Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 9
O Rei dos Pervertidos


Notas iniciais do capítulo

Yo, meus leitores, aqui está mais um capítulo da minha fic
Queria aproveitar para vos pedir um favor, caros leitores fantasma que não comentam, caso não fosse um incomodo, agradeceria que aparecessem de vez em quando nos comentários, nem que seja para dizer o que gostaram, não precisam de comentar em todos os capítulos
Como leitor, os comentários me motivam a continuar a escrever e me dão inspiração, quantos mais melhor e caso ainda não estejam lendo os capítulos atualizados, comentam na mesma, eu amo receber comentários e tento responder sempre a todos
É este o meu pedido, agora espero que desfrutem do capítulo



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Nobi abriu os seus olhos, tudo à sua volta estava completamente branco, parecia estar num espaço sem fim. Sem dizer uma palavra, levantou-se e começou a caminhar sem rumo.

Andou durante um bom bocado até que avistou uma borboleta de asas negras com padrões rosa. Sem saber o motivo, seguiu-a até encontrar uma bela mulher de brilhantes e longos cabelos negros e que envergava um elegante kimono negro, por alguma razão, Nobi não conseguia ver o seu rosto, como se fosse uma memória enevoada na sua mente.

A mulher sorriu e aproximou-se do ruivo, curvando-se ligeiramente e passando a sua mão no rosto do mesmo.

“Te estava esperando.” Falou ela com uma voz cálida e confortante, voz esta que era bem familiar para jovem Yakuza, este lembrava-se perfeitamente de já ter ouvido essa voz, há muito tempo atrás, só não se conseguia lembrar de quando foi.

“Quem é você?” Perguntou Nobi ainda meio zonzo.

“Entendo, ainda não me recordadas.” Ergue-se ela, afastando-se do ruivo uns passos. “Continuarei esperando até ao dia que voltes.”

Então, uma rajada de borboletas negras jogou-se para o Nobi que encarava a sua situação confuso, até que se apercebeu que estava caindo num remoinho negro feito de borboletas.

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Então Nobi acordou repentinamente, para dormir ele apenas usava umas calças de pijama e não vestia nada por cima.

“Outra vez?” Murmurou ele suando frio e com respiração ofegante.

“Bom dia.” Cumprimentou Momoka sentada frente à cama do ruivo com um bloco de notas.

Foi então que ele reparou que estava ligado a uma espécie de eletrocardiograma e a outros aparelhos.

“Bom dia.” Cumprimentou ele estranhando um pouco, mas não perguntando nada.

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Quando os dois saíram do quarto do ruivo, com o mesmo já vestido, Nikko, Jin, Goru e até Chiyo encontram-se à mesa comendo o café da manhã.

"Finalmente acordaste." Falou a loira usando um avental. "Demoraste tanto que tive de ser eu a preparar o café."

“Então foi a Nikko que cozinhou.” Disse Nobi sentando-se e começando a comer.

“A comida do Nobi é melhor.” Comentou Momoka também começando a comer.

“Concordo.” Falou Jin enquanto comia.

“Também não precisam comer a minha comida se não quiserem!” Reclamou Nikko irritada.

“A comida da Nee-san é a melhor.” Argumentou Chiyo animada.

“Nee-san?” Indagou a loira estranhando.

“Então, você entrou para a Onigumi, Chiyo?” Perguntou Nobi curioso.

“Não compreendam errado, eu estou apenas seguindo a Nee-san.” Respondeu ela chegando-se mais para perto de Nikko.

“Entendo, mas vou passar a contar contigo na gangue.” Falou Nobi com um sorriso sincero. “Afinal já és uma amiga nossa.”

“Faça o que quiser.” Respondeu Chiyo cruzando os braços e desviando o olhar, tentando disfarçar o facto de ter apreciado as palavras do ruivo.

“Já agora, o que você estava fazendo no quarto do Nobi, Momo-san?” Perguntou Nikko curiosa.

“Ele parecia estar tendo um pesadelo, portanto decidi monitorizar o sono dele e fazer alguns registos.” Respondeu ela normalmente.

“Oh, então era isso.” Comentou Nobi continuando a comer normalmente.

“Vais aceitar isso tão normalmente?!” Indagou Nikko surpreendida.

