava com ela. Até que uma entrevista exclusiva com Harry Potter foi publicada e todos passaram a divulgá-la. Potter contava sua versão da morte de Cedric e do retorno do Lorde das Trevas, coisa que o Profeta Diário estava tentando abafar. 

—Ele está ganhando popularidade de novo! Eu não posso perder o meu título de maior celebridade de Hogwarts, Malfoy. Simplesmente não posso!

—E o que você pretende fazer, Mione? Vai achar outro pretendente famoso para impulsionar a sua carreira?

Eu sei que estava entrando em um terreno bastante perigoso, mas nem me importava. Acho que o fato de estar quase morrendo de exaustão me deixava todo destemido. Hermione me olhou como se eu fosse um rato que tinha entrado no seu quarto. 

—O que você está tentando dizer com isso, Malfoy? Perdeu a noção ou você sempre foi burro desse jeito?

Pensei um pouco antes de responder:

—Ah, esquece o que eu falei. 

A porta da sala se abriu com um estrondo e Umbridge entrou na sala. Estava vestida com uma saia rosa crepe e um colete pink que quase me fazia querer arrancar os olhos. Parecia que um unicórnio tinha vomitado nela. 

—Crianças, não vão acreditar na notícia maravilhosa que eu ouvi. 

Atrás dela, Crabbe entrou arrastando uma menina asiática pelo pescoço. Já tinha visto ela, seu nome era Cho Chang. Corvinal, um ano mais velha. Bonita, mas tinha uma péssima fama por chorar no banheiro das meninas todas as semanas. 

—A senhorita Chang nos contou onde fica a sala de encontros do clube do senhor Potter. 

Pov Hermione

Te pegamos, Potter. 

Cho Chang, uma menina burra da Corvinal, tinha confessado tudo para nós. O clube se chamava Armada de Dumbledore e era destinado ao aprendizado de feitiços defensivos e magia de combate. Umbridge soltou um guincho enquanto Cho descrevia tudo que acontecia nas reuniões. 

—Armada de Dumbledore? Então aquela raposa velha sempre esteve agindo por contra o Ministério! Ele estava criando um exército bem debaixo do meu nariz! Cornélio precisa saber disso imediatamente!

Dumbledore era realmente astuto. Nunca tinha passado pela cabeça dele que poderia ser descoberto? Principalmente quando uma dedo-duro medrosa estava tão perto. 

Cho aparentemente tinha sido ameaçada por Umbridge. Nunca gostei daquela mulher, mas acho que ela jogou muitíssimo bem dessa vez: ameaçou despedir a mãe da menina. Parabéns, professora. Talvez você seja legal, no final das contas. 

A Armada se encontrava na Sala Precisa durante alguns dias da semana. Cho nos contou, entre lágrimas, que já tinham passado pelos feitiços de defesa elementares e já estavam nos feitiços de ataque. Como eu sempre soube, Gray e Potter eram os principais professores da turminha delinquente. 

Reunimos toda a Brigada e fomos até a Sala Precisa. Uma corrente de ansiedade passava pelas minhas veias e eu estava realmente eufórica. Finalmente tínhamos feito alguma coisa de interessante nesse grupo. Potter ia se dar mal, sua reputação ia para o inferno e, de quebra, Gray seria penalizada. 

Dolores explodiu a parede do corredor e uma sala de aula se materializou na nossa frente. Os alunos que estavam dentro nos olharam com espanto. Reconheci a maior parte deles, a maioria do meu ano. A sala era equipada com livros de feitiços e muitas mini-arenas com bonecos de combate. Um quadro indicava os feitiços que deveriam ser aprendidos no dia e vários alunos estavam sentados em um espaço confortável lendo livros. 

Seria até legal se não fosse feito pela Gray. 

Invadimos o lugar, tentando alcançar qualquer um que tentasse escapar da fúria da Umbridge. Ignorei todo mundo que entrava na minha frente e comecei a procurar por um cabelo castanho com frizz. 

Maiara Gray estava a apenas poucos metros na minha frente. Ela defendia um grupo de meninas do segundo ano com uma mão enquanto lutava contra Blásio. Foi até impressionante de se ver: ela o desarmou com um único golpe e ele foi lançado pelo ar. 

—Que bonitinha. 

Ela me encarou enquanto fazia um gesto com a varinha para esconder as meninas do segundo ano. Um instante depois, elas não estavam mais na sala. 

—Como você fez isso? Não se pode aparatar em Hogwarts!

—Existem muitas coisas que você não consegue entender, Granger. 

—Talvez, mas eu consigo entender claramente que você vai se dar muitíssimo mal. 

Ela até poderia ser rápida, mas eu era mais. Lancei um feitiço certeiro em seu peito e ela foi atirada contra uma estante de livros. Caminhei como uma vencedora até seu corpo inerte mas, quando cheguei a apenas alguns centímetros de seu rosto, fui atacada por um livro que estava na estante em minha frente. O livro se transformou em um mini leão e mordeu meu nariz com força. Quando o joguei para o lado, Gray já estava de pé e recuperada. 

—Gostou do truque? 

Antes que pudesse responder, uma explosão iluminou a sala. Eu e Gray olhamos para o centro do lugar. Umbridge tinha conjurado uma bola de fogo com a varinha, interrompendo todo o pandemônio que tinha se instaurado na sala. Vi que quase todos os membros da Brigada tinham sido derrotados, sobrando apenas eu, Draco e Crabbe. 

—Já chega! Todos os membros da Armada de Dumbledore devem me seguir até a sala do diretor. AGORA. Quem não fizer isso, será automaticamente expulso dessa instituição- ela gritou. 

Gray me lançou um olhar assassino e foi em direção à massa de alunos que seguia para fora da sala. 

Saltitei até Draco, que estava com uma cara chorosa. 

—Se anime, Malfoy. Ganhamos! Acabou para eles! 

—É mesmo? Que bom!- ele respondeu sem entusiasmo. 

Estranho demais. Segui seu olhar e vi que ele encarava uma trança loira no meio da multidão. 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Slytherin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.