Aly acordou com o Sol batendo em seu rosto. Levantou-se para ver que havia duas novas alunas em seu quarto, já acordadas, e conversando.

– Desculpe interromper, mas creio não conhecer vocês. Eu sou Alyson Potter.

– Olá Alyson, desculpe se lhe acordamos. Eu sou Ciara Finnigan. Prazer em conhecê-la.

– Eu sou Beverly Brown. Deve conhecer a minha mãe, Lavander. Ela foi namorada do Ronald Weasley, sabe? Do “Trio de Ouro”.

– Oh, me desculpe Beverly, mas não conheço sua mãe. Porém, conheço Ron. Ele é meu tio.

– Sério? – Perguntou Ciara. – Me diz, como é ser da mesma família que o “Trio de Ouro”?

– Ah, por um lado é bom. As pessoas lhe respeitam mais. Mas por outro lado, eu nunca soube o que é um passeio no parque sem um repórter atrás de mim. Isso é chato.

– Nossa como é bom saber que você não gosta de ser notícia. – Disse Beverly, com uma pontada de ciúmes e raiva, mas Aly nem percebeu.

– Bom, acho melhor descermos. Logo mais o café será servido.

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Ao chegar ao Salão Principal, Aly deixou as novas colegas por uns minutos e foi ao encontro de Scorpius:

– Bom dia Scorpy! Aliás, tudo bem se eu lhe chamar assim?

– Oh bom dia Aly, tudo bem sim. Mas por que Scorpy?

– É que quando eu faço uma amizade, eu tenho um modo especial e único de chamar essa pessoa. Por exemplo, meu irmão, eu apelidei de Jay-Jay. Teddy, de Lupus-Lupin. E você, de Scorpy. Do mesmo jeito que vocês me chamam da Aly.

– Entendi mais ou menos.

– Scorpy foi porque eu achei que combinou. Esse apelido literalmente apareceu na minha mente assim que eu conheci você. Mas, eu vim para saber se você ainda precisa de ajuda com as aulas de poções.

– Honestamente? Preciso muito. Sou péssimo nisso.

– Ok, então nos vemos na biblioteca à tarde. – E saiu rumo a mesa Gryffindor.

– Aly, quem era aquele com quem você estava falando? – Perguntou Ciara.

– Ah, aquele era Scorpius Malfoy. – Neste momento, Ciara, que estava comendo um Browne, engasgou-se com o mesmo. – O quê?

– Você disse “Malfoy”? Os mesmos Malfoys que lutaram ao lado de... Você-Sabe-Quem?

– Por Merlin, Finnigan. O homem está morto. Diga o nome dele. – Esbravejou Beverly.

– Ciara, não podemos julgá-lo pelo que o pai dele fez. Ele é diferente, só está em Slyterin porque o Chapéu Seletor o enviou baseado no sangue dele.

– Ok. Tem razão, me desculpe. Foram as histórias que meu pai contou.

– Tudo bem. Oh, oi Jay-Jay. Tudo bem Rose? Olá Lupus-Lupin.

James, Rose e Teddy se aproximavam da mesa, Aly percebeu que Ciara e Beverly olhavam para Jay-Jay. Ele pareceu perceber também.

– Olá querida irmã. – Respondeu James, beijando a testa de Aly. – Vai me apresentar suas amigas?

– Ah, claro. Jay-Jay, estas são Ciara Finnigan e Beverly Brown, meninas. Estes são Teddy Lupin, minha prima Rose Weasley, e meu querido irmão mais velho, James Potter.

– Prazer em conhecê-lo. – Disse Ciara, apertando a mão de James, que, como um perfeito cavalheiro, a pegou e a beijou.

– Encantado.

– Permita-me dizer o quanto é charmoso e educado, Sr. Potter. – Afirmou Beverly.

– Obrigado. Permita-me dizer o quanto vocês são garotas adoráveis e carismáticas. Escolheu bem suas amizades, cara irmã.

– Ah, AGORA ele se lembra das lições de etiqueta do papai. – Comentou Aly, com Teddy e Rose.

– Eu não sei Aly, eu não fui muito com a cara dessa Beverly. – Concluiu Rose.

– Sinceramente? Eu também não. Ela me pareceu meio nojentinha. Ela ficou indignada, pois eu não conhecia a mãe dela.

– Como? Mas quem é a mãe dela? – Questionou Teddy.

– Uma mulher chamada Lavander Brown. Ela disse que era ex-namorada de seu pai, Rose.

– Acho que eu sei quem é. Venham comigo.

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Na biblioteca, Rose pegou um livro estranho que era chamado de “Anuário de Hogwarts – 1998”. Ela procurou entre as fotos, até que:

– Aqui. Lavander Brown, ex-estudante da Gryffindor, matéria preferida, Adivinhação. E olha as observações. “Tem uma paixão platônica por Ronald Billius Weasley, goleiro da equipe de quadribol da Gryffindor”. Era uma lunática.