“Bem, não é a primeira vez que ela faz testes comigo.” Revelou o Oyabun com um sorriso nervoso.

“O corpo do Nobi é perfeito para ser cobaia de testes.” Complementou Momoka enquanto comia.

“Ainda me pergunto que tipo de passado vocês dois tiveram.” Comentou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Não gostarias de saber.” Falou Goru bebendo o seu óleo quente, deixando a loira mais curiosa.

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Mais tarde, já na escola, mais precisamente no vestiário feminino, Nikko e Momoka se estavam trocando, pois tinham acabado de ter tido a aula de Educação Física e de tomar banho.

“Sinto que tem cada vez mais gente na minha casa.” Confessou a loira num suspiro enquanto apertava os botões da sua camisa.

“Devias impor-te mais. És facilmente manipulada.” Aconselhou Momoka vestindo a sua saia.

“Fala a pessoa que praticamente me obrigou a ceder a minha casa.” Lamentou-se Nikko mentalmente e depois recordando-se de algo. “Quando nos conhecemos, você disse que não gostava de mim, não é? Por quê?”

“Ainda não gosto.” Corrigiu a morena imediatamente, atingindo verbalmente Nikko de surpresa. “Mas não te preocupes, simplesmente não gosto de pessoas, não és um caso especial.”

“E o Nobi?” Perguntou a loira sem saber bem porquê.

“Ele é o meu brinquedo pessoal.” Respondeu Momoka com uma face inexpressiva, fazendo um sinal positivo com o polegar.

“Não devia ter perguntado.” Murmurou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Não se preocupe, Nee-san, eu gosto de você.” Falou Chiyo saindo do teto surpreendendo apenas a loira.

“C-Chiyo-chan?! O que você faz aqui?” Perguntou Nikko ainda surpresa.

“A classe C tem esta hora livre para se poder dedicar à prática das suas modalidades e aprimoramento das suas habilidades.” Explicou a kunoichi aterrando com um salto mortal.

“Isso não explica por que é que estás aqui.” Comentou Nikko estranhando.

De repente, a expressão da rosada se tornou séria e a mesma pegou em algumas agulhas escondidas nas suas roupas.

“O que foi?” Perguntou Momoka intrigada.

“Sinto uma presença maligna aqui.” Respondeu Chiyo olhando em todas as direções atentamente.

“O quê?” Indagou Nikko também começando a procurar.

“Ali.” Indicou Chiyo apontando para um cacifo que não estava trancado.

Então, as três garotas, estando duas delas apenas meio vestidas, aproximaram-se do mesmo e o abriram cuidadosamente.

“Oi, como estão?” Cumprimentou um garoto de olhos dourados e cabelo verde longo que estava dentro do cacifo e carregava consigo uma máquina de fotografar.

Antes que Nikko e Chiyo tivessem tempo para reagir ou o jovem de se explicar, Momoka socou o mesmo com tanta força que ele atravessou a parede e foi parar ao lado de fora, sendo que o vestiário feminino ficava no segundo andar.

“Que força insana.” Apenas comentou Nikko ao dar-se conta do que tinha acontecido numa fração de segundos, enquanto a poeira formada se levantava.

“U-um pervertido!” Gritou Chiyo apontando para o buraco no cacifo e na parede.

“Só reagiu agora?” Pensou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Será que exagerei?” Questionou-se Momoka olhando para a sua pulseira dourada no braço direito. “A força que utilizei é o suficiente para deixar um humano normal em coma.”

“Ei, ele estará bem?” Indagou Nikko ligeiramente preocupada.

“Espero que sim.” Falou Momoka dando meia volta. “Seria um saco ser perseguida por assassinato.”

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Nesse momento, Jin estava aproveitando a sua hora livre para meditar sob a sombra de uma árvore, quando algo a alta velocidade aterrou na mesma e caiu em cima do azulado.

“O que foi isto?” Perguntou-se levantando-se, enquanto ajeitava as suas roupas.

“Isto foi mesmo um susto.” Murmurou o esverdeado fazendo o mesmo. “Pensei que fosse morrer. Pelo menos a câmara está bem.”

“Quem é você?” Perguntou Jin não entendendo a situação.

