Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 10
Let's start the show


Notas iniciais do capítulo

Não, não estão alucinando ou com bug, postei mesmo muito mais cedo, isso porque este é um dos capítulos que mais queria escrever, espero que gostem e comentem bastante
Já agora, como foi postado mais cedo, é possível que este fim-de-semana não haja capítulo novo.



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Hoje será contada uma história diferente do normal, a história de um prisioneiro que sorria o tempo todo.

Numa certa prisão de alta segurança, numa ilha isolada, onde os mais perigosos criminosos do mundo eram mantidos, um guarda novato fora transferido e aquele era o seu primeiro dia de trabalho naquela prisão.

"Vou-te mostrar como as coisas funcionam por aqui." Falou um guarda veterano para o novato.

"Sim, senhor. Agradeço." Respondeu ele formalmente, fazendo continência.

Então o seu superior fez-lhe uma visita guiada pela prisão. Tudo nela parecia desmotivar, gerando um clima bem depressivo. As celas eram bem modernas, em vez de grades, tinham uma espécie de paredes transparentes super resistentes. Nelas estavam todo o tipo de criminosos e todos pareciam lançar um olhar sanguinário para o novato por cada cela que passavam, fazendo ele ficar desconfortável.

Foi então que passaram por uma cela com um prisioneiro de cabelo negro curto e olhos vermelho sangue, que pareciam tão profundos e vazios como um poço sem fim e cuja pele era tão branca como uma folha de papel. O que mais surpreendeu o novato, foi o facto de o mesmo estar sentando numa cadeira de jardim, com uma mesa a condizer, bebendo calmamente chá no meio da cela.

“Boa tarde, meus senhores.” Cumprimentou o prisioneiro educadamente, com um sorriso sombrio, quando passaram pela sua cela.

“Senhor, o que aquele prisioneiro está fazendo?” Perguntou o novato ao passar pela cela.

“Apenas ignora-o, é o melhor que podes fazer.” Respondeu o veterano continuando a andar.

“Já vão embora? Podíamos ter ficado a falar um pouco.” Falou o peculiar prisioneiro desde a sua cela.

“Quem é ele?” Questionou o novato curioso.

“Não temos qualquer registo dele, mas ele refere-se a si mesmo como Namonai (N/a: significa Ninguém).” Respondeu o veterano sem mostrar a sua expressão para o seu subordinado.

“Se ele não tem nenhuma espécie de registo, como é que acabou aqui?” Inquiriu o novato ficando cada vez mais curioso quanto ao prisioneiro.

“Foi numa noite chuvosa há três anos atrás.” Começou o superior a contar começando com uma voz tremula. “Eu e outros dois estávamos servindo como guardas do portão principal quando ele apareceu arrastando algo consigo. Ficamos surpresos, afinal só funcionários da prisão e prisioneiros deviam estar na ilha. Quando lhe perguntamos quem era, ele não respondeu, apenas mostrou aquele sorriso arrepiante. Depois… Ele jogou a coisa que arrastava para os nossos pês e perguntou se a quilo era o suficiente para entrar. Quando olhamos bem, percebemos que aquilo era um corpo humano completamente desfigurado dos pés à cabeça, tenho a certeza que até um familiar teria dificuldades em reconhecer o corpo. Ficamos escandalizados e enquanto tentávamos compreender a situação, ele perguntou se aquilo não era o suficiente, matando um dos meus colegas, perfurando o seu peito com a mão, completamente desarmado, fazendo isso tudo sorrindo. Assim que o meu colega caiu no chão, já desprovido de vida, ele voltou a perguntar: “Então? Isto já é o suficiente para eu entrar?” Nesse imediato momento chamamos reforços para o capturar, mas ele não resistiu nem um pouco e deixou-se capturar. Desde esse incidente, desde que ninguém interagisse com ele, ele não fazia nada, a não ser sorrir sem motivo aparente.”

“É mesmo possível existir alguém assim?” Murmurou o novato chocado com o que tinha acabado de ouvir.

“Ouve bem, rapaz. Nada de bom virá se interagires com aquele prisioneiro.” Advertiu o veterano. “Será melhor o ignorares até ser necessário.”

“Sim, senhor.” Falou o novato numa mistura de seriedade e medo.

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Mais tarde, na cantina da prisão, Namonai esperava na fila a sua vez de ser servido, assim como os outros prisioneiros, até que um impaciente furou a fila, dando um pequeno encontrão no prisioneiro peculiar.

“Desculpe, mas sabia que furar a fila é de má educação?” Informou Namonai encostando a mão no prisioneiro impaciente.

“E daí, magricela?” Indagou ele fazendo uma expressão intimidadora.

Namonai não respondeu nada, apenas ficou parado e sorrindo. Então, o prisioneiro, irritado com a atitude dele, tentou soca-lo furiosamente, mas o seu punho foi parado pelo prisioneiro de olhos vermelhos, que agarrou o seu pulso.

