Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 77
Hirata Nobi e Hazakura Mamushi


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo deste mês!!!
A baixo têm os meus chibis bugados dos três novos personagens Night Ravens que apareceram até agora



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No interior de um templo em Quioto, Neyama Shousei, Oyabun da família Tengoku, meditava no salão principal, frente a uma estátua gigante de Buda.

“Tal como eu temia.” Suspirou ele preocupado.

“Algum problema, Neyama-sensei?” Questionou Kagami enquanto varria o chão do salão.

“Um mau presságio se aproxima.” Explicou Shousei abrindo os seus olhos normalmente fechados, revelando um brilho vermelho nos mesmos. “Kami-no-Me já começou a ver possibilidades futuras.”

“Está relacionado com a atividade Yokai que o senhor sentiu na semana passada?” Perguntou Kagami preocupada.

“Não.” Respondeu o monge. “Uma guerra se está aproximando.”

“Guerra?!” Exclamou Kagami largando a vassoura.

“Eles vão começar a se mover.” Continuou Shousei voltando a fechar os seus olhos. “Jinnlóng…”

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Numa certa localização, numa sala completamente branca, Koji e Mari conversavam

“Onde estão o chefe e os irmãos Hitoyoshi?” Questionou Koji casualmente.

“O chefe já está chegando.” Respondeu Mari mascando chiclete. “Os Hitoyoshi estão agora numa missão.”

“A guilda continua movimentada pelo que vejo.” Comentou o esverdeado. “Ah, verdade, já nem é mais uma guilda.”

“Ah, você ainda não conheceu o membro novo, Ko-chan.” Mari se lembrou de repetente. “Talvez já conheça ele, visto que é da Academia Tóquio.”

“Academia de Tóquio?” Questionou Koji arqueando a sobrancelha.

“Sim, ele é bem chato, mas tem uma habilidade bem conveniente.” Explicou ela indiferentemente.

Antes que os dois tivessem tempo de trocar mais palavras, uma porta mecânica se abriu e dela surgiu Akizawa Nobuhiro, líder dos Night Ravens, com o seu cachecol vermelho esvoaçando e várias luzes atrás dele.

“Extravagante como sempre.” Comentou Koji com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Isso!” Falou Nobuhiro apontando para o esverdeado. “Você ainda entende, Koji.”

“Hã? Entender o quê?” Questionava Mari na sua cabeça.

“Você fez um excelente trabalho, Koji.” Elogiou Nobuhiro pousando a sua mão no ombro do seu subordinado. “Como esperado do melhor agente que eu já criei. Estou orgulhoso, como se você fosse meu filho.”

“Muito obrigado, chefe.” Respondeu Koji com um sorriso amigável.

“Então, Koji, quando é que você me vai trair?” Perguntou o líder apertando o ombro do esverdeado.

A atmosfera entre os dois repentinamente se encheu de tensão.

“O que o senhor está falando?” Questionou Koji sem desfazer o sorriso. “Eu seria incapaz de tal coisa.”

“Koji, você é uma existência de pura falsidade.” Continuou Nobuhiro com uma expressão neutra. “Foi assim que eu criei você. Mesmo assim superou as minhas expectativas de forma extravagante.”

“Isso foi um pouco cruel, chefe.” Respondeu o esverdeado ainda sorrindo.

“Eu gosto de você, Koji.” Falou Nobuhiro com uma face sem emoções.

“Eu odeio você, chefe.” Falou Koji sorrindo amavelmente.

Após um breve momento de silêncio, os dois começaram a rir em simultâneo. Nobuhiro num tom monocórdico como uma máquina, enquanto Koji exageradamente.

“Lá estão eles outra vez.” Pensava Mari com uma gota de suor atrás da cabeça. “Eles estão se dando bem ou mal?”

“Bem, agora que já nos cumprimentamos de forma extravagante.” Falou Nobuhiro ainda monótono. “Me levem até ao refém.”

“Sim.” Responderam Koji e Mari em simultâneo.

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Numa sala escura, Nobi estava sentado numa cadeira e preso com um colete de forças de ferro igual ao que aprisionara na luta contra os Night Ravens, além disso, presos no seu corpo, estavam papeis retangulares amarelos com inscrições vermelhas.

“Me sinto tão cansado…” Murmurou Nobi meio pálido.

“Selos de restrição de amaldiçoados.” Falou Nobuhiro entrando na sala e elevando os seus braços de forma exagerada. “Um item do Exército Escarlate que consegui há uns tempos. Não sei exactamente como funcionam, mas enfraquecem amaldiçoados.”

