Mutante e condenada escrita por winter


Capítulo 6
Choque de realidade


Notas iniciais do capítulo

S. Laufeyson!! Meu amor, você me deixou tão feliz! Minha primeira recomendação! *-*
Sempre que abro a história ela está lá, fazendo companhia aos poucos, mas queridos, comentários!
Muito obrigada, S. Laufeyson. Eu realmente amei sua recomendação e desejo muito sucesso na sua fanfic diva!
Chega de enrolar! Capítulo novinho em folha!! Todinho dedicado à S. Laufeyson que me fez essa surpresa maravilhosa!
Boa leitura!



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–Isso é mentira! – dei vários passos para trás, até sentir o vidro gelado em minhas costas, apertei-me contra a parede transparente e deslizei até o chão, abraçando os joelhos. Pelo canto dos olhos, vi Natasha se aproximar do vidro e me fitar com pesar.

–Qual é o seu nome? – perguntou, em um fio de voz. Levantei o rosto.

–Cristina, Cristina Schmidt Hidra. Criada, educada e treinada por Johan Schmidt e Madame Hidra. – minha voz saiu mais confiante do que eu esperava. Levantei-me do chão de ferro e ergui o rosto.

–Eles transformaram minha filha em um monstro! – gritou, recebendo um abraço do marido.

–Eles me transformaram na espiã perfeita. Como eles mesmos disseram: “A melhor dentre os melhores. Melhor que a própria Romanoff.” – repeti o que Schmidt sempre me dizia quando ia sair em missão. Ela apenas se soltou de Clint e saiu da sala a passos fortes.

–Parece que a dona aranha ficou irritada – zombou Stark. Estreitei os olhos em sua direção e dei outro soco no vidro, desta vez, com mais força. O vidro começou a estilhaçar sem parar e a estrutura a desmoronar, uma vez que eu derrubei parte da sustentação que o vidro dava. Corri para o fundo da cela, onde esperava conseguir me salvar dos pedaços de ferro que começaram a cair junto com as lâmpadas. Eu não imaginava que toda a sala era sustentada pela cela e muito menos que tudo poderia cair na minha cabeça.

–Socorro! – gritei, mas todos os que estavam ali já haviam saído e me deixado por conta da sorte. Meus olhos vagaram pelo lugar caindo aos pedaços à minha volta e tudo parecia estar em câmera lenta, nada parecia real como era. Senti cacos de vidro cortando meu rosto e meus braços, quando toda a sustentação de uma lâmpada caiu sobre mim, me prendendo ao chão e cortando minha pele a cada movimento com o qual eu tentava me libertar. Dei vários gritos de frustração enquanto o peso sobre minhas costas aumentava constantemente, me prensando cada vez mais contra o chão.

–Killer! – ouvi um grito masculino, mas foi tarde demais. O que há algumas horas foi uma estrutura tão sólida quanto rocha, agora desmoronava sobre mim, até que todos os sons de queda da estrutura cessaram.

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Todos os tipos e em todos os volumes.

Tentei abrir os olhos sem muito sucesso, então comecei a identificar as vozes: Stark, Philip, Natasha, Clint, Banner e Amélia, mas havia uma voz levemente conhecida no meio, uma voz da qual eu não sabia quem era o dono.

Aos poucos, fui conseguindo abrir os olhos e olhei para todo o quarto em que me encontrava sozinha. Paredes acinzentadas, uma pequena janela, cama e uma cômoda pequena, provavelmente alguém que mora sozinho.

–Oi? Tem alguém aí? – questionei, me aproximando da porta. Não consegui abri-la, estava trancada por fora. Bati algumas vezes e chamei, quando minha cabeça começou a doer e eu me sentei ao pé da cama, abraçando os joelhos e finalmente notando várias marcas em minhas pernas e braços, provavelmente, onde eu me cortei. O estranho é que todos os cortes e feridas já estavam cicatrizados e quase desaparecendo. Observei-os por mais um tempo, até a porta ranger e eu levantar os olhos.

–Hay... Cristina? – chamou o rapaz. Era o mesmo soldado que me atacou na H.I.D.R.A. na última semana.

–Sim? – minha voz saiu trêmula, devia ser o nervosismo – Faz quanto tempo que estou desacordada? – ele desviou o olhar e o Capitão Rogers entrou no quarto, vestido não com o conhecido uniforme, mas com uma calça jeans, tênis, uma camiseta bege e uma blusa de beisebol azul e branca.

–Cristina – ele me cumprimentou com um aceno de cabeça e me levantou do chão, me colocando sentada na cama. Me senti uma completa criança naquele momento, mas não reclamei, estava desorientada demais para qualquer coisa além de escutar.

–Faz quanto tempo que eu apaguei? – ele sentou-se ao meu lado e encarou a parede cinza do quarto.

–Uma semana desacordada depois de destruir a cela e, bem, metade do aero-porta-aviões. Tivemos que fazer um pouso de emergência em Miami, mas ainda passamos a noite aqui. – ele me resume os fatos e suspira – Não tínhamos esperança de tirar você do meio dos destroços viva. Havia pelo menos meia tonelada de ferro prensando você no chão. Tivemos muito trabalho para tirar você de lá. Nath não acreditava que você morreu e queria a todo custo tirar seu corpo de lá.

–Quanto tempo eu fiquei nos destroços? – seu olhar se tornou distante e ele provavelmente estava absorto em seus próprios pensamentos antes de falar.

–Dois dias. – ponderei alguns segundos antes da porta se abrir e a Romanoff entrar, acompanhada de Clint.

