Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 8
Garota Demônio


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo da fic, estou com pouco tempo, então não vou dizer muito
Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/546155/chapter/8

“Acho que você se devia acalmar um pouco.” Comentou Kazuo parando a investida de Nobi apenas com uma mão, surpreendendo o autor do ataque.

“Quando o Nobi usa a arma amaldiçoada dele, a sua força é muito mais que aquilo.” Pensou Momoka mostrando uma leve preocupação. “ Ele anulou a arma do Nobi?”

“Eu disse que só queremos conversar.” Falou o detetive privado soltando o bastão do ruivo. “Yamaguchi-san, pode vir connosco?”

“O que você é?” Perguntou Momoka intrigada, enquanto Nobi ficou mais cauteloso e voltou a prender o seu bastão de basebol metálico nas costas.

“Acho que somos nós que fazemos as perguntas, Yamaguchi-san.” Respondeu o loiro acendendo um cigarro.

“Isso mesmo!” Animou Michiko, enquanto Jin ficou alerta, retirando um pouco da sua espada da bainha.

“Mas acho que posso falar um sobre mim.” Falou Kazuo encostando-se ao muro, soprando uma pequena nuvem de fumaça. “O meu objetivo é saber toda a verdade sobre as armas amaldiçoadas.”

“Como assim?” Indagou Momoka ficando surpresa.

“Você também estudou estas armas, não foi?” Supôs o loiro com uma expressão relaxada. “Nunca se perguntou de onde vieram tais armas? Como algo que parece saído de uma história de fantasia pode estar espalhado por todo o nosso país e ninguém suspeitar? Como elas funcionam? Existem há quanto tempo? Quem as criou?”

“Estou confuso.” Murmurou Nobi pensativo.

“Isso é normal.” Comentaram Jin e Momoka em simultâneo.

“Mas sim, é verdade. Eu criei as minhas armas amaldiçoadas artificiais estudando a arma do Nobi.” Confirmou a Wakagashira ajeitando os seus óculos. “Mas não planejo entregar a ninguém o processo de criação, é algo que descobri por mim mesma.”

“Eu entendo.” Respondeu Kazuo soprando outra nuvem de fumaça. “Pensei que pudéssemos partilhar informação para chegarmos mais perto da verdade.”

“Lamento, mas não estou interessada em conhecer verdade nenhuma.” Falou Momoka com um olhar hostil. “Apenas não gosto de ficar atrás.”

“Bem, Michiko-chan, terminamos aqui, vamos.” Disse o loiro dando meia volta e indo na direção contrária. “Não sou o tipo de homem que forçaria uma mulher.”

“E a recompensa por achar a garota misteriosa?” Indagou Michiko insistente.

“Nunca estive interessando nisso.” Respondeu Kazuo caminhando em direção ao pôr-do-sol.

“Droga, Kazuo-san.” Lamentou-se a roxeada seguindo-o. “Você sempre faz isso. Não vejo o problema de conseguirmos ganhar algum dinheiro com ela.”

“Eles são realmente uma dupla peculiar.” Comentou Jin embainhando totalmente a sua espada.

“Sim…” Concordou Nobi meio perdido nos seus pensamentos. “Aquele homem… Tem algo que me é familiar, mas não sei o que é.”

“O que importa é que nos livrámos deles sem problemas.” Falou Momoka, enquanto pensava. “Como será que ele fez aquilo com a arma amaldiçoada do Nobi?”

_______________________________x_______________________________

Nikko percorria os corredores da escola preocupada, com Goru agarrado ao seu ombro, enquanto os dois procuravam o local de onde o grito veio.

“Fica calma, garotinha.” Falou uma voz grave do outro lado de uma esquina e os dois aproximaram-se sigilosamente para poderem ver o que estava acontecendo.

Foi então que viram um aluno de cabelo castanho-escuro que aparentava estar no terceiro ano prendendo os braços de Chiyo e tapando-lhe a boca, enquanto outro parecia estar vasculhando a sala do clube de floricultura.

