Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 62
A grande pesca do dia


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo finalmente chegou!!!
Espero que gostem



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“Como sou o único membro do conselho estudantil de que está no primeiro ano, eu posso vigiar o nosso grupo.” Falava o gerente de assuntos gerais do conselho estudantil, Kamegura Toshiro, que pertencia à classe 1-A. “Não precisa se preocupar, Aoki-senpai.”

Aoki Aya, executora do 3º ano e presidente do clube de literatura, estava simplesmente deitada, lendo um livro e ignorando o gerente de assuntos gerais, ela vestia um maiô branco simples.

“Já vi que já não se está preocupando.” Kamegura riu orgulhosamente. “Pode confiar em mim. Muito bem, pessoal, vamos decidir as actividades de grupo de hoje.”

“Aoki-senpai, o que acha de irmos aqui?” Perguntou uma garota do grupo para executora.

“Presidente Aoki, ouvi dizer que tem uma loja de antiguidades que vende livros raros, vamos lá?” Questionou um garoto do grupo que também fazia parte do clube de literatura.

“Acho que podíamos experimentar este restaurante para o almoço.” Comentou outro garoto do grupo.

“Eles… Me estão ignorando por completo.” Murmurou Kamegura com uma expressão neutra, mas com uma lágrima escorrendo pela sua face.

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“Um teste de coragem?” Questionou Nobi inclinando a cabeça.

Ele e o grupo da Onigumi, sem Chiyo e Goru, estavam frente a uma caverna com um letreiro dizendo “Teste de coragem de Okinawa! Tente sobreviver.”.

“Isso mesmo.” Confirmou Nikko apontando para a caverna. “É um ponto turístico bem popular da zona nos dias de hoje. Pensei que podíamos tentar.”

“Mas testes de coragem não deviam ser feitos de noite?” Questionou Jin, ele parecia meio hesitante em entrar.

“Por isso é numa caverna, para poder ter testes todo o dia.” Explicou a loira.

“Parece divertido.” Falou Nobi com um grande sorriso.

“Não pensei que você fosse sugerir uma coisa dessas.” Comentou Momoka.

“Fufu. Pode não parecer, mas eu até gosto destas coisas.” Comentou Nikko de forma orgulhosa. “Passei por tanta coisa desde que entrei nesta gangue, tenho a certeza que nada aqui me vai assustar.”

“Você não se está achando demais por isso?” Questionou a Wakagashira com um olhar entediado, pegando num Pocky e colocando na boca.

“Bom dia, queríamos fazer um teste, por favor.” Pediu Nikko se aproximando de um homem velho que estava na entrada.

“Só fazemos testes aos pares, vão ter de ser dois se quiserem ir todos.” Respondeu ele gentilmente.

“Então eu vou com o mes-.” Jin ia falar, quando o velho continuou.

“Também temos um desconto para casais.” Falou ele com um sorriso.

“Quanto de desconto?” Questionou Nikko interessada.

“Acreditamos que um casal unido vale por uma pessoa, então 50% de desconto.” Respondeu o velho se abanando com um leque de plástico.

“Então vão ser dois testes de casais, por favor.” Pediu Nikko imediatamente.

“Você é a Murakami-senpai, por acaso?” Questionou Jin surpreso.

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“Eu aceitei no calor do momento, mas…” Pensava Nikko fazendo o percurso do teste juntamente com Nobi. “Não percebi que as coisas iam ficar assim! Mesmo conhecendo ele há já um tempo, não é comum ficarmos simplesmente assim sozinhos, sem mais ninguém. Por que é que isso me faz ficar nervosa? O que há com este clima?”

“Você já está com medo, Nikko?” Questionou Nobi sorrindo, percebendo que a loira estava um pouco nervosa. “Pensei que você não se fosse assustar facilmente.”

“Ah! Claro que não estou assustada.” Respondeu ela regressando dos seus pensamentos, só que nesse momento, uma esponja molhada, atada com um fio ao teto da caverna, roçou nas suas costas e fez ela saltar de medo e surpresa. “KYAAAAA!”

