Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 6
Wakagashira


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpa por ter demorado tanto a postar, estive ocupado ultimamente
Aproveito para desejar um Feliz Natal atrasado e um bom Ano Novo, que em critérios de animes, será exelente.
Espero que gostem do capítulo



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“M-M-Momo?!” Exclamou Nobi espantado e caindo da cadeira.

“Anego!” Gritou Goru animado.

“Eh? É ela?” Indagou Nikko surpreendida.

“Bem, a aula acabou, estão dispensados.” Falou a professora apagando o quadro.

Nesse mesmo momento, Nobi levantou-se e saiu correndo.

“Oh, ele fugiu.” Comentou Nikko.

“Sim.” Concordou Goru.

“Não adianta fugir, Nobi-kun.” Falou Momoka com um sorriso supostamente amigável, dirigindo-se para a saída da sala de aula.

Então, colocou-se numa posição de partida e assim que avistou o ruivo correndo no corredor, começou a correr na mesma direção.

“Droga, não esperava que ela me achasse tão rápido.” Pensou Nobi enquanto corria dando o seu máximo, passando por Seika, que bebia um pacote de leite.

“O Nobi correndo como se a sua vida dependesse disso…” Murmurou o presidente do conselho estudantil intrigado, achando logo depois uma explicação. “A Momo-chan deve estar aqui.”

Foi então que algo a alta velocidade passou por ele, deixando um caminho de desordem por onde passava, com papeis esvoaçando e objetos e pessoas derrubados.

“Sim, a Momo-chan chegou.” Apercebeu-se ele, com uma gota de suor atrás da sua cabeça.

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“Acho que a consegui despistar.” Suspirou Nobi escondido na escadaria.

“Mestre, o que está fazendo?” Perguntou Jin descendo as escadas e notando o seu Oyabun.

“Não fales, Jin.” Sussurrou o ruivo. “Ela pode-me achar.”

“Ela?” Indagou Jin confuso.

“A brincadeira acabou, Nobi-kun.” Uma voz se fez ouvir, seguida do som de uma parede sendo derrubada.

“Um inimigo?” Interrogou o azulado levando a mão até ao seu saco desportivo onde carregava a sua katana e a sua espada de bambu, ao avistar uma nuvem de poeira, causada pela destruição da parede.

“Não, pior que isso.” Respondeu Nobi levantando-se com uma expressão séria. “Aí, vem ela.”

Então, uma figura saiu tão rápido da nuvem, que Jin nem teve tempo de reagir, e socou Nobi no estômago sem prévio aviso, jogando-o contra uma parede.

“O que foi isto?” Indagou Jin sem reação.

“Há quanto tempo, Momo.” Cumprimentou Nobi cuspindo um pouco de sangue.

“Sim, desde que deixaste a vila sem me dizer nada.” Falou Momo sorrindo amavelmente, enquanto estalava os dedos, com uma veia pulsando na testa.

“Oh, ainda te lembras disso.” Falou Nobi tentando disfarçar.

“Claro que me lembro, seu ingrato!” Gritou a morena finalmente perdendo a expressão calma e começando a agitar o corpo meio moribundo do ruivo.

“Não sei se devo intervir ou não.” Pensou Jin com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Finalmente os alcançamos.” Falou Nikko estafada, com Goru apoiado no seu ombro.

“Podias ser mais rápida, garota inútil.” Reclamou o pequeno robô vermelho.

“Fui eu que te carreguei, deixa de reclamar.” Respondeu Nikko irritada.

“Nobi.” Falou Momoka olhando ao seu redor e parando de agitar o ruivo que aparentava estar quase a vomitar. “Quem são estes?”

“Eles são a Nikko e o Jin, são os mais recentes membros da Onigumi que eu mesmo recrutei.” Respondeu Nobi depois de ter tomado um tempo para se recompor.

“Com que então, novos membros?” Murmurou a garota de óculos, largando o jovem Oyabun e analisando bem de perto, os rostos dos novatos, que congelaram no momento. “Não gosto deles.”

“Eh?” Indagaram Nikko e Jin.

“A Anego já começou.” Comentou Goru com uma gota de óleo atrás da cabeça.

“Nobi, quem é ela?” Perguntou Nikko confusa.

“Bem, ela é a Wakagashira da Onigumi, Yamaguchi Momoka.” Respondeu Nobi levantando-se, já completamente recuperado.

“A nossa Wakagashira?!” Exclamou Jin espantado.

“O que é isso?” Perguntou a loira curiosa.

