Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 59
Eles se encontraram


Notas iniciais do capítulo

O final do capítulo anterior deve ter deixado vocês ansiosos para este
Foi um capítulo curto, mas espero que gostem :v



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“Quem é você?” Questionou Nobi observando o estranho moreno.

“Oh, que rude da minha parte não me apresentar.” Falou ele, retirando a sua cartola e fazendo uma leve vénia. “Meu nome é Namonai, sou o que se poderia chamar de um fã seu, Hirata Nobi.”

“Um fã, sério? Já sou assim tão famoso?” Perguntou Nobi alegremente, coçando a sua cabeça. “Nossa, não esperava encontrar um fã? Você tem um nome estranho. Quer apertar a minha mão ou algo assim? Talvez um autógrafo?”

“Apenas uma conversa com você é suficiente.” Respondeu o sorridente Namonai. “Quer se juntar a mim num chá?”

“Claro, sem problema.” Falou o ruivo retribuindo o sorriso. “Você parece ser um cara legal.”

Os dois então se sentaram na mesa de uma pastelaria, ambos com uma chávena de chá à sua frente, Nobi acompanhava com uma fatia de bolo de morango.

“Você é um mimico?” Indagou o Oyabun repentinamente. “Você está todo de branco e preto, até o seu rosto.”

“Não, sou apenas um cavalheiro.” Respondeu ele mexendo o chá com uma colher.

“Então, o que você queria falar?” Perguntou Nobi diretamente, enquanto comia um pouco do bolo.

“Hirata Nobi, você conhece as Armas Amaldiçoadas de Modelo Imperial?” Questionou Namonai com um sorriso.

“Nunca ouvi falar.” Respondeu ele simplesmente, continuando a comer. “Você é algum vendedor ou algo assim? Olhe que eu não tenho dinheiro nenhum comigo… É você que vai pagar isto, nê?”

“Bem, sou algo parecido, mas não cobro dinheiro.” Namonai soltou uma leve gargalhada. “Você diz coisas interessantes. Já agora, há quanto tempo você tem esses olhos vermelhos?”

“Hahahaha! Do que está falando?” Nobi riu animadamente, enquanto achava a pergunta ridícula. “Eu tenho esta cor de olhos desde que nasci, claro. Você faz perguntas estranhas.”

“Olhos vermelhos desde o nascimento… Entendo.” Murmurou o moreno bebendo delicadamente um pouco do seu chá. “Você é mais interessante do que eu imaginei.”

“Posso ser eu a fazer as perguntas agora?” Pediu o ruivo.

“Claro, fique à vontade.” Permitiu Namonai sorrindo novamente.

“Por que é que você está o tempo todo com esse sorriso falso?” Interrogou o Oyabun inclinando a cabeça.

Se passaram alguns segundos sem que algum deles falasse mais alguma coisa.

“Oh… E eu pensando que já tinha alcançado um bom sorriso.” Confessou o terrorista sem desfazer o sorriso. “O que tem de errado com ele?”

“Nada, o sorriso está muito bom. Mas o problema são os olhos.” Explicou Nobi com uma expressão neutra. “Os seus olhos e sorriso não combinam. São olhos completamente vazios e sem esperança, sem motivos para sorrir.”

“Sim, são olhos que enxergam o entediante que é este mundo.” Concordou Namonai bebendo mais um pouco de chá. “Você é mais observador do que parece.”

“Sério? Para mim me pareceu uma coisa óbvia.” Respondeu o ruivo com grande sorriso e coçando a cabeça.

“O seu também não é de todo sincero, ao meu ver.” Comentou o moreno pousando a chávena. “Mas pelo menos parece ser melhor que o meu.”

“Então acho que somos parecidos.” Respondeu Nobi também bebendo o chá, de forma bem menos delicada que o seu suposto fã.

“Talvez sejamos mais opostos.” Supôs Namonai colocando os cotovelos na mesa e juntando as mãos.

“Não.” Negou o ruivo com um grande sorriso. “Tenho a certeza de que somos bastante parecidos, por alguma razão.”