O susto foi tão repentino que ela nem percebeu que acabou abraçando Nobi por instinto. Quando se apercebeu, ficou vermelha e largou-o logo.

“Você é como um gatinho assustado, Nikko.” Comentou Nobi rindo animadamente.

“Cale a boca!” Respondeu Nikko numa mistura de raiva e constrangimento, enquanto o seu Oyabun continuava a rir.

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Jin e Momoka também tiveram de fazer o teste juntos, porém já se tinham passado uns 10 minutos sem alguns deles falar alguma coisa.

“Você está com medo?” Perguntou Momoka quebrando o silêncio.

“Não há razão para isso, isto é apenas um túnel turístico, não tem nada de verdadeiramente assustador nisto.” Respondeu Jin com uma expressão séria.

“Então você não sabe a história deste túnel?” Indagou a Wakagashira num tom entediado.

“História?” Questionou o azulado curioso.

“Sim. Há muito tempo, esse túnel foi usado como rota de fuga pelo exército rebelde, no entanto, o exército real bloqueou as saídas e prendeu os rebeldes neste túnel.” Momoka começou a contar. “Ficaram presos por dias, sem água, comida e luz natural, começaram a enlouquecer aos poucos. Desesperados, se foram matando, para descontar a raiva, por divergência de ideias, por simples loucura e, especialmente, por fome.”

“Não fazia ideia que algo assim tinha acontecido neste túnel.” Comentou Jin engolindo em seco.

“Os espíritos desses soldados ainda podem residir aqui.” Continuou a Wakagashira. “Presos a este mundo apenas pelo seu ódio e famintos por carne humana…”

“Buhaaaaa!” Gritou um homem usando uma fantasia de soldado desfigurado aparecendo atrás da dupla.

“Gyaaaaaah!” Gritou Jin repentinamente, desferindo um golpe da sua Bokuto no estômago do homem, fazendo-o voar até uma parede da caverna e perder os sentidos.

“Você ficou assustado?” Questionou Momoka ainda com a mesma expressão.

“C-claro que não.” Respondeu o azulado com respiração pesada e suando frio. “Apenas pensei que fosse um ataque inimigo.”

“Vou pegar a sua alma!” Gritou outro homem fantasiado aparecendo atrás de Jin.

“Gyaaaaah!” Gritou o espadachim desferindo outro golpe, desta vez na cabeça do homem.

“Sabe, se você continuar com isso, eles vão acabar por virar espíritos de verdade.” Comentou Momoka com uma expressão monótona.

“O-os meus instintos de batalha são apurados demais.” Respondeu Jin tentando recuperar a compostura.

“Sei…” Falou a Wakagashira dando meia volta e continuando o percurso. “Parece que cada dia descobrimos um novo traço do seu personagem.”

“O que quer dizer com isso?” Questionou Jin indo atrás dela.

“Já agora, eu inventei a história de há pouco.” Revelou ela se virando para trás e levantando o polegar de forma positiva.

“Por quê?” Gritou o azulado.

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“Testes de coragem são bem cansativos, nê?” Comentou Nikko sentada na praia, encostada a uma grande pedra, perto da saída da caverna, estava com uma expressão cansada.

“Concordo.” Falou Jin ao seu lado, no mesmo estado.

“Que visão deplorável.” Comentou Momoka com um Pocky na boca.

“Estão engraçados.” Ria Nobi apontando para eles.

“Bem, depois disto, acho que podemos ir comer.” Comentou Nikko se levantando. “Já estou ficando com fome.”

“Hehe, agora é comigo.” Falou Nobi orgulhosamente. “Sei de um bom restaurante de praia que podemos tentar!”

Então, liderando o grupo, o ruivo começou a andar animadamente, no entanto, acabou chocando contra uma pessoa.

“Foi mal.” Nobi se desculpou e depois reparou melhor em quem havia chocado.

“Olhe por onde anda, moleque.” Reclamou o homem com que chocara, parecia estar nos seus 30 anos, tinha cabelo castanho escuro, possuía uma barbicha que se estendia até seu pescoço e que estava presa por um cordão e usava um uniforme vermelho, estava acompanhado por mais três homens que se vestiam de forma semelhante.