“Não encontrei nada, Hirano.” Falou o outro aluno finalmente saindo da sala, este usava o cabelo raspado e era bem grande.

“Procura melhor, Shuji.” Respondeu o moreno para ele.

“O que vocês querem?” Interrogou Chiyo furiosa conseguindo soltar a sua boca.

“Recebemos informação de que escondes droga feita por ti nesta sala e que a vendes aos alunos desta escola.” Explicou Hirano com um sorriso malicioso ainda prendendo os braços da rosada. “E nós, como executores, tínhamos de agir.”

“Executores?” Murmurou Nikko engolindo em seco e esperando um bom momento para intervir.

“Isso não é verdade!” Protestou Chiyo tentando-se libertar. “Eu nunca faria isso!”

“Ei, Shuji.” Chamou Hirano com uma expressão sádica. “Experimente procurar nos vasos.”

“Entendi.” Respondeu o grandalhão esboçando um leve sorriso e voltando a entrar na sala.

“O que vão fazer?” Indagou Chiyo preocupada.

Então, Shuji começou a derrubar as mesas da sala e deitando abaixo os vasos com todas as plantas e flores que Chiyo cuidava carinhosamente e pisando várias delas enquanto percorria a sala e causava mais danos.

“Parem! Parem com isso agora!” Gritou Chiyo em pânico. “Vocês estão apenas abusando da vossa posição de executores!”

“Talvez.” Rio Hirano descaradamente, enquanto Shuji causava mais danos na sala do clube. “Agora me lembrei, estas plantas são as tuas únicas amigas não são, que pena.”

“Ela disse para pararem.” Falou Nikko saindo do seu esconderijo e com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos.

“Tsc, uma metediça.” Murmurou Hirano distraindo-se um curto momento que foi o suficiente para Chiyo se conseguir libertar e dar um chute no estômago do mesmo. “Droga!”

“O que fazemos?” Perguntou Shuji saindo novamente da sala.

“Não é óbvio?” Indagou Hirano se recompondo. “Nós estávamos pensando nos divertir com ela depois disto, mas agora temos duas.”

“Vamos usar aquilo?” Inquiriu Shuji com um sorriso confiante.

“Claro.” Confirmou o moreno retirando do seu bolso uma caneta.

“O que vais fazer com uma simples caneta?” Perguntou Chiyo pegando em várias agulhas com as duas mãos.

“Baixa-te!” Gritou Nikko atirando-se sobre a kunoichi, jogando-a para o chão juntamente consigo.

No exato momento que isto ocorrera, uma espécie de luz púrpura passou rento a elas e atravessou uma janela, atingindo um pássaro.

“Para que foi isso?” Indagou Chiyo irritada.

“Por aquilo.” Respondeu Nikko levando-se e apontando para a janela, de onde se pode ver o pássaro cair em pleno voo.

“Como percebeste?” Interrogou Hirano intrigado.

“Consigo ver.” Afirmou a loira com um olhar desafiador, enquanto via aquela “fumaça” negra rodeando a tal caneta. “Isso é uma arma amaldiçoada, não é?”

“Isso mesmo.” Revelou Hirano ainda com um sorriso superior. “Ela tem o poder de fazer adormecer qualquer um que seja iluminado pelo seu raio.”

“Espera. Como aquilo foi possível?” Indagou Chiyo surpreendida. “Armas amaldiçoadas? Isso não era apenas uma lenda urbana?”

“Por que não experimentas um pouco para ver se é real ou não?” Sugeriu Hirano apontando agora para a rosada e pressionando um pequeno botão, soltando aquela luz púrpura novamente.

Só que desta vez, ela foi capaz de se desviar ágilmente, mas quando estava prestes a adotar uma posição ofensiva, Nikko segurou a sua mão e começou a correr.

“Ei, o que estás fazendo?” Perguntou Chiyo enquanto era arrastada por Nikko.

