O Olimpo Existe. escrita por PandaRadioativo
Notas iniciais do capítulo
Acho que já deu pra ter uma ideia com o título do capítulo, não?
Sei que demorei para postar, mas voltei!!
Espero que gostem e não me agridam!! Tudo tem (terá) uma explicação, seja ela lógica ou não.
Boa leitura!!!
“Perca com classe,
Vença com ousadia.”
(Charles Chaplin)
Acordei com Thalia me puxando. Ainda era noite. A constelação de Hércules brilhava. Ouviam-se gritos.
– O que...? - perguntei, ainda sonolenta.
– Ataque.
A palavra me despertou completamente. Thalia me entregou um escudo, e com os raios que "herdei" de meu pai, forjei uma espada.
Saímos do chalé, e acho que a visão que tive foi a pior.
Touros de Colchis, uma média de três ou quatro, corriam pelo Acampamento, colocando fogo em tudo. O acampamento estava em chamas. Clarisse correu até nós, ofegante e disse:
– Sarah... Ajuda... Segurança... Pequenos...
Eu já ia perguntar o que ela queria dizer quando uma tropa de Meios-sangues mirins veio marchando em minha direção, protegidos pelos arqueiros de Apolo e Ártemis.
"Pai, abrigue estes Meios-sangues em teu chalé.
Não permita que, perante à todos, eles caiam, quando poderiam se erguer e comemorar."
Um trovão cortou o ar. Zeus ouviu meu apelo. Os arqueiros escoltaram os pequenos até o chalé de Zeus, onde uma muralhas de raios se formavam, em uma cúpula. Com certeza haviam mais de cinco muralhas, garantindo proteção.
– Cuide deles. - disse-me Thalia. - Não saia por nada.
Afirmei com a cabeça, mesmo querendo gritar para que me aceitassem na linha de frente de ataque, liderada por Annabeth, Percy e Clarisse.
Me virei para os pequenos.
– Fiquem tranquilos. Deem as mãos e fiquem juntos. Nada entrará aqui. E se entrar, eu os protejo. Zeus acolheu vocês, são bem vindos. Serão protegidos, nem que a morte nos assombre. Ok?
Eles afirmaram com a cabeça e se sentaram no chão, um a um. Irmãos e irmãs se sentavam juntos e se distraíam.
Em meio a confusão, Grover entrou no chalé.
– BÉÉÉ! - baliu. - De novo não. De novo não!
– Grover! Acalme-se! - eu disse. Sátiros nervosos e hiperativos me deixam nervosa. Demorou pelo menos meia hora para acalmar Grover. Ainda se ouvia a batalha travada no Acampamento. As vozes de Clarisse e Annabeth se destacavam. Os pequenos começavam a cochilar, sentados e encostados à parede ou junto de seus companheiros de chalé. Grover acabou por ser vencido pelo sono também.
Me sentei na cama, e esperei aquilo acabar. Mas aquilo não durou tempo o suficiente. Passadas pesadas vinham em direção ao chalé.
Todos que cochilavam acordaram de súbito. E Grover congelou no canto do chalé.
O chão vibrou. Houve clarões, seguidos. Não contei quantos. Mas foram muitos. Uma menininha, Filha de Atena, chegou pero de mim, segurou minha mão e disse:
– Quer ajuda? Seja lá o que estiver lá fora, posso ajudar?
Me agachei, encarando os belos olhos tempestuosos da menina.
– Não há em nada que possa ajudar. Mas obrigada, mesmo assim.
A menininha sorriu e voltou correndo para seus companheiros de chalé.
Eu me levantei, tomando coragem para sair e enfrentar o que quer que estivesse lá.
Caminhei até um Grover apavorado.
– Cuide deles. – ele assentiu, se levantou e disse para todos:
– Ok, ok, nada de pânico. Tudo sob controle.
Em seguida ouvimos uma pequena explosão e Grover pareceu não mais estar seguro sobre o que falara.
Abri a porta e dei uma última olhada no chalé. Mas o que vi quando me virei...