“Uwa, isso é um uniforme militar?” Reparou o ruivo. “É bem maneiro.”

“Oh, você está interessado?” Questionou o homem de forma orgulhosa. “Este é o uniforme do Exército Escarlate, garoto.”

“Exército Escarlate?!” Exclamou Nobi extremamente surpreso. “Exército Escarlate? Quer dizer aquele Exército Escarlate? Aquele exército que é escarlate? O EXÉRCITO ESCARLATE?”

“Você não conhece o Exército Escarlate, pois não?” Comentou Nikko atrás dele com uma gota de suor.

“Nunca ouvi falar.” Revelou Nobi com um sorriso sem jeito e com a mão atrás da cabeça, enquanto o homem da barbicha caia.

“Para que foi essa reação forçada?” Questionou o homem irritado.

“É que o senhor falou com tanto orgulho que achei que seria rude falar que nunca tinha ouvido falar, sabe?” Respondeu Nobi coçando a cabeça.

“Isso foi bem mais rude!” Reclamou o homem.

“Exército Escarlate é uma força militar especial do Japão.” Explicou Momoka ajeitando os seus óculos. “A sua principal função é acabar com os Yakuza que dominam o país.”

“Hã? Isso quer dizer que são nossos ini-” Nobi ia falar, mas Momoka deu-lhe uma cotovelada, usando a força da sua arma artificial, nas costelas, provavelmente quebrando algumas, fazendo o ruivo cair na areia, se contorcendo de dor.

“Isso foi um pouco demais.” Pensavam Nikko e Jin observando o seu Oyabun abatido.

“Exatamente, você está bem informada.” Confirmou o homem da barbicha orgulhosamente. “Sabem, eu sou um tenente, é uma patente bem elevada, sou uma pessoa bem importante. O meu nome Yagimura Shinkaku.”

“E por que é patentes altas do Exército Escarlate estão rondando a praia?” Questionou Momoka de forma calculista. “Não parecem estar de férias. Está acontecendo alguma coisa?”

“Estamos aqui para caçar de vez os Wako.” Revelou Yagimura como se estivesse se exibindo. “Eles têm ficado bem ativos recentemente. Melhor vocês crianças terem cuidado.”

“Tenente Yagimura, o senhor está falando demais.” Comentou um dos homens que o acompanhava, ele tinha cabelo castanho-claro curto e usava óculos.

“Não se preocupe, são apenas crianças.” Respondeu o tenente com uma gargalhada convencida. “Mas não se preocupem crianças, os adultos aqui vão tratar de tudo.”

Então o grupo de soldados seguiu o seu caminho, deixando o grupo da Onigumi para trás.

“É um pouco desagradável a forma como ele nos trata como crianças.” Comentou Jin.

“É melhor assim.” Falou Momoka. “Não existe estratégia melhor que fazer o inimigo nos subestimar.”

“Isso foi cruel, Momo!” Reclamou Nobi se levantando, já recuperado das costelas quebradas, graças à sua regeneração.

“Era a forma mais eficaz de calar a sua grande boca.” Respondeu a Wakagashira. “Não podemos atrair a atenção do Exército Escarlate para nós tão cedo.”

“Mas o que ele falou me deixou intrigada.” Comentou Nikko pensativa.

“O quê?” Perguntou Jin curioso.

“A Momo-san também já tinha falado antes.” Continuou a loira. “Estamos no território de uma das 12 grandes famílias Yakuza, os Wako. Temos estado bem relaxados, mas ainda nos podemos cruzar com alguém dessa gangue.”

“Verdade, quase esquecia! Além da culinária, temos de conquistar Okinawa.” Falou Nobi com um sorriso animado e um olhar determinado. “Me perguntou que tipo de gente são esses Yakuza da Wako.”

