O Olimpo Existe. escrita por PandaRadioativo


Capítulo 7
A Partida


Notas iniciais do capítulo

Desculpem, demorei um puco para postar esse novo capítulo, mas garanto que vão gostar!



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No dia seguinte, Clarisse partiu ao amanhecer e Percy também. Sabia que ele não iria desistir assim tão fácil. Clarisse foi em um navio com uma tripulação de mortos-vivos e Percy somente com Annabeth, Grover e Tyson.
Quando chego na arena, Gabriel está lá. Caminho até ele.
– E aí? - Pergunto
– Oi! - Ele diz. - Como é sua nova vida como uma Semi-deusa?
– Legal. Peraí, legal? Eu realmente disse legal? - Ele olha de cara feia. - Estou brincando! É ótimo estar aqui.
Ele não responde.
Hoje temos bonecos, parede de escalada e alguns arcos e flechas.
Caminho até o grupo da parede de escalada. Uma mulher alta e ruiva explica o que faremos.
– Primeiro irão escalar. Depois descerão até um labirinto que é abaixo da arena e por fim, sairão do labirinto usando suas habilidades. Quem sair primeiro vence.-
Olho para meus "adversários". Uma garota, loira baixinha, um garoto alto, negro e outra garota, morena, alta e gordinha. A "instrutora" sai de nossa frente e grita para que a prova comece.
Saio correndo. Sou mais rápida que todos. Começo a subir a parede e me sinto livre de novo. Em cinco minutos já estou terminando a descida.
Chego em um labirinto escuro e de aspecto sombrio. Transformo meu bracelete em uma espada brilhante. Ouço os outros e começo a correr. Cada vez mais o labirinto fica sombrio, diminuo a luz da espada para que ninguém me siga. Não tenho tanta sorte. Um Minotauro cinzento aparece em minha frente e eu congelo. O Minotauro anda até mim e em um movimento rápido e preciso, cravo minha espada em seu peito. Ele dá um último rugido e cai. Foi moleza. Seu corpo sem vida continua lá. Pego minha espada que não está suja de sangue e continuo meu caminho. Então a parede à minha esquerda fica cheia de furos.
– Flechas. - Começo a rir. - Sempre tem isso em um labirinto.
Me agacho o mais rente ao chão que consigo e me arrasto enquanto flechas passam zunindo sobre minha cabeça. Esse trecho do labirinto parece interminável. Após uns dez minutos ele acaba. Levanto e continuo meu caminho. Quando perco um pouco de esperança e começo a achar que a saída está em outro ponto do labirinto, a luz cega meus olhos. Cheguei no final. Nunca havia ganhado nenhuma prova assim. Quando saio todos os Semi-deuses me aplaudem. Demora pelo menos meia hora para a garota alta sair. Uma hora para a garota loira e duas para o garoto negro.
À medida que passam por mim fazem caras feias. Eu respondo com uma cara normal.
Vou para o lago. Sento na margem e fico lá. Olho para a árvore de Thalia. Se eles conseguirem trazer o Velocino, a árvore pode ser restaurada. E se tiver mesmo esse efeito, de cura e tal, pode até trazer Thalia de volta a vida. Mas não quero ter falsas esperanças.
Espero que eles voltem logo. Até aquela irritante da Clarisse.
Vou para meu quarto e começo a desenhar de novo. Dessa vez é Poseidon, com seu Tridente. Coloco ele ao lado do desenho de Zeus. Faço outro desenho. Agora é Hades. Estou começando a achar que eu devia ser desenhista. Coloco Hades ao lado dos dois primeiros. Estão lindos. Sem mais nada para fazer, pego meu IPod e fico ouvindo música pelo resto do dia.
Penso em como Percy e os outros devem estar. Bem? Feridos? Não sei. Poderia estar lá com eles e não precisaria fazer suposições. Mas em vez disso, resolvi ficar aqui, cuidando de Thalia. E mesmo se eu tivesse ido com eles, seria um peso morto, já que quase não sei lutar e uma de minhas habilidades é desenhar Deuses e Deusas. Sinceramente, não sei como poderia ajudar. Tá certo que tenho meus raios. Mas não iria conseguir lutar de verdade. Aquele Minotauro foi só um " teste ".
Penso em Peter. Peter. Que saudade daquele pestinha. Daria tudo para tê-lo aqui. Sob minha proteção. Não que não confie em minha mãe, é que aqui, até ele poderia lutar. Aprender a se defender!
Uma lágrima escorre pelo meu rosto. Afasto os pensamentos de como eles estão. Se estão bem. Se estão doentes. Se foram atacados...
Minha mãe não respondeu minha carta. Afasto novamente os pensamentos de que eles poderiam estar machucados ou coisa pior.
Saio do quarto.
Chego na arena, agora deserta.
Chuto e soco os bonecos. Começo a chorar involuntariamente.
Ajoelho no chão e me permito esconder o rosto nas mãos.
Alguém chega.
Entre soluços eu ergo a cabeça. É Gabriel.
– Você está bem? - Ele se ajoelha à minha frente.
– Não. - Digo.
– O que aconteceu?
– Minha família, Gabriel! Saudades! Falta deles! Falta de notícias deles! Não sei se estão bem, se estão mal, doentes ou machucados! - Digo entre soluços.
Ele me envolve em seus braços.
E então, sem perceber, ele está me levando para meu quarto e preparando um chá de camomila para mim. Exatamente como minha mãe fazia. Continuo chorando. Só que agora um puco mais, ao lembrar de minha mãe cuidando da gente quando ficávamos doentes.
Gabriel fica comigo até eu dormir. Ou seja, a noite inteira.
Quando acordo, ele não está mais lá.
" E por que estaria? " Penso.
Vou até o espelho do meu quarto e me assusto. Uma garota pálida ( realmente muito pálida ) de olhos dourados e cabelo todo preto outra vez me encara. Não posso lutar hoje. Pelo menos não agora. Poderia desmaiar. Não com socos ou chutes. Mas com meus pensamentos sempre voltando à Peter e minha mãe. Lágrimas embaçam meus olhos novamente mais afasto-às.
Saio do quarto apenas para pegar uma pilha de panquecas. Aliás só como panquecas. Só que não. Não entendo como eu consigo ficar pálida. Fico parecendo uma folha de papel. Caminho até a arena e encontro Gabriel.
– Ei! - digo. - Quer ir ao labirinto? - Pergunto.
– É perigoso, Sarah. - Ele diz.
– Não é não. Da última vez, matei um Minotauro e sai ilesa. - Cruzo os braços.
– Ok. Pode ser. - Ele diz.
Escalamos a parede. Eu vou já frente, já que Gabriel nunca entrou lá. Pelo menos acho que ele nunca foi lá. Com meus raios, fiz um arco e flechas brilhantes.
Meus passos são ruidosos. Gabriel me segue de perto.
– Tem algo errado aqui. - Digo. Tenho certeza de que o labirinto estava mais silencioso da última vez.
Nós dois paramos. Ouço passos. Pesados. Lentos. Preparo o arco. A luz emitida da minha arma ilumina o que está a nossa frente.
Quatro Minotauros andam até nós.
– Ai meu deus! - Digo.
– Você não "derrotou um Minotauro" nesse labirinto? - Ele perguntou.
– Sim. Mas não quatro!
Atiro algumas flechas. Não fazem nem cócegas nos Minotauros. Então, meu arco e flechas se transformam em uma espada. Caminho até o primeiro Minotauro e enfio a espada no seu coração. Ele ruge e cai.
– Estranho. - Digo. - Se a espada funcionou, o arco devia funcionar também! - Gabriel fica ao meu lado.
– Talvez você deva usar só a espada. - Ele diz.
– É... Pode ser. - Respondo.
Caminho até cada Minotauro e enfio a espada em seus corações e com um último rugido todos caem.
– Vem. - Sussuro.
Gabriel não se mexe.
– Gabriel, vem! - Digo um pouco mais alto. Ele me escuta e me segue.
Caminhamos atentos até o fim do labirinto.
– Acho que os Minotauros te amam Sarah. - Ele diz.
– Ai, nossa! Que engraçado, Gabriel!
Agora a espada é uma pulseira novamente. Quando saímos, percebo que alguém está chegando.
– Ei! Podem me ajudar? - Chama a garota.
– Claro! - Grito de volta.
Pego uma de suas malas e sigo ela até seu chalé. Depois que deixamos lá todas as malas, é hora das apresentações.
– Eu sou Sarah. - Pergunto. E você? -
– Bia. Bia Dunter. Você é filha de quem? - Pergunta.
– Sou filha de Zeus. - Respondo. - E você?
– Hécate. - Responde.
– Ok! - Saímos do chalé.
– Estou com fome! - Digo.
– Eu também! - Concorda Bia.
Nós rimos e vamos nota encontrar com a nossa querida comida.

