The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 49
Encontro da Monitoria




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Pov Hermione

No início das férias, quando eu recebi a ilustre notícia de que seria monitora, esperava uma coisa chique, cheia de regalias e paparicagem por parte dos outros alunos mais novos. A única coisa que eu ganhei foi decepções. 

Primeiramente, ser monitora demandava uma dose absurda de energia e disposição. Eu tinha que ajudar os pirralhos do primeiro ano a se locomoverem pela escola sem se perderem. Não vou negar que, há duas semanas, fiz um menino entrar nos aposentos do zelador quando me pediu para conduzi-lo à sala de Transfiguração. 

Um ótimo exemplo de paciência e disposição. 

Outro dia, eu estava no corujal mandando uma mensagem para Dove. Ela estava em Beauxbatons e estava aproveitando muito. Tinha até conseguido um namoradinho francês bonitão. Gosto tanto de ver minha amiga feliz em um ambiente nada tóxico para ela, com amigas novas e muitas oportunidades pela frente. Enfim, lá estava eu mandando uma carta para ela, cheia de fofocas quentíssimas, quando uma menina DA LUFA-LUFA me perguntou se eu poderia emprestar minha coruja. Taquei fogo na carta dela e fui embora. 

—Anda logo, Mione, nós vamos chegar atrasados. - disse Draco. 

Hoje teríamos nossa primeiríssima reunião com os outros monitores, um tipo de levantamento acerca dos assuntos do primeiro trimestre de aula.

—Uma rainha não está nunca atrasada. Os outros que estão adiantados.

Seguimos para a sala da McGonagall e, quando chegamos, todos os outros monitores já estavam no local. Ana Abott e Ernesto Macmillan, da Lufa-Lufa. Olívia Holt e Rony Weasley, da Grifinória, e dois desconhecidos da Corvinal. 

—Ah, vejam só, os monitores da Sonserina chegaram. Se perderam?- alfinetou Minerva.

—Não professora. Perdemos a hora. - respondeu Draco. 

—Senhor Malfoy, já está na hora de seu pai lhe comprar um relógio, então. Por que não pede para ele da próxima ver que lhe escrever? Fiquei sabendo que o senhor é um garoto extremamente mimado, não deve tardar à chegar. 

Todos os outros idiotas começaram a rir. Olívia lançou um olhar de repreensão a Weasley, porque ele gritava tanto que era capaz até de acordar os alunos que já estavam dormindo. 

—Bem, agora que já estamos todos reunido, vamos começar o levantamento. Recebi muitos elogios da monitoria lufana. Senhores monitores da Lufa-Lufa, estou muito satisfeita com o trabalho de vocês. 

—Obrigada professora. Não fazemos nada além da nossa obrigação. - respondeu Ana. Ela até que era bonita, tinha os cabelos longos e loiros e a pele bem bronzeada. 

—Salvaram um menino da Sonserina que caiu no Lago Negro semana passada! Foi impressionante. Por falar em Sonserina, onde vocês estavam, Malfoy e Granger?

Não acredito que aquela velha esteja exigindo que eu me lembre do que fiz na semana passada. Muitas coisas e nada que te interesse. Fiquei sabendo do menino que caiu no lago, mas estava tão concentrada em fazer as unhas com Miranda e Leia que nem me importei com a notícia. 

—Nós estávamos com a Professora Umbridge. - mentiu Draco. 

—Ah, se é assim... - disse Minerva com nojo. - Bem, quero ouvir como foram esses três meses na Sonserina. 

—Ah, foram ótimos. Instalaram um novo sistema de encanamento no banheiro das meninas. Agora temos hidromassagem e sais de banho encantados...

—Sais de banho? Não temos nem água quente no chuveiro- cochichou Holt para Weasley. Ele riu com a perplexidade dela.

—Realmente impressionante, Granger, mas eu estava me referindo à monitoria, ao seu tratamento com os alunos, e não às reformas.

—Estamos indo bem professora. A maior parte dos alunos do primeiro ano já sabe os caminhos para as aulas. 

—Muito bem, senhor Malfoy. Agora, senhorita Patil e senhor Golsdtein, fiquei sabendo que montaram um grupo de estudos com os alunos mais novos. É verdade?

—É sim professora. Percebemos que alguns alunos, principalmente os pertencentes as famílias não-bruxas, possuem dificuldades na hora de se adaptarem às matérias escolares. - respondeu uma menina de origem indiana, Padma Patil, monitora da Corvinal. 

—É uma iniciativa dos alunos e para os alunos. Acessível a todos que precisarem de reforço escolar, independente da casa ou ano. Os alunos que possuem mais experiência e conhecimento poderão ensinar os que possuem mais dificuldades. Agora, iremos montar...

—Seria uma iniciativa realmente impressionante, mas a professora Umbridge suspendeu todas as atividades extra-curriculares, não?- eu perguntei. 