“Um Wakagashira é o segundo no comando de uma gangue Yakuza, ficando apenas abaixo do Oyabun.” Explicou o jovem espadachim.

“Espera, isso significa que ela é… Nossa superior?!”

“Isso mesmo.” Confirmou a própria Momoka. “Mas antes disso, temos que falar, Nobi.”

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Então, no telhado do edifício escolar, os cinco se reuniram onde não podiam ser ouvidos.

“Como te atreves a deixar a vila sem me dizer uma única palavra?!” Repreendeu Momoka.

“Não tive escolha, nunca me deixarias sair de lá.” Respondeu Nobi, sentado de joelhos, com uma enorme pedra em cima dos mesmos e de mãos atadas.

“Isto não é um tipo de tortura?” Comentou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Sim.” Falaram Jin e Goru sem fazer nada.

“Claro que não deixaria.” Afirmou a Wakagashira cruzando os braços. “Ainda não estás pronto para grande cidade.”

“Bem, agora é tarde demais para eu voltar atrás, já arranjei briga com os White Tigers.”

“É exatamente por isso que digo que não estás pronto!” Reclamou Momoka irritada, batendo na cabeça de Nobi. “Tomas sempre decisões impulsivas de cabeça quente, sem ao menos pensares nas consequências.”

“É por isso que és a nossa estrategista e negociadora.” Respondeu o ruivo com um inchaço no topo da cabeça.

“A maior parte das vezes nem me escutas!” Falou ela batendo de novo no seu superior e depois acalmando um pouco. “ Mas tens razão, não podemos voltar atrás agora, me contem o que aconteceu até agora.”

Então, todos contaram a Momoka o que tinha acontecido desde a chegada de Nobi a Tóquio, incluindo sobre os executores e o incidente de Hina, a irmã de Jin.

“Entendi, realmente arranjaste um monte de problemas.” Falou Momoka com um ar pensativo, sentando-se em cima da pedra que esmagava as pernas do jovem Oyabun, torturando-o ainda mais. “Mas acho que o melhor a fazer será livrarmos-nos do Seika e dos executores primeiro. Hei, ex-candidato a executor, fala-me mais sobre como eles funcionam.”

“Certo, existem três grupos de executores.” Começou Jin a explicar. “Os membros oficiais do conselho estudantil, os membros do comitê disciplinar e alunos normais que se voluntariaram para se tornar executores, todos estes grupos estão sob o comando do presidente do conselho estudantil, mas o presidente do comitê disciplinar tem o total controle do seu grupo.”

“Entendi, então eles não são uma força unida.” Refletiu Momoka fazendo mais força na pedra, agonizando o ruivo. “Podemos usar isso a nosso favor.”

“Ela parece ser bem inteligente.” Comentou Nikko admirada.

“Sim, apesar de ser um pouco sádica, a Anego é a pessoa mais inteligente da nossa vila, na verdade foi ela própria que me criou.” Revelou Goru cruzando os braços orgulhosamente.

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Enquanto isso, na sala do conselho estudantil, Seika estava sentado à sua secretaria, olhando para uns papéis, enquanto a sua vice-presidente o vigiava.

“Realmente é raro ver-te com vontade de trabalhar.” Comentou ela ajeitando os seus óculos.

“Por mais rebelde que eu seja, tratar disto também faz parte da minha promessa.” Respondeu ele sem tirar os olhos dos papéis e assinando alguns deles, quando alguém bateu à porta. “Pode entrar.”

“Ouvi dizer que você decidiu voltar a aparecer, senhor presidente.” Falou um jovem bem magro, de cabelo preto e olhos verdes, que parecia ter um ar meio sinistro e cujo uniforme era ligeiramente diferente. “A que devemos a honra da sua presença?”

“Apenas vim tratar de uns assuntos.” Respondeu Seika com um leve sorriso de canto. “Então, o que o presidente do comitê disciplina deseja vindo aqui?”

“Vim apenas cumprimentar o conselho estudantil.” Respondeu ele pousando a mão na secretaria. “Pelo menos era essa a minha intenção, até ter ouvido falar dois certos alunos transferidos que parecem ser um pouco problemáticos. Os nomes Hirata Nobi e Yamaguchi Momoka lhe dizem alguma coisa, senhor presidente?”

“O que queres dizer com isso, Shinohara?” Perguntou Seika adotando uma expressão séria.

