Mutante e condenada escrita por winter


Capítulo 3
Nascida para lutar


Notas iniciais do capítulo

I'm back, baby!
Sim, eu voltei e esse cap, como eu queria postar logo, mas eu também queria ver quem leria e gostaria. Resultado? 8 acompanhamentos, sendo 6 novos e dois que já vinha do Prólogo!
Estou amando isso!
Notícia importante nas notas finais!
Boa leitura!



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Durante uma semana, a garota foi mantida em sigilo absoluto. Apenas eu, Madame Hidra e Schmidt tínhamos acesso a ela no subsolo.

–Tudo pronto? – perguntou Schmidt. Íamos enviar um pedido de resgate pedindo o controle da S.H.I.E.L.D. e a Stark Inc. Tive a leve impressão de que conhecia a tal Natasha Romanoff da qual a menina falava, ameaçando Madame Hidra e dizendo que a agente Romanoff adoraria cortar sua cabeça. A prisão era ao estilo medieval: celas com grades, algemas nas paredes de pedra sujas de musgo, iluminada por lâmpadas incandescentes e goteiras por todos os lados. As roupas de Amélia estavam puídas e ela estava ligeiramente mais magra, os cabelos ruivos sem vida e os olhos castanhos inchados.

–Entenda, menina, na H.I.D.R.A., quando se corta uma cabeça, duas nascem em seu lugar. Eu tenho uma herdeira. Agente Killer. – ela apenas se aproximou da grade, levantando o rosto. Me aproximei de ambas e encarei a garota pelas grades da cela militar onde fora presa, no subterrâneo daquela base antiga. Dei um sorriso vitorioso, mas senti pena da garota. Eu fui treinada para matar agentes perigosos, não uma adolescente com medo. Aquilo estava errado.

–Eu vou rir quando a Nath acabar com você e o Steve me tirar daqui! – gritou a menina. Tola.

–Sim, senhor. A mensagem foi enviada. – um dos soldados avisou Schimidt e ambos se retiraram. Assim que Madame Hidra fez o mesmo, Amélia se encolheu perto da parede.

–Vai jogar na minha cara que eu vou morrer? Se for, nem precisa. – ela soluça.

–Amelia. – chamei. Eu estava com pena? Desde quando eu tenho isso? Eu poderia tirar alguma vantagem daquela garota. Ser uma agente dupla não poderia ser tão ruim assim.

–Sim? – ela estava com muito medo, pude notar em sua postura, sua fala arrastada e seu olhar clamando por ajuda.

–Você confiaria em mim? – perguntei, séria. Sabia que ali não havia câmeras, um ponto cego em toda a base, e eu poderia ajudá-la assim que os Avengers invadissem a base.

–Por que confiaria?

–Porque quero te ajudar. – respondi, com cautela. Entreguei-lhe meu celular por entre as grades – Ligue para o seu pai. Base militar do condado de Malibu. Depois disso, vai ter que confiar em mim. – alertei. Sabia que teria sérios problemas depois, mas não poderia os deixar fazer o que queriam com ela. Seria homicídio.

–Como sei que vai cumprir o que diz? – sua voz estava trêmula enquanto segurava o telefone.

–Sou uma mulher de palavra.

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Enviei um e-mail para Banner, sabendo que seria mais difícil me identificarem desse jeito. Alterei o meu IP, usando o da Flórida, e enviei em anexo um esquema de como infiltrar um de seus agentes, sugerindo a tal agente Romanoff, e em que horário poderia ajudá-la a entrar. Passamos horas arquitetando o plano sem perder o fio da meada. Banner parecia ser bem rigoroso e calculista quando se era necessário. Neguei várias de suas tentativas de chamada de vídeo e informei que isso me comprometeria de forma avassaladora. Assim que nos despedimos, ele fez uma última pergunta

“Qual o seu nome?”

Ponderei alguns segundos, imaginando se ele acreditaria em algum dos nomes que já usei. Não. Se queria ajudar, teria que ser honesta pelo menos uma vez, mas não podia me arriscar muito. Uma ideia me veio à mente.

“Meu nome? Pode me chamar de Cris.”

Enviei junto com um esquema de troca de turnos dos soldados e desliguei o notebook.

