Mutante e condenada escrita por winter


Capítulo 20
Aqui e agora


Notas iniciais do capítulo

Voltei amores! Foi mal, a escola tomou todo o meu tempo, além da minha outra história, que estou postando no Wattpad. Bom, espero que gostem.



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–Collin! - corri em direção à cela e, sem me importar com mais nada, a abri mentalmente. Pulei em seus braços e o apertei, inalando o aroma doce que sua pele exalava.

–Não acredito que está aqui. Como entrou? Philip disse que não viria. Que não se importava. - me afastei lentamente de seu peito e o fitei. Estava sem camisa, mostrando o abdômen definido pelo treino intenso, calças de moletom, a barba por fazer ainda estava rala, o cabelo estava mais comprido do que antes e os olhos tinham uma aparência dolorida, até certo ponto, torturada.

–Eu queria vingança. Eles mataram minha mãe, Collin. - respirei fundo e fitei o vazio.

–Ela não está morta. - suas palavras me acertaram como um soco no estômago.

–Collin, eu vi ela morrer nos meus braços, o sangue manchou a minha roupa.

–E ontem mesmo ela veio me interrogar. Ela está viva. - ele segurou meus ombros e fitou meus olhos. Eu não entendia uma coisa. Havia a presença de um chip nele. Não qualquer chip, um chip de controle mental, um tipo que eu ajudei a inventar. Que eu teria dificuldade em desativar se quisesse meu Collin de volta.

–O que você disse a ela? - meus poderes melhoraram as câmeras de segurança em 200%. Assim, Fury estaria a par de tudo. Eu não omitiria nada, não sobre aquilo - Collin, que chip é esse e de onde estão te controlando? - perguntei em alto e bom tom. Se olhos, antes de aparência cansada, derrotada, perderam qualquer expressão. Ele era uma máquina agora. Em um momento, ele estava fitando-me e, em outro, meu corpo estava prensado contra o vidro. Suas mãos faziam pressão na minha traquéia e o ar começava a me faltar.

–Continua observadora, Cristina. Mas não o suficiente. Seu amigo foi uma ótima cobaia para o nosso experimento Mente Lúcida. Lembra-se? Você mesma projetou o chip para isso. - sua voz era dura, robótica. Schmidt o controlava de algum lugar, mas meu foco era tentar desativar o chip. Ele fora feito para enviar um sinal de emergência para o agente mais próximo, provavelmente Schmidt está próximo da base e o Soldado Invernal estava próximo.

–Collin... você está agindo... - minha voz estava cada vez mais baixa, pontos pretos nadavam em minha visão e eu sentia meus músculos amolecerem - Como seu pai... por favor... - minha audição já estava falha e meus olhos fechavam aos poucos. Poderia perder a consciência em segundos se ele não parasse. Eu não vi o momento em que os agentes entraram na cela, apenas os notei quando meu corpo foi de encontro ao chão semi-consciente e meus pulmões se encheram de ar. Senti uma picada na nuca e mais nada se fez ouvir.

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Uma semana havia passado depois do ataque de Collin. Eu andava pela S.H.I.E.L.D. o quanto quisesse, mesmo não sendo uma agente, Philip me deu acesso total a qualquer ala da agência. Já havia andado por todo o prédio e mais. Eu sabia como desativar o chip que controlava meu amigo e o faria, de algum jeito.

Eu não podia visitá-lo. Fury não falava o por quê, mas eu não desobedecia, não estava afim de quase ser morta novamente.

–Hayley, precisamos conversar - meu pai entrou no quarto sem nem mesmo bater. Ele murmurou algo para alguém do lado de fora e entrou, fechando a porta.

–Pode falar, pai. - ainda era estranho chamá-lo assim, mas estava me acostumando. Logo, nem perceberia.

–Pode desativar as câmeras? É algo urgente. - seu tom era nervoso, mas eu o obedeci. Estávamos em um ponto cego. Meu quarto era idêntico ao antigo, só que um pouco menor. Eu não ficava muito tempo na agência. Me sentia estranha, deslocada. Sempre saía para ir para casa, ao lado da Torre Stark. Meu apartamento estava intocado e se manteria daquele jeito.

–O que foi, pai? - a porta se abriu lentamente e uma figura de cabelos ruivos adentrou no lugar. Ela estava ali. Estava viva.

–Oi, filha. - sua voz era baixa, trêmula. Levantei sem nem mesmo esperar ela terminar a frase e a abracei, fechando os olhos e permitindo que poucas lágrimas escorressem pela minha face. Seu cabelo estava mais longo e liso, ela tremia assim como eu e parecia que queria adiar esse momento, mas não me soltou do abraço.

–Mãe. Mas, você estava morta. Eu vi. - fitei seus olhos e vi mais lágrimas se formarem e caírem lentamente, seus olhos ficavam vermelhos pelo choro, assim como os meus deviam estar.

–Tetrodotodoxina B. Eu não morri, querida. - ela me apertou contra seu corpo, como se eu não fosse real. Senti-a soluçar fortemente e logo meu pai se juntou a nós, completando nossa família.

–Eu amo vocês. - nos separamos e minha mãe passou a me contar tudo o que aconteceu desde que acordou no necrotério do aeroporta aviões. Eu queria estar em outro lugar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?