Mutante e condenada escrita por winter


Capítulo 13
Psicológico abalado


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Desculpem a demora, estava dando um trabalhão escrever como está a mente da Hayley nesse cap, mas acho que valeu a pena!
Enfim, terminei agora (literalmente) e já vim postar para vocês! Espero que gostem!
Boa leitura!



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Skye era divertida e completamente desprovida de timidez. Seu riso contagiava quem estivesse por perto.

Pela viagem de carro até a base, eu me esqueci do desastre sobre a S.H.I.E.L.D., esqueci que não tinha mais mãe, me esqueci, principalmente, de que planejava uma vingança. Deixei-me levar pela positividade da garota, apesar de seu passado assombroso.

Skye fora usada como experimento mutante na base da H.I.D.R.A. em Berlim. Teve vários DNA's mutantes injetados em seu corpo enquanto era apenas um embrião. Mais tarde, com quatro anos, seus poderes começaram a se desenvolver e ela matou a própria mãe, tocando-a e transformando-a em cinzas instantâneamente. O pai, um cientista renomado que trabalhava para a H.I.D.R.A., levou a garota para a base em Berlim e iniciou uma série de experiências. Skye treinava para aprender a controlar e aumentar seus poderes como eu, mas, ao contrário de mim, ela não aceitava ser treinada e isso gerou consequências. Toda vez que ela se recusava a fazer algo, era brutalmente espancada pelo pai e trancafiada em algum tipo de cela.

Quando completou doze anos, arquitetou um plano e conseguiu fugir da base, tornando-se uma fugitiva da organização.

Passou meses nas ruas, aprendendo a controlar seus poderes quando o Dr. Banner a encontrou junto com Isabella e a adotou, tirando-a das ruas e a trazendo para New York, para a S.H.I.E.L.D.

–Minha história é trágica, claro. - ela falava de sua vida como se lesse um jornal - Mas, se nada disso tivesse acontecido, eu não teria essa família. -ela gesticulou, meio que alternando entre nós no carro e algo além da janela, que eu imaginava respresentar os outros vingadores.

–Você sempre será parte da família, Skye. - afirmou Will, lançando um sorriso doce à morena. Ela sorriu de volta e deitou a cabeça em seu ombro. Observei tudo pelo retrovisor pouco antes de chegarmos à base. Fomos recebidos por uma equipe de agentes e, adivinha quem mais? Philip.

–Hayley Romanoff Barton, você não pode sair sem a permissão do seu pai, a de outro vingador ou a minha! - revirei os olhos. Desci do carro seguida pelos outros quatro.

–Você não manda em mim, Philip. - retruquei. Ele agarrou meu braço e apertou.

–Eu sou o diretor dessa organização. Mando em qualuer um que trabalhe para ela, inclusive você. - meu sangue começou a ferver e eu puxei o braço de volta.

–Eu não preciso da S.H.I.E.L.D. e nem de você. Fique longe de mim! - gritei e passei correndo por ele, indo direto para o meu quarto. Senti uma mão em meu ombro e, sem pensar, dei um flip em quem me segurou, jogando-o de costas no chão.

–Você é forte para seu tamanho, não? - reclamou Andy. O ajudei a se levantar e ele limpou a roupa.

–Desculpa, eu não sabia que era você. - dei de ombros e continuei a caminhada. Desta vez, quem me parou era o diretor.

–Hayley! - parei e fitei-o da forma mais intimidadora que que consegui.

–O que quer, diretor Fury? - o deboche estava tão explícito que me assustou ele não ter nenhuma reação.

–Você vai sair em missão hoje à noite. - ele disse isso de forma tão abrupta que fiquei sem reação.

–O-o que? Como assim? - gaguejei. Eu ainda não podia sair em missão, precisava ficar em repouso por ordem médica.

–Você e seu pai vão para a Rússia investigar uma série de assassinatos de empresários pelas mãos da H.I.D.R.A. - respondeu, sem mudar a expressão. Cruzei os braços e mudei a perna de apoio.

–E quem vai me obrigar? Você? - zombei. Ele sabia que eu não iria se não quisesse. E ninguém me obrigaria.

