A testemunha- HIATUS escrita por Zia Jackson
Notas iniciais do capítulo
Olá flores, (mudei de nome do perfil *-*) escrevi esse capitulo em meio a uma madrugada de insônia, então me desculpem se tiver erros ou estiver flopado.
– Dafne, o que aconteceu? Me conte. – Indago, pela centésima vez.
– Não posso. – é tudo o que ela fala
– Não sei você, Lisa, mas eu acho que a tortura sempre faz uma pessoa falar. – Clara diz
Dafne, sem nenhum vestígio de sangue após o banho, treme em sua cadeira. Uma de minhas blusas está sendo usada por ela (que, devido a sua baixa estatura, lhe cai como um vestido).
– Clara, Não diga essas coisas.
– Eu estava brincando. Mas já perdi a paciência com essa garota.
– Mas eu não... – Dafne começa
– CHEGA! Vou para casa.
– Clara, Não me deixe aqui sozinha.
– Pede pro Diego te ajudar, quem sabe assim ela abre a boca.
– Ele não vai ajudar. O que faço?
– Manda essa guria de volta para a casa dela.
– Não, não – Dafne choraminga.
– Essa menina precisa de um psiquiatra. – Clara fala enquanto gira seu anel entre os dedos.
– Clara, qual é o seu problema? – Digo, irritada.
– O meu problema? Deveria perguntar isso a si mesma. Essa menina não disse nada que pudesse ajudar durante todo esse tempo.
– Ela está em choque. Preciso descobrir como ela se machucou.
– Ela cortou os pulsos, só isso.
– Só os pulsos? Até a barriga apresenta cortes.
– Quer saber? Vou cuidar da minha vida, que já tem problemas o suficiente.
– Isso, deixa uma pessoa na mão. Isso pode mudar a vida dela.
E sem dizer uma palavra sequer, a garota de cabelos negros dá de ombros e sai de minha casa.
– Que beleza – Murmuro.
Dafne começa a chorar, encolhida na cadeira.
– Dafne, não vou te forçar a nada, mas se você não me contar não poderei ajudar.
– Você Não entende. – Ela diz, com a voz rouca - Eu iria colocar sua vida em risco.
– Isso é um programa de proteção, não tem perigos. – Falo, mesmo sabendo que é mentira. – Quem fez isso com você? Você quis se matar?
– Quem fez isso? Foi meu pai.
Paro, em choque.
– Só pode ser brincadeira.
– Quem dera fosse. Eu realmente tentei o suicídio, mas ele entrou em meu quarto antes que eu terminasse. Sendo assim, pegou a lâmina e disse algo como “O suicídio é covardia, o assassinato não”
Novamente, fico sem reação.
– Fale que isso é brincadeira, por favor.
Em resposta, uma nova crise de choro.
Ouço o barulho da porta de entrada.
– Mãe?
– Sim. Tá tudo bem?
– Poderia vir aqui na cozinha por um instante?
Ouço os passos e , assim que a mulher entra na cozinha, solta um gritinho.
– Ai meu Deus, o que é isso? Por que ela chora?
– O pai dela...
– NÃO. – Dafne grita – Não ouse falar, não.
– O pai dela – continuo – fez isso.
Aponto para o corte na barriga.
– Ele é maluco? - Minha mãe fala. – Você cuidou desse ferimento? Vai infeccionar. Quer que eu ligue para o médico? Para a polícia?...
– Mãe, vai assustar ela.
– Mais assustada do que ela já está?
– O que está acontecendo? – Meu pai pergunta, entrando na cozinha. – Ai.
Repito toda a versão da história, porém meu pai manda eu subir para meu quarto.
– É coisa de adulto. – Ele diz, usando seu argumento de sempre.
Minutos depois, ouço uma voz desconhecida e masculina. Ouço meu pai contando toda a história e também os soluços de Dafne.
Mais tempo se passa, a voz de Igor (o irmão de Dafne) aparece no meio da conversa, mencionando o nome de um tal de “ Sérgio”.
Forço a audição para tentar ouvir mais, porém não consigo. Depois de muito tempo, desisto de escutar e simplesmente vou até o banheiro tomar banho, infelizmente tenho que limpar o local todo , que está manchado de sangue. Limpo tudo e tomo meu banho, depois resolvo ler um pouco.
Cerca de duas horas depois, desço até a cozinha para pegar um copo de água.
– Lizzy, mandei você ficar no quarto. – Meu pai fala.
Olho ao meu redor, a cozinha está com cerca de cinco policiais, meus pais, Dafne e Igor.
– Me deu sede. – Falo
– Continuando – Igor diz, completamente cansado – Meu pai sofre com dupla personalidade, ele faz tratamento, se medica mas pode sair do controle e foi exatamente isso que aconteceu.
– Acha que foi muita pressão? – Um dos policiais indaga
– Sem dúvida alguma. Mas ele não é um criminoso, é mentalmente desequilibrado.
– Ele quase matou sua irmã. – O policial diz .
– Ele não é um assassino. é o homem que me ensinou a andar de bicicleta, é o homem que foi em todas as reuniões de escola, é o homem que ensinou Dafne a contar. Não é um criminoso, não o condene.
– Quem decide isso é o juiz, não eu. – O homem fala.
– Essa garota está demorando demais para tomar agua. – Observa um dos policiais.
Bufo e termino de beber o líquido.
– Lisa, por que não vai até a casa de Clara? – Minha Mãe sugere
Concordo com a cabeça e saio de casa. Porém , meu destino não é a casa dos Vieira, mas sim a casa que está de frente com a minha.
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Lisa em : MMRFL (Momento Mocinha retardada de filme de terror. )
Desculpem, mas eu tinha que fazer ela agir assim.