“Oh, um aluno do primeiro ano.” Reparou o jovem. “Eu so-"

“Aí estás, seu pervertido!” Gritou Chiyo interrompendo-lhe, chutando-lhe no rosto fortemente, derrubando-o.

“Chiyo-dono?” Indagou Jin ficando ainda mais confuso.

“Finalmente a alcançamos.” Comentou Nikko chegando juntamente com Momoka e Nobi, que já as estava esperando à porta do vestiário e que trazia Goru consigo.

“Ele ficou ileso?” Pesou Momoka estranhando. “O que ele é?”

“Que ousadia me chamando de pervertido.” Murmurou o esverdeado se levantando e tentando fazer uma expressão legal, apesar de ter um inchaço no lado esquerdo da cara. “Eu sou o Rei dos Pervertidos!”

"Ele é um rei?!" Falou Nobi espantado.

"Não vejo qualquer diferença." Comentou Chiyo ainda irritada. "Continuas sendo um pervertido."

"Não me comparem com simples pervertido amador." Pediu o esverdeado fazendo diversas poses enquanto falava. "Sou um pervertido profissional! O Pervertido dos pervertidos, aquele que vive na mais pura luxúria, Sakurama Koji do 2º-A! Para mim, perversão é vida."

"Não entendi quase nada, mas ele parece ser incrível." Comentou Nobi admirado.

"Não, ele é só uma pessoa doentia." Corrigiu Nikko com um olhar desaprovação.

"Permitam-me mostrar-vos um leve vislumbre das minhas habilidades." Solicitou Koji puxando a sua franja para trás com uma mão. "Lust Eye!" (N/a: Olho da luxúria)

"Habilidades? O que será?" Indagou o ruivo esperançoso, enquanto os outros apenas olhavam inexpressivamente.

"Azul com babados, rosa listada, preta e sexy!" Gritou Koji apontando para Nikko, Chiyo e Momoka respetivamente.

Então, apôs uns breves momentos de silêncio, Chiyo e Nikko ficaram altamente coradas, enquanto Momoka ficava indiferente.

“O que foi isso?” Indagou Jin não entendendo.

“As calcinhas del- ” Koji fora novamente interrompido, desta vez pela loira e a rosada lhe espancando, fazendo com que ele deixasse cair a máquina de fotografar.

“Pode-me emprestar isto por um segundo.” Pediu Momoka pegando na câmara e vendo as suas fotos, que eram maioritariamente fotos eróticas de estudantes daquela escola. No fim, esmagou a máquina com as mãos e disse com um sorriso supostamente inocente. “Peço desculpa, parece que a quebrei acidentalmente.”

“O meu tesouro!” Gritou Koji perante os restos mortais da sua câmara.

“Porque é que ficaram assim apenas por causa de calcinhas?” Indagou Nobi confuso. “São apenas peças de roupa.”

“Você não entende o verdadeiro significado das calcinhas, meu caro.” Falou Koji com uma aura obscura e olhos brilhantes. “Calcinhas significam esperança! A excitação e animação de ver algo que normalmente é escondido. O desejo pela fruta proibida. Ter uma visão bem parcial e deixar a imaginação correr a mil! Calcinhas, é disso que estou falando. Um dos maiores tesouros da humanidade!”

“Nunca pensei que calcinhas fossem assim tão incríveis.” Murmurou Nobi engolindo em seco, completamente admirado. “Nikko, rápido, mostra-me a tua calçinha!”

“Como se eu fosse fazer algo assim!” Gritou Nikko irritada e corada.

“Oh, vejo que tens futuro.” Comentou Koji admirado, passando o braço pelos ombros do ruivo. “Como senpai é o meu dever ensinar todo o tipo de coisas aos meus kohai. Não te preocupes, te ensinarei tudo o que vais precisar.”

“Não ensines coisas estranhas ao Nobi!” Reclamou a loira.

“Nobi?” Interrogou Koji soltando o ruivo e pegando num bloco de notas que tinha no bolso do casaco. “Você por acaso é Hirata Nobi? Oyabun da Onigumi?”

“Como sabes isso?” Indagou Goru suspeitando.

“Sim, sou.” Respondeu Nobi ficando sério.

“Entendi, finalmente te encontrei.” Murmurou Koji com um sorriso de canto, retirando um anel do seu bolso e colocando-o no indicador da mão direita.

