Mutante e condenada escrita por winter


Capítulo 5
Hora da briga


Notas iniciais do capítulo

Voltei, gente!! Desculpa a demora, mas eu estava sem tempo esses dias!
Tenho um capítulo fresquinho pra vocês!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/546610/chapter/5

–Vamos, vamos. – murmurei, irritada. As chaves da cela de Amélia estavam com Schmidt, então tive que improvisar um jeito de abrir-la e tirar a garota dali.

–Vai demorar muito, Killer? – perguntou. Ela já estava impaciente com minha demora, finalmente cansei de ser sutil e coloquei um mini explosivo dentro da fechadura.

–Se proteja. – avisei e me afastei antes de explodir. A porta abriu com um chute e eu a puxei pelo braço. – Vamos, seu pai vai chegar logo.

–Tomara – torceu. A levei por vários corredores e pontos cegos da base antes de ouvir um urro.

–Parece que o Hulk chegou. – corremos até o pátio e demos de cara com o tagarela.

–Pode parar aí, mini-agente! – empurrei Amélia para trás de mim e tirei a Glock do coldre.

–Saia da frente, Deadpool. – alertei. Pelo canto dos olhos, vi Stark chegar voando em direção ao mercenário. Dei dois passos para trás e Tony acertou Deadpool em cheio, jogando-o a vários metros de distância. Puxei Amélia pelo braço, evitando que ela corresse em direção ao pai.

–Pai! – ela gritou, tentando se soltar.

–Silêncio! – pedi e corri com ela até a cerca e a ajudei a pular, seguindo-a depois.

–Mas, e eles? – perguntou. Balancei a cabeça e segurei sua mão.

–Confie em mim. – dei um leve sorriso e a puxei para o meio da floresta, iniciando uma caminhada.

Depois de meia hora de caminhada, chegamos à uma clareira iluminada a luz da lua cheia, mas logo um trovão estragou o clima.

–Acho que vai chover. – observou a garota. Neguei e sorri ao avistar um carro ao longe. A Ferrari de Stark.

–Eu fico por aqui, Amélia. – entreguei-lhe um envelope e a abracei.

–Ate logo, Killer. – nos despedimos e eu subi em uma árvore enquanto a via correr até o carro e abraçar um rapaz. Não pude notar os detalhes por causa do escuro, apenas vi que ele usava um sobre-tudo preto. Eles conversaram um pouco e entraram no carro, partindo logo em seguida. Esperei alguns minutos antes de correr de volta para a base, mas não foi o que consegui.

Assim que desci da árvore, ouvi sons de passos e os propulsores do Stark.

–Merda. – praguejei e me pus a correr em meio a mata fechada. Meia hora de corrida depois, eu parei para observar o lugar antes de voltar a correr novamente.

Eu sempre tive uma resistência maior que os soldados de Schmidt e a força maior que a do mesmo. Ele dizia que era efeito do meu treinamento a partir de muito nova e que eu poderia desenvolver meus poderes ao máximo se quisesse.

–Parada! – Gavião Arqueiro saiu de trás de uma pedra maior que eu e mirou em minha cabeça. Joguei o corpo para trás, desviando de uma flecha e derrapando de joelhos no chão enlameado, por sorte, a velocidade foi suficiente para que eu passasse por baixo das pernas do agente e ainda retomar a corrida, embrenhando-me ainda mais da floresta.

Senti apenas meu corpo se chocando contra uma arvore e ouvi um urro enquanto levantava, cambaleante.

–Filho da mãe. – praguejei, com a visão levemente embaçada e os ouvidos zunindo. Gavião Arqueiro entrou em meu campo de visão e eu fiquei em estado de alerta, preparada para qualquer ataque. Logo, Stark também se juntou a ele, pousando a pouco mais de seis metros a minha frente. Minha visão voltou ao normal aos poucos e meus ouvidos pararam de zunir, mas eu ainda sentia a dor do impacto contra a arvore. A máscara do Homem de Ferro subiu e puder notar, outra vez, as semelhanças entre ele e Amélia.

–Legolas, ela lembra você, não? – perguntou Tony, em tom zombeteiro.

–Deixa de idiotice, Tony! – Aproveitei o momento de distração para sair despercebida, mas bati de cara com Steve Rogers e tropecei em uma pedra lisa, caindo sobre um tronco velho e batendo as costas, soltando um grito de dor.

–Não é idiotice! Ela lembra você! Você e a dona aranha. – ele continua tentando convencer o arqueiro enquanto Rogers me levanta do chão.

–Você está bem? – pergunta-me o capitão.

–Sim, mas você não.

–Como assim... – acerto meu cotovelo em seu rosto e desvencilho-me de seus braços, já iniciando outra corrida para longe dos três, mas sinto algo em minhas costas e perco os sentidos aos poucos, conseguindo apenas correr por mais alguns metros antes de afundar na escuridão.

<><><><><><><><><><><><><>

Minha cabeça doía e meus músculos estavam rígidos, como se eu estivesse naquela posição há dias. Sentei-me e vi que estava no chão. No chão de uma cela de vidro gigante.

