Mutante e condenada escrita por winter


Capítulo 4
Você?!


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que disse que ia postar só a meia noite, mas eu não consegui :D fiquei tão animada que postei imediatamente! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/546610/chapter/4

Assim que cheguei ao ponto de encontro, saquei o celular para ver o horário. Estava alguns minutos adiantada. Abri um pouco as janelas do carro (percebi há pouco que era uma BMW) e comecei a baixar algumas músicas que tocavam na rádio local.

Deve ter se passado alguns minutos quando uma mulher ruiva bateu na minha janela. Abri sem olhá-la e perguntei:

–O dia está lindo, não? – sem hesitar, ela me respondeu:

–Sim, mas eu sempre trago um guarda-chuva. – virei-me imediatamente para vê-la. Merda. Ela estava vestida com um uniforme oficial da S.H.I.E.L.D., um sobre-tudo preto e o cabelo ruivo parecido com o meu solto, lhe dando um ar autoritário.

–Você?! – arregalei os olhos e ela fez o mesmo, assim que puxei uma arma do cinto, ela levantou as mãos.

–Sua vaca, mas sim, sou eu. – em seguida ela olhou para baixo – Eu vou esganar o Stark. – praguejou, então percebi que ela devia ser a tal Romanoff.

–Agente Romanoff, suponho? – perguntei. Ela estreitou os olhos.

–Sim. Você deve ser a tal Cris. – assenti e abaixei a arma.

–Aqui – lhe entreguei a mochila – Se troque, ou vai tentar entrar vestida de agente da S.H.I.E.L.D.? – provoquei. Ela pegou a mochila e entrou em um café na esquina. Assim que voltou e entrou no carro, me olhou de alto a baixo.

–Agente Killer – liguei o carro, indiferente – Se aprontar comigo, pode se considerar morta.

–Digo o mesmo, agente Romanoff. Schmidt tem alguns amiguinhos que adorariam ter sua cabeça em uma bandeja. – alfinetei e sorri. Assim que entramos na estrada que levava para a casa do Stark, ela fez questão de tentar me abalar.

–E seus pais? Quem são? – soube que ela conseguia extrair informações de qualquer um, veríamos se era verdade.

–Como vão você e o agente Barton? – troquei de marcha e diminui a velocidade.

–O que tem nós? – ela desconversou. Esperta.

–Soube que se conheceram em uma missão. Você era da H.I.D.R.A., não?

–Sim, trabalhamos em conjunto. – ela estava com dificuldade me dobrar minhas perguntas. Diretas demais.

–Ah é? Interessante. Budapeste te lembra algo? – desacelerei mais um pouco. 40KM/h

–Uma linda cidade, pena que na linha de fogo.

–Como assim, linha de fogo? Pensei que apenas o diretor Fury tivesse acesso a essas informações.

–Ele não é o único espião. Você tem quantos anos?

–Tiveram algum filho? – perguntei, dobrando sua pergunta.

–Do que te interessa? – bufou, impaciente.

–Calma, só curiosidade. – me defendi.

–Estamos chegando?

–Mais um pouco. Soube que teve um caso com o Rogers. – olhei-lhe de soslaio e ela engoliu em seco.

–De onde tirou isso? – ela entrou em defensiva.

–As notícias correm. – inventei.

–Eu mato a Skye – ouvi-a praguejar.

–Então é verdade? – dei um sorriso travesso.

–Não. – ela foi curta e grossa.

–É. É verdade. – concluí. Notei que ela me olhava de forma mortal, provavelmente me matando com os olhos.

–Idade?

–Por que quer...

–Fale logo. Se diminuir mais a velocidade desse carro, eu juro que arranco sua cabeça – ameaçou. Voltei a aumentar a velocidade e parei de respondê-la.

Assim que chegamos, entreguei-lhe duas armas padrão da H.I.D.R.A. e lhe alertei:

–Esconda-se até a noite. Fique no meu quarto se quiser, mas não mexa em nada.

–Certo. – ela concorda. Pondero alguns minutos antes de perguntar.

–Quem tanto sabe sobre mim? – ela estreita os olhos e guarda as armas.