–Steve, podemos falar com ela? – pediu a agente. Ele se levantou e saiu em silencio, fechando a porta em seguida. Ela tremia sem parar, já Barton tentava acalmá-la a todo custo.

–Nath, é melhor a gente voltar outra hora – sugeriu o loiro, mas ela nem mesmo deu ouvidos, apenas pulou em cima de mim e me abraçou com força.

–Eu pensei que tinha te perdido de novo – ela choramingava. Eu não queria empurrá-la como imaginei querer. Não. Nela eu senti um conforto maior do que eu sentia junto à Madame Hidra ou ao Schmidt, com ela eu me sentia viva como nunca.

–Natasha... – recomeçou Clint, mas, antes dele conseguir dizer algo mais, eu abracei a mulher e comecei a soluçar.

–Eu tenho uma família – murmurei baixo, mas eles ouviram e ela se afastou, limpando as lágrimas.

–Mas é claro que tem. Nunca deixou de ter – Clint finalmente deixou de lado suas tentativas de sair e nos abraçou, sorrindo.

–Ora, ora, ora. Parece que a garota de coração de pedra é sentimental no final – eles me soltaram e sentaram ao meu lado para ver quem estava na porta e eu não esperava ninguém menos. Deadpool.

–Como entrou aqui? – Natasha recuperou a pose de espiã e se levantou, sendo seguida pelo marido.

–Como eu entrei não importa, o que importa é como vou sair. Venha comigo, Killer. Schmidt tem planos para você.

–Não. – cortei – Ele me escondeu minha vida e isso é imperdoável. Diga a ele que a agente Killer não existe mais. Pelo menos, não para a H.I.D.R.A. – me opus.

–Você que sabe. Vai ser um prazer mandar essa base pelos ares – ameaçou.

–Como assim? – perguntou Clint. Deadpool gargalhou e os olhou com desprezo.

–Estou dizendo, passarinho, que se a garota não vier comigo, eu explodo essa base com qualquer um que esteja dentro. Não importam as consequências – respondeu, com desprezo na voz. Me coloquei à frente dos dois e engoli em seco.

–Desative a bomba. Eu vou com você. – anunciei e ele deu um sorriso mínimo.

–Não, não vai. Não vou te perder de novo – opôs-se a Romanoff. Neguei e baixei a cabeça.

–Vocês não tem nada a ver com isso. Eu fui irresponsável e tenho que aguentar as consequências. Não importam quais sejam elas. – retruquei e senti o mercenário agarrar meu braço e encostar a arma em minha têmpora esquerda.

–Tire as mãos dela! – gritou em prantos a mulher.

–Clint, cuide dela. – pedi e o mercenário me puxou para fora contra minha vontade e eu pude ver o capitão caído ao chão com um corte na sobrancelha esquerda antes de ser empurrada por vários corredores, vários agentes apenas nos observaram atentos, as armas preparadas para atacar caso fosse necessário.

–Se afastem, ou eu explodo os miolos dessa ruiva – ameaçou Deadpool enquanto me arrastava por toda a base.

Saímos em segurança da base e ele começou a rir.

–Eles realmente acharam que eu tinha uma bomba – ele gargalhava insanamente enquanto me empurrava em direção ao carro. O aero-porta-aviões estava parado no meio de uma grande clareira envolta em floresta, a mesma tinha um aspecto macabro por causa da lua que brilhava fracamente no céu crepuscular.

–Você me enganou! – gritei e puxei meu braço, mas não sem antes acertar-lhe uma cotovelada no rosto e um chute nas partes baixas.

–Volte aqui! – ele tentou agarrar meu braço novamente, mas eu fui mais rápida e peguei uma de suas katanas, segurando-a próxima ao seu rosto.

–Fique longe de mim. – sibilei baixo. Ele tentou novamente vir para cima de mim, mas eu usei a espada para cortar profundamente seu braço e empurrá-lo de encontro a uma arvore.

–Vamos, menina! Tenho que te levar ainda hoje! – ele tentou agarrar a lâmina, que eu rapidamente finquei em seu peito e fiz com que ficasse presa na árvore atrás dele.

–Fique longe de mim! – gritei, já irritada e me afastei rapidamente, limpando o sangue que respingara em mim durante a luta, quando ouvi o som de um tiro e uma bala acertou meu ombro, fazendo-me gritar de dor e o sangue começou a escorrer por meu braço e a manchar minha roupa. Logo, havia perdido tanto sangue que meus sentidos começaram a falhar. Tentei correr para perto da S.H.I.E.L.D., mas parecia que quanto mais eu andava, mais longe a nave ficava. Por fim, desisti e me ajoelhei no chão, pressionando o ombro baleado e apenas torcendo para que alguém viesse me socorrer.

–Por favor, alguém me ajude! – gritei e esperei. Nada. Minutos, talvez horas depois, um rapaz saiu da base, correndo em minha direção e me pegou no colo.

–Meu Deus, você está ardendo em febre! - -ele era forte, alvo dos olhos escuros e cabelo castanho curto. Minha visão foi ficando cada vez mais embaçada e sua voz foi desaparecendo aos poucos enquanto eu ainda o sentia me levar para algum lugar, mas eu não fiquei acordada o suficiente para descobrir para onde ele estava me levando.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Muito drama? Muito suspense? Estou no meio desses dois :3
Espero que tenham gostado! Meus agradecimentos (de novo) à S. Laufeyson e quero agradecer as minhas queridas e amadas leitoras! Sem vocês, essa fic ainda estaria empacada no 3 capítulo, com certeza...
—Agent Killer



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