“Eu detesto meter-me em confusões deste tipo.” Respondeu a loira assustada e correndo bem depressa.

“Elas estão fugindo.” Comentou Shuji.

“Atrás delas!” Ordenou Hirano começando a correr juntamente com o seu parceiro.

“Para quem não gosta de confusões, ela acabou por se meter numa bem grande.” Comentou Goru ainda atrás da esquina, com uma gota de óleo atrás da cabeça.

_______________________________x_______________________________

Após muito correrem, as duas conseguiram despistar o par de executores, escondendo-se na sala de música.

“Por que me ajudaste?” Questionou Chiyo depois de descansar.

“Não sei, o meu corpo se moveu antes que eu percebesse.” Respondeu Nikko sentada, inclinando a cabeça para trás e observando a Lua, percebendo que já se fizera de noite. “Acho que simplesmente odeio pessoas como aqueles caras. Aquelas plantas são importantes para ti, não são?”

“É como eles disseram, elas são as minhas únicas amigas.” Respondeu a rosada com um olhar entristecido.

“Como assim?” Interrogou Nikko preocupada.

“Não tenho porque te dizer.” Negou-se ela, cabisbaixa e num tom irritado. “E também não precisava da tua ajuda, estava muito bem sozinha.”

“Por que é que te afastas das pessoas, quando queres precisamente o contrario?” Perguntou Nikko com um olhar sério, surpreendendo a kunoichi.

“D-do que estás falando?” Gaguejou Chiyo nervosa.

“Há uns dias eu também fazia isso.” Respondeu ela levantando-se e murmurando bem baixo. “Até ter conhecido ele.”

“Não irias compreender.” Murmurou a rosada virando-se de costas para ela, escondendo a sua expressão.

“Não vou saber até me contares!” Afirmou Nikko com voz firme.

“Eu nunca tive o que se pode chamar de amigos.” Começou ela a explicar, ainda voltada. “Fui treinada pelo meu clã desde que me posso recordar, não tinha tempo para outras coisas como me divertir ou fazer amigos, a minha única alegria era cuidar das flores da minha avó, foi ela quem me ensinou floricultura e medicina natural, algumas das plantas do clube me foram oferecidas por ela. Um dia, devido a uns problemas que aconteceram na minha vila, tive de me mudar para Tóquio, onde fui para a escola por primeira vez com outras pessoas da minha idade. Pensei que finalmente poderia fazer amigos, mas estava enganada.”

“O que aconteceu?” Perguntou Nikko preocupada.

“Eu fui apenas usada.” Falou ela olhando para o vazio e esboçando um fraco sorriso, com algumas lágrimas escorrendo pelos seus olhos. “Ridículo, não é? Naquela altura pensei que queriam ser meus amigos, mas no fim, só queriam tirar proveito de mim e das minhas capacidades. Nunca me viram como uma amiga, mas eu acreditava que sim. Sou mesmo uma idiota, não sou? É por isso que eu já não confio em mais ninguém e me afasto das pessoas.”

“Não digas estupidezes!” Gritou Nikko furiosa, surpreendendo ainda mais a rosada, fazendo-a virar-se e ver um olhar decidido que transmitia confiança. “Tudo o que aconteceu foi não teres conhecido as pessoas certas!”

“Eu simplesmente não posso confiar nos outros.” Respondeu Chiyo ainda com um olhar entristecido.

“Podes sim.” Afirmou Nikko decidida. “Existem pessoas em que se pode confiar sem qualquer dúvida, é só encontrar elas.”

“Já encontraste alguém assim?” Perguntou a kunoichi enxugando as suas lágrimas com os dedos.

“Sim.” Respondeu a loira dando um leve sorriso e olhando de novo para a janela. “Apesar de o conhecer há pouco tempo e de ele ser um idiota que me arrastar para todo o tipo de encrencas, não sei bem porquê, mas confio plenamente nele. Acho que devias fazer o mesmo.”

