The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 48
Armada de Dumbledore




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/547140/chapter/48

Pov Maiara

Está tudo tão ruim que estou pensando em desistir. 

Primeiro, nós temos aquela palhaçada dos NOM's chegando e eu nem sabia o que isso era até a primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. É uma prova super importante de qualificação profissional, que aparentemente vai definir o nosso futuro. 

Mas, a perspectiva de ter de morar debaixo da ponte era real, então eu tinha que me esforçar esse ano. Dar o meu melhor em termos acadêmicos. E, se isso já fosse ruim o bastante, ainda tínhamos aquele goblin como professora.

Sapa velha e desprezível. 

Só de olhar para cara arrogante e para aquele narizinho empinado já me dava vontade de quebrar a cara dela. Tinha se autoproclamado "Alta Inquisitora", seja lá o que isso significasse, e agora estava mandando na escola. A própria personificação de Adolf Hitler de saia rodada e tinta guache rosa na cara. 

Dolores Umbridge fiscalizava os corredores todos os dias, a fim de acabar com qualquer manifestação de felicidade que ainda restava na escola. Nada de risos, nada de abraços, nada de piadas, nada de conversa. 

As pessoas que mais estavam sofrendo com tudo isso eram Fred e Jorge. Eles tinham começado um verdadeiro império de brincadeiras e materiais de lougros, competindo diretamente em qualidade com a Zonkos. Estavam distribuindo suas mercadorias nos corredores da escola, ganhando popularidade e clientela. Mas a megera tinha que estragar isso também. Proibiu a venda das "Gemialidades Weasley", acabando com minhas esperanças de conseguir colar na prova de História da Magia com a pena especial que eles estavam vendendo. 

Correção, acho que quem está realmente sofrendo com tudo isso são os professores. Umbridge fiscalizava TODAS as aulas, de todas as disciplinas. De acordo com ela, tinha que verificar se os docentes estavam seguindo os protocolos do Ministério da Magia corretamente. A bem da verdade é que ela estava só enchendo o saco e não permitindo que os alunos realmente aprendessem alguma coisa esse ano. Esse controle excessivo do Ministério acabou com a nossa grade curricular. Estávamos regredindo em todas as matérias, aprendendo coisas que já tínhamos aprendido no segundo ano e não trazendo nada de novo. 

O Ministério estava começando a criar um exército de alienados. 

Sem o preparo necessário, nunca conseguiríamos enfrentar o que estava por vir. O ministro nem percebeu, mas estava facilitando muito o trabalho de Voldemort. Ou, talvez, ele já tivesse percebido isso.

A escola ainda estava se recuperando do que aconteceu de manhã: Sibila quase tinha sido mandada embora da escola por causa de Umbridge. Eu sei que aquela mulher é meio doida e não tem nenhum talento para a matéria que leciona, Adivinhação, mas ainda assim era uma falta de consideração e uma humilhação ela ser expulsa do lugar que chamou de lar por 16 anos. 

—Maia, se você continuar a andar em círculos, vai abrir um buraco no chão.

—Ah, mas isso seria um ultraje para a Grifinória! Imagine só o que nossa queridíssima inquisitora iria achar? Eu ficaria triste só por pensar que poderia acabar com o equilíbrio perfeito que ela quer para essa escola. 

— Não estou muito preocupado com Umbridge, mas sim com os coitados que estão dormindo no andar de baixo. Você não tem pés muito delicados, eles provavelmente iriam achar que conjuramos uma manada de vacas.

—Engraçadíssimo, Ronald, mas se ele não acordaram com o seu ronco duvido que qualquer coisa os incomode. 

—Fiquem quietos, vocês dois. - disse Harry. - Podemos perder Sirius. 

Meu pai tinha falado que queria conversar conosco por meio da lareira da sala da Grifinória. Estávamos esperando o bonito resolver aparecer, mas já estava tarde da noite e eu estava ficando preocupada (por isso estava andando em círculos). Meu pai estava trancado durante o dia todo na nossa casa, não podia sair para nada. Isso acontecia porque ele ainda estava sendo procurado pelo Ministério, sendo sua liberdade caçada. Coitados, mal sabem que o único perigo que correm com meu pai é ficarem surdos depois dele tentar tocar o solo de Stairway to Heaven. Impressionante como uma guitarra muito mal tocada é capaz de estragar a música toda.  

