O Olimpo Existe. escrita por PandaRadioativo


Capítulo 14
O Ataque que Mudaria Tudo.


Notas iniciais do capítulo

Acho que já deu pra ter uma ideia com o título do capítulo, não?
Sei que demorei para postar, mas voltei!!
Espero que gostem e não me agridam!! Tudo tem (terá) uma explicação, seja ela lógica ou não.
Boa leitura!!!



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“Perca com classe,

Vença com ousadia.”

(Charles Chaplin)

Acordei com Thalia me puxando. Ainda era noite. A constelação de Hércules brilhava. Ouviam-se gritos.
– O que...? - perguntei, ainda sonolenta.
– Ataque.
A palavra me despertou completamente. Thalia me entregou um escudo, e com os raios que "herdei" de meu pai, forjei uma espada.
Saímos do chalé, e acho que a visão que tive foi a pior.
Touros de Colchis, uma média de três ou quatro, corriam pelo Acampamento, colocando fogo em tudo. O acampamento estava em chamas. Clarisse correu até nós, ofegante e disse:
– Sarah... Ajuda... Segurança... Pequenos...
Eu já ia perguntar o que ela queria dizer quando uma tropa de Meios-sangues mirins veio marchando em minha direção, protegidos pelos arqueiros de Apolo e Ártemis.

"Pai, abrigue estes Meios-sangues em teu chalé.

Não permita que, perante à todos, eles caiam, quando poderiam se erguer e comemorar."


Um trovão cortou o ar. Zeus ouviu meu apelo. Os arqueiros escoltaram os pequenos até o chalé de Zeus, onde uma muralhas de raios se formavam, em uma cúpula. Com certeza haviam mais de cinco muralhas, garantindo proteção.
– Cuide deles. - disse-me Thalia. - Não saia por nada.
Afirmei com a cabeça, mesmo querendo gritar para que me aceitassem na linha de frente de ataque, liderada por Annabeth, Percy e Clarisse.
Me virei para os pequenos.
– Fiquem tranquilos. Deem as mãos e fiquem juntos. Nada entrará aqui. E se entrar, eu os protejo. Zeus acolheu vocês, são bem vindos. Serão protegidos, nem que a morte nos assombre. Ok?
Eles afirmaram com a cabeça e se sentaram no chão, um a um. Irmãos e irmãs se sentavam juntos e se distraíam.
Em meio a confusão, Grover entrou no chalé.
– BÉÉÉ! - baliu. - De novo não. De novo não!
– Grover! Acalme-se! - eu disse. Sátiros nervosos e hiperativos me deixam nervosa. Demorou pelo menos meia hora para acalmar Grover. Ainda se ouvia a batalha travada no Acampamento. As vozes de Clarisse e Annabeth se destacavam. Os pequenos começavam a cochilar, sentados e encostados à parede ou junto de seus companheiros de chalé. Grover acabou por ser vencido pelo sono também.
Me sentei na cama, e esperei aquilo acabar. Mas aquilo não durou tempo o suficiente. Passadas pesadas vinham em direção ao chalé.

Todos que cochilavam acordaram de súbito. E Grover congelou no canto do chalé.

O chão vibrou. Houve clarões, seguidos. Não contei quantos. Mas foram muitos. Uma menininha, Filha de Atena, chegou pero de mim, segurou minha mão e disse:

– Quer ajuda? Seja lá o que estiver lá fora, posso ajudar?

Me agachei, encarando os belos olhos tempestuosos da menina.

– Não há em nada que possa ajudar. Mas obrigada, mesmo assim.

A menininha sorriu e voltou correndo para seus companheiros de chalé.

Eu me levantei, tomando coragem para sair e enfrentar o que quer que estivesse lá.

Caminhei até um Grover apavorado.

– Cuide deles. – ele assentiu, se levantou e disse para todos:

– Ok, ok, nada de pânico. Tudo sob controle.

Em seguida ouvimos uma pequena explosão e Grover pareceu não mais estar seguro sobre o que falara.

Abri a porta e dei uma última olhada no chalé. Mas o que vi quando me virei...