–Eu deixo você escolher mais um companheiro de equipe. - mantive os braços cruzados. Ele não me ganharia assim, até que ele prosseguiu - E, quando voltar, você será completamente livre da S.H.I.E.L.D.

–Completamente? Sem dívidas? Sem obrigações? - questionei. Franzi o cenho e esperei uma outra oferta, mas não houve nada mais. Se eu fosse, voltaria a ser livre.

–Eu garanto. Sem truques, sem estratégias. - ele deu dois passos para trás - O vôo sai hoje à noite. - passei por ele e abri a porta do quarto sem dar uma resposta e entrei, completamente desnorteada.

–O que eu faço agora? - murmurei e sentei na cama.

Era uma proposta irrecusável. Tudo o que eu teria de fazer era concluir uma missão na Rússia, mas eu não sabia se era capaz. Não depois da perda que ainda permanece fresca em minha mente, como se tivesse acontecido apenas algumas horas atrás. A memória de minha mãe morta em meus braços me perturbava em meus pesadelos todas as noites. Sem exceção.

Eu acordava gritando e chorando, o rosto molhado de suor e lágrimas me obrigava a tomar um banho toda a madrugada e depois, por falta de sono ou medo dos pesadelos, não conseguia voltar a dormir, ou não queria. Para mim, não fazia diferença.

Às vezes, Collin ou Will me encontravam zanzando pelos corredores apenas de pijamas e me levavam de volta para o quarto, talvez pensando que eu estivesse perdida. O que não era verdade, eu estava com medo. Com medo do que aconteceria se eu voltasse a fechar os olhos. Veria minha mãe morta? Meus amigos? Meu pai? Eu não queria descobrir.

Por fim, deitava na cama e fitava o teto antes de cair em prantos novamente. Era para ser eu. O tiro era para mim.

Fitei a parede do outro lado do quarto e respirei fundo. Qual seria a pior coisa que poderia acontecer? Simples. Eu morrer.

Levantei da cama e fui para o banheiro tomar um longo banho gelado para refrescar a mente. Meus pensamentos estavam a mil misturando lembranças sobre a morte da minha mãe com os pesadelos recentes. Antes mesmo de perceber, eu estava chorando, encolhida no chão e abraçando os joelhos.

–O que eu me tornei? - balbuciei. Levantei-me e desliguei o chuveiro. Me sequei e vesti um uniforme. Eu não me importava com o que aconteceria comigo, eu precisava sair daqui. Com esse pensamebto em mente, corri até a sala do Fury e entrei sem bater. Ele apenas levantou os olhos dos papéis que lia e me fitou por alguns segundos. Senti a água do meu cabelo molhado escorrer pelo uniforme lentamente, me causando um arrepio. O diretor soltou os papéis e gesticulou para que eu me sentasse à sua frente.

–Pensou na minha proposta? - questionou. Assenti e respirei fundo.

–Eu vou, mas não com o meu pai. - essa última parte eu já estava pensando a algum tempo. Ele precisava descansar um pouco. Ia acabar se machucando.

–E quem sugere? - ele entrou de supetão na sala, assustando a mim e rindo ddo meu susto.

–Qualquer um que não seja você. - respondi, curta e grossa. Ele pareceu pensar por alguns instantes antes de responder.

–Você vai com o Collin. Vi que se aproximou bastante dele nas últimas semanas.- depois disso ouvi um murmurado "Bastante até de mais" por parte dele, que pareceu repensar sua ideia, mas não o fez.

–Alguém mais? - perguntei, esperando que ele incluísse Andy ou Will também, mas não foi o que aconteceu.

–Não. Ele já pode cuidar de você sozinha, espero. - respondeu e saiu sem mais nenhuma palavra.

–Você irá mesmo, Agente Romanoff? - perguntou Philip, assenti e me levantei.

–Não me chame de Romanoff. Eu sou a Killer. - respondi e saí da sala. Precisava pegar algumas coisas antes da missão. Coisas que não deixaria para trás nem que minha vida dependesse disso.


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Notas finais do capítulo

A Hayley vai ter uns probleminhas emocionais nos próximos capítulos! Assim como psicológicos :3
Eu não sou má! Só precisava dar uma guinada na história hehe.
O que acharam?
Reviews? Recomendações? Favoritos? Sinais de fumaça? Alguém dê sinal de vida!
—Killer



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