– Ok, nós já sabemos que é a maluca. Agora vamos que temos aulas agora. Aliás, qual a aula de vocês? – Perguntou Teddy.

– Ah não. – Resmungou Aly. – Defesa Contra a Arte das Trevas. Tudo menos a “aula maldita”. Quem é o professor?

– Adivinha? O pai do seu namorado, Sr. Draco Malfoy. Também a aula é com o Scorpius! – Cantarolou Rose.

– Rose, ele não é meu namorado. É só um menino muito legal.

– Tá bom, tá bom. – Finalizou, gesticulando para Teddy um “Ele é sim”.

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– Bom dia alunos, para quem ainda não me conhece, eu sou o Professor Malfoy. E vou ensinar a vocês Defesa Contra a Arte das Trevas. Primeiro, eu gostaria de conhecê-los. Qual é o seu nome?

– Eu sou Beverly Brown. Puro-sangue, filha de Lavander Brown, minha casa é Gryffindor e todos nós lhe conhecemos muito bem Sr. Malfoy. – Disse asperamente.

– Não seja tão má Beverly. – Começou Aly. – Ela só quer aparecer professor. Eu me chamo Alyson Potter, e fico lisonjeada em ter um bruxo como você me ensinando uma disciplina tão entusiasmante.

– Obrigado Srta. Potter. Fico comovido em ver que existem pessoas tão educadas nesta sala de aula. Mande um abraço aos seus pais por mim.

– Mando sim.

A aula seguiu tranquilamente, Professor Malfoy ensinou feitiços de bloqueio e proteção aos seus alunos. Todos pareciam ter gostado da aula, menos certa aluna petulante. Ao final da aula, Draco chamou Aly para uma conversa.

– Srta. Potter. Não pude deixar de perceber que você desenvolveu certa afinidade com meu filho Scorpius. Ele parece ter certa dificuldade em utilizar os feitiços. Mas pude perceber que você os faz com uma facilidade incrível. Gostaria de lhe pedir que o ajudasse com isso, se não for pedir demais.

– Será um prazer ajudar Scorpy com as lições, professor Malfoy. Ele é um menino muito bom, se quer saber. E o senhor pode me chamar de Aly. Adorei a sua aula, mas preciso ir. Tenho que estudar.

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Aly voltou a sua Sala Comunal. Chegando lá, viu Rose sentada em frente à lareira. Quando ela se virou, abriu um sorriso e disse:

– Divertindo-se como seu amor?

– Para Rose, eu só o estava ajudando com as lições de Poções e Defesa Contra a Arte das Trevas. Nada demais. O que está fazendo aqui embaixo?

– Nada, só olhando a fogueira. – Respondeu, com o olhar triste.

– Ok, aconteceu alguma coisa sim, vai falando.

Mas quando Rose ia falar, Beverly desceu as escadas, e falou:

– Oh, olá Alyson. O que faz falando com essa sangue ruim?

Por falar em sangue, o de Aly ferveu tanto naquele momento que:

– Stupefy!

Beverly foi jogada bruscamente contra a parede. Aly, furiosa, chegou perto dela e gritou:

– QUAL É O SEU PROBLEMA BROWN? COMO OUSA CHAMAR NA MINHA FRENTE, A MINHA PRIMA DE SANGUE RUIM? ALIÁS, “QUEM É VOCÊ” PARA CHAMAR ALGUÉM ASSIM? SÓ POR QUE A SUA MÃE É PURO SANGUE. MAS VOCÊ NÃO CONHECE O SEU PAI. QUEM GARANTE QUE ELE NÃO É UM TROUXA? ENTÃO... Você pense duas vezes antes de ofender alguém da minha família novamente. – Concluiu Alyson, com fúria nos olhos. – Vem Rose, vamos sair de perto dessa louca sem-noção. Ah, mais uma coisa “puro-sangue”. Serpensortia. – E subiu as escadas com sua prima, passando por muitos Gryffindors que presenciaram a cena.

Caros papai e Mamãe

Como prometido, aqui vai a minha carta semanal. Sejam honestos, sou mais pontual do que o Profeta Diário. Novidades? Ah, sim. Estou amando as minhas aulas, são muito empolgantes. As minhas disciplinas favoritas são Poções e Defesa contra a Arte das Trevas. Falando nisso, meu professor é Draco Malfoy, muito legal, aliás. Ele me pediu para que mandasse um abraço a vocês. E eu ganhei duas colegas de quarto durante este tempo de adaptações. Elas são Ciara Finnigan (Não, ela ainda não explodiu nada.), e Beverly Brown (Sim, a mãe dela é a ex do Tio Ron e é tão metida e nojenta quanto). Não mostre isso à Tia Mione. A Brown chamou a Rose de “Sangue Ruim”. Eu fiquei tão furiosa que a estuporei e a deixei com uma cobra invocada. Falando nisso, eu vou me livrar dela antes que a Professora McGonagoll descubra. Até a próxima semana. Mandem notícias.

Beijos, eu estou com saudades. Aly.