Meu quarto era sempre o mesmo em todas as bases: cinza com apenas uma cama, um criado mudo e uma cômoda para guardar minhas coisas. Os únicos luxos que eu sempre tive foram o banheiro particular e acesso livre a todas as câmeras de segurança. Sempre carreguei meu notebook para cima e para baixo em qualquer missão. Com ele, podia implantar vírus nos sistemas de comunicação das agencias e fazer o que era necessário em meio ao caos. E eu, obviamente, amava o caos.

Tomei um banho rápido, apenas para limpar a mente e me vesti sem pressa. Uma regata cinza, um All Star e uma saia jeans justa.

–Agente Killer, compareça a sala de reuniões imediatamente. – a voz de Schmidt ecoou nos alto falantes de toda a base, me fazendo dar um pulo. Corri em direção a sala de reuniões, observando que os soldados me olhavam passar sem disfarçar. Dobrei vários corredores até encontrar o lugar certo. Assim que entrei, quatro pares de olhos viraram em minha direção, e eu conhecia cada um dos quatro convidados. Mandarim, Deadpool, Ultron e Victor von Doom.

–O que eles estão fazendo aqui? – perguntei de sobressalto.

–Oi para você também, lindinha. – provocou Deadpool. Ignorei-o e fixei meu olhar em Madame Hidra.

–Vou perguntar de novo, e quem vier com gracinha vai tomar um tiro. – puxei uma pistola do bolso de trás do short, encarando-os seriamente – O que eles estão fazendo aqui?

–Se acalme, querida. – Madame Hidra me puxou ao seu lado, enquanto os cinco continuavam sentados em torno da mesa, me observando atentamente.

–Só quero saber o que estão fazendo aqui os três maiores vilões da Terra e o Deadpool. – concluí, num tom de brincadeira ao citar o último nome.

–Ei! Eu também sou perigoso! – reclamou o mercenário. Dei uma leve gargalhada e guardei a pistola.

–Eles estão aqui para ajudar Schmidt a derrubar a S.H.I.E.L.D. – dei um longo suspiro. Aquilo ia atrapalhar muito meu plano de tirar Amélia dali sem levantar suspeitas.

–Quanto tempo vão ficar?

–Não mais que o necessário, senhorita – respondeu-me Victor. Assenti e sorri levemente, me recostando na parede.

–E o que eu estou fazendo aqui? – perguntei. Olhei séria para Schmidt e ele sustentou o olhar. Aquilo não era bom.

–Você está encarregada de derrubar as defesas da S.H.I.E.L.D. por dentro. Destruindo seu sistema de segurança junto com o de Tony Stark. JARVIS e a S.H.I.E.L.D. devem cair e, assim que caírem, entraremos em ação. Separados eles são fracos. Quero que garanta que nenhum de nós enfrente mais de um sozinho. – me instruiu. Isso daria trabalho, mas eu daria um jeito.

–Quem vai enfrentar quem? – perguntou Deadpool.

–Você vai enfrentar o Gavião Arqueiro; Dr. Doom o Stark; Ultron contra o Hulk; Mandarim e o deus; Eu e o Capitão; Killer e Viúva Negra. – ele disse meu nome como se anunciasse um troféu. Eu daria a ele aquele troféu.

–Vai ser um prazer bater nela. – sorri.

–Qual a graça de eu lutar com o Legolas? – reclamou o mercenário.

–Cala a boca, Deadpool! – mandei. Ele levantou a Katana em minha direção e eu preparei a pistola mirando em sua cabeça. Se ele me machucasse, teria muito trabalho para regenerar a cabeça com um furo no centro.

–Deixem de briga, os dois – apaziguou Schmidt. Ambos abaixamos as armas e nos encaramos seriamente.

–Se não fosse protegida por ele – ele aponta Schmidt – Você já estava morta. – ameaçou. Desatei a rir sem parar, uma gargalhada insana e alta. Fingi limpar uma lágrima e o fitei novamente, o rosto zombeteiro.

–O mercenário tagarela acha que pode comigo. Vocês ouviram? – passei o olhar pelos outros, que acompanhavam minha insanidade. Aproximei-me dele e sibilei baixo.

–Você não teria chance contra mim, mesmo que eu estivesse amarrada.

–Quer apostar? – retrucou. Se Madame Hidra não tivesse me puxado de perto daquele maníaco, eu teria lhe acertado um tiro entre os olhos.

