*No Dia Seguinte*

– Aly, para quê todos estes livros? – Perguntou James ao ver a irmã pelos corredores de Hogwarts coberta por livros.

– Como assim Jay? Eu não vou precisar deles?

– Só para estudos fora das salas e aulas 100% teóricas, como poções. – Respondeu Teddy.

– Que ótimo. Deixe-me levá-los de volta. – E saiu com os livros.

– NÃO QUER AJUDA? – Gritou James do Salão Principal.

– Não será necessário, mas agradeço caro irmão. – E continuou seu caminho.

– Nossa, ela é “politicamente correta” até demais. Não acha Teddy?

– Ahn... O quê?

– Nada, tonto. Vamos.

Para Aly, era uma questão de honra ser independente. Mas ela precisava confessar que os livros estavam muito pesados. E estavam bloqueando completamente sua visão. Tanto que, quando menos esperou, trombou com certo loiro vindo de Slyterin.

– Oh, me desculpe, eu não vi você aí.

– Imagine, eu que devo pedir desculpas. Não devia ficar parado no meio do corredor. A propósito. Sou Scorpius. Scorpius Malfoy. E você deve ser...

– Alyson. Alyson Potter. Mas pode me chamar de Aly.

– Prazer, Aly. Sei que não é da minha conta, mas o que fazia com tantos livros?

– Achei que todos fossem necessários hoje. Ou talvez os tenha usado como um muro para me esconder.

– Entendo. Gostaria de ajuda com os livros?

– Não, eu dou conta. Mas obrigada Scorpius.

– Não, eu insisto. Vamos lá. – Scorpius a ajudou a levantar, pegou alguns de seus livros e a acompanhou até a sua casa. – Mas me diga, por que uma garota como você tentou se esconder em seu primeiro dia de aula?

– Eu não sei. Eu gosto de me aventurar, sabe? Mas, quando eu cheguei aqui, um medo percorreu todo o meu corpo. Um sentimento de que alguma coisa ruim iria me acontecer. Mas não como ocorreu com meu pai. Como se fosse uma brincadeira de mal gosto de algum aluno.

– Uhum. Você sentiu medo do desconhecido. E, pelo que parece, pela primeira vez. Mas não se preocupe. Pelo visto, você pode contar com seu irmão, sua prima e o seu amigo de cabelo estranho.

Eles deram uma risada. Então, Aly diz:

– Obrigada Scorpius. Pela ajuda e por me ouvir. Pelo jeito, não será só com James, Rose e Teddy que eu contarei aqui. Pode deixar aqui no canto, mais tarde eu dou um jeito neles. Ai caramba, vamos. Estamos atrasados!

\ -- /////

– Ora, ora. Srta. Potter, Sr. Malfoy. Vejo que decidiram se juntar a nós. – Disse Prof. Slughorn. – Sentem-se. Eu estava contando aos seus colegas de classe sobre a poção Felix Felicis. Ou como é popularmente chamada... Quem responde?

Duas mãos se ergueram na sala. Aly e Rose estavam ansiosas para responder, pois ambas haviam aprendido sobre aquela poção, através de histórias contadas por seus pais.

– Ou... Eu devo pedir para que vocês a façam. Quem fizer a melhor poção Felix Felicis, irá possuir a poção Amortentia, que é a...

– Poção do amor. – Responderam Aly e Scorpius juntos.

– Muito bem, mas não é só uma poção do amor, como também é a poção mais perigosa e forte desta sala. Ok, ao trabalho. Vocês encontrarão a poção em seus livros.

Os alunos começaram as poções. Não muito tempo depois, ouve-se uma pequena explosão.

– Tenha mais cuidado, Sr. Finnigan. Pode acabar machucando alguém.

Após uma hora, Aly terminou a poção, mas não levou muita fé. Slughorn experimentou e:

– Santo Merlin. Está tão perfeita que acho que vou aproveitar a minha sorte e jogar quadribol com os meus alunos. Aqui está Srta. Potter. Sua Amortentia, e, classe dispensada.