Então, num movimento rápido, pôs-se atrás do presidiário furioso, ainda segurando o seu pulso, pressionou fortemente o pé nas costas do mesmo, fazendo-o cair e começou a puxar o braço para trás, imobilizando-o.

“Ele foi comprar briga com o Namonai.” Comentou um prisioneiro.

“Deve ter chegado recentemente.” Falou outro.

“Será que ele vai morrer?” Questionou ainda outro prisioneiro com um sorriso de canto, fazendo alguns rir.

“Pare por favor!” Implorou o prisioneiro enquanto Namonai pisava mais forte nas suas costas e continuava puxando o seu braço, tudo com aquele seu sorriso sinistro.

“As boas maneiras devem ser respeitadas.” Respondeu o presidiário de olhos vermelhos puxando ainda mais fortes. “Devias pedir desculpa pelo que fizestes.”

“Sim, eu peço desculpa, não voltarei a furar nenhuma fila!”Gritou o prisioneiro gemendo de dor. “Esperarei a minha vez como todo o mundo.”

“Muito bem, assim é que se faz.” Elogiou Namonai sorrindo.

“Por favor, já me pode soltar.” Falou o prisioneiro arrependido, entre fortes dores.

“Soltar? Não me lembro de ter dito que faria isso.” Respondeu Namonai ainda sorrindo.

Então, com um único puxão, deslocou-lhe o braço, fazendo-o gritar de dor. Mas, não parou por aí, em seguida, baixou o braço deslocado e com a sua outra mão pegou no dedo indicador desse braço.

“O que vais fazer?” Perguntou o prisioneiro já soltando algumas lágrimas de sofrimento.

“Apenas isto.” Disse ele quebrando-lhe o indicador com um único movimento, fazendo o prisioneiro soltar mais um grito de pura dor.

“Por que está fazendo isto?” Questionou o prisioneiro desesperado.

“Por entretenimento.” Respondeu Namonai quebrando outro dedo.

Então, o peculiar prisioneiro continuou quebrando os dedos daquela mão, um por um, enquanto olhava para o seu trabalho com um sorriso satisfatório. Os outros prisioneiros limitavam-se a olhar, pois nada poderiam fazer, Namonai poderia ser considerado como algo intocável naquela prisão pútrida.

“Julguei que fosse ser mais divertido, mas agora que penso, não foi lá muito interessante.” Falou ele largando a mão com os dedos todos quebrados.

“Parece que hoje ele está de bom humor.” Comentou um prisioneiro. “Foi bem mais piedoso que o normal.”

O prisioneiro que furara a fila foi levado pelos guardas para a enfermaria, enquanto Namonai voltou calmamente para a fila que prosseguiu normalmente.

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No pátio, onde os prisioneiros se exercitavam, dois começaram a discutir por alguma razão. A sua discussão começou a ficar cada vez mais alta e os outros prisioneiros formaram uma roda em volta. Tudo indicava que iria começar uma briga.

No entanto, quando se estavam prestes a agredir fisicamente, Namonai surgiu de entre a multidão.

“Por quê tanta exaltação, senhores?” Perguntou ele fazendo uma ligeira vénia, entre os dois.

“Aquele maldito não quer deixar a máquina!” Gritou o da direita.

“Eu ainda a estou usando!” Reclamou o da esquerda.

“Só isso?” Murmurou Namonai com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos.

Os dois lhe olharam confusos, até que ele apertou os pescoços de ambos com cada mão.

“Vocês estão brigando por um motivo tão inútil assim? São retardados? Se não vão brigar por um motivo interessante, fiquem calados e não armem confusão.” Advertiu Namonai os sufocando e sorrindo.

“Sim, desculpe-nos por o ter importunado.” Responderam os dois com dificuldade.

“Ainda bem que entenderam, hoje podem ir.” Falou ele os soltando.

Os dois prisioneiros voltaram a respirar aliviados, enquanto Namonai se ia embora sem deixar a sua expressão sinistra, todos se afastavam da sua passagem.

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Nessa noite, na cela de Namonai, o mesmo observava o seu reflexo num espelho.

“O dia de hoje foi bem entediante como sempre.” Falou ele para o espelho, enquanto sorria. “Não precisas ficar impaciente, na próxima vez te deixarei assumir o controle. Oh, entendi, queres fazer isso. Parece bem divertido. Sem deixar sobreviventes? Verdade, nem precisava perguntar.”

“Ele está falando sozinho outra vez.” Comentou um prisioneiro na sua cela.

“Aquele cara é mesmo louco, não me admira que ninguém goste de se aproximar dele.” Disse outro na sua respetiva cela.

“Finalmente chegou a hora.” Falou Namonai com um sorriso enigmático. “O show está prestes a começar.”

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Nesse momento, dois guardas faziam a sua ronda, quando um jovem de cabelo branco e olhos vermelho sangue, que usava um grande cachecol laranja apareceu diante deles.

“Sabem onde está a cela 662?” Perguntou o jovem albino.

“Quem é você?” Perguntaram os dois apontando as suas armas para ele.

