Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 75
O pilar do Oyabun


Notas iniciais do capítulo

O quê? Capítulo novo tão cedo?!
Isso mesmo, aqui têm o primeiro capítulo do novo arco de Nobi!

Já agora, aqui está uma tirinha 4-Koma que eu fiz, parodiando o grande momento do capítulo passado :v
Caso não tenham notado, o esverdeado é o Umimaru, o loiro é o Utaro, a ruiva é a Yuka e a com asas de borboleta é a Chou-Hime :v



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Dark Hero.

Já escutou este termo?

É o nome dado a um herói que não segue o padrão moral. Faz o bem mesmo sendo uma pessoa moralmente errada. No ocidente são comummente chamados de Anti-Heróis.

Entre o bem e o mal, lá estão eles, os heróis sombrios.

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Um homem usando uma armadura negra tecnológica com um grande buraco na mesma caiu no chão derrotado.

“Porquê? Porque é que você se sacrificou por mim? Pensei que você me odiasse.” Questionou um homem que usava uma armadura semelhante só que vermelha, ambos usavam máscaras de Oni. “Me diga, Kamen Oni Black!”

“Claro que odeio, Kamen Oni Red.” Respondeu ele com voz fraca. “Você é tão certinho e brilhante que chega a ser irritante.”

“Então porquê, Black?” Questionou Red com voz chorosa.

“Porque o mundo precisa de você, Red!” Respondeu Black usando as suas últimas forças para levantar o seu braço direito e agarrar o lenço que Red usava ao pescoço. “O mundo não precisa de heróis sombrios como eu… Red, esse seu brilho puro e irritante, use-o… Um herói como você… Não pode… morrer… aqui…”

“BLAAAAAAAAAACK!!!” Gritou Red desesperado, enquanto o seu rival de diversas batalhas morria nos seus braços.

“Não percam o próximo episódio! O grande clímax de Kamen Oni Red!”

Koji então destilou a TV, se levantou e saiu do apartamento.

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Como parte da sua rotina, Koji estava indo para a sua academia de boxe, quando passou pela entrada de um beco e avistou um grupo de delinquentes rodeando um garoto pequeno.

“Agora solte a grana, moleque.” Exigiu um deles.

“Não sei do que estão falando.” Respondeu o garoto assustado.

“Não se faça de bobo, nós vimos você carregando umas notas.” Afirmou outro deles. “Fazendo as compras pra mamãe, é?”

“N-não…” Murmurou ele cheio de medo.

“Sabe, nos pertencíamos aos White Tigers.” Revelou o maior deles. “Mas éramos tão cruéis que fomos expulsos. Então é melhor você ser esperto e passar a grana logo. Hehehe.”

“Roubando crianças, hein.” Falou Koji com um sorriso simpático atrás dos delinquentes, que imediatamente se viraram para ele. “Caras, vocês são homens adultos, não têm nem um pouco de vergonha? As vossas mães devem estar chorando agora.”

“Se meta na sua vida!” Gritou o maior deles socando o rosto de Koji, mas assim que o fez, sentiu os ossos da sua mão trincarem. “Aaaaaaaaah!”

“Sugestão recusada.” Respondeu Koji ainda com uma expressão simpática e com metade do rosto endurecido. “Agora, que tal eu ajudar vocês a passar menos vergonha?”

Pouco depois, os delinquentes estavam inconscientes, com os corpos cheios de hematomas.

“Fuu, acho que hoje não preciso de ir à academia.” Suspirou descontraidamente o esverdeado. “Já descontei um bom número de socos.”

“Onii-san!” Falou o garoto indo até ele. “Muito obrigado!”

“Não me agradeça, pirralho.” Falou Koji num gentil e indo-se embora. “Eu só não curto ver lixo andando por aí.”

Ao sair do beco, o esverdeado foi interceptado.

“Tentando parecer um herói, Ko-chan?” Comentou uma bela mulher de longos cabelos castanhos, usando uma boina negra, ela estava acompanhada por um jovem baixo de cabelo negro levemente bagunçado, cujo braço direito estava enfaixado e que carregava consigo uma espada. “Que bizarro.”