“Você…” Murmurou Nobi ao avistar o individuo. “Porque…”

“Quer dizer alguma coisa, Hirata Nobi?” Questionou Nobuhiro retirando um dos papéis amarelos. “Assim já deve ter forças para falar adequadamente.”

“Estamos numa sala sem nenhuma corrente de ar.” Falou o ruivo seriamente. “Então… Porque é que seu cachecol está esvoaçando no ar?”

“Porque isso é ser extravagante.” Respondeu o líder dos Night Ravens com expressão séria.

“Oh, ok.” Falou o Oyabun da Onigumi simplesmente.

Naquela sala, naquele momento, não havia ninguém adequado para fazer Tsukkomi.

“Yo, O~ya~bun.” Cumprimentou Koji entrando na sala juntamente com Mari. “Então, já entendeu a situação?”

“Koji.” Falou Nobi com um olhar sério e focado no seu ex-subordinado. “Você está sendo obrigado a fazer isto? Te ameaçaram com algo?”

“Estou fazendo isto de livre vontade.” Respondeu o esverdeado com um sorriso sádico. “Chocado? Me odeia?”

“Ufaaa.” Suspirou o ruivo aliviado. “Eu estava tão preocupado. Ainda bem que não está sendo obrigado.”

“Oi, você está de brincadeira ou só é burro mesmo?” Perguntou Koji com um olhar ameaçador. “Ainda não percebeu que eu traí você?”

“Admito que a ficha demorou a cair.” Confessou Nobi tristemente e então baixando a sua cabeça. “Me desculpe, Koji.”

“O quê?” Indagou o esverdeado.

“O maior culpado numa traição é o Oyabun.” Explicou o ruivo levantando a cabeça com um olhar determinado. “Se um líder não for competente ou carismático o suficiente, traições podem acontecer. Mesmo que seja alguém infiltrado, um líder capaz deve ser capaz de cativá-lo. Esse é o tipo de Oyabun que é necessário ser para poder dominar todo o Japão, é nisso que eu acredito. Me desculpe por não ter sido um Oyabun à altura, Koji.”

Então, Koji começou a rir imenso.

“Isto é uma piada? Você foi traído está se desculpando?” Indagou Koji no meio das gargalhadas. “Isto é inédito! Mas que ação retardada é essa? Hilário! Tão hilário que a minha barriga está doendo de tanto rir! Que visão patética.”

“O Ko-chan é o melhor agente da Night Ravens.” Falou Mari com um leve sorriso. “A sua especialidade é a atuação. Ele já traiu inúmeras pessoas. Desde o começo que era para isto acontecer, monstrinho vermelho.”

“Bem, eu vou para o meu quarto agora.” Anunciou Koji saindo da sala. “Se divirtam.”

“Hirata Nobi.” Chamou Nobuhiro pousando um intercomunicador numa cadeira à frente do ruivo. “O nosso grandioso Senhor deseja falar com você.”

“Senhor?” Questionou Nobi arqueando a sobrancelha.

Nobuhiro não falou mais nada, limitou-se a ligar o dispositivo.

“Quanto tempo, Oni Vermelho da vila Fuuta.” Uma voz grave falou do outro lado.

Nesse momento, apenas com essas meras palavras…Não. Apenas com aquela voz, o clima na sala mudou por completo, a tensão subiu drasticamente como se a própria sala estivesse sendo preenchida por uma presença esmagadora.

“Creio que ainda se lembre de mim.” A voz continuou.

“Seria impossível esquecer uma víbora como você.” Respondeu Nobi com um olhar furioso e violento, ao mesmo tempo que suava frio. “Hazakura Mamushi, Oyabun da Shi-Fuu.”

“Vou ser direto.” Disse Mamushi. “Seja meu subordinado.”

“Recuso.” Respondeu Nobi imediatamente, enquanto cerrava os dentes de raiva. “Você não só não tem coragem de aparecer á minha frente como ainda ousa me pedir uma coisa nojenta como essa?”

“Você tem algo contra mim?” Questionou o outro Oyabun.

“SEU MALDITO!!!” Gritou o ruivo se levantando com a cadeira presa a ele.

“Mari.” Alertou Nobuhiro.

“Sim.” Assentiu Mari fazendo um balão de chiclete na boca.

Quando o balão arrebentou, transformou-se num monte de agulhas que foram lançadas contra Nobi, ao chegarem nele transformaram-se em correntes que o restringiram ainda mais.

