Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 65
É Claro Que Vamos Vencer!!!


Notas iniciais do capítulo

Sabem que dia é hoje? 16 de Setembro, sabem o que aconteceu nessa data há 3 anos? Postei o primeiro capítulo desta fic. Isso mesmo! Hoje é o terceiro aniversário de "Nobi, aquele que dominará o Japão!"
O tempo passou bem rápido, agradeço a todos os que acompanharam desde o começo e os que se juntaram a meio da jornada, os que comentam e os que não, muito obrigado pelo apoio e espero que me acompanhem até ao final
A baixo podem ver uma capa comemorativa para o terceiro aniversário da história feita por um amigo e leitor. Nobi e os três formidáveis adversários que ele teve de confrontar nestes 3 anos, Seika, Takara e agora Umimaru
Sem mais delongas, aqui têm o capítulo



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Omake

“Três anos, hein.” Murmurou Nobi sorvendo um pouco de chá.

“É, três anos.” Comentou Goru sorvendo um pouco de óleo.

“Já se passaram três anos.” Suspirou Nikko também bebendo chá.

“Ei…O ritmo desta história não está meio ruim?” Questionou Nobi subitamente.

“Ele falou na cara dura!” Pensaram os outros dois surpresos.

“Quer dizer, é normal esta história ter apenas 65 capítulos em 3 anos?” Perguntou o ruivo intrigado. “Por exemplo, o mangá Boku no Eiyuu Gakuen já tem 3 anos e tem cerca de 150 capítulos atualmente.”

“Bem… Não é como se o nosso autor tivesse todo o tempo para se concentrar apenas na escrita, este último ano foi uma época complicada.” Explicou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Na verdade, o Aniki tem razão em ficar preocupado.” Declarou Goru com um tom preocupado. “O capítulo do primeiro aniversário foi o 34, o que significa que em um ano só tivemos 34 capítulos e nos dois anos seguintes tivemos apenas mais 31 capítulos, no dobro do tempo tivemos um número inferior! Se isto continuar assim…”

“Esta história nunca será terminada!” Gritou Chiyo aparecendo de uma passagem secreta no chão, surpreendendo todo o mundo.

“Chiyo-chan, não apareça assim de repente!” Repreendeu Nikko com respiração ofegante pelo susto.

“O pior é que este ano o autor vai entrar na universidade.” Comentou Jin também aparecendo. “Isso vai ocupar muito tempo.”

“Bem…” Nikko tentou dizer algo.

“Espero que ainda chegue ao meu momento de brilhar.” Falou Koji se juntando também.

“Esta história já está condenada.” Concluiu Momoka jogando numa Nintendo 3DS.

“Gente, vão com calma, não sejam tão pessimistas.” Pediu Nikko preocupada. “Este Omake devia ser para celebrar o terceiro ano da história, vamos, se animem! Ebaaaa…”

“A Nikko tem razão!” Concordou Nobi se levantando. “Não importa o que vem por aí, tenho a certeza que o autor se vai esforçar! Então agora, vamos festejar!!! Que muitas coisas incríveis venham durante este próximo ano!”

“Sim, afinal estamos quase lançando “aquilo”!” Falou Chiyo animada.

“Chiyo-chan, não estrague a surpresa!” Pediu Nikko alarmada.

“Ah.” Falou Nobi. “Estão falando de que “Nobi, aquele que dominará o Japão” vai ter-”

//////////////////////////////////////////////////////////(Corte)//////////////////////////////////////////////////////////

“Obrigado por nos terem acompanhando nestes 3 anos de publicação.” Agradeceram os membros da Onigumi se curvando. “Estaremos contando com vocês nos anos seguintes.”

 

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 “Umimaru… Você pode repetir a sua exigência?” Perguntou Nobi com uma voz anormalmente calma que contrastava por completo com os seus olhos vermelhos que emitiam um leve brilho da mesma cor, rodeado por uma aura intimidadora. “Eu acho que não escutei bem o que você falou.”

“Como eu disse, se os Wako vencerem, a moça loira vai entrar na nossa tripulação.” Respondeu Umimaru com um sorriso de provocação.