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“Sha! Sha! Sha! Sha! Hello everybody—sha!” Gritou um homem no meio da praia falando de forma ritmada e movendo os braços como se estivesse fazendo rap, um monte de gente estava a sua volta e o aplaudiam, ele tinha pele bronzeada, estava de tronco nu, usava bermudas azuis escuras com desenhos de ondas azuis claras, o seu cabelo era espinhoso e loiro, os seus olhos eram verdes e os seus dentes eram bem afiados como os de um tubarão, usava uns headfones no pescoço e atrás dele estava uma prancha de surfe amarela com olhos e dentes de tubarão desenhados na ponta. “Eu, Sameraku Utaro, estou aqui para mais um show-sha! Are you ready—sha?”

“Um Show de praia?” Questionou Chiyo avistando o amontoado de pessoas.

“É alguém famoso?” Indagou Shiba curioso.

“Que barulhento.” Comentou Ayumi.

“Vamos, não fiquem parados no caminho.” Falou Kentaro autoritariamente.

“Shimura-senpai, estamos de férias, não devia ser tão autoritário.” Avisou Suguro comendo um pouco de yakisoba. “Estamos aqui para descontrair.”

“Já falei que o meu sobrenome é Shamura!” Reclamou Kentaro irritado.

“Aaah, queria estar com a Nee-san e os outros…” Pensava Chiyo depressivamente, até que se apercebeu de algo. “Ei, Shimura-senpai.”

“É Shamura!” Reclamou o ex-capitão do clube de kendo. “Vocês estão fazendo de propósito, não estão? Essa piada já está chata!”

“Não acha que esta praia seria um lugar perfeito para desafiar o Jin-kun?” Perguntou ela com um sorriso matreiro.

“O que quer dizer com isso?” Indagou Kentaro arqueando a sobrancelha.

“É altura perfeita para testar se o Jin-kun está sempre preparado para um duelo, mesmo estando de férias. Você também está ansioso pela vossa revanche, nê?”

“Estou vendo.” Respondeu o White Tiger pensativo. “Realmente… Tenho a certeza que ele não espera que eu o desafie numa hora com esta… Você tem razão, Mochizuki!”

“Hehe, perfeito.” Pensou Chiyo com uma expressão digna de uma grande mente do mal.

Pouco depois do grupo de Chiyo ter seguido caminho, Utaro parou a meio do seu show, pegou na sua prancha e, sem dizer uma única palavra, passou pela multidão e foi em direção a um guarda sol onde estava um grupo de 5 universitários, a zona à volta deles estava cheia de lixo que eles mesmo espalharam.

Quando um deles ia jogar uma lata de cerveja em direção ao mar, Utaro pegou no seu pulso.

“Hã? O que cê quer?” Questionou o universitário da lata de cerveja, o seu hálito fedia a álcool.

“Hey, hey-sha. O que pensa que está fazendo, Bundão-sha?” Questionou Utaro ainda falando de forma ritmada. “Isto aqui não é o seu lixão-sha.”

“Se meta na sua vida.” Respondeu ele agressivamente, se levantando.

“O ritmo desleixado de vocês machuca os meus ouvidos-sha.” Respondeu o estranho rapper apertando o pulso do universitário com mais força. “Deviam ser mais respeitosos se não querem serem comidos-sha.”

“Está querendo briga?” Perguntou outro dos universitários, os 5 agora se encontravam frente a Utaro que os encarava com um olhar afiado.

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“Aaah~ Estava muito bom.” Falou Nikko enquanto saía do restaurante juntamente com o seu grupo.

“Eu não falei? Okinawa Soba é muito bom.” Disse Nobi orgulhosamente.

“Bem diferente de Soba comum.” Comentou Jin. “Como esperado do mestre.”

“Onde vamos agora?” Questionou Nobi animado.

“Bem, acho que podemos tentar…” Murmurou Nikko vendo o guia turístico.

“Inugawa Jin, finalmente encontrei você!” Declarou Kentaro apontando para o azulado.

“Shi-… Shamura-senpai.” Falou Jin ao avistá-lo.

“Vou ignorar essa pausa antes de falar o meu nome.” Suspirou Kentaro se aproximando.

“Nee-san!” Gritou Chiyo abraçando Nikko e começando a chorar. “Senti tanto a sua falta.”

