A testemunha- HIATUS escrita por Zia Jackson


Capítulo 24
Discussão


Notas iniciais do capítulo

Olá flores, (mudei de nome do perfil *-*) escrevi esse capitulo em meio a uma madrugada de insônia, então me desculpem se tiver erros ou estiver flopado.



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– Dafne, o que aconteceu? Me conte. – Indago, pela centésima vez.

– Não posso. – é tudo o que ela fala

– Não sei você, Lisa, mas eu acho que a tortura sempre faz uma pessoa falar. – Clara diz

Dafne, sem nenhum vestígio de sangue após o banho, treme em sua cadeira. Uma de minhas blusas está sendo usada por ela (que, devido a sua baixa estatura, lhe cai como um vestido).

– Clara, Não diga essas coisas.

– Eu estava brincando. Mas já perdi a paciência com essa garota.

– Mas eu não... – Dafne começa

– CHEGA! Vou para casa.

– Clara, Não me deixe aqui sozinha.

– Pede pro Diego te ajudar, quem sabe assim ela abre a boca.

– Ele não vai ajudar. O que faço?

– Manda essa guria de volta para a casa dela.

– Não, não – Dafne choraminga.

– Essa menina precisa de um psiquiatra. – Clara fala enquanto gira seu anel entre os dedos.

– Clara, qual é o seu problema? – Digo, irritada.

– O meu problema? Deveria perguntar isso a si mesma. Essa menina não disse nada que pudesse ajudar durante todo esse tempo.

– Ela está em choque. Preciso descobrir como ela se machucou.

– Ela cortou os pulsos, só isso.

– Só os pulsos? Até a barriga apresenta cortes.

– Quer saber? Vou cuidar da minha vida, que já tem problemas o suficiente.

– Isso, deixa uma pessoa na mão. Isso pode mudar a vida dela.

E sem dizer uma palavra sequer, a garota de cabelos negros dá de ombros e sai de minha casa.

– Que beleza – Murmuro.

Dafne começa a chorar, encolhida na cadeira.

– Dafne, não vou te forçar a nada, mas se você não me contar não poderei ajudar.

– Você Não entende. – Ela diz, com a voz rouca - Eu iria colocar sua vida em risco.

– Isso é um programa de proteção, não tem perigos. – Falo, mesmo sabendo que é mentira. – Quem fez isso com você? Você quis se matar?

– Quem fez isso? Foi meu pai.

Paro, em choque.

– Só pode ser brincadeira.

– Quem dera fosse. Eu realmente tentei o suicídio, mas ele entrou em meu quarto antes que eu terminasse. Sendo assim, pegou a lâmina e disse algo como “O suicídio é covardia, o assassinato não”

Novamente, fico sem reação.

– Fale que isso é brincadeira, por favor.

Em resposta, uma nova crise de choro.

Ouço o barulho da porta de entrada.

– Mãe?

– Sim. Tá tudo bem?

– Poderia vir aqui na cozinha por um instante?

Ouço os passos e , assim que a mulher entra na cozinha, solta um gritinho.

– Ai meu Deus, o que é isso? Por que ela chora?

– O pai dela...

– NÃO. – Dafne grita – Não ouse falar, não.

– O pai dela – continuo – fez isso.

Aponto para o corte na barriga.

– Ele é maluco? - Minha mãe fala. – Você cuidou desse ferimento? Vai infeccionar. Quer que eu ligue para o médico? Para a polícia?...

– Mãe, vai assustar ela.

– Mais assustada do que ela já está?

– O que está acontecendo? – Meu pai pergunta, entrando na cozinha. – Ai.

Repito toda a versão da história, porém meu pai manda eu subir para meu quarto.

– É coisa de adulto. – Ele diz, usando seu argumento de sempre.

Minutos depois, ouço uma voz desconhecida e masculina. Ouço meu pai contando toda a história e também os soluços de Dafne.

Mais tempo se passa, a voz de Igor (o irmão de Dafne) aparece no meio da conversa, mencionando o nome de um tal de “ Sérgio”.

Forço a audição para tentar ouvir mais, porém não consigo. Depois de muito tempo, desisto de escutar e simplesmente vou até o banheiro tomar banho, infelizmente tenho que limpar o local todo , que está manchado de sangue. Limpo tudo e tomo meu banho, depois resolvo ler um pouco.

Cerca de duas horas depois, desço até a cozinha para pegar um copo de água.

– Lizzy, mandei você ficar no quarto. – Meu pai fala.

Olho ao meu redor, a cozinha está com cerca de cinco policiais, meus pais, Dafne e Igor.

– Me deu sede. – Falo

– Continuando – Igor diz, completamente cansado – Meu pai sofre com dupla personalidade, ele faz tratamento, se medica mas pode sair do controle e foi exatamente isso que aconteceu.

– Acha que foi muita pressão? – Um dos policiais indaga

– Sem dúvida alguma. Mas ele não é um criminoso, é mentalmente desequilibrado.

– Ele quase matou sua irmã. – O policial diz .

– Ele não é um assassino. é o homem que me ensinou a andar de bicicleta, é o homem que foi em todas as reuniões de escola, é o homem que ensinou Dafne a contar. Não é um criminoso, não o condene.

– Quem decide isso é o juiz, não eu. – O homem fala.

– Essa garota está demorando demais para tomar agua. – Observa um dos policiais.

Bufo e termino de beber o líquido.

– Lisa, por que não vai até a casa de Clara? – Minha Mãe sugere

Concordo com a cabeça e saio de casa. Porém , meu destino não é a casa dos Vieira, mas sim a casa que está de frente com a minha.


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Notas finais do capítulo

Lisa em : MMRFL (Momento Mocinha retardada de filme de terror. )

Desculpem, mas eu tinha que fazer ela agir assim.



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