“Aquele anel…” Falou Nikko chamando a atenção de todos, enquanto a mesma via uma fumaça negra rodeando o objeto. “É uma arma amaldiçoada.”

“Tens bons olhos, gatinha.” Comentou Koji sem deixar de encarar Nobi, que fazia o mesmo. “Esqueci de mencionar isto enquanto me apresentava, além do Rei dos Pervertidos, também sou um Yakuza independente.”

“Um Yakuza independente?” Questionou Chiyo curiosa.

“Trata-se de um Yakuza que não pertence a nenhuma gangue e que costuma trabalhar para diversas gangues como mercenário por dinheiro.” Explicou Momoka ajeitando os seus óculos. “Então, o que você quer, Senpai?”

“Vim desafiar Hirata Nobi para um duelo!” Afirmou ele apontando para o ruivo.

“Tens muita coragem.” Falou Jin prestes a retirar a sua espada, quando o bastão de Nobi lhe cortou o caminho. “Mestre?”

“Para trás, Jin. O desafiado sou eu. O mesmo para todos, estão proibidos de interferir, é uma ordem.” Ordenou com um olhar decidido e um sorriso confiante. “Parece que encontrei mais uma pessoa forte.”

“Você é mais másculo do que aparenta.” Comentou Koji devolvendo o sorriso.

“Bem, faz o que quiseres, tenho outras coisas para fazer.” Respondeu Momoka indo-se embora. “Depois conta-me como o venceste.”

“Ela vai-se embora num momento destes?” Indagou Nikko no pensamento, estranhando o comportamento da sua Wakagashira.

“Podes deixar, Momo.” Afirmou Nobi pousando a ponta do seu bastão de beisebol metálico no chão. “Quando é que queres começar o duelo, Koji?”

“Realmente estás confiante. Hum… Acho que podemos começar… Agora!” Gritou Koji atacando Nobi desprevenido. “E usa o Senpai!”

O esverdeado atacou com o punho direito cerrado, pronto para socar o ruivo, mas este conseguiu se esquivar por poucos centímetros e ao mesmo tempo contra-atacar com o seu bastão, atingindo o lado esquerdo da cara do pervertido. Mas o resultado disso surpreendeu todos, especialmente o jovem Oyabun.

“Isso é tudo?” Perguntou Koji sorrindo sadicamente, com o lado esquerdo da sua face completamente preto, num tom metalizado, como se usasse metade de uma máscara de ferro.

“Então esse é o teu poder.” Supôs Nobi ainda ligeiramente espantado.

“Isso mesmo, este anel funciona como uma armadura corporal que endurece extremamente qualquer parte do meu corpo. Mas não serve apenas para defesa.” Explicou Koji com a face já normal e endurecendo a sua mão direita, que atingiu fortemente o estômago de Nobi, fazendo-o cuspir sangue.

“Mestre…” Murmurou Jin cerrando os dentes frustradamente por não se poder intrometer.

“O Aniki tinha razão.” Comentou Goru, enquanto Nikko e Chiyo olhavam com expressões de preocupação. “Este humano é forte.”

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Enquanto isso, na sala de arquivos da escola, Momoka parecia estar procurando por algo em umas gavetas.

“Procurar informações do inimigo, sem nem contar ao teus companheiros… Realmente é a tua cara.” Comentou Seika encostando-se à porta. “Há quanto tempo, Momo-chan.”

“Sim, já fazem 5 anos, Seika.” Concordou ela com um olhar frio, se levantando.

“Contínuas fria e calculista como sempre.” Reparou o azulado soltando uma ligeira risada. “Mas sabes, este lugar é interdito a alunos comuns.”

“Sim, eu sei.” Respondeu a morena monotonamente.

“Realmente não mudaste nem um pouco.” Suspirou Seika depois olhando para os pulsos e tornozelos da sua amiga de infância. “Então ainda andas com elas, as tuas armas amaldiçoadas artificiais.”

“Vejo que tu também.” Comentou Momoka olhando para as luvas negras que o presidente usava.

“Claro, estas luvas são a arma amaldiçoada que a Momo-chan fez especialmente para mim.” Respondeu ele com um ligeiro tom de brincadeira, mas depois sorrindo e olhando para elas com uma certa nostalgia.