“Mas só faz algumas horas desde que nos vimos.” Comentou a loira com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Oh, este é que é o famoso grupo que acabou com o conselho estudantil, legal.” Falou Shiba se aproximando com o resto do grupo e depois olhando melhor para Momoka. “Não esperava que tivesse uma garota tão bonita num grupo de arruaceiros como este. Ei, gostaria de passar um tempo comigo?”

“Não estou interessada em passar tempo com insetos.” Respondeu ela com um olhar frio de desprezo, enquanto as palavras perfuravam o peito do especialista em judô. “Ver a grama crescer parece melhor.”

Após ser finalizado pelas palavras da Wakagashira, Shiba caiu na areia, completamente derrotado.

“Tão cruel…” Murmurava ele com uma expressão de sofrimento, mas ao mesmo tempo corado. “Mas… Até que teve o seu charme.”

“Bizarro.” Comentou Ayumi lançando um olhar enojado para o seu colega de classe.

“Então ele é M.” Comentou Suguro comendo takoyaki.

“Inugawa Jin, estou desafiando você para um duelo.” Afirmou Kentaro apontando novamente para o azulado.

“Ok.” Respondeu Jin levando as mãos para a sua Bokuto.

“Surpreso, não é… Hã? Já aceitou?” Indagou Kentaro surpreso.

“Algum problema com isso?” Questionou o azulado.

“Nenhum.” Respondeu Kentaro retirando a sua espada do saco desportivo que trazia consigo.

“Esperem aí!” Falou Nobi se metendo no meio dos dois.

“Mestre?” Questionou Jin.

“Hirata Nobi?” Questionou Kentaro.

“Eu não sou de me meter nas brigas dos outros. Mas você já viu onde estamos, Jin?” Perguntou Nobi com uma expressão séria. “Nós estamos na praia! Então o duelo tem de ser um duelo de praia!”

“Um duelo de praia?” Questionaram os dois espadachins.

Pouco depois, Jin e Kentaro estavam frente a frente, com alguma distancia entre eles, estavam ambos vendados, seguravam bastões de madeira e tinham uma melancia entre eles.

“Agora vai começar o duelo de praia, o jogo de quebrar a melancia!” Anunciou Nobi animado.

“Ele acabou de admitir que é um jogo.” Comentou Ayumi.

“Ele só se quer divertir.” Comentou Nikko.

“As regras são simples.” Continuava o ruivo. “O primeiro a quebrar a melancia vence. O publico pode dar dicas de direções para os concorrentes, mas também podem passar informações falsas, cabe a vocês decidir em que vozes confiar.”

“Por que é que eu entrei neste joguinho?” Pensava Kentaro desanimado.

“Como esperado do mestre. Criou um duelo não apenas físico, mas também mental.” Murmurava Jin admirado. “Mas que genial!”

“Tenho a certeza que não é nada disso.” Comentou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Prontos?” Perguntou Nobi e os adversários assentiram. “Comecem!”

Então, os dois apoiaram os bastões no chão e começaram a correr em círculos à volta deles por uns 3 minutos e então começaram a tentar achar o caminho até à melancia.

“Vire para a esquerda, Senpai!” Avisou Shiba.

“Jin, dê meia volta, você está indo pelo lado contrário!” Avisou Nikko.

“Tem uma pedra no seu caminho, Senpai, tenha cuidado.” Avisou Ayumi.

“Rápido, Jin-kun, só tem de ir em caminho reto agora!” Informou Chiyo animadamente.

“De que lado você está, Mochizuki?” Questionaram Kentaro e Shiba irritados.

Se distraindo, Kentaro passou pela melancia sem nem mesmo notar.

“Shimura-senpai!” Suguro ia avisá-lo disso.

“Yamazaki, já falei para você parar com essa piada sem graça!” Reclamou Kentaro irritado continuando o seu caminho.

“Melhor não falar mais nada então.” Murmurou Suguro começando a comer um pacote de salgadinhos.

“Não acredito que eles ainda não me vieram buscar…” Murmurava Goru, preso na areia, apenas com a sua cabeça de fora. “Se esqueceram mesmo de mim…”

Foi então que Kentaro sentiu a cabeça do robô com o bastão.

