Mutante e condenada escrita por winter


Capítulo 11
Ataque ou defesa?


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem pela demora!
Eu escrevi e reescrevi esse capítulo mais vezes do que eu consigo contar!
Fernanda Dixon, sua linda! Muito obrigada pela recomendação perfeita!! Juro! Estou apaixonada por ela! Quantos elogios! Não dei um grito quando li, pois estava na aula :3
De verdade, querida, muito obrigada!
Boa leitura!



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Saí correndo e parei no corredor, me encostando na parede.

–É para o bem deles. – murmurei e senti lágrimas correrem pelo meu rosto. Enxuguei-as rapidamente e me repreendi – Por que estou chorando? Eu sou Cristina Schmidt Hidra. Não, eu sou Hayley Barton Romanoff e estou chorando pela minha família. – concluí e comecei a andar sem rumo pela base, apenas checando tudo o que acontecia. Agentes em vigilância, as armaduras do Stark do lado de fora da base, voando e supervisionando tudo, Bruce estava na sala de segurança, observando cada câmera da base. Tudo estava tranqüilo, até eu encontrar Andy e Collin em um dos corredores.

–Hayley! – Carter me abraçou e vi Collin fazer uma careta, observando aquilo – Você enlouqueceu?

–Eu vou lutar para proteger cada um de vocês. – respondi, fria. Sua expressão de medo se tornou pura mágoa.

–Você não vai lutar. – ele segurou meus ombros e os dez centímetros que ele é maior que eu ficaram evidentes.

–Vou, e você não vai me impedir.

–Eu não vou te perder. Você não vai fugir de mim. – ele aproximou seu rosto do meu. Eu sabia o que ele queria, mas agora não era a hora. Eu tinha que fugir.

–Me desculpe. – sussurrei e bati com minha cabeça na sua, então, assim que ele soltou meus braços, eu lhe passei uma rasteira e ele caiu de costas. Lhe soquei o rosto e ele foi à nocaute.

–Hayley... – Collin me chamou. Entrei em posição de ataque, mas ele levantou as mãos em sinal de rendição.

–Cuide dele. Fiquem seguros e me prometa que não vai deixar ele ir atrás de mim. E nem você. – ele se aproximou de mim e assentiu.

–Eu prometo. Posso me despedir direito? – ele brincou. Sorri e o abracei.

–Obrigada. – me afastei e disparei pelo corredor, mas não consegui correr vinte metros e a nave começou a chacoalhar, me jogando contra a parede.

–Hayley! – Collin ia me socorrer, mas eu neguei.

–Cuide do Andy, por favor. – pedi. Ele assentiu e pegou o loiro no colo, saindo dali o quanto antes. A nave se estabilizou e eu pude voltar a correr. Disparei em direção ao deck, onde uma das armaduras do Homem de Ferro explodiu.

–Cristina! – uma voz melodiosa e afiada cantarolou meu nome. Acionei a corrente elétrica nos braceletes e peguei a Glock do coldre. A nave deu outro chacoalhão e eu fui impulsionada para frente, saindo de meu esconderijo ainda dentro do porta-aviões para o hangar a céu aberto. Vários agentes também saíram quando vários soldados da H.I.D.R.A. embarcaram e começaram a atirar nas hélices, balançando ainda mais a nave.

–Não deixem que eles destruam as hélices! Detenha-os a todo custo! – ordenei. Corri por toda a extensão do lugar matando ou desacordando soldados inimigos e tentando destruir algumas naves que despachavam mais soldados sobre nós.

–Cristina! – aquela voz novamente, mas ela estava mais nítida. Uma bomba foi jogada aos meus pés e eu só tive tempo de me jogar atrás de algumas caixas empilhadas. A explosão levantou uma nuvem de fumaça e logo uma silhueta feminina passou por ela. Cabelos escuros, vestido verde, o som de saltos no metal, um laço fino na cintura e uma armas na mão esquerda.

–Madame Hidra. – rosnei. Saí de trás das caixas e fiquei frente a frente com a vilã.

–Oh, querida. Você era um projeto tão perfeito. – ela se aproximou lentamente, me fazendo recuar, mas ela não parava.

–O que você quer? – senti o metal frio em minhas costas. Estava cercada. Mais e mais soldados começaram a nos cercar. Madame Hidra riu alto.

–Eu quero o que é meu. Quero você, minha melhor assassina lutando ao meu lado contra a S.H.I.E.L.D. – um sorriso diabólico tomou conta de seu rosto, fazendo-me estremecer.

–Nunca. – sibilei. Fui para cima dos soldados à minha esquerda, desferindo chutes, socos e choques elétricos em cada um que tentava me parar. Quando saí do meio dos soldados e comecei a correr, senti algo fino preso à minha perna e me puxando, me derrubando no chão. Amorteci a queda me apoiando nos braços, mas, logo dois soldados me levantaram com brutalidade e me colocaram frente a frente com a morena novamente.

–Não torne as coisas mais difíceis, querida. Volte para casa. – ela passou as mãos em meu rosto, aproveitando que eu estava imobilizada. Esquivei o rosto e fitei seus olhos de cobra.

