Vencedores de Panem escrita por Daniel Vitor


Capítulo 17
Capítulo XVII - Terapia




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“Preste bastante atenção” Finnick me vira e coloca as mãos no meu rosto “Não seja rude com o seu mentor e nem com Emily”. Meus olhos começam a lacrimejar e minha visão fica embaçada, os enxugo e saio de perto dele.

“Sempre tente aparecer para o público, não seja arrogante com o apresentador e sempre seja simpática com o público” ele diz. Olho para ele “Vou morrer, não vou nem passar do banho de sangue” digo.

“Não” ele diz aumentando a voz “Fuja, você pode ganhar se escondendo” acrescenta. Abraço o e ele solta um gemido, me afasto e lembro me de seus machucados. Levanto sua camiseta e sua barriga está muito vermelha.

“Não foi nada, se concentre em você” um pacificador entra e puxa Finnick pelo braço, ele escapa e me de um abraço, “Fique viva” diz. O pacificador o agarra e retira o brutalmente da sala.

Finnick estende a mão “Vamos, estamos atrasados” diz, ele está usando roupas da Capital, “Você vai ir?” pergunto, ele balança a cabeça. Fecho a porta e caminhamos até a fonte.

Assim que chegamos ao Edifício de Justiça “Até segunda” diz “Vou falar com eles” acrescenta, nos abraçamos e nos despedimos. O vejo caminhar entre as casas até desaparecer da minha vista, fico olhando o Edifício, suas paredes estão descascando e rachando em alguns lugares.

Ao contrario do exterior o inferior é um esplendor, paredes verdes claras, todas as mobílias limpas e intactas, tem que manter tudo excelente para os Vitoriosos e pessoas importantes que veem aqui. Encaro a porta do consultório do Doutor Davis, respiro fundo e entro.

“Em ponto” diz ao se levantar, ele oferece uma poltrona para sentar. Não consigo o encarar por muito tempo, “Acho que conseguimos um grande passo ontem” diz. Dou um breve sorriso para ele, “Vamos começar?” pergunta.

Sei que vou falar em algum momento então prefiro não adiar, olho para baixo e cruzo os braços.

Abro meus olhos e tento me acostumar com a claridade, levanto rápido e olho em volta. Trent está sentado olhando para mim, estamos no alto de penhasco. “Você pode ficar de guarda?” pergunta.

Concordo com a cabeça, ele logo deita e não demora muito para cair no sono. Deixo a espada perto de mim, pego a bolsa e retiro todos os objetos, um kit de primeiros socorros e um saco de frutas. Levanto e chuto algumas pedras, só conseguimos pegar isso, caminho até o penhasco e fico olhando para a “paisagem”.

As copas as árvores são de um tom verde escuro diferente, mais a fundo consigo ver uma cachoeira. Volta para perto de Trent, seu olho direito está roxo e há vários cortes no rosto. A claridade começa a aumentar muito.

Olho para meus braços e começo a coçar lós.

A temperatura está abaixando muito rápido, mas a iluminação está ficando cada vez mais forte, me encolho e fico esperando o tempo passar, depois de uma hora o sol já está abaixando. Quando Trent acorda já está escurecendo “Há quanto tempo estou dormindo?” pergunta assustado.

“Calma, você deve ter dormido umas três horas, devem ter invertido os horários” digo, ele esfrega os olhos e pega uma espada, ela reluz no chão. Depois de um tempo começamos a jogar conversa fora, “Qual deve ser o horário mais seguro para procurar comida?” pergunta, mostro o saco de frutos “Temos fartura” digo “Provavelmente quando estiver de noite” acrescento. Ele olha confuso para mim “Eu acho que o sol só sai umas três horas por dia, todos vão caçam” faço sinal de aspas com os dedos.

“Outra morte?” ele pergunta, “Não, quantos morreram quando estava dormindo?” ele indica o número um com o dedo. “Quem?” pergunto.

“Harry do 3, Talyta do 7 e Josh do 11” diz, “Ótimos tributos esse ano” digo. O sol se põe e começamos a ficar com fome, a lua está mais brilhante do que ontem. Pegamos duas maças e comemos, só sobrou duas.

Provavelmente deve ter se passado umas quatro horas, ouço algumas pessoas falando e sigo o som, estão abaixo do penhasco, um grupo de cinco. “Talvez eles podem subir aqui” digo, “Mas se sairmos daqui eles podem nos achar” diz.

Nos levantamos e nos embrenhamos na floresta, depois de andarmos cinco minutos, há alguns 15 metros os carreiristas vão em direção ao penhasco, “Viu?” sussurro para ele. Consigo ver algumas frutas iluminadas pele lua, aponto para cima e Trent resolve subir na árvore. Ele consegue pegar somente três frutas da qual não sabemos o nome.

O telefone toca, Dr. Davis se desculpa e levanta, meu braço está vermelho, praticamente a ponto de começar a sangrar. “Sinto muito, mas vamos ter que terminar mais cedo hoje” diz, ele se aproxima e escondo meu braço. Ele percebe “Annie me mostre seu braço” diz, me recuso por um tempo.

Ele me entrega um barbante “Toda vez que ficar ansiosa de nós no barbante”. Ao sair do consultório começo a treinar.


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