“Hum, falas daquele cara de cabelo ruivo, não é?” Supôs Chiyo mostrando um leve sorriso matreiro.

“Como percebeste?” Indagou Nikko corando levemente.

“Interessante.” Falou ela ainda com um sorriso matreiro.

“O que queres dizer com isso?” Inquiriu Nikko numa mistura de raiva e constrangimento.

“Nada não.” Respondeu Chiyo num tom infantil. “Boa sorte com isso.”

“O que raio estás querendo insinuar?!” Questionou Nikko irritada.

“És bem mais divertida do que pensei.” Finalmente riu a rosada kunoichi.

“E tu não és tão isolada como pensei.” Suspirou a loira e as duas riram. “Acho que poderíamos ser amigas.”

“Talve…” Quando Chiyo estava prestes a responder, as duas foram interrompidas pelo forte abrir da porta, alertando-as. “Fomos encontradas?”

“Finalmente vos achei.” Afirmou Hirano com um sorriso confiante, mas ele não estava sozinho, trazia consigo cerca de umas 20 pessoas, todas elas vestidas de preto e usando máscaras brancas, tendo nas costas escrito “Punição Divina”.

“Quem são eles?” Indagou Nikko levantando a guarda.

“Já tinha ouvido rumores.” Falou Chiyo ficando séria. “Os executores do comitê disciplinar, são conhecidos por serem os mais impiedosos e por nunca mostrarem as suas faces.”

“Isso mesmo, nós temos a ajuda do comitê disciplinar, melhor se renderem.” Disse Hirano confiante.

“Droga, estamos encurraladas.” Murmurou Nikko frustradamente.

“Hirano-kun, por que razão você pediu ajuda às nossas forças de elite, por um par de garotinhas do primeiro ano?” Perguntou um dos executores vestidos de preto, que usava uma máscara diferente dos outros, esta se assemelhava à de uma raposa e o mesmo demonstrava um certo ar de superioridade. “Começo a duvidar se foi correto te oferecer uma arma amaldiçoada.”

“Não se preocupe, Ume-san.” Respondeu Hirano suando frio. “Só fiz isto para elas saberem com quem se estão metendo.”

“Vamos ter de abrir caminho.” Falou Chiyo pegando em algumas agulhas e arremessando-as contra os executores, os que foram atingidos caíram imediatamente.

“Interessante.” Murmurou Ume.

“Eles estão…?” Indagou Nikko preocupada.

“Eles não morreram.” Explicou Chiyo focada nos inimigos. “As agulhas que arremessei continham um veneno que funciona com uma anestesia natural, eles acordaram dentro de umas horas.”

Então, os executores que ainda estavam de pé, partiram para o ataque, alguns empunhavam “armas” comuns como tacos de beisebol, canos e outros tipos de armas improvisadas, outros de mãos vazias e alguns usando armas brancas.

Chiyo saltou para o meio deles começou a lutar corporalmente com eles, os seus movimentos eram ágeis e precisos, faziam lembrar um felino pela forma como se movia entre os inimigos. Quanto um dos executores lhe tentou atacar pelas costas, ela saltou e usando a cara de outro executor que estava à sua frente como local de apoio, deu um mortal para trás, acertando fortemente na nuca do que lhe tentara atacar desprevenida, fazendo-o desmaiar.

“Ela é incrível.” Murmurou Nikko espantada, até alguns dos executores começarem a ir na sua direção. “Droga.”

Então ela viu-se obrigada a fugir e ser perseguida de uma lado a outro da sala, enquanto Chiyo lutava.

“Que tal fazeres alguma coisa além de fugir?” Reclamou Chiyo colocando mais dois executores inconscientes com as suas agulhas.

“Já disse que não gosto de me meter em complicações como esta.” Falou Nikko continuando a correr.