Eu e papai já havíamos arrumado meu quarto na nossa casa. Harry também iria morar conosco, já que não poderia ficar na casa de seus tios. A casa dos Black era muito grande e nós passamos grande parte de nossas férias sendo coordenados pela Senhora Weasley na arrumação da limpeza. Aquele lugar, afinal, era a sede da Ordem da Fênix. Minha avó, Wallburga, cujo quadro estava na entrada da casa, ficara extremamente escandalizada quando viu o que estávamos fazendo com sua casa. 

—Crianças- disse uma voz vinda da lareira. O rosto do meu pai ainda era bonito, mesmo estando esculpido em fogo e carvão. -Maiara, querida, seu cabelo está horrível. 

—Me empresta o seu então.

—Temos que ter uma conversa profunda sobre qual tipo de condicionador você precisa usar. Enfim, vamos direto ao assunto. Fiquei sabendo que Dolores Umbridge assumiu o controle da escola. O que ela faz?

—Além de acabar com as nossas vidas, ela proibiu a gente de usar magia defensiva e tudo - disse Rony

—Bem, melhor do que eu esperava, na verdade. Pensei que ela estava ensinando vocês a matarem nascidos-trouxas. 

—O ano acabou de começar pai, quem sabe no que pode acontecer daqui pra frente. 

—Prestem atenção em uma coisa. A informação que temos é que o ministro não quer que vocês sejam treinados em combate. 

—Não precisa ser um gênio para perceber isso- respondeu Harry. 

—Ele pensa que estão construindo um exército de bruxos, sabiam? Acham que Dumbledore vai tomar o Ministério com os alunos de Hogwarts. - continuou Sirius.- Não querem que eu conte isso para vocês, mas as coisas estão ficando mais difíceis na Ordem da Fênix. O ministério está encobrindo os desaparecimentos que estão acontecendo. Voldemort já está agindo, crianças, e eu temo que isso fique cada vez pior. 

—E o que podemos fazer?- Rony perguntou. 

—Não posso ajudar em muita coisa, por mais que queira muito. Por hora nós estamos sozinhos. Aqui na Ordem surgiu a dúvida de como Hogwarts está com a intervenção de Fudge, então achei que era ideal conversar com vocês. Aparentemente, estamos regredindo em quase todos os aspectos possíveis. Bem, espero que vocês se cuidem e saiam de perto da fúria da Umbridge. Aquela mulher é conhecida pelas suas maldades. Tento conversar com vocês outro dia, mas temo que precisemos de outro meio de comunicação em breve. Dolores provavelmente vai interceptar todos os meios de comunicação que vocês possuem, provavelmente procurando traições de alunos à ideologia do Ministério. - disse meu pai antes de desaparecer. 

—Temos que fazer alguma coisa, principalmente com Você-Sabe-Quem a solta. - disse Rony - Sirius já deixou claro que Umbridge não vai afrouxar as amarras de ferro que está lançando sobre a nossa escola. 

—E temos que fazer rápido. Você-Sabe-Quem está ficando forte a cada dia que passa, e nós estamos apenas regredindo. É como se estivéssemos prontos para o abate. - eu disse

—Precisamos saber nos defender, e se Umbridge não quiser ensinar, precisamos de alguém que ensine. - Rony continuou - Alguém que tenha experiência no assunto, que saiba como acabar com um bruxo das trevas. Alguém como... o Harry.

—O quê? - ele respondeu, perplexo. 

—Rony está certo. Você é o único que tem capacidade de nos ensinar e ajudar. 

—Cara, tem tantos erros no seu plano que eu nem sei por onde começar.- disse Harry- Primeiro, eu não sou tão experiente assim e, segundo, as pessoas não acreditam em mim. Oitenta por cento da escola acha que eu sou pirado, lembra?

—Então vamos ajudar os vinte por cento! Temos que nos colocar à disposição para quem precisar, Harry. Você pode até não ser o maior bruxo que já existiu, mas sabe algumas coisas essenciais que nós não sabemos. Coisas que poderiam salvar nossas vidas! Por favor.

—Vocês sabem que grande parte da minha "experiência" é basicamente sorte, não sabem? Eu sei apenas meia dúzia de feitiços a mais do que vocês.

—Mas é justamente isso, não é? Você os sabe. São coisas que serão essenciais para nossa defesa, e nós ainda não sabemos. Por favor, Harry. 

—-------------------------------

Algumas semanas depois, marquei uma reunião com algumas pessoas em Hogsmead. Fiz uma lista de pessoas que acreditavam no Harry, não muito grande por sinal, e convenci-os a nos encontrar em um bar praticamente destruído chamado Cabeça de Javali, durante nossa próxima visita ao vilarejo. 