–Cristina, pode se retirar. – informou Schmidt. Eu sabia que ele queria evitar uma briga entre mim e o mercenário tagarela, então saí de bom grado, mesmo querendo muito fincar uma faca na parte de trás daquela máscara vermelha.

–Agente Killer, podemos conversar? – chamou-me um nos novos soldados. Andamos recrutando soldados por toda a Malibu e esse rapaz passou nos testes com tanta facilidade que me surpreendeu.

–Sim, soldado? – mantive a postura firme. Ele era dez centímetros mais alto que eu, e olha que eu media 1,74, moreno, olhos castanhos e pele bronzeada. O uniforme delineava os músculos dos braços com perfeição e sempre tinha um sorriso maroto nos lábios.

–Fui a pouco informado que há um agente duplo infiltrado na base. Devo tomar as medidas de segurança?

–Você sabe quem é esse tal agente? – instintivamente puxei a pistola do bolso, mas a mantive atrás do corpo.

–Sim, agente. – ele segurou meu braço e mirou sua arma em minha têmpora esquerda – Sou eu mesmo. – respirei fundo e me abaixei antes que ele pudesse apertar o gatilho. Sorri e bati em sua cabeça com a coronha da arma.

–Filho da mãe. – praguejei. Ele se levantou e, com uma velocidade assustadora, enfiou uma seringa em meu pescoço.

–Calada. – sibilou. Senti minhas pernas fraquejarem e meu corpo ir de encontro ao chão, mas foi parado antes.

–Desgraçado – murmurei, irritada. Depois disso, ouvi apenas o som de botas no corredor desaparecendo enquanto eu perdia a consciência lentamente.

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Minha cabeça doía como se tivesse sido jogada contra uma parede como uma bola de futebol. Minha visão estava embaçada, mas eu sabia onde estava pelo cheiro de analgésicos e soro fisiológico. Enfermaria.

Me levantei da maca com a visão menos enevoada e olhei para o relógio. Onze da manha. Que ótimo! Passei a tarde e a noite de ontem inteiros drogada! Dei um longo bocejo e abri a porta para o corredor. Vazio. Que seja, ninguém vai ligar de ver a melhor agente da organização saindo da enfermaria de shorts e regata. Saí e peguei o caminho para o meu quarto.

–Como se sente, querida? – fui parada por Madame Hidra a caminho do meu quarto, meneei a cabeça e sorri.

–Com certeza já estive melhor.

–O agente fugiu, mas prometo que, assim que o capturarmos, vamos deixar você retirar as informações, certo? – concordei em silêncio e lhe dei um abraço.

–Se não se importa, Madame, vou me trocar. – dei um sorriso ligeiro e entrei no quarto.

Schmidt era fácil de enganar, mas Madame Hidra não.

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A semana passou voando.

Visitei Amélia apenas duas vezes para não levantar suspeitas, sempre relembrando o plano e o que ela deveria fazer depois de tudo aquilo.

Fizemos uma leve troca: eu a ajudaria a escapar e ela e Tony deletariam meus arquivos do banco de dados da S.H.I.E.L.D.

Hoje teria que ajudar a agente Romanoff a se infiltrar aqui na base para libertarmos a Stark. Vesti o uniforme e coloquei um segundo dentro de uma bolsa antes de pegar as chaves do carro.

–É bom que o Banner não tenha aprontado nada pra mim. – murmurei baixo. Saí da base pela porta da frente, deixando claro que não ia aprontar, ou quase. Assim que entrei no carro que roubei na casa de Tony, sua voz surgiu baixa nos alto falantes.

–É bom que não tente nos enganar, Cris. – ele alongou meu nome, dando um certo terror á frase.

–Não vou, Anthony. – respondi e parti em direção ao nosso ponto de encontro.


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Notas finais do capítulo

Amorecos! Tenho uma notícia especial! O próximo cap está quase pronto, mas como eu sou irritante (digam-se de passagem) decidi que sempre vou agendar para ele ser postado exatamente a meia noite.
Por que? Simples, eu sempre fico ansiosa pelos reviews, pelo menos assim sempre que postar, vou acordar cedo só pra ver quem comentou *-*

Comentem o que acharam do capítulo, se gostaram, se odiaram ou suas sugestões.
Kisses by Queen



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