–Pode esquecer. – puxei os braços com força e soltei o braço esquerdo, usando-o para nocautear o soldado que segurava o direito antes do outro tentar me segurar novamente. Chutei-lhe o rosto e me preparei para um novo combate.

–Se vai ser assim... – Madame Hidra tentou chutar meu estômago, mas eu consegui evitar o ataque com facilidade, no entanto, acabei deixando de cobrir meu rosto, onde ela desferiu um soco que me fez cambalear para trás. Avancei contra ela novamente e soquei seu rosto, ela defendeu-se, mas deixou o estomago descoberto, onde chutei com força e a fiz cambalear, mas ela segurou meu braço e me puxou em sua direção, batendo sua cabeça contra a minha e me desnorteando. Sentindo-se vitoriosa, a morena me levantou pelo pescoço, apertando cada vez mais enquanto eu me debatia.

–Me... solta... – minha voz saiu entre-cortada e ela riu.

–Não, você vai ser minha agente perfeita. – coloquei minhas mãos em seus braços e sorri.

–Nunca. – acionei a corrente elétrica dos braceletes e, tanto ela quanto eu, levamos poderosas descargas elétricas consecutivas. Mesmo gritando de agonia, ela se recusava a me soltar, até que ela cedeu e desmaiou, me deixando arfando e ajoelhada no chão – Cara, isso dói mesmo. – me levantei com esforço e comecei a correr para uma das entradas da nave. Vários soldados tentaram me capturar sem muito sucesso, mas parei imediatamente quando ouvi um grito.

–Hayley! – virei de costas e vi Andy e Collin lutando com vários soldados de uma vez. Andy com um escudo parecido com o do pai, mas este tinha o emblema da S.H.I.E.L.D. pintado, já Collin usava uma arma que eu não soube identificar. Ambos corriam em minha direção como se suas vidas dependessem disso.

–Não! – gritei. Uma granada foi jogada no caminho dos dois já ativada e em contagem regressiva. Vi apenas a explosão e Collin empurrando Andy para o lado, se pondo entre ele e os estilhaços de vidro e ferragens que foram jogados em sua direção. Corri até os dois e os abracei.

–Você está bem? – perguntei ao Barnes, ele apenas assentiu e se levantou, deixando a mostra vários cortes no rosto e nos braços – Vocês não deviam estar aqui.

–Nem você. Não vamos voltar para dentro e deixar você aqui sozinha. – Andy ajudou Collin a se apoiar em seu ombro e me fitou.

–Eu não vou voltar... mas vocês sim. – fiz sinal para uma equipe de agentes que estava passando e indiquei os dois – Levem eles para o interior e não deixem que saiam em qualquer circunstância

–Hayley, não ouse... – começou Collin. Limpei uma lágrima que escorreu pelo meu rosto e sorri.

–Levem-os – ordenei e os quatro agentes levaram meus amigos de volta para dentro em segurança, imaginei. Liguei novamente a eletricidade dos braceletes antes de ser jogada contra a parede.

–Você deveria se importar menos com seus amigos e mais consigo mesma, garota. – minha visão perdeu o foco, mas logo ele foi recuperado. Me levantei do chão e observei meu inimigo. Mandarim.

–Você está aqui a mando de Schmidt. – arquejei e me coloquei em posição de ataque. Ele levantou as mãos, deixando a mostra cada um de seus dez anéis. Um com poderes diferentes do outro. Teletransporte, levitação, controle mental leve e alteração do que vemos eram alguns dos pequenos truques do inimigo do Homem de Ferro.

–Claro que não. Schmidt é um bárbaro junto com a H.I.D.R.A. Eu quero você como uma moeda de troca. Me entregam a jóia do infinito ou eu devolvo você em pedaços. Será bem mais lucrativo. – ele se aproximava cada vez mais. Dei vários passos para trás, tentando manter espaço entre nós, mas ele me acompanhava a cada passo.

–Eu não tenho valor para nenhuma das organizações. Posso desaparecer a qualquer momento e elas não vão dar minha falta. – contra-argumentei. Seu anel do dedo indicador direito adquiriu uma assustadora coloração vermelho-sangue.

–Os garotos demonstravam o contrário. – engoli em seco.Fitei seus olhos e ele fez o mesmo. Nenhum dos dois iria recuar. Eu sabia que não ganharia, sabia que era demais para mim, mas tinha que tentar. Chutei-lhe o rosto, mas foi em vão. Ele desapareceu no momento em que meu pé chegou ao seu rosto. – Pobre garota. – virei-me e me afastei dele, que estava quase colado nas minhas costas. Bati em outro e mais outro. Estavam se multiplicando cada vez mais, até eu estar completamente cercada de cópias perfeitas observando cada movimento meu. Recuei novamente e tirei uma pistola do coldre da cintura, precisava fugir dali o quanto antes. Atirei em linha reta à minha esquerda e abri um caminho limpo, eles não se mexiam, apenas murmuravam coisas ininteligíveis. Corri por entre eles e tentei conseguir o máximo de distância possível, mas algo bateu contra minha coxa esquerda e me derrubou no chão. Queimava. Havia sido uma bola de fogo poderosa. Me arrastei até algumas caixas e me agachei atrás das mesmas, esperando não ter sido vista. Rasguei o tecido em volta do corte com as mãos e observei a queimadura. Era do tamanho do meu punho fechado e doía muito, realmente muito.