–Stark, Banner, eu e Rogers. Por que a preocupação?

–Porque quero passar despercebida por Fury e Hill. É bom que a mini Stark honre a palavra e apague meus registros.

–Pode deixar que eu cuido disso. – garantiu. Certo, isso estava estranho, melhor esconder dela a parte em que eu vou ter que matá-la quando destruirmos a S.H.I.E.L.D.

Assim que passamos pela segurança, levei-a direto para o meu quarto em silêncio para não levantarmos suspeitas. O caminho foi tranquilo, até nos depararmos com Deadpool.

–Aí, projeto de agente. – me chamou. Era hoje que eu matava esse idiota.

–Calado, mini-mercenário. – ele parou a nossa frente e puxou a Katana das costas.

–O que disse? – ele balançou a arma perto do meu pescoço. Ah, Deadpool, hoje você morre.

–Eu disse: “Calado, projeto de mercenário” – repeti devagar e abaixei a tempo de desviar da espada, que passou a centímetros do meu cabelo. Chutei seu braço e lhe passei uma rasteira, fazendo com que batesse a cabeça na parede.

–Os dois! – ouvi um grito e Victor chegou irritado.

–O que foi, lata-velha? – perguntei, rolando os olhos.

–Sem brigas aqui dentro. Quando tomarmos a S.H.I.E.L.D., aí vocês podem se matar, mas agora não. – ele arrastou o mercenário dali, deixando eu e Romanoff sozinhas novamente.

–Tomarem a S.H.I.E.L.D.? Como assim? – perguntou a agente. Começou o interrogatório. Me encostei na parede e comecei a limpar as unhas.

–Em algumas semanas, iremos invadir e derrubar a S.H.I.E.L.D. e a Stark Inc. – respondi, como se estivesse falando de um vestido novo. Abri a porta do quarto e me sentei na cama, pegando o notebook de cima do criado-mudo.

–E você apoia isso? Vai salvar uma Stark para depois destruir tudo o que ela tem? – gritou, indignada. Fechei a porta com telecinese e tranquei-a – Como...?

–Mutante. Olha, eu não dou as ordens, eu as obedeço. E, até onde sei, você também, agente Romanoff. Criada na Rússia e treinada pela KGB a partir dos 11 anos, teve o organismo alterado e, assim, é mais velha do que aparenta, tendo nascido em 1929 uma agente da H.I.D.R.A. até 1995 e, então, foi recrutada pela S.H.I.E.L.D., mas aceitou por pura insistência do Gavião Arqueiro, codinome do agente Clint Barton, com o qual se casou há exatos 20 anos, depois da batalha de Nova Iorque. Ajudou o Dr. Banner a refazer o soro que lhe mantém jovem e, assim, conseguiu manter a aparência do marido, Clinton. Perdida depois da morte da filha alguns anos depois, entrou em depressão e saiu com uma licença da organização. – narrei seu histórico sem tirar os olhos da tela do computador, com o qual monitorava o corredor do quarto e parte da base – Voltou alguns anos depois, se jogando no trabalho para esquecer que não pode salvar a criança durante as férias em Alexandrov, na Rússia. Quer que eu continue? – levantei os olhos e encarei-a. Sua expressão era dura, mas seus olhos estavam conflitantes, pude ver as emoções que estavam ali: medo, dor, angústia e confusão.

–Como sabe tudo isso? – ela se encostou na porta, e pude notar que estava tremendo.

–Eu fui criada pela H.I.D.R.A. Acha mesmo que não posso invadir o sistema de dados da S.H.I.E.L.D. e o da H.I.D.R.A. para conseguir o que quero? Tenho um histórico completo de qualquer agente das duas organizações. Deveriam manter os olhos abertos, Natasha.

–Isso explica a falta de dados sobre você nos computadores. – resmungou. Passei o resto da tarde junto com ela no quarto, atualizando dados no computador e baixando músicas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Muito curto? Faltou ação? HUAHUA o próximo vai ser especial! Comentem, favoritem e recomendem, please!
Kisses by Queen



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mutante e condenada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.