“Maldito!” Gritou Nobi agarrando o capitão pirata pelo casaco e mostrando um olhar de fúria. “Você acha que eu apostaria os meus companheiros? É claro que eu recuso essa exigência!”

“Nobi…” Murmurou Nikko surpresa com a reação violenta do seu Oyabun.

“Isso mesmo!” Gritou Chiyo com um olhar flamejante. “Não pense que pode levar a Nee-san! Seu… Seu… Seu cabeça de algas!!!”

“Isso foi um xingamento?” Questionou Jin confuso.

“Te julguei mal, Umimaru.” Terminou o ruivo largando o casaco do esverdeado e pegando na sua Onigumi.

“Nossa, quanta hostilidade.” Suspirou Umimaru depois fazendo uma expressão séria e intimidante. “Saiba que eu estou apostando algo tão precioso como um companheiro. Apostar o meu território significa apostar todo o mar do Japão. Eu não podia ser mais justo.”

“Seu…” Nobi se preparava para atacar, mas Momoka se intrometeu no meio dos dois.

“Aceitamos a sua exigência.” Respondeu ela encarando Umimaru.

“O quê? Você sabe o que está fazendo, Momo?” Questionou o Oyabun agarrando o ombro da sua Wakagashira. “Você está apostando a Nikko!”

“E o que tem?” Perguntou Momoka com um olhar frio. “Não me vai dizer que passou pela sua cabeça perder, vai? Isso nem parece você, Nobi. Essa é a atitude do homem de vai dominar o Japão?”

“Eu aceito fazer parte da aposta.” Declarou Nikko com um olhar firme.

“O quê?” Gritaram Nobi e Chiyo em simultâneo.

“A Momo-san tem razão. Não há risco nenhum, porque sei que vamos vencer. Afinal, eu confio nos meus companheiros.” Explicou a loira com um belo e resplandecente sorriso sincero.

“Aaaaaaaah! Tudo bem, como queiram!” Gritou Nobi coçando a cabeça agressivamente e depois apontando o seu bastão para o capitão pirata. “É claro que eu não vou perder! Vocês não vão conseguir colocar as suas mãos na minha companheira!.”

“Isso! A Nee-san nunca vai sair do nosso lado!” Gritou Chiyo levantando os braços.

“NÓS VAMOS VENCER!!!” Gritaram os dois em simultâneo.

“Chiyo.” Falou o ruivo se virando para a rosada.

“Nobi-san.” Falou a assassina encarando o seu Oyabun.

Os dois apertaram as mãos enquanto uma intensa aura flamejante os rodeava.

“Vamos esmagá-los, Nobi-san.”

“Isso mesmo, Chiyo.”

“Eles estão fazendo de novo.” Comentou Goru com uma gota de óleo atrás da cabeça.

“Sim…” Concordou Jin sem nem saber o que falar.

“Você tem uma boa tripulação, Nobi.” Umimaru soltou uma grande gargalhada.

“Somos uma gangue, não… Somos uma Família Yakuza!” Afirmou Nobi ainda sentindo raiva pela exigência de Umimaru.

“Muito boa atitude.” Elogiou o pirata levantando dois dedos da sua mão. “Agora a minha segunda exigência.”

“Hey, você já não está exagerando?” Questionou Jin com um olhar hostil.

“Esta diz respeito à forma como nos enfrentaremos. Afinal como desafiado, tenho o direito a escolher.” Explicou o esverdeado levantando mais um dedo. “Vamos ter 3 provas.”

“Três provas?” Questionou Nobi inclinando a cabeça confuso.

“Isso mesmo.” Confirmou Umimaru. “Yuka! Utaro!”

“Sim, capitão!” Gritaram os dois saltando do precipício médio, aterrando na areia e correndo para o lado do seu capitão.

“Estes dois são os meus mais confiáveis e fortes companheiros.” Apresentou o capitão de forma orgulhosa. “O meu navegador, Sameraku Utaro, e a minha vice capitã, Kusata Yuka. Somos o topo da Wako, três de vocês vão nos enfrentar em 3 provas separadas. Ganha o melhor de três.”

“Yo-sha!” Cumprimentou o loiro com prancha de surf.

“Prazer.” Cumprimentou a ruiva de tapa-olho.