Um Manticore me aguardava. O enorme bicho tinha corpo de leão, um rosto humano, uma cauda parecida com a de um escorpião, com longos espinhos na ponta. A batalha ainda era travada, com Pássaros de Estinfália, Leão de Nemeia, Dracaenae da Cítia e um Cão Infernal. Engoli em seco. O Manticore soltou um som, parecido com um rugido. Separou as patas dianteiras e colocou a cabeça entre elas. Sua longa cauda completamente à mostra. Os espinhos vibraram e de súbito, se soltaram.
Me abaixei, evitando alguns deles de me perfurarem. Ergui o escudo e a espada, avançando para o Manticore. Foram uma série de golpes em vão. O bicho era rápido. Mas a minha esquerda, uma figura corria a meu encontro. Uma não duas. De espadas empunhadas, atravessaram a barreira. Me distraí, e fui acertada pela enorme pata do Manticore. Caí no chão, com uma dor infernal percorrendo o corpo. Uma das figuras se agachou ao meu lado. Caleb.
– Cuide do Manticore. Estou bem. – consegui dizer. Ele correu até a criatura, golpeando-a. Ele deu alguns golpes no ar, e a outra figura se virou, por meros cinco segundos, e era Gabriel. Tentei sorrir, mas a dor era tanta... Fiquei um tempo assistindo à luta, até que os dois golpearam o Manticore no peito. Ele tombou para o lado, e se dissipou em cinzas. Fechei os olhos. Senti alguém pôr as mãos em meus ombros e me sacudir. Abri os olhos novamente. Era Caleb. Gabriel estava indo embora, nos deixando lá, sob a proteção de Zeus.
– Você está bem? – perguntou. E eu assenti. Ele deu um sorriso nervoso, ofegante. Ele se aproximou de mim, e antes que eu entendesse o que acontecera, ele me beijou. Mas eu estava quase inconsciente. Ele me ajudou a entrar no chalé, e logo a menininha de antes veio falar comigo.
– Devia ter me deixado ajuda-la. Todos queríamos ajudar.
Sorri.
– Você já ajudou quando ficou aqui dentro, a salvo.
Ela sorriu timidamente.
[...]
O sol nasceu, e ainda se ouviam os zumbidos de flechas e colisões. Grover parecia muito preocupado. Eu não via Gabriel e Caleb há algumas semanas. Todos voltaram a dormir, depois do acontecido com o Manticore.
Meia hora depois, Thalia adentrou no chalé. Ao ver meus ferimentos, se assustou e correu até mim.
– Saiu do chalé, não foi? Eu disse para não sair do chalé! – disse, me abraçando.
– Foi para salvar a todos nós. – disse um filho de Deméter.
Thalia olhou o garoto, que se manifestara pela primeira vez naquela noite.
– Vamos. – ela disse. – Quíron precisa cuidar de você.
Eu me levantei, me apoiando em Thalia e Grover. O Manticore tinha acabado comigo. Então, Thalia conseguiu dizer:
– Voltem à seus chalés. O Acampamento está seguro. – ela se voltou para mim, com um olhar de irmã. – Papai já cuidou da nova proteção do Acampamento.
Sorri.
– Sabe de Gabriel, Caleb, Bia ou Max? E meu irmão, Peter? - ela afirmou. Quis odiar Peter por ter se metido na briga.
– Estão todos na Casa Grande. Quíron está cuidando de todos.
– E Clarisse? – ela fez uma careta.
– O Acampamento destruído, metade dos campistas sob cuidados e está preocupada com Clarisse? Vamos, ou vai acabar desmaiando.
Cambaleei até a porta, quase caí, mas fui amparada por Grover e Thalia.
Ao sair do chalé, vi a destruição da noite anterior. Tudo estava destruído, mas a Casa Grande estava intacta.
Entramos e logo me deparei com fileiras e fileiras de macas hospitalares.
– Lençol branco, gravemente ferido. Lençol azul, levemente ferido. Lençol vermelho, ferimento fatal. – arregalei os olhos e comecei a procurar sinal de todos. Felizmente, achei a todos. Gabriel, Caleb, Bia e Max estavam gravemente feridos, Peter estava com ferimentos leves. Não vi Percy ou Annabeth. Nem mesmo Clarisse.
Quíron nos amparou e logo me deu Ambrósia e Néctar. O lençol da minha maca era branco.
Mas, a maioria dos campistas estavam bem, e era isso que importava.
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