Um Manticore me aguardava. O enorme bicho tinha corpo de leão, um rosto humano, uma cauda parecida com a de um escorpião, com longos espinhos na ponta. A batalha ainda era travada, com Pássaros de Estinfália, Leão de Nemeia, Dracaenae da Cítia e um Cão Infernal. Engoli em seco. O Manticore soltou um som, parecido com um rugido. Separou as patas dianteiras e colocou a cabeça entre elas. Sua longa cauda completamente à mostra. Os espinhos vibraram e de súbito, se soltaram.

Me abaixei, evitando alguns deles de me perfurarem. Ergui o escudo e a espada, avançando para o Manticore. Foram uma série de golpes em vão. O bicho era rápido. Mas a minha esquerda, uma figura corria a meu encontro. Uma não duas. De espadas empunhadas, atravessaram a barreira. Me distraí, e fui acertada pela enorme pata do Manticore. Caí no chão, com uma dor infernal percorrendo o corpo. Uma das figuras se agachou ao meu lado. Caleb.

– Cuide do Manticore. Estou bem. – consegui dizer. Ele correu até a criatura, golpeando-a. Ele deu alguns golpes no ar, e a outra figura se virou, por meros cinco segundos, e era Gabriel. Tentei sorrir, mas a dor era tanta... Fiquei um tempo assistindo à luta, até que os dois golpearam o Manticore no peito. Ele tombou para o lado, e se dissipou em cinzas. Fechei os olhos. Senti alguém pôr as mãos em meus ombros e me sacudir. Abri os olhos novamente. Era Caleb. Gabriel estava indo embora, nos deixando lá, sob a proteção de Zeus.

– Você está bem? – perguntou. E eu assenti. Ele deu um sorriso nervoso, ofegante. Ele se aproximou de mim, e antes que eu entendesse o que acontecera, ele me beijou. Mas eu estava quase inconsciente. Ele me ajudou a entrar no chalé, e logo a menininha de antes veio falar comigo.

– Devia ter me deixado ajuda-la. Todos queríamos ajudar.

Sorri.

– Você já ajudou quando ficou aqui dentro, a salvo.

Ela sorriu timidamente.


[...]

O sol nasceu, e ainda se ouviam os zumbidos de flechas e colisões. Grover parecia muito preocupado. Eu não via Gabriel e Caleb há algumas semanas. Todos voltaram a dormir, depois do acontecido com o Manticore.

Meia hora depois, Thalia adentrou no chalé. Ao ver meus ferimentos, se assustou e correu até mim.

– Saiu do chalé, não foi? Eu disse para não sair do chalé! – disse, me abraçando.

– Foi para salvar a todos nós. – disse um filho de Deméter.

Thalia olhou o garoto, que se manifestara pela primeira vez naquela noite.

– Vamos. – ela disse. – Quíron precisa cuidar de você.

Eu me levantei, me apoiando em Thalia e Grover. O Manticore tinha acabado comigo. Então, Thalia conseguiu dizer:

– Voltem à seus chalés. O Acampamento está seguro. – ela se voltou para mim, com um olhar de irmã. – Papai já cuidou da nova proteção do Acampamento.

Sorri.

– Sabe de Gabriel, Caleb, Bia ou Max? E meu irmão, Peter? - ela afirmou. Quis odiar Peter por ter se metido na briga.

– Estão todos na Casa Grande. Quíron está cuidando de todos.

– E Clarisse? – ela fez uma careta.

– O Acampamento destruído, metade dos campistas sob cuidados e está preocupada com Clarisse? Vamos, ou vai acabar desmaiando.

Cambaleei até a porta, quase caí, mas fui amparada por Grover e Thalia.

Ao sair do chalé, vi a destruição da noite anterior. Tudo estava destruído, mas a Casa Grande estava intacta.

Entramos e logo me deparei com fileiras e fileiras de macas hospitalares.

– Lençol branco, gravemente ferido. Lençol azul, levemente ferido. Lençol vermelho, ferimento fatal. – arregalei os olhos e comecei a procurar sinal de todos. Felizmente, achei a todos. Gabriel, Caleb, Bia e Max estavam gravemente feridos, Peter estava com ferimentos leves. Não vi Percy ou Annabeth. Nem mesmo Clarisse.

Quíron nos amparou e logo me deu Ambrósia e Néctar. O lençol da minha maca era branco.

Mas, a maioria dos campistas estavam bem, e era isso que importava.


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