“Aquela garota loira… Se não me engano, faz parte do grupo de Hirata Nobi.” Comentou Ume observando-a e depois dando meia volta, pousando a sua mão no ombro de Hirano. “Deixo as coisas nas tuas mãos, tenho algo para fazer.”

“Sim, senhor.” Respondeu Hirano nervoso, enquanto via o executor da máscara de raposa indo embora.”

“Isto é ruim, isto é muito ruim!” Pensava Nikko enquanto corria freneticamente pela sala, sendo perseguida pelos executores do comitê disciplinar.

Foi então que mais alguns se meteram no caminho dela, encurralando-a.

“A situação não para de piorar!” Lamentou-se ela, encostando-se ao armário da sala, que tinha uma vassoura encostada ao mesmo.

Enquanto isso, Chiyo continuava a defrontar o resto dos executores, já tinha nocauteado um grande número deles, mas num momento de distração, sofreu um potente golpe nas costas e caiu.

“Garota problemática.” Comentou o enorme Shuji, autor do golpe.

“Maldito.” Murmurou ela, mas quando estava preste a se levantar, Shuji pressionou-lhe a cabeça contra o são com a sua mão.

“Permitam-me apresentar.” Falou ele fazendo mais força, fazendo com que Chiyo gemesse de dor. “Eu sou Takeda Shuji da classe 3º-C, sou o décimo aluno mais forte no ranking do terceiro ano da classe C.”

“Melhor desistirem, vocês duas.” Aconselhou Hirano indo para junto de Shuji. “A força bruta do Shuji é tão poderosa que pode esmagar uma cabeça apenas com a mão.”

Ao ver aquela cena, Nikko ficou em silêncio, com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos.

“Porque não fazemos um acordo?” Falou Hirano dirigindo-se para Nikko. “Se abandonares agora a Mochizuki, nós deixamos-te ir, sem qualquer problema. O que achas?”

“Entendo.” Murmurou Nikko com os olhos ainda cobertos pela sombra. “Então vocês me deixaram ir se eu a abandonar.”

“Isso mesmo.” Confirmou Hirano com um sorriso confiante.

Ao ouvir aquilo, Chiyo começou a pensar que seria traída mais uma vez, que novamente se tinha iludido quanto a uma amizade.

“Realmente é bem conveniente.” Falou Nikko esboçando um pequeno sorriso. “Pena que não posso fazer isso.”

“Como?” Indagou Hirano começando a ficar irritado. “Achas que te podes livrar de nós? Estás em completa desvantagem.”

“Realmente não sei? Mas deixem-me contar-vos umas coisas sobre mim.” Disse a loira batendo na porta do armário metálico e deixando uma grande mossa. “Desde pequena que tenho sérios problemas de raiva e odeio caras como vocês.”

Então, num veloz movimento, Nikko pegou na vassoura e derrubou três dos executores, desprevenidos, com uma força soberba. Outros dois decidiram ataca-la, mas ela atingiu o estômago de um com o cabo da vassoura e deu um potente chute na virilha do outro ao mesmo tempo, derrubando os dois.

“Não pode ser.” Murmurou Hirano surpreso.

Nikko correu em direção a Shuji, com uma expressão furiosa, batendo em qualquer um que se metesse no seu caminho.

“LARGA A MINHA AMIGA!” Gritou ela firmemente, saltando e dando uma extremamente potente joelhada na cara do jovem gigantesco, nocauteando-o na hora, nesse momento, Nikko conseguiu ver através dos seus olhos as mesmas fumaças que costumava ver rodearem partes do seu corpo e a vassoura, só que estas não eram negras, mas sim douradas.

_______________________________x_______________________________

Enquanto isso, no caminho de volta a casa, Nobi parou e olhou para trás com uma expressão que mostrava intriga e preocupação.

“O que foi?” Perguntou Momoka estranhando.

“Nada, apenas tive uma sensação estranha.” Falou o ruivo continuando o seu caminho e olhando uma última vez para trás.