“Sabia que não valia a pena perguntar.” Suspirou ele estendendo a mão direita na direção deles e sussurrando. “Me esqueçam.”

Nesse momento, os olhos dos guardas ficaram brancos e os mesmos desmaiaram. Após isso, o albino pegou num cartão que um dos guardas trazia à cintura e continuou andando pelos corredores da prisão, mesmo eles estando cheios de guardas, todos o pareciam ignorar, quase como se fosse invisível.

Continuou caminhando sem qualquer preocupação até chegar à cela que procurava.

“Estava-te esperando, Kohaku (N/a: Em Branco ou Espaço Vazio) ” Falou o prisioneiro na cela escura.

“Te vim buscar, Namonai!” Falou o jovem albino animadamente. “Você conseguiu?”

“Estive aqui três anos e tal como planejamos, foi tempo suficiente.” Respondeu Namonai sorrindo. “Está na hora de voltar à ativa.”

“Sim.” Assentiu Kohaku passando o cartão na fechadura eletrônica e assim abrindo a cela. “Vamos?”

“Espera um momento.” Respondeu ele saindo da cela. ““Ele” quer fazer uma coisa.”

“Entendi.” Falou o albino se afastando com uma expressão séria.

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Algumas horas depois, Namonai saiu usando um termo branco, uma cartola negra e uma bengala refinada, juntamente com Kohaku.

“Aquilo era mesmo preciso?” Perguntou Kohaku meio hesitante.

“Eu prometi a “Ele” que poderia assumir o controle desta vez.” Respondeu Namonai largando o seu uniforme de presidiário completamente manchado de sangue para o mar. “A carga está no barco?”

“Sim.” Confirmou Kohaku de novo animado. “Só falta reunirmos o resto do pessoal. Qual será o nosso próximo destino?”

“O nosso grande show de estreia tem de ser numa grande cidade.” Afirmou Namonai apontando a sua bengala para Kohaku. “Tóquio será o nosso palco.”

E assim os dois foram em direção ao barco que os esperava, deixando aquela prisão completamente silenciosa para trás.

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No dia seguinte, o primeiro guarda da ronda da manhã chegou à prisão. Chamou no interlocutor para abrirem o portão, mas ninguém respondeu. Estranhando, entrou pela porta dos fundos, usando o seu cartão chave-mestra.

Porém, não esperava ver tal visão infernal. O chão, as paredes e até o teto estavam tingidos com sangue derramado e salpicado. Cadáveres, tanto de outros guardas como de prisioneiros, estavam por todos os lados, amontoados e desfigurados, era uma paisagem horripilante, haviam membros e entranhas espalhados pelo solo, sendo quase impossível não acabar tropeçando ou pisando algum deles. O guarda quase vomitou perante tal visão escandalizante.

“Quem? ...Quem poderia fazer uma coisa destas?” Indagou ele em estado de choque.

Foi então que ao se virar reparou numa mensagem escrita na parede com sangue, que dizia. “Obrigado pela estadia.” Seguido do desenho de um smile usando uma cartola.

–Fim de capítulo-

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–Omake-

Chiyo decidira seguir o novo integrante, Koji, pois não confiava muito nele. Seguiu-o no caminho para a escola, durante os intervalos, durante algumas aulas, enquanto almoçava e no caminho de volta a casa. Até lá não tinha encontrando nada de peculiar, além de em todas as vezes o mesmo estar apenas falando de coisas pervertidas que a irritavam imenso.

“Parece que sou tão popular que até já tenho uma stalker.” Comentou Koji parando a meio do caminho e olhando para trás, com um sorriso confiante.

“Quem estás chamando de stalker, maldito?” Reclamou a rosada saindo do seu esconderijo irritada.

“O que foi, Loli-chan, queres que o Senpai te note?” Perguntou Koji tentando conter o riso.

“Já disse para não me chamares Loli.” Gritou ela tentando dar uma voadora no esverdeado, mas este se esquivou rapidamente.

“Não precisas ser tão apreçada. É verdade que não gosto de Lolis.” Explicou Koji cruzando os braços. “Mas se fores boa com as tuas bocas, a história pode mudar.”

“CALADO, PERVERTIDO INFERNAL!” Gritou Chiyo furiosa e corada, chutando a cara do esverdeado, que caiu com o golpe.

“Devo admitir que desta vez exagerei.” Suspirou ele deitado no chão, com Chiyo sentada agora em cima dele.

“Espero que aprendas a tua lição.” Falou ela de braços cruzados.

“Nem é uma sensação tão ruim assim.” Comentou ele com um sorriso pervertido. “Então és do tipo que gosta ficar em cima.”

“Morre, maldito!” Gritou Chiyo levantando-se imediatamente e começando a chutar o Rei dos Pervertidos.


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Notas finais do capítulo

Uma pequena curiosidade: A minha imagem de perfil atual (criada por mim) foi inspirada no Namonai, portanto já viram o quanto gosto dele.
É tudo por hoje, até à próxima!



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