“E suponho que as provas serão criadas por vocês, não é?” Falou Momoka. “A vantagem é completamente vossa.”

“Esta é a nossa casa e somos piratas.” Respondeu Umimaru confiante. “Se buscam justiça, vieram ao lugar errado.”

“Nikko-dono, o que você vê?” Perguntou Jin discretamente.

“A garota tem uma arma amaldiçoada com ela.” Respondeu a loira da mesma forma. “Quanto ao cara da prancha, ele não tem qualquer sinal de ter uma. Mas pode ser como o Umimaru-san e não andar com a arma dele.”

“Sim, sim, realmente é uma bunda bem trabalhada.” Comentou Yuka deitada na areia por baixo de Nikko. “Firme e com tamanho considerável.”

“Kyaaaa!!!” Gritou Nikko surpresa se virando e saltando para trás. “N-n-não fale da minha bunda!”

“Que baita peitão!!!” Comentou Yuka agora observando Momoka demasiado perto e movendo os seus dedos de forma perturbadora. “Isto é mesmo natural? Esse tamanho nesta idade, parece até uma personagem de anime. Não só o tamanho, também parecem muito suaves. Ei, posso tocar? Somos ambas mulheres, então não tem problema, nê? Nê? Nê? NÊ?”

“Nem se atreva.” Falou Momoka com um olhar gélido de desprezo enquanto segurava a cabeça da ruiva que tentava se aproximar com um riso desagradável e babando da boca.

“Kyaaaa! Vai quebrar, vai quebrar!” Gritava Yuka de dor enquanto Momoka apertava a cabeça dela. “Uta-chan, me salva! Ela vai quebrar a minha cabeça!”

“O que se passa com esta pessoa?” Questionou Nikko meio assustada.

Sorry—sha.” Utaro se desculpou, puxando a ruiva pela gola das costas da sua camisa. “Perdoem a nossa vice capitã-sha. Ela é mulher, mas tem os gostos de um velho pervertido-sha. Não é muito seguro estarem perto dela com roupas de banho-sha.”

“Sha?” Pensaram Nobi, Jin e Goru inclinando as suas cabeças.

“É… Uma versão feminina dele…” Pensou Chiyo sentindo um escalafrio e dando um passo para trás.

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“Atchiiiim!” Koji espirrou ao sair de uma loja de conveniência. “Hehehe. Alguma garota deve estar pensando em mim.”

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“Kya!!! O que temos aqui?” Questionou Yuka de forma exaltada, chegando perto de Chiyo, a assustando. “Um corpo infantil e fofo. Ao mesmo tempo que acende os instintos maternos, também dá uma certa vontade de corromper a sua pureza. Sim, sim, não há dúvida. É uma Loli!”

“Kyaaaa! Nee-san, me ajude!” Gritou a rosada em pânico se preparando para correr.

“Não se preocupe.” Falou Yuka com uma expressão séria e fungando de emoção, enquanto agarrava nas mãos da assassina. “Eu serei a sua nova Nee-san.”

“Não quero!” Gritou Chiyo em pânico.

“Entendo…” Murmurou com a sombra da franja lhe cobrindo o olho, se ajoelhando e depois revelando um olhar cheio de brilhos. “Então seja minha pelo resto da vida. Vamo-nos casar! Cuidarei bem de você!”

“POR QUÊ?” Gritou Chiyo numa mistura de susto e confusão.

“Eu me apaixonei…” Revelou Yuka com uma expressão extremamente séria, enquanto um pouco de sangue escorria pelo seu nariz. “Pelo seu corpo.”

“NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! Não se aproxime de mim!” Gritou Chiyo tentando se soltar, mas força nas mãos da ruiva a superava. “E o que quer dizer com casamento? Somos duas mulheres!”

“ISSO NÃO IMPORTA NADA!!!” Gritou Yuka assustando ainda mais a rosada. “O amor é o sentimento mais forte que existe! Ele pode quebrar qualquer barreira! Até a do género! Então, rosinha, me deixe agora quebrar a sua barreira.”

“QUE BARREIRA ESTÁ FALANDO?!” Gritou Chiyo em pânico total.

