A testemunha- HIATUS escrita por Zia Jackson


Capítulo 4
O lugar secreto


Notas iniciais do capítulo

aFala aí chuchuzinhos, tudo em cima?
Vim com esse cap me inspirando em músicas para escrever ( a coisa tava feia)



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Seguindo a ordem do delegado, nós fomos para casa e começamos a empacotar as coisas.

Nesse momento, estou no meu quarto, guardando meus mais de cem livros em caixas de papelão.

– Filha, falta muito ai? - Minha mãe diz ao entrar no quarto quase vazio

– Não. Já empacotei as roupas e sapatos. Faltam os quadros, o resto dos livros e algumas fotos.

– O delegado avisou que não é para pegar tudo hoje, só o essencial. Amanhã teremos o dia inteiro para levar as coisas grandes.

– Iremos dormir ainda hoje naquele lugar?

– Sim.

– Mas e a minha cama?

– Eles tem uma lá. Relaxe e termine de empacotar

– Tá - resmungo

Que beleza, além de sair as pressas não posso nem levar minha cama.

Depois de um longo tempo, termino de empacotar todas as coisas e meu pai as leva para a camionete que a policia disponibilizou.

– Tome esse disfarce - Diz um policial, assim que me aproximo do carro

– Para que?

– Não pode ser reconhecida

Bufo e volto para dentro da casa.

– Que merda é essa? - Falo quando termino de vestir o disfarce

Junte todos os armários de todas senhoras de idade que você conhece, acrescente um par de chinelos pretos e uma peruca loira. Era exatamente assim que eu estava .

O vestido largo e florido me deixava gorda e sem curvas, o sapato era tão fino que eu sentia o solo abaixo de meus pés. A lente de contato verde irritava meus olhos mais do que se tivessem pingado limão neles. E a peruca era o Caos em forma de cabelo

– Eu não vou me vestir assim! - Grito para as escadas

Diego sobe e dá um grito pavoroso quando me vê

– Mãe! Tem um monstro no banheiro

– Cala a boca, seu idiota

– Deixe eu levar a senhora para o asilo, só um momento

Bufo

– Não é para tanto, Sherlock holmes

Ele estava vestindo um sobretudo preto , acompanhado de um chapéu preto brilhante

– Crianças, sem briga - Meu pai fala

Se tem uma coisa em que eu e meu irmão concordamos, é que não somos crianças

– Pai, eu Não sou criança - falo

– Sou um homem adulto- meu irmão fala

– Que se dane. Vão pro carro

Balanço a cabeça e vou para o carro , que é uma minivan

– Eu vou dirigir - diz um guarda - Peço para que fechem os seus vidros e fiquem quietos. O caminho é longo, durará umas três horas.Iremos parar uma vez, para tomar café.

– Posso tirar o disfarce? -Pergunto'

– Se estiver querendo morrer... - O guarda fala

Suspiro e coloco o cinto de segurança, segundos antes do carro arrancar.

– Ei, acorda – Uma voz soa fraca

Abro os olhos e vejo minha Mãe

– Onde estamos?

– Na primeira parada. Você dormiu o caminho todo

Tiro o cinto e pisco para afastar o sono. Olho no fundo dos olhos de minha mãe e me lembro da vida que ela construiu na cidade, não era justo mudar tudo só porque eu vi um crime.

– Desculpa - Murmuro

– Pelo o que?

– Por tudo, mas principalmente por tudo o que está acontecendo

Ela coloca a mão na minha testa

– Não é sua culpa

Mas no fundo, eu me sentia culpada

Saio do carro e vou em direção a um posto de gasolina que está caindo aos pedaços.

– Não tinha um lugar mais decadente não? - Pergunto

– Aqui é seguro - O policial responde

– As baratas irão comer o assassino se ele vier atrás de mim?

Ele faz uma cara de irritado e não me responde

Depois de comer todo o meu pão de queijo, percebo que para um posto decadente, a comida está boa demais.

A loja de conveniência é comandada por um homem gordo e barbudo , que está dormindo.

– Senhor,iremos pagar - O policial diz

Meu pai saca o dinheiro da carteira , mas o guarda o interrompe

– O governo pagará

O homem gordo acorda

– Boa tarde, oficial Shelds

" Quem tem o sobrenome de shelds?"penso

O oficial Shelds entrega notas para o homem, que as guarda na caixa registradora.

– Hora de ir para o carro - ele diz

Olha, vou confessar que achei que a viagem nunca iria acabar. Quilômetros e quilômetros de um mato sem fim não é a melhor paisagem. Quando tudo parece estar um tédio sem fim, eu vejo um aglomerado de casas em que se lê

Condomínio flores do Campo

É aqui. - O policial fala

– Mas é isolado de tudo - Argumento

– Por isso é que é um programa de proteção a testemunha

Bufo , encarando o enorme muro branco rodeado de cercas elétricas.

Um policial acena para o carro, e o Shields devolve o cumprimento

– Bem vindos a nova vida - Meu pai murmura, um pouco alto demais

O carro entra no condomínio.

Um lugar cercado de casas grandes, com um largo e vasto quintal de grama na frente, isso é basicamente o lugar onde estou. Se pode ver uma quadra de esportes, uma piscina e uma churrasqueira, mas estão vazias.

Um homem moreno encara o carro, um pouco assustado.

– Essa é a casa de vocês . - O guarda diz , quando chegamos a uma casa igual as outras, só que branca.

Ninguém diz nada, mas os olhares estão focados na casa. Uma grande casa de dois andares .

Descemos do carro e Shields nos entrega um molho de chaves .

– Daqui em diante é com vocês. O mais importante daqui é o sigilo, nada de contar a localização

– Como minha filha vai continuar os estudos? - Meu pai pergunta

– Um professor particular virá todos os dias. É um ex- policial

Começo a roer minhas unhas, devido ao nervosismo.

Sem mais nem menos, o policial volta para o carro e dispensa nossas coisas no chão. Depois vai embora com o carro.

Minha mãe caminha lentamente até a porta, deixando pegadas na grama macia. Ela pega a chave das mãos de meu pai e testa todas, até encontrar uma que abre a porta da frente.

Caminhamos juntos, todos com o pé direito, e entramos na casa. Acendo a luz e vimos um amplo espaço, de frente para uma escadaria. O lugar cheira a poeira e mofo.

– Temos muito trabalho - Minha mãe diz - Peguem as vassouras


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Notas finais do capítulo

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