“Oooh, que interessante.” Comentou Namonai retribuindo o sorriso e terminando o seu chá e colocando o pagamento dos dois chás e da fatia de bolo na mesa. “Bem, acho que podemos encerrar a nossa conversa por aqui. Já está ficando tarde. Foi bom falar com você, Hirata Nobi.”

“Você é um fã bem estranho mesmo.” Falou o Oyabun, enquanto o terrorista se levantava da mesa e ia embora.

“E se eu dissesse que não sou um fã, mas sim alguém que poderia virar seu inimigo?” Questionou Namonai parando de andar, sem se virar para o ruivo.

“Eu acabaria com você, claro.” Respondeu Nobi animadamente.

“Uma boa decisão.” Avaliou Namonai saindo da pastelaria.

“Ele parece ser um cara divertido.” Comentou Nobi continuando a comer o bolo. “Pena ele ter desistido de me atacar, parecia ser bem forte.”

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“Namonai!” Gritou Kohaku avistando o moreno sair da pastelaria. “Finalmente achei você!”

“Se perdeu de novo, Kohaku?” Perguntou Namonai com a sua expressão de sempre.

“Ainda não me habituei a andar por esta cidade sozinho.” Respondeu o albino baixando a cabeça e depois reparando no ruivo pela janela da pastelaria. “Aquele é o Hirata Nobi, não é?”

“Sim, tivemos uma conversa.” Respondeu Namonai começando a andar.

“Isso é raro.” Comentou Kohaku o seguindo. “Um encontro seu não ter acabado em morte.”

“Oh, mas eu tentei matá-lo mesmo.” Revelou o cavalheiro com um grande sorriso. “Tentei achar uma abertura enquanto falava amigavelmente com ele e matá-lo com um único golpe. No entanto, mesmo parecendo descontraído, ele não levantou a sua guarda um único segundo enquanto falava comigo. Eu iria precisar de no mínimo dois golpes para poder matá-lo. Parece um idiota, mas sabe avaliar bem as pessoas. Estou ansioso para ver como ele se vai desenvolver.”

“Fazia tempo que você não mostrava tanto interesse numa pessoa.” Comentou o albino admirado.

“Eu consegui ver com os meus olhos.” Continuou Namonai apontando para os seus olhos vermelhos. “O coração dele tem um monte de sombras, mas o seu sorriso, mesmo que ligeiramente forçado, é bem melhor que o meu. Kohaku, acho que encontrei alguém bem divertido.”

“D-divertido?” Indagou Kohaku surpreso. “Você classificar algo assim é extremamente raro, Namonai.”

“Eu quero ver…” Murmurou o moreno com um grande sorriso e um olhar sombrio e profundo como um poço sem fim. “O quanto as sombras no seu coração podem crescer. Pode vir a ser o Show do século.”

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Várias semanas depois, Nobi dormia calmamente durante a aula, até Nikko lhe acordar, o cutucando com a caneta.”

“Huuum, o que foi Nikkoooo~.?” Inquiriu ele ainda ensonado. “Deixe eu dormir~ Mais hora e meia~ Por favor~.”

“Do que você está falando? Você devia estar prestando atenção agora.” Repreendeu ela.

“O que tem?” Questionou Nobi bocejando e prestando atenção nas palavras da professora.”

“Na próxima semana começa a leva de exames finais de período.” Falava a professora Nakajima. “Isto aqui vai cair na prova.”

“Oh, verdade, eu devia prestar atenção.” Concluiu Nobi ficando com uma expressão séria.

Caindo no sono no minuto seguinte.

“Como isto é possível?” Questionou Nikko observando o seu Oyabun.

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Duas semanas depois, na casa da Chiyo, a rosada estava deprimida num canto e Nobi noutro.

“Bem, até consigo entender por que é que o Nobi reprovou em quase todas as provas, mas…” Murmurou Nikko encarando os resultados. “Você fazer o mesmo foi uma surpresa, Chiyo-chan…”

“Me perdoe, Nee-san…” Murmurou a rosada depressivamente. “Sou uma inútil burra que não serve para nada… Não mereço a sua amizade…”

“Não se importe tanto com isso.” Pediu a loira tentando animá-la.