“Nada demais, estive pesquisando sobre os dois, parece eles têm conexões com você, especialmente esse tal Hirata Nobi que acabou sendo conhecido como um destruidor de clubes numa única tarde. Vocês tiveram o mesmo tutor, não foi?” Explicou Shinohara com um ar superior. “Quanto à Yamaguchi, parece que ela andou sendo transferida de escola em escola ultimamente, deixando todas as escolas anteriores num completo caos, além de já ter causado alguns danos hoje. O que pensa fazer com esses dois?”

“Eu mesmo estou tratando disso.” Respondeu o azulado pousando os papéis.

“Não precisa se dar ao trabalho, o meu comitê disciplinar pode tratar muito bem deles.” Ofereceu-se Shinohara com um sorriso sádico e fazendo uma ligeira vénia.

“Shinohara, acho que você está subestimando o Nobi.” Falou Seika com um olhar sério e semelhante ao de uma fera. “Eu já decidi que serei eu a tratar dele.”

“Levar isto para o lado pessoal só mostra o quão incompetente para este posto você é, senhor presidente.” Afirmou o presidente do comitê disciplinar, erguendo a cabeça e mostrando uma expressão de desagrado. “Bem pior que o presidente anterior.”

“Acho que você já estava de saída, Shinohara-senpai.” Falou um homem gigantesco, que aparentava ter um corpo bem treinado e com um rosto robusto, aparecendo de repente atrás do dito presidente. “Quer que o acompanhe?”

“Não, eu sei o caminho.” Respondeu Shinohara indo-se embora. “Espero que você trate desses arruaceiros sem problemas, senhor presidente.”

“Ele continua dando-me arrepios sempre que o vejo.” Comentou a vice-presidente Hitomi, ajeitando os seus óculos.

“Obrigado por te teres livrado dele, Secretário Aizawa.” Agradeceu Seika tirando um pacote de leite da gaveta. “Posso sempre contar contigo para assustar os outros.”

“Não diga isso, presidente.” Pediu o enorme Aizawa envergonhado e corando. “Você sabe que não gosto disso.”

“Presidente, posso saber por que é que está superestimando tanto Hirata Nobi?” Interrogou Hitomi mostrando alguma curiosidade.

“Eu não o estou superestimando.” Respondeu o azulado levantando-se e olhando para a janela, enquanto bebia um pouco de leite. “Afinal, o que estamos enfrentando, nem humano é ou pelo menos, já o deixou de ser.”

“O que quer dizer com isso, Presidente?” Perguntou Aizawa engolindo em seco.

“Estou dizendo que quando lidarem com ele devem ter cuidado.” Advertiu Seika, enquanto as suas mãos tremiam, como se recordações bem ruins regressassem à sua mente. “Na nossa vila, depois de um certo incidente, ele ficou conhecido como Akaoni. (N/a: Oni vermelho)

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No fim do dia, o quinteto ainda se encontrava na escola, mais precisamente, na sala de música, onde não podiam ser ouvidos.

“Então, onde é que vives agora, Nobi?” Perguntou Momoka enquanto comia um onigiri.

“Na casa da Nikko.” Respondeu ele comendo um pão de Yakisoba.

“Entendo, então também me vou mudar para lá.” Concluiu a Wakagashira continuando a comer normalmente.

“Eh? A minha casa não é nenhuma pensão!” Reclamou Nikko levantando-se.

“Algum problema com isso?” Perguntou Momoka fazendo uma expressão intimidadora.

“Não, nenhuma.” Respondeu a loira assustada voltando-se a sentar.

“Não estávamos aqui para fazer uma reunião da Onigumi?” Indagou Jin sentando no são com a sua espada apoiada na parede.

“Isso.” Falou a morena terminando o seu onigiri. “Nobi, já lhes contaste sobre a tua condição?”

“Ainda não, estava esperando o momento correto.” Respondeu Nobi cabisbaixo, fazendo com que Jin e Nikko ficassem mais intrigados.

Momoka apenas suspirou e falou para o seu Oyabun. “Eu sei que é difícil para ti, mas um Oyabun não deve guardar segredos para sua gangue.”

“Eu sei.” Falou o ruivo levantando-se. “Nikko, Jin, tenho de vos dizer uma coisa, mas espero que continuem do meu lado após saberem.”

“Eu não irei quebrar a minha palavra.” Respondeu Jin convicto.

“Na minha situação atual, o melhor seria continuar ao teu lado.” Falou Nikko com um sorriso confiante.

“Mesmo eu não sendo humano?” Indagou o ruivo com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos.

“Como assim?” Perguntou Nikko preocupada.

“Eu mostro-vos.” Falou Momoka se levantando, pegando na mão do seu Oyabun e perfurando-a com uma caneta, fazendo-o gritar de dor.

