Mutante e condenada escrita por winter


Capítulo 10
Bônus - Collin: Passado aberto


Notas iniciais do capítulo

Presente para vocês! Por sugestão da linda da Fernanda Dixon, eu escrevi esse especial sobre o Collin. Ele não vai influenciar na história, mas irá clarear muitas informações sobre esse querido personagem.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/546610/chapter/10

Fui direto para o meu quarto e armei-me. Não ia deixar Hayley bater de frente sozinha. Tinha contas a prestar com a H.I.D.R.A. também. Apanhei um porta-retrato no criado-mudo, onde havia uma foto dos meus pais em nossa última viagem juntos. Sentei-me na cama e deixei as lembranças virem, sem repudiá-las.

"Fazia um mês que estávamos de férias. Minha mãe, uma empresária russa chamada Camille, conseguiu tirar dois meses de férias para podermos viajar para o Brasil.

–O que está achando, Collin? - perguntou meu pai, abraçando minha mãe pelos ombros. James Barnes não era o que todos achavam. O Soldado Invernal deixou de existir depois de conhecer a morena de olhos cinzas em missão na Austrália dez anos antes. Eu devia ter uns sete anos nessa viagem. A última da minha família.

–É incrível, papai! - respondi, correndo para a água azul da praia de Copacabana. Muitos que passavam olhavam torto para o meu pai, observando o braço robótico que tinha um brilho prata incomparável com qualquer outro metal, mas eu não ligava mais, ele me garantira que nunca mais iria tirar uma vida. Alto, herdei seus cabelos escuros e olhos de mesma cor, o corpo musculoso parecido com um super-herói. Usava apenas uma bermuda e um boné simples.

–Collin, Cuidado! Não vá muito longe! - avisou minha mãe, enquanto passava o protetor solar com um sorriso terno no rosto e soltando a toalha da cintura, mostrando seu biquíni branco-pérola. Ela era branca, baixa com seus 1,65 metro, o rosto levemente rosado era firme, escondendo muito bem seus 28 anos. O corpo era esguio, mas na medida certa. O que mais chamava a atenção eram os seus olhos cinza-claros sempre destacados por um lápis de olho, naquele dia, trocado por um par de óculos escuros.

Eu estava fazendo um castelo de areia quando minha mãe me chamou para irmos para o hotel.

–Está ficando tarde! - foi sua desculpa. Não desconfiei e acabei os seguindo mais de trás, observando a paisagem ao redor. Puxei a toalha que estava presa em sua cintura, chamando sua atenção.

–Mamãe, por quê tem um homem nos seguindo? - perguntei, inocentemente. Ambos olharam para trás e os olhos de meu pai se arregalaram.

–H.I.D.R.A. - ele sussurrou. Eu não entendia o que ele queria dizer, mas ele simplesmente pegou mamãe pela mão e me segurou no colo, disparando em direção ao hotel. Quando chegamos, vários homens de preto estavam na porta do quarto em que estávamos hospedados. Meu pai nos colocou atrás de si e rosnou.

–O que querem aqui? - todos os agentes viraram para nós e examinaram meu pai dos pés a cabeça.

–Finalmente te encontramos, Soldado. Schmidt deseja vê-lo o quanto antes. - percebi a mandíbula de meu pai ficar tensa.

–O Soldado Invernal não existe mais. Schmidt me tirou a vida uma vez, não vai acontecer de novo. Ele não vai ter o que quer. - ele nos encobriu enquanto mamãe me puxou para dentro de outro quarto e trancou a porta. Era uma saleta onde guardavam os produtos de limpeza. Ouvimos sons de tiros e pancadas contantes por longos minutos. Minha mãe me abraçava e murmurava algo em russo, mas eu não sabia o que. O pânico aumentava a cada baque ou som de tiro do lado de fora.

Finalmente o silêncio tomou conta e minha mãe abriu a porta lentamente, mas logo a escancarou e correu para fora. Segui-a e a observei ajoelhada ao chão. Segurando o boné de meu pai.

<><><><><><><><><><><><><><><><><><>

Eu estava estudando. Não frequentava a escola por causa do emprego de minha mãe, que exigia deslocamento constante e isso atrapalhava muito os estudos, então, eu comecei a estudar pela internet.