“He, do que você está falando?” Questionou Koji com um sorriso simpático, mas ao mesmo tempo sombrio. “Heróis são algo impossível de existir neste mundo… Já fazia tempo, Mari-san, Chuunimaru. O que fazem aqui?”

“Não se faça de bobo, Ko-chan.” Pediu Mari fazendo um balão de chiclete e estourando o mesmo. “A hora chegou.”

“As trevas irão dançar esta noite.” Murmurou Chuunimaru agarrado ao seu braço enfaixado.

“Estou vendo.” Falou Koji com um olhar sério.

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Uma semana já se havia passado desde o confronto entre Nobi e Umimaru.

Nobi, Goru, Chiyo, Jin e Momoka caminhavam em direção à casa da rosada. O Oyabun estava de cabeça baixa.

Eles não trocaram nenhuma palavra até terem sido cobertos por uma enorme sombra.

“Woah!” Exclamou Chiyo impressionada, observando o gigantesco prédio que lá estava. “Aquilo sempre esteve aqui?”

“Construíram algo assim durante as duas que estivemos fora?” Questionou Goru.

“Um shopping da cooperação Okino.” Percebeu Momoka. “Não é de estranhar que a maior cooperação do Japão tenha feito algo assim tão rápido.”

“Passa-se alguma coisa, mestre?” Perguntou Jin curioso.

Nobi tinha parado de andar e ficou simplesmente encarando o gigantesco prédio cuja sombra o cobria.

“Não é nada.” Respondeu o Oyabun com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, seguindo caminho. “Vamos, está quase na hora de almoço.”

Os restantes membros da Onigumi estranharam esse comportamento, mas simplesmente seguiram o seu líder.

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Os membros da Onigumi finalmente chegaram à casa de Chiyo, frente ao portão estavam Takara e Hikaru esperando por eles.

“Nobi-senpai!” Gritou Takara correndo em direção a eles e abraçando o ruivo. “Eu estava tão preocupada depois que vi o noticiário sobre o que aconteceu em Okinawa! Que bom que todos estão bem!”

“Sim…” Murmurou Nobi sem grande animo.

“É bom ver que você está bem, Hirata Nobi.” Falou Hikaru rodeado por uma aura negra e com várias veias salientes no seu rosto enquanto observava os dois abraçados

“Você não é muito convincente.” Comentou Goru.

“Hum? Onde está a Nikko-san?” Questionou Takara notando a falta da loira.

“Ah, a Nee-san…” Falou Chiyo.

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“Nii-san...” Murmurou Nikko com uma expressão entediada. “Quanto tempo este interrogatório vai continuar? Eu acabei de chegar. Eles já devem ter chegado à casa da Chiyo-chan.”

“Eu preciso de saber tudo sobre o que aconteceu em Okinawa.” Afirmou Kazuo sedento por conhecimento.

“Aff…” Suspirou Nikko enquanto era interrogada pelo seu irmão no escritório da agência Usagi.

—-----------------------------------------(Flashback On)-------------------------------------------

No dia seguinte ao confronto entre Nobi e Umimaru, o ruivo acordou sobressaltado.

“Nobi!” Falou Nikko feliz pelo acordar do seu Oyabun.

“Nikko…” Murmurou Nobi com um olhar abalado. “Quem venceu?”

“Bem…” A loira ia falar, mas foi interrompida pelo abrir da porta do quarto.

“Fui eu, claramente.” Respondeu Umimaru entrando no quarto. “Mas você foi muito bem. Foi a primeira vez que alguém me levou até um limite tão elevado.”

“Então… Eu perdi.” Percebeu o Oyabun em estado de choque.

“Nob-.” Nikko ia falar, mas foi cortada novamente.

“NIKKO, EU SINTO MUITO!” Gritou Nobi surpreendendo a loira e o esverdeado. “Eu… Eu prometi que ia vencer… você confiou em mim e eu falhei. Fui um péssimo Oyabun.”

“Parece que ele ficou muito pra baixo.” Comentou Umimaru descontraidamente. “Nikko-chan, melhor você tentar animá-lo durante a vossa viagem de volta.”

“Eh?” Indagou o ruivo confuso.