“Fique quieto e se comporte na presença de Hazakura-sama.” Ordenou Nobuhiro colando mais um dos selos de restrição no ruivo.

“Então farei outra proposta.” Disse Mamushi. “Me diga onde está Kokoro?”

“Não sei do que está falando.” Respondeu Nobi ainda com expressão raivosa.

“Entendo, então não vale a pena insistir.” Suspirou Mamushi.

“He, você desiste fácil.” Falou o ruivo com tom provocador.

“Você não passa de um mero atalho para algo que será inevitável.” Respondeu Mamushi num tom calmo, mas ao mesmo tempo intenso. “Apenas pensei que podia poupar algum tempo, mas eu consigo ser uma pessoa paciente.”

Nobi encarou aquele intercomunicador com um olhar de puro ódio como se conseguisse visualizar o dono daquela voz.

“Hirata Nobi, não é?” Falou Mamushi. “Naquela vez não cheguei a pegar o seu nome, mas é assim que você se diz chamar, correto? Você acha que só porque pegou o sobrenome do Rintaro é tão forte como ele?”

“NÃO FALE DO SENSEI!!!” Rugiu Nobi ainda preso.

“Vocês podem partilhar o mesmo sobrenome, mas não partilham o mesmo sangue.” Explicou Mamushi calmamente. “Você sabe o que determina o potencial de um ser vivo? A resposta são os seus genes. A combinação de genes fortes cria um ser forte e a combinação de genes fracos cria um ser fraco, isso não é um ideal, mas sim a mais pura verdade da evolução. Os fracos morrem e os fortes sobrevivem para transmitir os seus genes. Força é algo que se alcança após percorrer um árduo caminho, mas o potencial para percorrer tal caminho já está predeterminado mesmo antes do nascimento. Nobi, você tem um belo potencial, o suficiente para causar aquele incidente… Mas o seu potencial não tem nem comparação ao de Rintaro.”

“Que belas palavras extravagantes do nosso Senhor.” Elogiou Nobuhiro admirado.

Nobi estava de cabeça baixa, com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, enquanto cerrava os seus dentes e punhos em pura frustração.

“Akizawa.” Chamou Mamushi surpreendendo o mesmo.

“Sim, Hazakura-sama?” Respondeu Nobuhiro.

“Eu vou mandar o Sarutobi Yosuke para aí.” Informou Mamushi. “Ele irá levar Nobi para a nossa base principal.”

“Entendido, meu Senhor.” Respondeu o líder dos Night Ravens se curvando.

“Eles estão falando daquele gatão do esquadrão especial de carrascos da Shi-Fuu?” Pensou Mari surpresa. “Ele é lindo, mas muito assustador.”

“Mamushi!” Gritou Nobi erguendo a cabeça com um olhar confiante e focado. “Eu irei conquistar este país. E nesse percurso eu pretendo te esmagar como a víbora que és!”

“Então tome cuidado, Nobi.” Respondeu Mamushi seguido de um leve riso. “Para que as chamas da sua ambição não acabem queimando você e aquilo a que dá valor.”

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“Aaah, é tanta tensão quando o Hazakura-sama fala.” Murmurava Mari cansada caminhando pelos corredores daquele local. “Sinto que perco anos de vida cada que que aquele homem fala alguma coisa.”

“A voz das profundezas do inferno.” Comentou uma voz.

“Oh, Chuu-chan.” Percebeu Mari. “Já se sente melhor?”

“Como esperado da Mari-san, conseguiu sentir a minha presença.” Elogiou Chuunimaru encostado na parede do outro lado da esquina, com o pé direito apoiado na mesma e com as duas mãos nos bolsos.

“Só o Chuu-chan começaria uma conversa com uma frase como aquela.” Pensou Mari apenas sorrindo com uma gota de suor atrás da cabeça.

“E o Koji-san?” Questionou ele casualmente.

“Já se fechou no seu quarto novamente.” Suspirou Mari. “Não é nada divertido.”

“Ele finalmente voltou e eu só cometi erros na operação.” Murmurou Chuunimaru frustrado. “Maldição! Ele deve estar profundamente desiludido comigo!”

“Não acho que o Ko-chan se importe assim tanto com você, Chuu-chan.” Pensou Mari apenas sorrindo com uma gota de suor atrás da cabeça.

Então de repente o estrondo de uma explosão se fez ouvir seguido de um grande tremor no local.

“O que foi isto?” Questionou Mari espantada.