O vidro deveria ter pelo menos trinta centímetros de espessura e era sustentado por barras do que eu imaginava ser titânio puro. Fora da cela circular, as paredes eram pintadas de cinza e havia um pequeno painel de controle a alguns metros da porta lateral que dava acesso a aquele lugar. Olhei por todos os lados. Quatros câmeras. Duas janelas com visão de um único lado e uma única porta na qual poderia passar o Hulk sem problemas.

–Você já deve saber o que faz aqui, não? – um rapaz com pouco mais de 20 anos entrou na sala, me dando um susto. Ele me era vagamente familiar. Alto, negro, olhos escuros, cabelos quase pretos curtos, ao estilo militar.

–Me diga quem é você para que eu posse descobrir onde estou. – desafiei, me levantando.

–Não abuse, Cristina. Sou Philip J. Fury, o atual diretor da S.H.I.E.L.D. – dei uma risada forçada e o encarei indiferente.

–Não é um pouco jovem para ser o diretor de uma das maiores redes de espionagem do mundo? – ironizei.

–Não é muito nova para ser uma das agentes mais misteriosas de Schmidt? – ele retrucou, inabalado. Cruzei os braços na frente do corpo e o encarei, sem fazer qualquer outro movimento.

–Diretor. – Romanoff entrou na sala, ignorando-me, e foi direto falar com o rapaz. A conversa foi sussurrada e eu não estava gostando das caras e bocas que a agente fazia.

–Chame o Stark. – disse o rapaz, impaciente. Dei um riso debochado enquanto a ruiva saia dali.

–Não consegue resolver nada sem seus bichinhos? – provoquei. Seus olhos sobre mim se tornaram cruéis. – Além do mais, seu pai até que era bom de briga, ele foi um dos mais difíceis em Chicago. – seu rosto era puro choque depois do que eu disse, o que formou um sorriso em meus lábios.

–Foi você. – ele balbuciou. Deixei uma gargalhada insana sair de meus lábios e me aproximei do vidro.

–Claro que fui. Um tiro no meio de uma festa. Uma luta. Um objetivo cumprido. – falei lentamente e, pelo canto dos olhos, vi Stark entrar acompanhado da Romanoff e do arqueiro – Virou festa? – zombei.

–Viu? Mesma personalidade. – informou Tony. Revirei os olhos e me afastei do vidro, andando pela cela.

–Alguém pode me dizer o que diabos estou fazendo aqui? – perguntei, impaciente.

–E o exame deu positivo.

–O quê?! – gritaram Barton e Romanoff juntos.

–Alguém me explica o que está acontecendo? – gritei.

–Fizemos um exame de DNA em você para descobrir quem são seus pais. – me explicou Philip.

–E o que deu? Eu não tenho pais. Sou resultado de um teste de laboratório. Schmidt me contou. – alertei.

–Parece que ele não te contou a verdade, mini Romanoff. Você é filha da aranha e do Legolas. – riu o Stark. Eu devia estar em choque, porque Philip se apressou me explicar.

–Cristina, você é filha da Natasha e do Clinton. – ri histericamente para esconder meu choque repentino.

–Acho que vocês estão com uns parafusos a menos. Eu sou resultado de um teste de laboratório. – voltei a repetir. Eles não podiam ter mentido para mim, podiam?

–Desculpe, Killer, mas isso é mentira. – Banner também entrou na sala, o tom de voz calmo.

–M-mas... minha filha foi morta! – gritou a Romanoff.

–Não, não foi. Meu pai tinha suspeitas de que ela podia ter sido capturada e treinada pela H.I.D.R.A. – afirmou Philip.

–Se Nick Fury já não estivesse morto, eu mesma faria questão de caçá-lo até o inferno! – gritou a ruiva com puro ódio.

–Eu não entendo o por quê da mini aranha ter ajudado a salvar a Amy de dentro de uma base inimiga, sabendo que poderia cair nas mãos da S.H.I.E.L.D. – questionou Tony.

–Eu fiquei com pena! – estourei – Eu fui treinada para matar assassinos, agentes, diretores de agências perigosas para a H.I.D.R.A.! Não adolescentes despreparados! Crianças! Ou mesmo pessoas desarmadas! Eu tenho honra! – soquei o vidro com força, fazendo-o rachar e assustando a todos – Se eu fosse sangue frio como os agentes da H.I.D.R.A., a garota já estaria mais do que morta a uma hora dessas! – outro soco no vidro e cacos começaram a cair dentro da cela.

–Hayley, pare! – gritou Clint e eu me senti uma criança assustada. Eu era uma criança assustada naquele momento.

–Quem é a menininha do papai? – brincava comigo um homem alto, loiro e de olhos azuis. Eu devia ser um bebê, já que não conseguia dizer nada.

–Clint, deixe ela dormir. – reclamou uma ruiva de olhos verdes.

–Tudo bem, Nath. Durma bem, Hayley. – ele me colocou na cama e saiu abraçado com a mulher.

–Pai?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?? AHHHH eu amei escrever esse capítulo! Acho que foi um dos melhores até agora!
Espero comentários, viu??
Kisses by Queen



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mutante e condenada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.