“Elas estão um pouco diferentes, por acaso tentaste melhora-las?” Perguntou a morena com um olhar de reprovação.

“Sim… Foi exatamente isso que eu fiz.” Respondeu ele com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos e um sorriso amargo.

“Por quê?” Perguntou Momoka mostrando ligeiramente um tom de preocupação na sua voz. “Sabes muito bem que elas já são perigosas para os nossos corpos. Por que é que decidiste aumentar a sua potência?”

“Pelo verdadeiro objetivo pelo qual elas foram criadas.” Respondeu Seika com um olhar sério, fazendo Momoka mostrar um pouco de hesitação e desviar o olhar, ao ouvir aquelas palavras. “As tuas quatro pulseiras aumentam as força física do membro a que estiveram ligadas, alcançando uma força sobre-humana que pode rivalizar e talvez superar a do Nobi. Enquanto a minha arma contem algo que pode funcionar contra a habilidade regenerativa dele. Estas armas foram originalmente desenvolvidas para poder derrotar o Nobi. Momo-chan… Tu também temes que aquilo volte a acontecer, não é?”

“Eu confio no Nobi.” Afirmou Momoka decidida, apôs breves momentos de hesitação. “Tenho a certeza de que aquilo não vai voltar a acontecer.”

“Eu também gostava de ser assim.” Confessou Seika suspirando. “Realmente sou um péssimo irmão mais velho. Mas digo uma coisa, o Nobi é a última pessoa a quem eu cederia esta escola.”

Dizendo isto, o presidente do conselho escolar abandonou a sala, deixando a Wakagashira da Onigumi sozinha nos seus pensamentos, enquanto recordava partes do seu passado que desejava esquecer.

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A luta de Nobi e Koji progrediu até um pequeno bosque que ficava nos fundos da escola, onde poderiam brigar sem atrair atenções desnecessárias.

Os dois estavam frente a frente, Nobi parecia cansado, mas graças à sua regeneração não aparentava ter sido ferido, apesar de isso ter acontecido várias vezes durante o duelo, por outro lado, Koji aparentava estar menos cansado e estava completamente ileso.

“Oi, oi. Isto não é nada justo.” Comentou Koji mostrando uma ligeira preocupação. “Não importa quantas vezes te bata, tu ficas bem. Isso tira o interesse da luta. Pensando bem, isso nem é normal, mesmo sendo um portador amaldiçoado.”

“Normal não é uma palavra que me definiria muito bem, em nenhum sentido.” Respondeu Nobi com um sorriso fraco e usando o seu bastão para se apoiar, mesmo se regenerando, a fadiga não desaparecia tão facilmente.

“Realmente és um cara interessante. Mas vou ter de terminar agora.” Falou Koji endurecendo a sua mão direita. “Mesmo que te cures rápido, parece que o cansaço permanece. Acho que nem vou precisar de ativar o Stage 2 contigo.”

“Então ele também consegue alcançar o Stage 2 da sua arma.” Pensou Nobi se preparando.

Então, Koji começou a correr na direção de Nobi, que também fez o mesmo. Assim que os dois ficaram próximos o suficiente, o esverdeado tentou socar novamente o jovem Oyabun, mas desta vez, foi bloqueado pelo bastão de beisebol do mesmo, causando uma potente onda de choque.

Os dois ficaram imóveis durante uns ligeiros momentos, até Nobi tentar atingir o estômago do Yakuza independente, mas este consegui endurecer a sua barriga, ao mesmo tempo que a sua mão voltava, ao normal.

“Era isto que queria comprovar.” Falou ele, pregando uma rasteira ao esverdeado, apanhando-o de surpresa e atingindo-lhe na cara, antes de este chegar a tocar no solo, jogando-o assim contra uma árvore. “Não consegues usar o teu poder em duas partes do corpo ao mesmo tempo.”

“Então percebeste… Fui desleixado.” Murmurou Koji se levantando e limpando um pouco de sangue que saía do seu nariz, além de ter metade da cara inchada. “Mas não me conseguiste provocar dano algum.”

“Como assim? Estás sangrando!” Reclamou Nobi irritado.