–Porra, isso dói. – balbuciei. Com esforço, espiei por trás das caixas e observei-o fitar todo o perímetro e seus olhos finalmente me encontrarem. Ferrou. Pensei em gritar, mas de nada adiantaria. Preparei o bracelete e respirei fundo.

–Cristina! – chamou. A caixa na qual eu estava apoiada desapareceu e eu me levantei com muito custo – Ah! Aí está você! – ele agarrou meus cabelos e chacoalhou minha cabeça para vários lados. Agarrei seus braços com toda a força.

–Me... solta! – gritei e acionei a eletricidade das pulseiras, mas algo saiu errado e eu levei a maior parte da tensão nos pulsos. Senti cada nervo do meu corpo se retesar e um grito estridente escapou dos meus lábios, cortando o som mais alto e fazendo-se ouvir por todos. Ele me largou, caindo semi-desmaiado à minha frente. Caí de joelhos e soltei os braceletes, mesmo que meus músculos doessem a cada movimento simples. Meus pulsos estavam marcados por listras vermelhas e brancas, provavelmente, por onde as ondas elétricas entraram e as deixaram, como cicatrizes.

Me levantei com muito esforço e manquei para uma saleta que havia ali perto, um quarto de limpeza completamente bagunçado, mas serviria. Tinha que servir.

Um baque surdo me colocou em posição de ataque, mesmo mancando.

–Abra ou iremos arrombar! – ouvi, mas era uma voz conhecida. Uma voz que eu nunca esqueceria.

–Pai! – abri a porta e uma arma foi engatilhada contra minha cabeça.

–Não atire! – gritou minha mãe. Ela me abraçou imediatamente, como se todo seu mundo dependesse daquilo.

–Mãe! – solucei baixo. Partes de seu uniforme estavam sujas ou rasgadas. Ela me soltou com cuidado e observou com cautela cada parte do meu rosto. Seus olhos se inundaram de alívio antes de um tiro substituir o brilho de seus olhos por uma nuvem cinzenta – Mãe? Mãe! – minha felicidade se esvaía aos poucos. Os agentes formaram um escudo em nosso entorno. Eu a havia perdido novamente. Mas, ao contrário da outra vez, eu nunca mais a reencontraria. Seu corpo foi inerte ao chão. Uma marca de tiro entre as omoplatas.

–Natasha! Natasha! – meu pai me empurrou de lado e pegou a mulher no colo, tentando, inutilmente, praticar primeiros-socorros. Sem resultados. As lágrimas deixavam trilhas sobre seu rosto sujo antes de caírem nas bochechas pálidas de minha mãe. Era o seu fim.

–Pai, eu preciso ir para a enfermaria, por favor! – choraminguei. A queimadura em minha perna estava começando a arder com cada vez mais intensidade. Eu mostrei a ele a ferida e, receoso, ele me pegou no colo.

–Levem a Viúva-Negra para o necrotério. Imediatamente. – ele ordenou e me levou para dentro às pressas, passando por agentes que montavam guarda nas portas reforçadas. O caos era dominante sobre o deck, mas não entrara na base, causando menor dano ao planador.

Assim que entramos na ala hospitalar, meu pai foi instruído a me colocar em um quarto separado para que meu ferimento fosse analisado e eu fosse medicada.

–Pai, eu vou ficar bem. – incentivei-o a sair. Ele estava decidido a ficar comigo de qualquer jeito.

–Ela vai ficar bem, Barton. – Banner entrou no quarto junto com Isabella, ambos vestidos como médicos e nos observando atentamente.

–Tem certeza? – perguntou meu pai.

–Sim, absoluta. – respondeu Isabella e meu pai saiu a contra-gosto.

–Não mentiram para ele, não é? – perguntei, meio enjoada.

–Não, Hayley. – Banner me dirigiu um sorriso calmo – Fique de bruços para que eu possa ver o tamanho da queimadura, sim? – concordei e virei-me, sentindo eles cortarem o que restara da perna do uniforme e tocando com cuidado no machucado, me fazendo arquejar com tamanha dor que seus toques causavam. Eles pareciam ter notado o que aconteceu, pois senti uma agulha em meu pescoço e meus sentidos se dissolvendo ao som de uma conversa sussurrada.


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Notas finais do capítulo

Não me matem!
Por favor, me deixem viver até o próximo capítulo! Juro que vou ser boazinha! Rsrsrs
O que acharam? Sim, toda aquela demora foi para isso :3
Estou pensando em começar outra história, o que acham? :P
Melhor não.
Reviews são bem-vindos!
—Killer



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