Aly ia saindo quando:

– Aly, espera. Como você conseguiu fazer uma sorte líquida tão perfeita? – Perguntou Scorpius.

– Não foi difícil. Eu só segui as instruções. Mas se tiver dificuldades eu posso lhe mostrar como eu fiz.

– Eu gostaria sim. Na biblioteca, depois do almoço?

– Pode ser, até lá Scorpy.

– Até.

Aly seguiu para o Salão comunal da Gryffindor. Quando chegou lá, viu um James furioso sentado no sofá.

– Nossa Jamie, o que aconteceu?

– Por acaso você saiu com Scorpius Malfoy?

– Se você se refere a eu ter acidentalmente atropelado ele no corredor, a ele ter me ajudado com os livros, nós termos ido junto para a aula de poções e marcado uma hora de estudos após o almoço, então sim. Eu saí com Scorpius Malfoy. Algum problema?

– Os Malfoy são desprezíveis. Além de todos terem sido Slyterins, eles apoiaram Você-Sabe-Quem na Batalha de Hogwarts.

– Scorpius não fez nada disso. Ele nem ao menos era nascido quando tudo aconteceu. Não pode culpá-lo pelos erros do pai e dos avós.

– Olha... Droga, você tem razão. Ele não é culpado, mas ainda não confio nele.

– Jamie, dá uma chance. No momento ele parece ser boa pessoa. Vamos estudar na biblioteca, apareça lá e o observe.

\ -- /////

– Aly, você está saindo com Scorpius Malfoy? – Perguntou Rose, fazendo com que eu me afogasse com o suco.

– De novo? Não, ele só me ajudou com os livros e eu vou ajudá-lo com os estudos de poções. Por quê?

– Nada não. Creio que James já falou, então não falarei também. Mas falando nele...

Aly se vira e vê Scorpius com um livro na mão, caminhando em sua direção.

– Está pronta?

– Sim, podemos ir. Até mais Rose.

Eles caminharam até a biblioteca, conversando sobre poções. Scorpius pergunta:

– Aly, como você sabe tanto sobre poções? Principalmente a Felix Felicis?

– Ah, meu pai e minha mãe eram uns dos melhores alunos do Slughorn. Eles faziam parte de um tal de “Clube do Slugue”, então me ensinaram tudo o que aprenderam com ele, na esperança de que eu conseguisse entrar, já que Jamie preferiu se dedicar ao quadribol.

– Interessante. Pelo jeito escolhi uma excelente pessoa para me ensinar.

– Que isso. Não sou tão boa assim. Mas, vamos lá. Primeiro, para essa poção vamos precisar de...

Eles começaram a preparar a poção. Enquanto isso, James os observava de longe. Ele começou a mudar seu pensamento em relação aos Malfoy. “ Acho que nem todos os Malfoy são maus afinal.”

\ -- /////

Era de noite, e Aly estava entrando no Salão Comunal, quando viu James sentado em frente à fogueira. Ela pensou em subir de fininho quando:

– Sabe, ele não é tão mal quanto eu pensei.

– Viu? Eu disse que...

– MAS, nós precisamos esperar. O conhecemos a apenas dois dias. Ainda não confio nele.

– Sabe maninho? Eu te amo muito, mas às vezes você é tão protetor quanto o papai e o tio Ron juntos.

– Eu só me preocupo. Vamos, está tarde. – Disse, beijando a testa da irmã e subindo para seu dormitório.

Aly se preparava para dormir, quando se lembrou de uma coisa:

Mãe e Pai

Envio esta carta para notificá-los que chegamos muito bem. Também para dizer que o meu primeiro dia de aula foi incrível. Apesar de um “pequeno” engano com os livros, isso foi de grande valia para me fornecer uma nova amizade. Declaro aqui também que enviarei uma carta todas as semanas relatando os acontecimentos de Hogwarts. Sinto saudades, beijos a todos.

P.S.: Os ensinamentos de poções foram de extrema utilidade neste primeiro dia de aula.

Com sinceros agradecimentos, Aly.