Uma Semana Depois

Depois que Bia chegou, sinto que nos conhecemos à séculos. Ela gosta de ler, eu também. Ela adora o acampamento, eu também.
Já tinham se passado pelo menos cinco dias ( ou mais ) que Clarisse, Percy, Annabeth, Grover e Tyson partiram.
Cada vez mais a árvore de Thalia morria mais rápido. Os galhos caiam. As folhas caiam. Todos os dias de manhã, eu ia até Thalia, e mesmo sabendo que eles poderiam não conseguir, me agachava ao seu lado e murmurava:
– Eles vão conseguir, Thalia. Eu tenho certeza. -
Mas cada vez mais, perdia a esperança. Dois, três, quarto, cinco ou seis dias se passaram e não sequer um dia em que eu passava um tempo com Thalia. Até hoje.
Ouvimos alguma coisa e saímos correndo pelo acampamento até achar nossos Semi-deuses que haviam partido lá. Antes de dar " oi " para todos, Percy e Annabeth foram até Thalia. Segui-os de perto. Percy pegou o Velocino e colocou sobre Thalia. Algum tempo depois, não aguentei segurar as lágrimas. Thalia levanta. Anna também não segura as lágrimas.
– Annabeth? - Diz Thalia. - O que aconteceu?
– Longa história.- Anna responde.
– Cadê o Luke? - Thalia olha para todos procurando Luke.
– Ele... Não está mais aqui.
Thalia não parece abalada.
Caminho até elas e Thalia se vira.
– Você é Sarah não é? - Pergunta. Faço que sim com a cabeça. Sem qualquer condições de falar nesse momento.
– Me lembro de você. Você não perdeu a esperança. Sabia que poderia não funcionar mas, obrigado. - Ela caminha e me abraça. Eu abraço ela também.- Irmã.-Ela acrescenta.
Agora é a hora em que o apelido que Peter me deu há algum tempo faz sentido: Sou mesmo uma manteiga derretida.
Em comemoração pela volta de Thalia, Annabeth e eu fazemos uma "pequena" festa. A diversão não acabou após a festa. Depois, todas nós vamos ao quarto de Annabeth e eu faço uma "pequena" demonstração com raios. No fim, acabei dormindo com Thalia e Annabeth. Adoro estar aqui. Com minha irmã. E meus amigos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
[...]
Hey! Desculpem a demora! Mas o próximo capítulo ainda vai demorar um pouquinho... Motivo? Bem, chegando semana de provas E outras duas fics em andamento!
Espero que gostem da fic até esse capítulo e comentem!
~BHoss



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