“Vamos, vamos, eu serei gentil.” Falava a ruiva enquanto se aproximava cada vez mais da assassina, até que uma prancha amarela lhe bateu na nuca e a nocauteou.

“Ela se entusiasma demais quando está com gente nova-sha.” Explicou Utaro arrastando a sua vice capitã inconsciente. “No fundo é uma boa pessoa-sha.”

“Por que é que estamos sempre encontrando gente assim?” Questionou Chiyo deitada na areia com os olhos em espiral. “Ela é ainda pior que ele…”

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“Atchiiiim!” Koji espirrou enquanto estava sentado no banco do parque lendo uma revista porno que comprou na loja de conveniência. “Hehehe. Sou um cara mesmo popular.”

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“São um bando de pessoas excêntricas.” Comentou Jin olhando para o trio da Wako.

“Não é para tanto. Hehe.” Falou Umimaru sem graça e coçando a cabeça com um grande sorriso.

“Ah, desculpe, mas não era bem um elogio.” Falou Jin com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Então-sha.” Disse Utaro com um olhar hostil já agachado por baixo do campo de visão de Jin e com a ponta da sua prancha de surf quase tocando o pescoço do azulado. “Você estava tentando insultar o nosso capitão-sha?”

“Rápido.” Pensou Jin suando frio. “Não vi nenhum movimento dele. Se ele estivesse armado com algo cortante, eu poderia ter morrido sem nem perceber.”

“Vamos, se acalmem.” Pediu Umimaru descontraidamente. “Guardem esses ânimos para o confronto daqui a 4 dias.”

“Quatro dias?” Questionou Nobi.

“Isso mesmo. Essa é a exigência final. Tudo acontecerá daqui a 4 dias.” Explicou o capitão pirata levantando o quarto dedo.

“Por quê? Eu quero lutar agora!” Reclamou Nobi apressado.

“É o tempo de fazermos todos os preparativos. Eu quero fazer um grande evento.” Respondeu Umimaru com uma expressão provocadora. “Pensem nisto como uma pequena vantagem. Estamos dando tempo para se prepararem contra nós.”

“Tanto faz, não importa quando, eu vou acabar com você, Umimaru.” Sentenciou o ruivo apontando para o capitão pirata.

“Isso é o que vamos ver, Nobi.” Respondeu o esverdeado encarando a face determinada do Oyabun Yakuza.

“As coisas vão ficar agitadas por aqui.” Murmurou Santoku vendo tudo desde a entrada do seu restaurante. “A última vez foi há dois anos.”

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“Junai-sama, experimente esta carne de porco.” Falou uma bela mulher de bikini encostada ao lado esquerdo de um homem, enquanto lhe estendia um pouco de carne assada com os hashis.

“Está muito gostosa.” Comentou o homem comendo o pedaço de carne, ele tinha um corpo bem trabalhado, usava uma camisa havaiana vermelha com desenhos de flores amarelas aberta e umas bermudas negras, o seu cabelo era rosa claro e preso num rabo de cavalo, além disso usava uns óculos de sol com lentes em formato de coração. “Mas não tão gostosa como você.”

“Kyaaa~. Junai-sama, seu atrevido.” Gemeu a mulher corada se encostando ainda mais nele.

“Não é justo, Junai-sama.” Falou outra mulher de bikini encostada ao lado direito do homem. “Me dê atenção também…”

“Não se preocupe.” Falou Junai com uma voz serena, pegando no queixo dela gentilmente e depois a beijando apaixonadamente. “Há suficiente de mim para vocês.”

“Junai-sama~.” Murmurou a mulher da direita meio zonza quando os seus lábios se separaram.

“A mim também, Junai-sama.” Pediu a mulher da esquerda implorando com o olhar.

“Claro.” Respondeu o homem também a beijando.

“Isto é tão nojento que estragou o sabor da bebida.” Murmurou Nakajima, professora responsável pela classe de Nobi, enquanto bebia uma lata de cerveja. Ela e Mori, professor responsável pela classe C, estavam sentados no lado oposto da mesa assistindo aquela cena, todos estavam num café de praia. “E pensar que este cara também é um capitão do exército escarlate.”