“Não precisavas fazer isso!” Reclamou o ruivo irritado.

“Qual foi o objetivo disso?” Perguntou Jin estranhado aquilo.

“Vejam vocês mesmos.” Disse Momoka retirando a caneta.

Foi então que algo incrível aconteceu, em menos de nada, o ferimento sarará mesmo à sua frente.

“O que foi isto?” Perguntou Nikko espantada e depois lembrando-se do que acontecerá no dia em que conheceu o ruivo. “É como daquela vez.”

“É uma habilidade de arma amaldiçoada?” Inquiriu Jin intrigado e surpreendido.

“A minha memória ainda está um pouco turva em relação ao dia em que isto aconteceu, mas parece que depois de um certo incidente, eu acordei com esta espécie de habilidade regenerativa e a minha arma amaldiçoada ao meu lado, mas sinto que não estão diretamente ligadas.” Explicou Nobi encarando as suas mãos trémulas relembrando partes daquele dia.

“Isso significa que és imortal?” Indagou Nikko curiosamente.

“Não, se me perfurarem o coração ou me decapitarem, eu morro.” Respondeu o jovem Yakuza. “E se me cortarem uma parte do corpo, eu não a posso regenerar.”

“Como sabem disso?” Perguntou a loira espantada.

“É o meu instinto que me diz.” Respondeu ele cerrando as mão.

“Então, o que vão fazer, novatos?” Perguntou Momoka com um olhar desafiante.

“Ele apenas se cura rápido, não tem nada de assustador nisso.” Falou Nikko confiante. “Para mim, ainda és 100% humano.”

“Digo o mesmo que a Nikko-dono, a minha visão do mestre não mudou nem um pouco.” Respondeu Jin dando um leve sorriso, acompanhando de um olhar decidido.

“Vocês… SÃO OS MELHORES!” Gritou Nobi abraçando os dois e soltando um rio de lágrimas.

“O Aniki é demasiado sentimentalista para um Yakuza.” Comentou Goru cruzando os braços e abanado a cabeça.

“Verdade.” Concordou Momoka com um raro e gentil sorriso, enquanto observava o seu Oyabun abraçando os novatos e os mesmos tentando se soltar dele. “É igual àquela vez.”

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Nesse momento, os dois detetives privados a agência Usagi observavam a escola de longe.

“Tenho a certeza, a garota misteriosa que tem sido transferida de escola em escola está aqui.” Afirmou Michiko sorridente, observando através de binóculos.”

“Não esperava voltar aqui tão cedo.” Comentou Kazuo com um olhar nostálgico.

“Você já esteve aqui, Kazuo-chan?” Interrogou Michiko curiosa tirando os binóculos.

“Sim, foi nesta escola que me formei.” Respondeu o loiro com um sorriso misterioso. “Bem, vamos investigar essa garota misteriosa e ver se ela tem alguma relação com as armas amaldiçoadas.”

“Não se esqueça de conseguir a recompensa também.” Recordou Michiko determinada.

–Fim de capítulo-

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–Omake-

Nessa noite, na casa de Nikko, a mesma transportava uma cesta de roupa para lavar, quando reparou que Nobi estava na sala a jogar videogame juntamente com Goru.

“Vocês bem que me podiam ajudar.” Falou ela pousando a cesta.

“Pede à Momo.” Respondeu o seu Oyabun focado no jogo.

“Isso.” Concordou o pequeno robô.

“Vocês não têm jeito nenhum.” Suspirou a loira.

“Ahaaa… Este banho foi mesmo relaxante.” Murmurou Momoka saindo do banheiro apenas com roupa de baixo e uma pequena toalha ao ombro.

“P-p-por que e-estás assim?” Indagou Nikko constrangida.

“Fico mais confortável assim.” Falou ela sentando-se e ficando a assistir o jogo.

“Nobi, diz-lhe alguma coisa!” Pediu a loira ainda constrangida.

“Por quê? Já estou habituado a vê-la assim.” Respondeu o ruivo sem tirar os olhos do jogo.

“Q-que tipo de relação os dois têm?” Indagou Nikko completamente vermelha.

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Enquanto isso, no telhando da casa, Jin observava a Lua.

“Gostava de aparecer mais nestes Omakes.” Murmurou ele com uma expressão de tédio.


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Notas finais do capítulo

É tudo por hoje, tentarei não demorar tanto para postar o próximo
Aqui têm uma imagem da hierarquia dos Yakuza, caso tenham curiosidade: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/52/Yakuza_hierarchy.png

Até à próxima



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