“Estava apenas pensando em coisas pervertidas enquanto era arremessado contra árvore.” Respondeu ele tentando parecer legal.

“E a tua cara?” Indagou Nobi revoltado.

“Isto é apenas alergia, já passa.” Falou Koji levantando o polegar positivamente.

“Para de mentir!” Reclamou mais uma vez o ruivo.

“Parabéns, passaste.” Felicitou Koji ignorando as reclamações do jovem Oyabun. “Nossa, realmente és melhor do que os boatos dizem, quase tive de lutar a sério.”

“Eh?” Indagou Nobi confuso. “Do que estás falando?”

“Isto foi tudo um teste para avalia-lo.” Explicou Koji fazendo uma vénia de joelhos. “Me torne seu subordinado, Nobi-Oyabun.”

“EH?” Gritou o resto da Onigumi que estava assistindo à luta nos arbustos se revelando.

“Por quê?” Interrogou Nobi pousando a ponta do seu bastão no chão.

“Ouvi dizer que você planeja tomar o território de Tóquio da White Tigers. Para isso terá que derrubá-los.” Respondeu Koji com um ar meio sombrio. “Portanto temos um objetivo em comum.”

“Entendo, alguém como tu me seria de grande ajuda para conquistar este país.” Falou o ruivo sorrindo e estendendo a sua ao esverdeado. “A partir de hoje pertencerás à Onigumi e seremos amigos. Não precisas ser tão formal comigo, podes chamar-me apenas de Nobi.”

“Você realmente é diferente de qualquer Oyabun que eu já tenha visto.” Riu Koji apertando a mão do ruivo e levantando-se. “Normal realmente não serve para te definir.”

“É assim? Ele vai entrar tão facilmente?” Indagou Nikko preocupada.

“Recuso-me a ficar na mesma gangue que este pervertido!” Reclamou Chiyo irritada.

“Não se preocupe, jovem e bela dama, você pode confiar em mim.” Falou Koji para Nikko, ajoelhando-se e pegando na mão da mesma. “Será que me poderia dar o seu nome, número, endereço eletrónico e medidas?”

“Claro que não, seu pervertido!” Gritou Chiyo intrometendo-se e chutando-o. “Nobi-san, não podemos ter um pervertido destes na gangue, ele vai tentar algo malicioso connosco.”

“Se estás preocupada com que eu vá atrás de ti, lamento desapontar-te, mas não sou um lolicon.” Falou Koji se levantando com um olhar de desinteresse.

“Quem estás chamando de loli, seu maldito?” Perguntou Chiyo irritada e corando ligeiramente.

“Baixa estatura, peitos planos que nem uma tábua, você é uma loli.” Explicou Koji atingido verbalmente a rosada. “Para mim, uma mulher tem de ter peitos, quanto maiores, melhores!”

“Peitos grandes são apenas gordura acumulada e só atrapalham!” Respondeu Chiyo ainda corada e mais irritada.

“Não te atrevas a chamar aos peitos de gordura.” Ordenou Koji dramaticamente. “Os peitos estão cheios de amor, esperança e sonhos! São um dos tesouros mais sagrados deste mundo!”

“Não sabia que peitos eram assim tão incríveis.” Comentou Nobi admirado. “Ni- ”

“Deixa de escuta-lo.” Pediu Nikko batendo na cabeça do seu Oyabun. “Ele vai acabar enchendo a tua mente de coisas ruins.”

“Mestre, você acha que podemos confiar nele?” Inquiriu Jin se aproximando, enquanto o esverdeado e a rosada discutiam sem parar.

“Sim. Ele parece ser um cara bem divertido e legal.” Respondeu Nobi com um sorriso confiante. “E tenho a certeza de uma coisa, na nossa luta ele não chegou a lutar sério.”

“Cada vez entra mais gente estranha nesta gangue.” Comentou o pequeno robô vermelho num tom de suspiro.

“Essa fala é minha.” Reclamou a loira. “E tu és o mais estranho de todos.”

E assim, a Onigumi conseguiu o seu sétimo membro. Este é apenas o começo para esta pequena gangue, que em breve dará o seu primeiro passo para a conquista do Japão.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que prometi um Omake para este capítulo, mas o tempo não me permitiu, espero que me perdoem
É tudo por hoje, até à próxima!



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