“Era o que eu estava tentando dizer.” Suspirou Nikko. “Eu não vou ficar em Okinawa.”

“Hã?” Questionou Nobi surpreso.

“Eu mudei de ideia.” Explicou Umimaru com um sorriso simplista.

“O quê?!” Perguntou o Oyabun chocado.

“Verdade que eu não me importaria de ter a Nikko-chan na minha tripulação. Mas não sou cruel o suficiente para a obrigar a ficar aqui entristecida.” Confessou o capitão pirata. “Além disso, o meu objetivo principal era provocar você.”

“Entendo…” Murmurou Nobi com um sorriso meio amargo. “Que bom que não perdemos a Nikko.”

—----------------------------------------(Flashback Off)--------------------------------------------

“Não duvido que ele estivesse verdadeiramente feliz.” Pensava Nikko se lembrando do que acontecera. “Mas provavelmente ele deve ter-se sentido inferiorizado ou alvo de pena após perder e lhe perdoarem a punição.”

“Vamos, Nikko-rin.” Chamou Kazuo retirando a sua irmãzinha dos seus pensamentos. “O que aconteceu depois do navio de transformar numa tartaruga gigante?”

“Quanto mais isto vai demorar?” Pensou a loira com um olhar entediado.

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“Estranho.” Murmurou Chiyo olhando em volta.

“O que foi?” Questionou Goru.

“Nós avisamos aquele pervertido que já estávamos chegando.” Explicou a rosada pensativa. “Mas parece que ele não está por aqui?”

“Provavelmente tinha coisas para fazer.” Respondeu Goru desinteressadamente.

“Será que…” Murmurou Chiyo percebendo algo. “Ele está escondido em algum lugar se preparando para fazer coisas pervertidas com a Momoka-san e a Nee-san?!”

“Não, acho que você está exagerando.” Falou Goru com uma gota de óleo atrás da cabeça.

“Viram o mestre?” Interrogou Jin entrando na sala.

“O Aniki está tendo uma reunião privada com a Anego agora.” Respondeu o pequeno robô.

“Reunião privada?” Questionaram Jin e Chiyo.

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“Então, o que querias falar, Nobi?” Perguntou Momoka entrando no quarto bem escuro, avistando o seu Oyabun encarando a parede.

“Momo, eu estive refletindo durante esta semana.” Confessou o ruivo sem se virar para a sua Wakagashira.

“Isso não é coisa boa.” Comentou Momoka num leve suspiro.

“Primeiro foi aquele peixe gigante. Depois o gringo do gelo. E até na batalha pelo território de Okinawa…” Murmurou ele cerrando os punhos. “Foi derrota atrás de derrota. E parece que existem pessoas ainda mais formidáveis por aí…”

“E o que tem?” Questionou Momoka com o seu típico olhar desinteressado.

“Por primeira vez em muitos anos…” Falou Nobi se virando e mostrando um rosto frustrado com olhos humedecidos. “Eu cheguei a duvidar por momentos se eu conseguiria alcançar o meu objetivo!”

Momoka arregalou os olhos por momentos ao vislumbrar aquela cena, mas rapidamente voltou à sua expressão de sempre.

“Entendo.” Murmurou ela se aproximando muito do ruivo e colocando a mão direita na parede atrás dele. “Então foi para isto que você me chamou.”

“Sim.” Respondeu o Oyabun. “Eu preciso de você, Momo.”

“Saiba que eu não pretendo me conter.” Falou Momoka se aproximando ainda mais. “É algo que eu já quero muito fazer.”

“Eu estou pronto.” Respondeu Nobi com um olhar decidido.

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Nikko finalmente chegara à casa de Chiyo e caminhava pelos corredores da mesma.

“Finalmente acabou.” Suspirou a loira cansada. “Pergunto-me como o Nobi estará agora…”

Nesse momento, algo rompeu a parede, passou a grande velocidade pela frente de Nikko e rompeu outra parede, voando até ao jardim.

“Aquilo foi…” Percebeu a loira olhando imediatamente para o buraco na parede e avistando o seu Oyabun. “Nobi?!”

“Responda, Nobi.” Falou Momoka saindo do buraco oposto.

“Momo-san?!” Exclamou Nikko chocada. “O que está fazendo?”