Capitão da 10º unidade do exército escarlate, Junai Jounetsu, essa era a sua identidade.

“Não digas coisas assim, Nakajima-san.” Pediu Junai estendendo um braço para ela. “Se está com vontade, só venha até mim.”

“Foi mal, mas o meu coração já foi conquistado por outro alguém.” Respondeu ela com um sorriso gentil, enquanto despejava o resto da lata na cabeça do capitão da 10ª unidade. “E esse alguém é o álcool.”

“SUA VADIA!” Gritou a mulher da direita raivosa.

“COMO SE ATREVE A FAZER ALGO ASSIM COM O JUNAI-SAMA?” Gritou a outra no mesmo estado.

“Tenham calma, gatinhas.” Pediu Junai com voz serena colocando os seus braços em volta dos ombros delas. “Isto foi apenas uma demonstração de amor.”

“Junai-sama é um autentico poeta.” Falou uma delas se agarrando a ele.

“Me apaixonei ainda mais por você.” Disse a outra fazendo o mesmo.

“Bem, voltando para o assunto.” Falou Mori seriamente. “Quando estávamos vindo para aqui, o Maj- Quer dizer, o diretor disse-nos que você teria um relatório importante para nos entregar.”

“Sempre tão sério, Mori-san.” Comentou Junai retirando uma pen-drive do bolso da sua camisa. “O comandante supremo sentiu uma grande anomalia de Anima aqui em Okinawa. Por isso, o Major Higehige enviou a 10º unidade para investigar a zona. Aqui está todo o resultado da nossa investigação. Começamos investigando as ações da grande família Yakuza Wako, mas pelo que parece eles raramente agem nas ilhas habitadas do arquipélago, devem ter a sua base numa ilha isolada qualquer e agem especialmente em alto mar. O nosso trabalho estaria bem mais facilitado se destacassem um soldado Izumo para a minha unidade para nos ajudar a investigar a tal anomalia.”

“Izumo são recursos raros e essenciais para o Exército Escarlate, ainda mais que os próprios Messias.” Afirmou Mori pegando o pen-drive. “Atualmente só temos 3 e estão em posições importantes demais para serem transferidos.”

“Sim, sim, eu sei.” Suspirou Junai se encostando no banco e bebendo um pouco de leite de côco por uma palhinha, enquanto a mulher da direita segurava o fruto frente ao rosto do capitão. “Por falar na utilização de pessoal. Não é meio exagerado ter 3 capitães de unidade e 1 major numa escola?”

“Qual é o problema? O meu tenente está cuidando da minha unidade perfeitamente enquanto eu estou fora.” Falou Nakajima, capitã da 5ª unidade, bebendo mais uma lata de cerveja.

“A nossa missão é de extrema importância.” Afirmou Mori, capitão da 4ª unidade, com convicção. “Somos a ponte para o futuro do Exército Escarlate.”

“CAPITÃO JUNAI!” Gritou Masao no meio da praia correndo em direção ao café.

“Aquele é o cabo Masao?” Questionou Junai reconhecendo a voz e o vendo ao longe.

“Problemas, capitão!” Ele continuava a gritar e a correr, enquanto sangue escorria dos ferimentos de bala, corria tão desesperadamente que esbarrou numa mulher de óculos que estava no caminho e a fez cair na areia.

“Ei, ele parece estar ferido.” Reparou Nakajima.

Junai se levantou imediatamente e foi até ao seu soldado.

“Capitão… Tenho de lhe contar.” Falou Masao com respiração ofegante.

“Cabo Masao…” Disse o rosado com uma voz calma, enquanto a luz do sol reflectia nas lentes dos seus óculos com formato de coração.

“Nós nos enc-” Masao ia falar, quando num movimento veloz o capitão da 10ª unidade enfiou dois dedos no nariz do soldado, um em cada narina, e o levantou assim.

“VOCÊ POR ACASO VIU O QUE ACABOU DE FAZER, SEU DESGRAÇADO?” Gritou o capitão furioso, levantando cada vez mais o seu subordinado que sentia que o seu nariz lhe seria arrancado. “Você jogou uma mulher no chão com as suas mãos imundas. Eu não ensinei nada para você, hein? Mulheres são o maior tesouro da humanidade! A obra de arte mais refinada! Elas não merecem mais nada além de amor!”