“Estou com fome…” Murmurou Nobi também depressivo.

“Você se importe mais!” Reclamou Nikko irritada.

“Com estas notas…” Murmuraram os dois reprovados em conjunto. “Não vamos poder ir a Okinawa!!!”

“É com isso que estão preocupados?!” Exclamou a Izumo espantada. “Com a viagem escolar? Pensem mais nas vossas vidas escolares! Podem ser Yakuza e Assassina profissional, mas ainda são estudantes!”

“Eu não vou poder provar os pratos regionais…” Murmurava Nobi depressivamente.

“Eu não vou poder me divertir com a Nee-san na praia…” Murmurava Chiyo depressivamente.

“Estes dois são um caso perdido.” Suspirou Nikko colocando a mão no rosto.

“A batalha ainda não acabou.” Declarou Momoka entrando no quarto. “Ainda podem participar na viajem se tiverem boas notas nas provas de recuperação. Eu mesma irei ensiná-los.”

“Uma ajuda divina dos céus!” Falaram os depressivos encadeados pela luz divina que o corpo da Wakagashira emanava.

“Vocês têm noção para quem estão chamando isso?” Questionou a loira com uma gota de suor atrás da cabeça. “Por falar nisso, você não parece do tipo que ajuda a estudar, Momo-san.”

“Não tenho escolha.” Falou Momoka cruzando os braços. “Não podemos ir para Okinawa sem o nosso Oyabun. Afinal, lá é o território de uma das 12 famílias, a gangue Wako.”

“Wako?” Questionou Nikko inclinando a cabeça.

—Fim de capítulo-

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—Omake-

“Vamos, vamos, ninguém consegue?” Questionou Nobi num tom orgulhoso, sentado no chão e com o cotovelo em cima da mesa. “Ninguém me consegue destronar.”

“Tch, perdi mais uma vez.” Murmurou Koji.

“Como esperado do mestre.” Comentou Jin.

“O que estão fazendo?” Perguntou Nikko entrando juntamente com Chiyo.

“O Aniki desafiou todos para uma queda de braço, até agora não perdeu nenhuma.” Respondeu Goru colocando óleo no seu braço.

“Vocês têm demasiado tempo livre.” Afirmou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Queres tentar, Nikko?” Perguntou Nobi com um olhar desafiante. “Eu não pegarei leve.”

“Não tenho razão para fazer algo como isso.” Respondeu ela com um olhar entediado.

“Entendo, entendo.” Falou Nobi assentindo com a cabeça. “É normal você ter medo de perder para mim.”

“Vamos a isso então.” Respondeu Nikko se sentando no lado oposto do Oyabun e colocando o seu cotovelo na mesa.

“Ela… Caiu na provocação rápido demais.” Pensaram os outros membros da Onigumi.

“Aos seus postos…” Falou Goru em cima da mesa, servindo de juiz, colocando as suas mãos em cima das dos participantes. “Comecem!”

 Assim que o robô largou as suas mãos, nesse imediato momento, Nikko fizera o braço de Nobi tocar na mesa.

“Ah…” Murmurou Nobi com uma expressão neutra, ainda processando a situação.

“Oh…” Murmurou a Nikko também ainda processando.

“A-a… A Nikko venceu!” Anunciou Goru levantando o braço da loira.

“A Nee-san é incrível!” Falou Chiyo com os olhos brilhando.

“Como ela fez isso?” Questionou Jin espantado.

“Bem, ela tem a habilidade de cancelar armas amaldiçoada, nê?” Falou Koji que também mostrava sinais de surpresa. “Talvez isso também diminua a força bruta do nosso Oyabun.”

“Outra vez!” Falou Nobi repentinamente.

Então eles se “enfrentaram” de novo.

“Ah…” Murmurou o ruivo perdendo novamente. “Outra vez!”

“Ah…” Murmurou o Oyabun perdendo mais uma vez. “Revanche!”

“Ah…” Murmurou Nobi após mais uma derrota imediata. “Isto ainda não acabou!”

Uma hora depois, Nobi ainda continuava perdendo, enquanto Nikko nem se esforçava.