“Foi ele que pediu.” Respondeu a Wakagashira com o seu punho manchado de sangue que não lhe pertencia.

“EH?!” Indagou a loira confusa.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!” Gritou Nobi agressivamente se levantando com um pulo.

“Hã?” Questionou Nikko cobrindo os ouvidos.

“NÃO POSSO FICAR PARADO!” Ruivo continuou a gritar, tendo uma bochecha inchada e sangue escorrendo pelo nariz e canto da boca. “Ficar me lamentando não vai mudar nada! Não posso mais duvidar ou desviar o olhar. Tenho de continuar seguindo em frente!”

“O que é que Hirata Nobi vai fazer?” Questionou Momoka se aproximando e acertando-lhe com um soco bem no queixo, fazendo o Oyabun voar.

Nobi aterrou de costas e se levantou mais uma vez.

“Dominar… O Japão.” Respondeu ele cuspindo um pouco de sangue.

“E como vai fazer isso?” Questionou a Wakagashira socando o estômago do Oyabun.

“Superando… Todos os obstáculos… No meu caminho!” Respondeu ele se mantendo de pé, mesmo com as suas pernas tremendo e o seu rosto se contorcendo de dor.

“O… O… O qu… O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?” Perguntou Nikko em pânico.

“Eles estão assim há já um tempo.” Falou Jin chegando com Chiyo e Goru.

“A minha casa…” Choramingava a rosada.

“O que eles estão fazendo?” Questionou a loira sem entender nada.

“A Anego está dando apoio ao Aniki.” Respondeu Goru.

“Apoio?” Perguntou Nikko enquanto via apenas Nobi sendo espancado por Momoka e se levantando. “Sério?”

“Pode não parecer, mas o Aniki já foi bem bebê chorão.” Recordou o pequeno robô.

“O Nobi?” Indagou a Izumo estranhando.

“Sim e era sempre a Anego que levantava a moral do Aniki quando ele estava para baixo.” Explicava o avermelhado.

“Oh.” Murmurou Nikko admirada.

“Na base de porrada.” Continuou Goru.

“Na base de porrada?!” Exclamou a loira chocada.

“Bem, a Anego tem o seu próprio jeito, mas ela sempre conseguia levantar a moral do Aniki.” Explicou o robô. “É um efeito que só a Anego consegue fazer.”

“Um efeito que só a Momo-san consegue causar no Nobi…” Murmurou Nikko observando os dois amigos de infância.

“E agora?” Perguntou Momoka desferindo mais um soco no ruivo.

“Eu vou ficar mais forte!” Respondeu Nobi recebendo o golpe com um olhar decidido. “No futuro terei uma nova disputa com o Umimaru e conseguir Okinawa! E isso será só mais um passo no meu caminho!”

Momoka finalizou com um soco no rosto do Oyabun, fazendo cair.

“Então, já soltou tudo?” Interrogou a Wakagashira.

“Sim.” Respondeu Nobi deitado na grama com um sorriso aliviado. “Obrigado, Momo.”

“Tá.” Respondeu Momoka com sorriso bem leve.

“Eu… Não consigo achar isto normal de nenhuma forma.” Confessou Nikko com gotas de suor atrás da cabeça.

“Eles têm o seu próprio jeito.” Respondeu Goru também com algumas gotas de óleo atrás da cabeça.

Nobi então se levantou, com uma expressão bem mais otimista, quando o seu celular vibrou com uma notificação de mensagem que ele leu imediatamente.

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Pouco depois, num velho parque infantil já abandonado, Nobi encontrou-se com Koji.

“Oi, Koji.” Cumprimentou Nobi alegremente. “Estranhei não estares na nossa base. Porque é que querias que eu viesse sozinho aqui?”

“Yo, Oyabun. É que eu precisava de pedir um favor.” Respondeu Koji com um sorriso amigável.

“Um favor?” Questionou o ruivo inclinando a cabeça.

“Podemos lutar aqui e agora?” Pediu o esverdeado mudando para uma expressão séria.


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Notas finais do capítulo

E assim começa o arco Dark Hero
É tudo por hoje, espero que tenham gostado
Até à próxima!



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