_______________________________x_______________________________

“Esta sensação…” Murmurou Goru que procurava por Nikko na escola. “Uma arma amaldiçoada? Não… Diria que é algo completamente oposto.”

_______________________________x_______________________________

Todos na sala ficaram espantados ao verem o gigantesco Shuji cair pelo que aparentava ser uma simples joelhada. Mas a que ficara mais surpresa foi Chiyo com as palavras da loira, esta fora a primeira pessoa que a chamara de amiga de uma forma tão sincera.

“O que foi aquilo?” Murmurou Nikko pensativa lembrando-se da fumaça dourada que só ela vira.

“Viram a força dela?”

“O que ela é? Um monstro?”

“Ela parecia um demônio lutando.”

Todos começaram a murmurar, coisas cada vez piores sobre Nikko e todas chegaram aos seus ouvidos.

Quem disse que os demônios não podem ter vidas felizes?”

“Esse é o significado da nossa gangue.”

“Nós aceitamos aqueles que o mundo rejeita!”

“… é um apelido bem maneiro.”

As palavras de Nobi rapidamente ressoaram na cabeça da loira, que esboçou um leve sorriso.

“Isto não vai acabar assim.” Falou Hirano surpreendendo Nikko desprevenida e ativando o poder da sua arma amaldiçoada. “Dorme bem!”

Então, a luz purpura atingiu-a e esta pensou que iria adormecer, mas nada aconteceu.

“O quê?” Indagou Hirano confuso ligando e desligando o raio da sua arma em Nikko, sem qualquer efeito. “Não pode ser… Quem és tu?”

“Não acredito que vou dizer isto.” Suspirou ela, lembrando-se mais uma vez das palavras de Nobi e dizendo firmemente. “Sou a Garota Demônio da Onigumi, Izumo Nikko!”

Gritando isto, bateu fortemente na cabeça de Hirano com o cabo da vassoura, derrubando-o e quebrando a mesma.

“Incrível.” Murmurou Chiyo com um brilho de admiração nos seus olhos. “Ela é incrível.”

“Vamos fugir daqui.” Falou Nikko ajudando a rosada a se levantar e as duas correram para fora da sala.

Quando os executores que restaram estavam prestes a persegui-las, Ume intrometeu-se no seu caminho, fazendo-os parar.

“É suficiente por hoje.” Declarou ele imponente. “Voltem para vossas casas e levem os inconscientes e feridos para a enfermaria.”

E assim todos fizeram, sem dizer uma única palavra.

“U-me…-san?” Murmurou Hirano recuperando os sentidos. “O que está fazendo aqui?”

“Estive observando tudo de longe.” Explicou o executor de máscara de raposa, pisando na cabeça do moreno. “Você causou-nos muitos prejuízos apenas pelo seu proveito próprio.”

“Não tive culpa, a arma amaldiçoada que me deram deixou de funcionar.” Respondeu Hirano assustado.

“Não culpes a tua arma.” Falou Ume pisando mais forte. “O potencial de uma arma amaldiçoada dependo do seu portador, a arma que te demos é um potente mecanismos de hipnose, mas nas tuas mãos não passou de algo que faz as pessoas adormecerem. Se quereres culpar algo, culpa a tua inutilidade. O que aconteceu aqui hoje será reportado ao presidente Shinohara.”

“Não, por favor!” Implorou Hirano enquanto era levado por dois executores do comitê disciplinar.

“Mesmo assim, aquilo foi estranho.” Pensou Ume observando a Lua pela janela. “Como aquela garota não foi afetada pela arma? Será que algo nela anulou o efeito? Garota Demônio, Izumo Nikko? Não me irei esquecer.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hoje também não teremos Omake, mas garanto que o próximo terá
Gostaram de desta vez ser a Nikko a ter o destaque? Não gosto de me focar apenas no protagonista
É tudo por hoje, até à próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nobi, aquele que dominará o Japão!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.