“Será que é coisa dos aliados do demônio escarlate?” Questionou Chuunimaru com a mão frente ao rosto.

“Isso não faz sentido.” Respondeu Mari. “Não tem como eles terem descoberto este lugar tão rápido.”

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Nesse momento, no quarto de Koji, onde estava tudo escuro, o esverdeado se levantou da cama.

“Então eles já chegaram.” Ele disse com um leve sorriso. “Muito bem, é agora que a parte problemática vai começar.”

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Frente a um certo portão onde havia acabado de acontecer uma explosão, vários homens armados rodearam umas figuras rodeadas na fumaça.

“O que fazem aqui?” Questionou um dos homens.

“Vocês ainda têm a ousadia de perguntar?” Questionou Jin saindo da fumaça com um olhar raivoso.

“Acho que é bem óbvio.” Falou Chiyo também saindo.

“Não podia ser outra coisa.” Disse Nikko fazendo o mesmo, com Goru no seu ombro.

“Sim.” Falou o robô.

“Então saiam da frente.” Ordenou Momoka saindo por último, sem o seu típico jaleco, com estranhas proteções de metal nos seus punhos e um visor tecnológico no seu rosto.

“Nós viemos buscar o nosso Oyabun.” Falaram todos os membros da Onigumi em sintonia.

—Fim de capítulo-

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—Omake-

Na noite em que Nobi e Umimaru se enfrentaram, Wako organizou uma grande festa na praia e convidou a Onigumi.

“Isso é estranho.” Comentou Chiyo. “Estamos na festa de vitória dos caras que nos derrotaram.”

“Chega a ser humilhante.” Completou Goru sorvendo um pouco de óleo quente.

Nikko simplesmente ficou em silêncio, enquanto comia com uma expressão melancólica.

“Vamos animar esses rostos-sha!” Gritou Utaro perto deles, carregando três espetos de carne em cada mão. “Isto é uma festa-sha! Quem se importa se perdeu ou venceu-sha?”

“Barulhento.” Comentou Jin comendo calmamente.

“Hehehehe.” Riu Yuka observando Momoka na sua cadeira de rodas. “Agora a Momoka-chan está completamente indefesa. É HORA DE ATACAR COM TUDO ESSES MELÕES!!!”

A ruiva saltou em direção à Wakagashira da Onigumi, mas foi rapidamente intercetada por Chiyo que lhe deu um veloz chute no estômago que a jogou para longe.

“Teste, teste, 1, 2, teste, teste.” Falou Nanami para um microfone, chamando a atenção de todo o mundo. “Muito bem, pessoal, agora vamos começar o concurso de karaoke! Estão prontos?”

Os membros da Wako gritaram de alegria. Mas essa alegria não durou muito com o despertar de um certo ser.

“Falaram karaoke?” Questionou Umimaru aparecendo do nada. “Perfeito para celebrar a minha vitória.”

Naquele momento, todos os membros da Wako gelaram.

“C-c-capitão, você devia descansar depois da batalha.” Aconselhou Nanami tremendo bastante.

“Nada disso.” Respondeu Umimaru alegremente, enquanto tirava o microfone de Nanami. “Karaoke é uma das minhas paixões.”

“Fudeu. CORRAM O MÁXIMO QUE CONSEGUIREM!!!” Gritou Yuka alarmada.

“As lágrimas que deixei cair naquela noite… Foram suficientes para criar um oceano. UM OCEANO DE TRISTEZA!” Cantou Umimaru da forma mais estridente e destrutiva possível.

Dores de cabeça, passar mal, sangue escorrendo dos ouvidos, perdas de consciência, esses eram alguns dos sintomas visíveis nos membros da Wako que iam caindo aos poucos. Este ataque mortal de Umimaru foi apelidado pelos seus subordinados como A Melodia do Fim.

“Humanos são mesmo capazes de produzir tal som?” Questionou Goru enquanto as lentes dos seus olhos estalavam.

“Uta-chan!” Gritou Yuka preocupada, indo para perto do loiro desmaiado que espumava da boca.

“Nunca vi uma condição tão ruim assim.” Comentou Chiyo alarmada, enquanto examinava Utaro. “Isto é muito grave.”

“Eu… Eu estou vendo ela…” Murmurava Utaro cheio de dores.

“Não, Uta-chan! Não siga a luz!” Gritava Chiyo em lágrimas.

Aquele foi apenas o começo do inferno que foi aquela noite.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Até à próxima!



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