“A forma de pensar deste cara é irritante.” Comentou Nakajima com uma expressão de nojo.

“M-me p-perdoe, capitão.” Implorou Masao já no limite.

“Tsc. Você já morreu como homem.” Sentenciou Junai jogando violentamente o seu subordinado no chão, era possível ver um olhar frio de desprezo pelas lentes de coração dos seus óculos. “Agora não é nada mais que um verme imundo.”

“Onde estão? Onde estão?” Murmurava a mulher ajoelhada procurando pelos seus óculos.

“Aqui tem.” Falou Junai lhe entregando o par de óculos nas mãos. “Consegue se levantar?”

“Sim, obrigada.” Respondeu ela colocando os óculos e vendo melhor o capitão da 10ª unidade, o que a fez ficar corada. “Eu… Estou bem.”

“Isso me deixa muito feliz.” Afirmou o rosado colocando os seus óculos de sol no topo da cabeça, revelando os seus belos olhos azuis e ajudando a mulher a se levantar, enquanto segurava a sua mão gentilmente. “Não sei o que seria capaz de fazer se visse uma mulher tão bonita como você sendo machucada.”

“Ah, por favor, não diga algo assim.” Pediu ela baixando o olhar envergonhada. “Eu não sou nada bonita…”

“Por favor, não cometa o pecado de menosprezar a sua beleza.” Pediu ele com um tom suave, enquanto colocava a mão no rosto dela e a olhava nos olhos. “Se eu digo que algo é bonito, é porque é.”

“Qual é o seu nome?” Perguntou ela completamente encantada.

“Junai Jounetsu.” Respondeu ele retirando a mão e dando-lhe as costas, retomando o caminho de volta para o café. “Tal como o meu nome indica, sou um homem que vive pelo amor. Se passar tempo demais comigo, o seu coração pode não aguentar.”

(N/a: Junai significa “Amor Puro” e Jounetsu significa “Paixão”.)

“Espere!” Pediu ela enquanto o capitão continuava a andar. “Vou voltar a vê-lo?”

“Se a linha vermelha nos estiver ligando, então acredito que sim.” Respondeu Junai sem olhar para trás e voltando a colocar os seus óculos de sol. “Até mais, gatinha de óculos.”

“Mas…” Murmurou a mulher caindo de joelhos na areia e com o rosto completamente rubro. “Mas que homem incrível…”

“Já acabou com a novela melosa?” Perguntou Nakajima que estava com Mori junto ao corpo inconsciente de Masao. “Parecia que o seu subordinado tinha algo importante a dizer.”

“O que foi? Está com ciúmes, Nakajima-san?” Questionou Junai com um tom de voz alegre.

“Então, cara, acorde de uma vez e fale.” Falou Nakajima se baixando e abanando o corpo de Masao.

“Ue? Me ignorando?” Perguntou o capitão da 10ª unidade. “Nakajima-san, isso é apenas cruel.”

Pouco depois, Masao finalmente acordou e contou tudo o que tinha acontecido no restaurante Teruhebi.

“Então foi o soldado Kintaro que pegou as minhas pílulas de super soldado.” Suspirou Junai. “Bem, parece que ele teve o que mereceu. Quanto esse tal Hirata Nobi… Só por ter uma arma amaldiçoada já é automaticamente um criminoso de Rank B, não, se ele é o Oyabun de uma gangue que derrubou os White Tigers, então tenho de classifica-lo como Rank A.”

“Hirata Nobi e seus seguidores são estudantes da Academia de Tóquio, eles estão sob nossa observação.” Falou Nakajima. “Não faça nada com eles.”

“Então ele vai ser um “tributo”, é? Cabo Masao, número e sexo dos integrantes.” Ordenou Junai imediatamente.

“Hã? Bem… Eu vi dois garotos e três garotas.” Respondeu ele atrapalhadamente.

“Entendo, dois criminosos e três vítimas da sociedade.” Murmurou o rosado enquanto pensava. “Tudo bem, Nakajima-san, admito que foram os meus subordinados que começaram e não vou caçar essa tal Onigumi até que ela faça outra infração na minha jurisdição.”