“Hehe, achei!” Falou o ex-capitão do clube de kendo levantando o bastão.

“Hã?” Indagou Goru olhando para cima.

Usando toda a sua força, Kentaro golpeou a cabeça do robô com o bastão de madeira, que quebrou ao embater no resistente metal.

“Que som foi este?” Questionou Kentaro removendo a venda.

“O que você está fazendo, desgraçado?” Questionou Goru se soltando da areia numa explosão de fúria e dando um forte soco no queixo do espadachim.

“O vencedor é o Jin!” Anunciou Nobi após o seu subordinado ter cortado a melancia perfeitamente.

“Incrível!” Exclamou Ayumi surpresa. “Como ele fez um corte tão limpo usando um bastão de madeira? Isso é mesmo possível?”

“Como esperado daquele que estava no topo da nossa classe.” Comentou Shiba.

“Esperem!” Falou Kentaro depois de se recuperar do golpe de Goru. “Este jogo não prova nada! Eu quero um duelo a sério!”

“Você é mau perdedor, Shimura-senpai.” Comentou Suguro continuando a comer.

“Calado!” Gritou Kentaro irritado.

“Tudo bem, tudo bem.” Falou Nobi com uma expressão animada, enquanto comia uma fatia da melancia. “Eu tenho muitos mais duelos de praia em mente.”

Então Jin e Kentaro fizeram inúmeros duelos criados por Nobi. Vôlei de praia, concurso de esculturas de areia, colecionar conchas, corrida de natação até a umas rochas no mar, badminton por alguma razão, entre muitos outros.

Quando deram por si, o Sol já se estava pondo.

“Quanto é que está o placar mesmo?” Questionou Nobi.

“Até agora, o Jin venceu todos os duelos.” Respondeu Nikko com um olhar entediado.

“POR QUÊ?” Gritou Kentaro, de joelhos na areia, para o céu avermelhado.

“Já está na hora de voltarmos para a posada.” Recordou Momoka.

“Acho que o vencedor está claro.” Falou Nobi bocejando. “Vamos, Jin.”

“Mais sorte para a próxima.” Desejou o azulado se curvando para o seu adversário petrificado pelo choque das derrotas e se juntando depois ao seu Oyabun.

“Quero dormir ao lado da Nee-san.” Afirmou Chiyo animada.

“Do que está falando, Mochizuki?” Questionou Ayumi pegando no pulso dela. “Cada classe ficou numa posada diferente. Vamos, não nos podemos atrasar.”

“Eh?” Chiyo indagou, enquanto era arrastada pela sua colega de classe. “Não! Nee-san, me ajude! Nee-san!”

“Esta cena me é familiar.” Murmurou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça, enquanto observava a rosada a ser arrastada.

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Enquanto isso, Utaro estava sentado na praia, observando o mar. Perto dele, os 5 universitários estavam com as cabeças enterradas na areia e os seus corpos estavam cheios de contusões.

“Você realmente exagerou, Uta-kun.” Suspirou uma mulher atrás dele, tinha cabelo vermelho desgrenhado, com uma franja levemente maior à esquerda e que estava preso em cima por um pequeno rabo de cavalo, usava um tapa-olho negro e o seu olho bom era azul, usava uma camisa branca com “Love” escrito amarrada, mostrando o umbigo, e uns calções justos que iam até acima do joelho. “Quase os matou.”

“E o que tem-sha?” Questionou Utaro se levantando. “Eles estavam tentando sujar o amado mar do capitão-sha.”

“O que tem?” Indagou ela levantando a voz. “Você podia manchar a praia do capitão de sangue!”

“Verdade-sha! Você tem razão, Yuka-sha!” Falou Utaro surpreso. “Ainda bem que não os matei-sha.”

“Anda, vamos tirar este lixo da praia.” Falou Yuka começando a arrastar alguns dos universitários inconscientes.

All Right—sha!” Concordou Utaro também ajudando.

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Na amanhã seguinte, Nobi e Nikko estavam num pequeno barco, no meio do oceano.