Padma e Antônio ficaram vermelhos de vergonha. Que pena, não? É tão triste quando você tenta impressionar um professor mas tudo vai para o brejo, não é? 

—Creio que uma organização tão nobre como essa mereça ser incentivada, senhorita Granger. Não se preocupem, eu mesma irei apadrinhar esse projeto. Posso divulgá-lo em minhas aulas e as reuniões podem ser aqui mesmo, nessa sala. - respondeu Minerva. 

—Obrigada professora. - disse Antônio. 

—De nada querido. Senhorita Holt e Senhor Weasley, fiquei sabendo que estão enfrentando um baita adversário.

—Meus irmãos estão comercializando seus produtos para os alunos mais novos, mesmo com a proibição de Umbridge. Mas eu e Olívia já estamos cuidando do assunto. 

—Chocante como você é incapaz de controlar os próprios irmãos. - eu disse- Se eles são seu pior pesadelo, por que não estabelecer uma conversa civilizada?

—Creio que uma "conversa civilizada" não seja uma opção muito significativa nesse caso- disse Minerva- Conheço muito bem os gêmeos Weasley, são incontroláveis! Mas vejo que vocês estão dando conta do recado. Parece que a vazão de produtos anda diminuindo e também percebo que os alunos da Grifinória estão apresentando um desempenho melhor nas matérias. 

—Estamos trabalhando com os monitores da Corvinal e Lufa-Lufa para obter um melhor resultado para nossas casas, em termos acadêmicos. E, quanto a Fred e Jorge, estamos fazendo o nosso melhor.- disse Holt.

—Bem monitores, continuem o ótimo trabalho. Estou realmente orgulhosa pelo desempenho e, principalmente, pelo excelente trabalho coletivo. Agora, estão dispensados para suas casas. 

Assim que Minerva virou as costas, as outras três casas trocaram um sorriso confidente e seguiram para seus aposentos. 

—Tem alguma coisa podre, Draco- eu disse enquanto voltávamos para as masmorras. 

—Tem sim, o cabelo do Weasley. 

—Não estou falando disso. Pense bem. Ernesto Macmillan nunca foi um grande bruxo. Notas medianas e um péssimo gosto para moda. Mas, de repente, é capaz de salvar um menino do Lago Negro. O desempenho em feitiços das três casas está melhorando muito, outro dia ouvi uma menininha do segundo ano comentando isso. 

—É aquele grupo de feitiços que eles montaram. Eu sei que ele existe de verdade, porque vi Olívia e Wealsey ensinando um grupo de meninos do segundo ano...

—Eu sei que esse grupo existe. Mas eu acho que esse grupo de acompanhamento escolar só serve para mascarar o verdadeiro grupo, sabe? Um grupo que só é composto por pessoas mais velhas, que aprendem as coisas mais avançadas e depois ensinam para os mais novos. E não me surpreende que isso aconteça. Você já viu a nossa grade escolar? É uma vergonha. Os pirralhos não estão aprendendo nada e os mais velhos também não. Não me admira que tenha se formado um "grupo de resistência" ou coisa parecida. Explicaria porque Ernesto ficou tão bom em feitiços. Aposto que Potter está envolvido nisso. 

—Mas por que você acha que esse "grupo secreto" só tem pessoas mais velhas. 

—Draco, acorda. Eles podem estar ensinando magia defensiva avançada. Já vi Gray lutando e é uma coisa realmente impressionante. Potter também não é ruim. E, nessa altura do campeonato, nós precisamos nos defender do que está lá fora. Envolver crianças pequenas nisso... bem, não é muito seguro. Imagine só um menino do primeiro ano especializado em combate. Além disso, esses monitores já são amigos desde o primeiro ano. É muito mais fácil reunir um grupo de pessoas que já possuem afinidade. 

—Realmente convincente, mas não temos provas. É só uma suposição, e bem louca por sinal. 

—Temos provas, não temos? Percebi que Potter e Gray nem vão mais para Hogsmead. É bem provável que estejam preparando as aulas. Também temos ausência repentina de algumas pessoas, coincidentemente do nosso ano. Também notei uma aproximação entre Holt e algumas pessoas da Lufa-Lufa. Convenhamos que só esse último fator já é alarmante. Ela nunca conversa com ninguém e, de uma hora para outra, aparece com um monte de gente. São muitas evidências. Pode até não ser verdade, mas isso merece uma investigação. 

Não vou deixar que um bando de idiotas tenha uma formação melhor que a minha, principalmente quando Gray pode estar envolvida. Vamos nos encontrar com Umbridge amanhã. Duvido que ela deixaria uma oposição tão grande como essa se instalar na escola. 

Não gosto daquela mulher, mas é realmente provável que esse grupo exista, e ela é a nossa única aliada. Os outros professores poderiam até incentivar esse grupo secreto. E, por mais que Umbridge seja desprezível, ela é uma aliada muito poderosa. 


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