A testemunha- HIATUS escrita por Zia Jackson
Notas iniciais do capítulo
aFala aí chuchuzinhos, tudo em cima?
Vim com esse cap me inspirando em músicas para escrever ( a coisa tava feia)
Seguindo a ordem do delegado, nós fomos para casa e começamos a empacotar as coisas.
Nesse momento, estou no meu quarto, guardando meus mais de cem livros em caixas de papelão.
– Filha, falta muito ai? - Minha mãe diz ao entrar no quarto quase vazio
– Não. Já empacotei as roupas e sapatos. Faltam os quadros, o resto dos livros e algumas fotos.
– O delegado avisou que não é para pegar tudo hoje, só o essencial. Amanhã teremos o dia inteiro para levar as coisas grandes.
– Iremos dormir ainda hoje naquele lugar?
– Sim.
– Mas e a minha cama?
– Eles tem uma lá. Relaxe e termine de empacotar
– Tá - resmungo
Que beleza, além de sair as pressas não posso nem levar minha cama.
Depois de um longo tempo, termino de empacotar todas as coisas e meu pai as leva para a camionete que a policia disponibilizou.
– Tome esse disfarce - Diz um policial, assim que me aproximo do carro
– Para que?
– Não pode ser reconhecida
Bufo e volto para dentro da casa.
– Que merda é essa? - Falo quando termino de vestir o disfarce
Junte todos os armários de todas senhoras de idade que você conhece, acrescente um par de chinelos pretos e uma peruca loira. Era exatamente assim que eu estava .
O vestido largo e florido me deixava gorda e sem curvas, o sapato era tão fino que eu sentia o solo abaixo de meus pés. A lente de contato verde irritava meus olhos mais do que se tivessem pingado limão neles. E a peruca era o Caos em forma de cabelo
– Eu não vou me vestir assim! - Grito para as escadas
Diego sobe e dá um grito pavoroso quando me vê
– Mãe! Tem um monstro no banheiro
– Cala a boca, seu idiota
– Deixe eu levar a senhora para o asilo, só um momento
Bufo
– Não é para tanto, Sherlock holmes
Ele estava vestindo um sobretudo preto , acompanhado de um chapéu preto brilhante
– Crianças, sem briga - Meu pai fala
Se tem uma coisa em que eu e meu irmão concordamos, é que não somos crianças
– Pai, eu Não sou criança - falo
– Sou um homem adulto- meu irmão fala
– Que se dane. Vão pro carro
Balanço a cabeça e vou para o carro , que é uma minivan
– Eu vou dirigir - diz um guarda - Peço para que fechem os seus vidros e fiquem quietos. O caminho é longo, durará umas três horas.Iremos parar uma vez, para tomar café.
– Posso tirar o disfarce? -Pergunto'
– Se estiver querendo morrer... - O guarda fala
Suspiro e coloco o cinto de segurança, segundos antes do carro arrancar.
– Ei, acorda – Uma voz soa fraca
Abro os olhos e vejo minha Mãe
– Onde estamos?
– Na primeira parada. Você dormiu o caminho todo
Tiro o cinto e pisco para afastar o sono. Olho no fundo dos olhos de minha mãe e me lembro da vida que ela construiu na cidade, não era justo mudar tudo só porque eu vi um crime.
– Desculpa - Murmuro
– Pelo o que?
– Por tudo, mas principalmente por tudo o que está acontecendo
Ela coloca a mão na minha testa
– Não é sua culpa
Mas no fundo, eu me sentia culpada
Saio do carro e vou em direção a um posto de gasolina que está caindo aos pedaços.
– Não tinha um lugar mais decadente não? - Pergunto
– Aqui é seguro - O policial responde
– As baratas irão comer o assassino se ele vier atrás de mim?
Ele faz uma cara de irritado e não me responde
Depois de comer todo o meu pão de queijo, percebo que para um posto decadente, a comida está boa demais.
A loja de conveniência é comandada por um homem gordo e barbudo , que está dormindo.
– Senhor,iremos pagar - O policial diz
Meu pai saca o dinheiro da carteira , mas o guarda o interrompe
– O governo pagará
O homem gordo acorda
– Boa tarde, oficial Shelds
" Quem tem o sobrenome de shelds?"penso
O oficial Shelds entrega notas para o homem, que as guarda na caixa registradora.
– Hora de ir para o carro - ele diz
Olha, vou confessar que achei que a viagem nunca iria acabar. Quilômetros e quilômetros de um mato sem fim não é a melhor paisagem. Quando tudo parece estar um tédio sem fim, eu vejo um aglomerado de casas em que se lê
Condomínio flores do Campo
– É aqui. - O policial fala
– Mas é isolado de tudo - Argumento
– Por isso é que é um programa de proteção a testemunha
Bufo , encarando o enorme muro branco rodeado de cercas elétricas.
Um policial acena para o carro, e o Shields devolve o cumprimento
– Bem vindos a nova vida - Meu pai murmura, um pouco alto demais
O carro entra no condomínio.
Um lugar cercado de casas grandes, com um largo e vasto quintal de grama na frente, isso é basicamente o lugar onde estou. Se pode ver uma quadra de esportes, uma piscina e uma churrasqueira, mas estão vazias.
Um homem moreno encara o carro, um pouco assustado.
– Essa é a casa de vocês . - O guarda diz , quando chegamos a uma casa igual as outras, só que branca.
Ninguém diz nada, mas os olhares estão focados na casa. Uma grande casa de dois andares .
Descemos do carro e Shields nos entrega um molho de chaves .
– Daqui em diante é com vocês. O mais importante daqui é o sigilo, nada de contar a localização
– Como minha filha vai continuar os estudos? - Meu pai pergunta
– Um professor particular virá todos os dias. É um ex- policial
Começo a roer minhas unhas, devido ao nervosismo.
Sem mais nem menos, o policial volta para o carro e dispensa nossas coisas no chão. Depois vai embora com o carro.
Minha mãe caminha lentamente até a porta, deixando pegadas na grama macia. Ela pega a chave das mãos de meu pai e testa todas, até encontrar uma que abre a porta da frente.
Caminhamos juntos, todos com o pé direito, e entramos na casa. Acendo a luz e vimos um amplo espaço, de frente para uma escadaria. O lugar cheira a poeira e mofo.
– Temos muito trabalho - Minha mãe diz - Peguem as vassouras
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