“Como é que viemos parar nesta situação mesmo?” Questionou ela olhando em volta.

“O que queres dizer?” Indagou Nobi inclinando a cabeça.

“Hoje, depois de eu me arrumar, você pegou no meu pulso e me trouxe até este barco sem explicar nada e remamos até aqui.” Resumiu Nikko. “A minha dúvida é: por quê?”

“Vamos pescar.” Respondeu ele com um grande sorriso pegando em duas canas de pesca.

“Hã?” Indagou a loira inclinando a cabeça. “Você me arrastou para pescar?”

“Isso mesmo!” Confirmou o Oyabun lhe dando uma das canas.

“Por quê?” Gritou ela já começando a ficar stressada.

“Quero experimentar preparar eu mesmo uma especialidade de Okinawa.” Explicou Nobi jogando a linha para o mar. “Então primeiro vou precisar de ingredientes da região. Quanto mais frescos, melhor.”

“Mas você bem que podia fazer isso sozinho.” Suspirou Nikko também jogando a linha. “Não me precisava arrastar.”

“Mas é chato pescar sozinho.” Respondeu o ruivo num tom de criança entediada. “Além disso, eu gosto de passar tempo contigo, Nikko. É bem divertido!”

“Pensando bem… Esta situação é semelhante à da caverna. Não, é bem pior, agora estamos completamente isolados.” Pensava a Izumo começando a ficar inquieta. “Droga… Por que é que eu me importo tanto com isto? Estarmos sozinhos não devia ser nada de especial… Não há motivos para eu ficar agitada. Provavelmente isto é apenas resultado da minha falta de vida social… Maldição, acabei de admitir que a minha vida social era um lixo!”

Alguns minutos se passaram e nenhum peixe tinha mordido e os dois também não tinham falado mais nada. Nobi parecia concentrado na sua pesca e Nikko ainda meio perdida nos seus pensamentos.

“Ah, não estou aguentando este silencio e este clima.” Pensava ela. “Mas também não sei o que falar agora.”

Foi então que Nikko avistou uma ilha, era coberta de vegetação escura, era rodeada de rochedos escuros e tinha uma montanha negra que se assemelhava a um velho vulcão bem no meio, de longe a ilha parecia um grande ponto negro. Ao olhar para ela, Nikko sentiu uma estranha sensação de desconforto, como se sentisse algo anormal vindo dessa ilha.

“Peguei!” Gritou Nobi de repente, assustando a sua subordinada.

“O que aconteceu?” Questionou ela surpresa e com a mão no peito pelo susto.

“Parece ser um dos grandes.” Comentou o ruivo se esforçando para puxar algo com a sua cana.

Após alguns momentos de luta, Nobi conseguiu puxá-lo para o barco, era  enorme, do tamanho de um homem… Na verdade, era um homem.

“Nikko…” Falou o Oyabun encarando o homem que tinha puxado do mar, este tinha pele bronzeada, cabelo verde escuro e curto, estava de tronco nu e usava umas calças verdes com alguns rasgões nas bainhas, tinha uma pequena barbicha verde e parecia ter 20 e poucos anos. “Você acha que isto é alguma nova espécie marinha?”

“É obviamente um humano!” Reclamou ela surpresa.

“Droga, parece que naufraguei.” Falou o homem cuspindo um pouco de água e se sentando.

“Você está bem?” Perguntou Nikko preocupada.

“Obrigado por me ter salvado, moça.” Agradeceu ele educadamente.

“Na verdade, fui eu.” Corrigiu Nobi apontando para ele mesmo.

“Sou muito grato a você.” Falou o homem agarrando nas mãos de Nikko repentinamente.

“Ei, não me ignore!” Reclamou Nobi.

“O meu nome é Nabeshima Umimaru.” Ele se apresentou educadamente. “Prazer em conhecê-la.”

“Eu também estou aqui!” Reclamou o ruivo.

 

Contagem regressiva para o grande incidente: 5 dias.


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Notas finais do capítulo

Talvez demore um pouco para o próximo capítulo, quero escrever um One-Shot de Boku no Hero Academia antes do capítulo 63 :v
Até à próxima!



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