“Considere as mulheres criminosas também!” Pediu Masao revoltado.

“No entanto, vou ter de colocar esse Hirata Nobi na lista de criminosos.” Concluiu Junai com um tom sério. “Ele será reconhecido por todo o Exército Escarlate agora. Os outros capitães não serão tão compreensivos como eu.”

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Mais tarde, na pousada que o grupo de Nobi estava hospedado, Nobi e Momoka estavam sentados no chão de pernas cruzadas virados para Nikko, Chiyo, Jin e Goru que estavam sentados da mesma forma.

“Chiyo-chan… Você não tinha de estar na pousada da sua classe? Como conseguiu vir para aqui?” Questionou Nikko curiosa.

“Fugi.” Respondeu a rosada confiante. “É a Nee-san que está em jogo aqui, as regras da escola não importam!”

“Entendo…” Disse a Izumo com uma gota de suor atrás da cabeça.

“O primeiro passo agora é escolher as três pessoas que vão participar no jogo dos Wako.” Falou Momoka pegando num Pocky e colocando-o na boca. “Obviamente o Nobi vai ser um deles.”

“Isso!” Gritou Nobi motivado.

“Eu também! Não vou deixar eles colocarem as suas mãos sujas na Nee-san!” Declarou Chiyo com uma aura flamejante.

“Eu também me voluntário para participar.” Falou Jin seriamente. “Quero ter a oportunidade de enfrentar o cara da prancha.”

“Nobi, Jin e Chiyo. Então esse será o nosso trio representante.” Concluiu Momoka trincando o Pocky. “Muito bem. Jin, Chiyo, estes 4 dias vamos continuar o treino que eu já estava implementando em vocês antes da viagem.”

“E eu?” Questionou Nobi apontando para si.

“O seu treino será mental.” Respondeu Momoka se levantando.

“Eeeeeh?” Murmurou Nobi com um tom entediado.

“Você vai estudar todos os movimentos do Umimaru.” Explicou a Wakagashira retirando um chip da parte de trás da cabeça de Goru. “Aqui está gravado o que aconteceu hoje pelos olhos do Goru. Veja, memorize, veja de novo. Durante estes 4 dias se adapte e torne-se capaz de prever o imprevisível.”

“Entendi.” Respondeu Nobi com um sorriso confiante, pegando o chip. “Podes deixar.”

“Tudo o que eu vejo… É gravado?” Questionou Goru sem reação.

“Você não sabia?” Perguntou Nikko surpresa.

“Por que é que nunca me contou, Anego?” Inquiriu o robô revoltado. “Isso é uma violação da minha privacidade!”

“Você não perguntou.” Respondeu ela indiferentemente.

“Tudo bem este tipo de preparo para o Nobi?” Indagou a loira preocupada.

“Você normalmente só acompanha o desempenho mental do Nobi na escola, então entendo a sua preocupação.” Respondeu Momoka, enquanto o ruivo colocava o chip no computador e assistia os vídeos com os seus olhos vermelhos começando a brilhar. “Mas quando o Nobi está interessado em algo, ele é uma verdadeira esponja de informação. Já deves ter reparado na facilidade que ele tem em aprender coisas e em se adaptar ao estilo de combate do seu adversário à medida que ele vai lutando com o mesmo. Assistir o vídeo não vai ser tão efectivo como lutar cara a cara, mas já vai dar um avanço.”

“Agora que fala nisso… Na luta contra o Shirokiba-san, o Nobi foi capaz até de copiar os princípios da arma amaldiçoada de vento usando ondas de calor.” Comentou Nikko observando o seu Oyabun. “Há muitas coisas sobre ele que eu ainda não sei.”

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E assim três dias se passaram. Na noite antes do confronto entre Wako e Onigumi, numa gruta remota da praia, um homem de cabelo castanho espinhoso e de barba mal feita bebia a sua quarta garrafa de sakê.

“O que cê quer?” Perguntou ele para uma figura encapuzada que entrou na caverna.

“Nakagure Ryuuma.” Chamou o encapuzado revelando o seu rosto andrógeno, era o mesmo que havia confrontado Endo Satoru. “O Oyabun da já desfeita família Yakuza, Ryukyu, certo? Ainda afogando as mágoas?”