“Por quê? Por quê?” Indagava Nobi deitado no chão com uma expressão desolada. “Eu perdi o meu título…”

“Isto chegou ao ponto de ser doloroso de assistir.” Comentou Chiyo com um olhar de pena.

“É como ver um cara usando sempre pedra contra papel no Jankenpo.” Comentou Koji com o mesmo olhar.

“Entendo!” Falou Nobi se levantando animadamente. “Se não posso vencer papel com pedra, então vou usar tesoura! Jin, escolho você!”

“Entendido.” Respondeu Jin imediatamente.

“Espera! Isto foi de queda de braço para Jankenpo e agora está parecendo uma batalha de monstros de bolso.” Falou Chiyo confusa. “Que tipo de desenvolvimento é este?”

“Chegamos ao ponto em que não devemos questionar, apenas assistir.” Respondeu Koji com uma expressão séria.

Logo depois, Jin perdeu.

“A tesoura foi quebrada pelo papel…” Pensaram os outros membros da Onigumi.

“Lamento… Não pude cumprir as suas expectativas, mestre.” Se desculpou o azulado agarrando o seu braço direito e com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos. “Eu… Fui fraco.”

“Jin…” Murmurou Nobi com os olhos lacrimejando. “Você lutou bem, amigo.”

“Pois é… Além da habilidade de cancelar armas amaldiçoadas.” Comentou Koji.

“A Nee-san também tem muita força bruta…” Completou Chiyo.

“Vamos, vamos! Já vão desistir? Tentem o máximo que conseguirem, mas não me vão conseguir destronar.” Riu Nikko orgulhosamente com um olhar ameaçador, enquanto esperava o próximo desafiante.

“Ela está falando como um chefão final.” Comentou Koji suando frio. “Rei Demônio? Rei Demônio, é você?”

“A Nee-san despertou um pouco da sua personalidade agressiva do passado.” Comentou Chiyo tremendo de medo. “As vitórias subiram-lhe à cabeça.”

“Pois, ela não deve estar muito habituada à sensação de vitória esmagadora.” Completou Goru.

“Koji, estou contando contigo agora.” Falou Nobi ainda com os olhos lacrimejando e levantando o polegar.

“Bem, se é o meu Oyabun e querido Kouhai que está pedindo, acho que não tem como eu recusar.” Respondeu Koji retribuindo o gesto. “Pode contar comigo.”

Koji então se sentou no lado oposto de Nikko e colocou-se em posição.

“Então, Nikko-chan, podemos fazer uma aposta. O que acha?” Perguntou o esverdeado, momento antes de começar. “Algo como, quem perder tem de ficar pelado. O que acha?”

“Eu acho…” Respondeu Nikko após o sinal de começo, esmagando o braço do pervertido na mesa. “Que você pode apostar a sua vida.”

“Desculpe… Eu vou parar…” Ele se desculpou, ficando sem reação, agarrado ao braço perdedor.

“Chiyo…” Falou Nobi pousando as mãos nos ombros da rosada. “Agora é com você. É a nossa última esperança.”

“Mas eu não quero enfrentar a Nee-san… Especialmente quando ela está tão assustadora assim.” Respondeu a rosada tremendo de medo.

“Ela não deixará de ser assim até ser derrotada.” Afirmou Nobi com um olhar sério. “Nós acreditamos que você trará ela de volta.”

“Entendo.” Falou Chiyo indo para o lado oposto de Nikko. “Eu vou fazer isto pela Nee-san.”

Pouco depois, Chiyo foi derrotada.

E assim começou o reinado da campeã de queda braço da Onigumi, Izumo Nikko.

“Hehe, sou invencível.” Falou Nikko orgulhosamente.

Até que Momoka entrou no quarto, se sentou no lado oposto da loira, fez o braço dela bater na mesa, se levantou e saiu do quarto.

“Vocês são muito barulhentos.” Falou Momoka fechando a porta.

“Hã?” Indagou a loira confusa com o que acabara de acontecer.


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Notas finais do capítulo

E assim começa oficialmente um novo arco da fic, já têm as vossas expectativas?
Até à próxima!



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