—Estou falando que isso não vai dar certo- disse Harry pela milésima vez.

—Oh, homem sem fé. Vire sua boca agourenta para lá- eu disse. 

—E se for uma armadilha? Se alguma dessas pessoas que você chamou nos dedurar para Umbridge? 

—Só chamei pessoas que temos certa confiança, fique tranquilo, não seremos dedurados para a sapa. 

Eu não tinha certeza absoluta disso, mas era um bom palpite. O bar Cabeça de Javali era bem distante do centro da movimentação do vilarejo. Além de ser extremamente sujo e escuro, o atendente não parecia ser um cara muito simpático. Tinha barba suja e longa, tronco robusto e uma pele meio maltratada pelo sol. Parecia Dumbledore. 

—Que belo lugar de reunião- disse Rony. 

Aos poucos, as pessoas começaram a chegar. Olívia estava entre elas, claro. Não tínhamos envolvido Olívia nessa empreitada perigosa, algo mais para seu bem. Os alunos ocupavam um espaço considerável do aposento sujo, e eu achei que era a primeira vez que aquele lugar já tinha recebido clientes. Alguns deles nos olhavam com curiosidade, outros com raiva e até com desprezo e descrença. Isso vai ser difícil. 

—Oi pessoal- eu disse, depois de nos encararmos por 5 minutos.- Bom, todos sabem porque estamos aqui. Precisamos de um professor adequado. Alguém que seja capaz de nos defender contra as artes das trevas. 

—Por quê? - perguntou Michel Corner, um menino da Corvinal que fui obrigada a convidar por motivos dele estar namorando a Gina. 

—Porque Você-Sabe-Quem voltou, idiota- respondeu Rony. É, ele está no modo irmão ferido. 

—É o que ele diz- disse um menino da Corvinal, Terêncio Boot. 

—Dumbledore também - disse Ernesto Macmillan, um amigo meu da Lufa-Lufa. 

—Dumbledore diz porque Harry diz- retrucou Terêncio. -É o seguinte, cadê a prova?

—Ora, se o Potter falasse mais sobre a morte do Diggory- disse Antônio Goldstein, da Corvinal também. 

—Eu não vou falar sobre o Cedric. Se é por isso que estão aqui, é melhor irem embora. -disse Harry. 

—É verdade que pode executar o feitiço do patrono? - perguntou Luna. Finalmente uma corvina realmente legal. 

—É sim, eu já vi- eu disse. 

—Caraca Harry, não sabia que fazia isso- disse Dino. 

—E ele matou um basilisco com a espada de Godric Gryffindor- disse Neville. 

—No terceiro ano, Harry lotou contra centenas de Dementadores - disse Rony. 

—E ano passado, ele lutou com Voldemort em pessoa- disse Olívia. 

—Pera aí. Olha, eu sei que parece fácil para quem ouve, mas na verdade eu dei muita sorte. Na maioria das vezes, eu nem sabia o que fazia direito e quase sempre tive ajuda...

—Ele está sendo modesto.

—Não estou não, Maia. Enfrentar esses bichos na vida real não é como estar em uma aula. Na escola, você pode errar muitas vezes mas na vida real... se você perder um segundo, pode ver sua vida passar na frente dos seus olhos ou até ver um amigo morrer diante de seus olhos... vocês não sabem como é. 

Harry se sentou cabisbaixo depois desse discurso com efeito. 

— É verdade, não sabemos. É por isso que estamos aqui Harry. Queremos aprender. Precisamos aprender e queremos ter chance de derrotar... Voldemort. - disse Rony .

—Ele voltou mesmo - disse Denis Creevey. 

Parece que uma faísca se acendeu na multidão. Depois de alguns minutos, estávamos assinando uma lista de nomes. Várias pessoas conversavam animadamente. Harry estava mais feliz também, agora ficando animado com a perspectiva de ensinar algumas mentes jovens. 

Gina deu o nome: Armada de Dumbledore, em homenagem ao maior bruxo de todos os tempos, o único capaz de enfrentar Voldemort e ganhar. 

—Precisamos de um lugar para praticar- disse Harry depois que já tínhamos voltado para Hogwarts. 

—A Casa dos Gritos?- perguntou Gina.

—Nem morta- eu disse. 

—A Floresta Proibida?- Olívia

—Só depois que eu tiver morto. - disse Rony. 

—Eu tenho uma ideia. Quem sabe a Sala Precisa?- disse Neville. 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Slytherin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.