Sem responder nada, Ryuuma atirou a garrafa em direção ao Dealer que desviou facilmente.

“Mas que estado decadente.” Continuou o homem com tatuagem de estrela no rosto. “O homem que já dominou toda Okinawa reduzido a um mero velho bêbado que ninguém seguirá. Que pena, que pena.”

“Dê o fora!” Gritou Ryuuma com um olhar enfurecido. “Quem é você para falar de mim?”

“Me chame de Hoshi. (N/a: Hoshi significa estrela)” Ele se apresentou curvando-se ligeiramente. “E vim realizar os seus desejos. Não quer a oportunidade perfeita para se vingar de Nabeshima Umimaru?”

“Realizar desejos? Você é a porra de um Dealer, é? Então ainda existem.” Falou o ex-Oyabun rudemente pegando em mais uma garrafa, era possível ver que as suas mãos tremiam bastante. “Esqueça… Eu não sou retardado o suficiente para enfrentar aquele monstro aterrorizante uma segunda vez.”

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Enquanto isso, Nikko dava um passeio noturno pela praia.

“Amanhã é o dia.” Murmurou ela observando a bela lua que iluminava o céu noturno e o seu reflexo no mar. “Tenho absoluta confiança de que eles vão vencer, mas… É uma sensação meio desconfortável ser um prémio de vitória. Também queria lutar ao seu lado.”

“Foram belas palavras.” Comentou Umimaru atrás dela. “Quase tão belas como esta visão do mar.”

“Nabeshima Umimaru?!” Exclamou Nikko surpresa se virando para o líder inimigo.

Aquele era apenas o começo da noite antes do grande incidente.

—Fim de capítulo-

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—Omake-

~Explicando o Exército Escarlate~

 

Kitsuhara: Como estão todos? Aqui quem vos fala é o Major Kitsuhara, caso não lembrem, eu apareço por primeira vez no capítulo 24. Foi nesse mesmo capítulo que o Exército Escarlate vos foi apresentado, mas como podem ver, neste arco a nossa organização está sendo mais explorada na história. Então eu irei explicar-vos como funcionamos.

Fomos oficializados pelo governo há 3 anos como uma força especial para cuidar diretamente dos Yakuza. Pensem em nós como os anjos vermelhos que irão purificar este país. A nossa organização proíbe extremamente a utilização de armas amaldiçoadas, na verdade, exterminar esse mal é um dos nossos objectivos.

Como ainda somos bem recentes, a nossa estrutura é relativamente simples. No topo e comandando tudo está o nosso comandante supremo, apenas majores conhecem a sua verdadeira identidade. Querem saber como ele é? Se tivesse de descrever, diria que seria como a personificação de Deus, a sua mera presença é tão brilhante e pura.

A baixo do comandante supremo estão os majores. Somos 4 majores, cada major tem ao seu comando direto 3 capitães de unidade, o que significa que o Exército Escarlate tem 12 unidades, o mesmo número que as grandes famílias Yakuza, que curioso, não é? Já agora, as unidades sob meu comando direto são a 7ª, a 8ª e 9ª. Caso não lembrem, o falecido Saito Sindo, assassinado pelo terrorista Namonai, era o capitão da 7ª unidade. Isso foi bastante problemático, mas já tenho em mente o seu sucessor.

Cada capitão de unidade tem um tenente de confiança a seu lado e logo a baixo do tenente estão os restantes soldados divididos por unidades. Mas não se deixem enganar, o número da unidade não representa força. É um esquema fácil de entender, não é? Nas notas finais estará o link de uma imagem do esquema para ajudar a visualizar.

Agora o nosso tempo acabou, espero que tenham apreciado estas informações. E obrigado por nos acompanharem nestes 3 anos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Já que é aniversário da história, gostaria que comentassem qual foi o vosso arco favorito, o vosso personagem favorito e a vossa arma amaldiçoada favorita
Espero que comentem, estou muito curioso :v
A imagem com o esquema do Exército Escarlate: https://imgur.com/0NwLsPV
É tudo por hoje, até à próxima!



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