Terminei a lição de ciências e guardei o material no quarto. Estávamos em uma mansão em Bangladesh dessa vez. Passávamos três meses em cada lugar do mundo faziam quatro anos. Nunca voltávamos para a mesma cidade ou ficávamos com o mesmo carro. Como se não pudéssemos ser detectados. Liguei o vídeo game e me sentei na cama, rindo de uma bobagem qualquer que lera em um papel de bala.

Nunca mais vi meu pai desde o seu desaparecimento no Brasil. Todos os anos, minha mãe chorava no dia exato em que ele desaparecera.

–J-James? - ouvi um grito no andar de baixo. Larguei o controle na cama e desci as escadas correndo, louco para ver meu pai novamente.

Cheguei à cozinha e parei imediatamente. Aquele não era meu pai.

Ele usava um colete à prova de bala, uma máscara que cobria a metade de baixo do seu rosto e havia o desenho de um tipo de cabeça com vários tentáculos em volta nas costas. Mas eu sabia que era ele. Aquele braço prateado.

–Pai?! - gritei. Ele segurava minha mãe pelo pescoço a, pelo menos, 30 centímetros do chão.

–Collin... corre... - balbuciou minha mãe. Ele bateu com a cabeça dela na bancada de granito e ouve um estalo quando ela ciu ao chão. Os olhos abertos, a respiração parando, as bochechas perdiam a cor. Ela estava morta.

Fitei o homem que um dia eu chamara de pai e que havia acabado de matar minha mãe. Aquele que eu não reconhecia.

Dei passos lentos para trás antes dele me notar e levantar uma arma em minha direção. Eu estava morto.

Corri para fora o mais rápido que pude e me escondi no quarto do filtro da piscina. Ele não podia me ver.

–Por favor... - eu murmurava. Estava tudo muito louco para mim. Não podia ser verdade. Ela não podia estar morto. Ele não podia ser o assassino.

Não sei se passaram horas ou minutos, mas um homem abriu a porta e me estendeu a mão. Aceitei, receoso.

–Q-quem é você? - perguntei, trêmulo. Ele estava acompanhado de um garoto mais ou menos da minha idade, moreno e com o cabelo cortado ao estilo militar.

–Eu sou Nick Fury. Você deve ser Collin Hollister Barnes. - assenti e continuei a fitar o garoto.

–Eu sou o Philip. Ele é meu pai - o garoto apontou para o homem, no qual eu notara há pouco que usava um tapa-olho.

–Quero oferecer à você - começou Fury - A chance de entrar para a S.H.I.E.L.D. Sua família foi alvo da H.I.D.R.A., tendo como principal alvo seu pai, James Buchanan Barnes. Estamos trabalhando para derrubar esta organização com unhas e dentes e você, meu garoto, tem futuro. - ponderei as palavras daquele homem que e nunca vira antes. Eu queria vingança. Pagariam pelo que fizeram comigo. Com eles. Mamãe e papai.

–Eu aceito. - minha voz saiu forte e ressentida, mas Nick deu um pequeno sorriso.

–Philip, leve-o para o carro. Eu irei logo em seguida. - o garoto assentiu e me guiou até um carro preto. Depois que nós dois estávamos acomodados, ele sorriu.

–Não é tão ruim ser um agente. Só perigoso. - ele riu baixo e se perdeu em pensamentos. "

Batidas frenéticas na porta me fizeram voltar à realidade caótica.

–O que foi? - abri a porta e dei de cara com Andy, que quase caiu em cima de mim.

–Hayley. Ela está ativa e cercada no deck. - ele parecia apavorado. Saímos em disparada pelo corredor. Precisávamos protegê-la. Eu não perderia mais ninguém.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam da história do nosso querido Collin? Pois é, ele era filho de uma simples empresária... e do Soldado Invernal.
Para quem não entendeu, a H.I.D.R.A. apagou a memória do Bucky e ele não sabia que estava matando a própria esposa.
Espero que tenham gostado! Kisses!
—Killer



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mutante e condenada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.